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Em entrevista ao Jornal da Adufrj, o professor Paulo Rizzo, candidato a presidente do Andes-SN (biênio 2014-2016), apresenta suas ideias para a categoria, com ênfase na defesa da carreira docente

Votação ocorre dias 13 e 14 de maio

paulo rizzo BOA2Paulo Rizzo empunha bandeira do Andes-SN durante um ato. Foto: Arquivo Andes-SNCandidato a presidente do Andes-SN (biênio 2014-2016), Paulo Marcos Borges Rizzo nasceu em São Paulo, capital, em 6 de julho de 1953. Graduado em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie (1977), fez o mestrado (1993) e doutorado (2013) em Geografia, na Universidade Federal de Santa Catarina, na área de Desenvolvimento Regional e Urbano. Ele é professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC desde 1982.

Atuou no movimento estudantil nas lutas da segunda metade da década de 70. E sua primeira atuação sindical deu-se em 1978, quando lecionava na rede pública no estado de São Paulo. Na UFSC, participou do movimento docente desde o princípio. Foi presidente da Apufsc-Seção Sindical nas gestões 2000-2002 e 2002-2004. E ajudou na reorganização da seção sindical do Andes-SN na UFSC, após a Apufsc ter se desfiliado do Sindicato.

Já foi diretor do Andes-SN nas gestões 1990-1992; 1992-94; 2004-2006; e 2006-2008 (como presidente). Na atual (2012 a 2014), exerce as funções de 2º secretário e encarregado de Relações Sindicais.

Na seguinte entrevista ao Jornal da Adufrj, Rizzo faz uma breve avaliação das políticas educacionais do governo e destaca o papel do Sindicato na defesa dos interesses dos trabalhadores.

 

Qual a avaliação sobre as ações do governo em relação à educação pública?

As políticas públicas no Brasil seguem as definições do ajuste fiscal, o qual é determinado, desde a década de 1990, pelas exigências do capital financeiro relativamente à capacidade de endividamento do Estado. Isto é, Saúde, Educação, Seguridade Social, Habitação, Transporte etc. têm sido objetos de crescente descompromisso por parte dos governos e de intensa privatização. No caso do ensino superior, mais de 80% das vagas são oferecidas pelo setor privado, hoje sob intenso processo de monopolização transnacional. No que diz respeito às universidades públicas, o governo trabalha com base no modelo de instituições geradoras de recursos com base na venda de serviços, que o desobrigue do financiamento necessário ao pleno funcionamento das universidades.

Quais são as propostas centrais de sua gestão para o fortalecimento das instituições públicas de ensino?

Para o Andes-SN, conforme definiu seu 33º Congresso, este é o ano da Educação e o Sindicato encontra-se profundamente envolvido, com outras tantas entidades, na preparação de um Encontro Nacional de Educação, em agosto próximo, que faça um contraponto às políticas privatizantes, que congregue forças na defesa de que os recursos fiscais devam ser destinados exclusivamente para a educação pública, na ordem de 10% do PIB. Tal encontro vai ocorrer duas semanas antes da posse da próxima diretoria do Sindicato e nossa expectativa é a de que assumamos a gestão com a luta em defesa da educação pública situada num novo patamar de organização e de mobilização. Teremos que atuar, nos próximos dois anos, articulando a defesa da universidade pública e a defesa da educação pública em todos os níveis. Mas há várias outras coisas relacionadas ao fortalecimento das instituições públicas e uma delas assume caráter estratégico para a defesa do modelo de universidade pública que o Andes-SN defende: a carreira docente. Tínhamos uma carreira, conquistada com muita luta na década de 1980, que foi profundamente descaracterizada nos últimos anos, para atender às políticas privatizantes e de expansão sem qualidade. Cremos que esta será questão central no próximo período.

Qual o papel do movimento sindical como força política na sociedade brasileira?

O papel do movimento sindical é o de defender os interesses dos trabalhadores numa sociedade marcada por profundas desigualdades. Para que isso seja cumprido, faz-se necessário o restabelecimento da independência sindical, da autonomia frente ao governo e aos partidos políticos. Faz-se necessária a reconstrução da unidade da classe trabalhadora, hoje dividida em mais de uma dezena de centrais sindicais. Faz-se necessário unificar todos os setores da classe trabalhadora com os diferentes movimentos sociais existentes no país. Com essas perspectivas, o Andes-SN atua em diversos espaços e integrou-se à CSP-Conlutas, central que busca reunir os sindicatos e os movimentos sociais.

No plano da ação política, como ampliar o diálogo com o conjunto dos docentes em busca da mobilização?

O Sindicato precisa estar presente de forma atuante em todos os locais de trabalho, promovendo reflexões sobre as condições de trabalho, sobre o adoecimento que hoje atinge a categoria, promovendo atividades de formação que partam da realidade vivida em cada local e aprimorando os instrumentos e comunicação. O Sindicato, por meio de suas seções sindicais, deve ser receptivo a todos os segmentos da categoria e insistente na solidariedade como valor principal da vida sindical.

O senhor já foi presidente do Andes-SN (de 2006 a 2008). Qual o diagnóstico que o senhor faz da mudança de conjuntura, de lá para cá?

Naquele período, o governo, por meio de políticas de incremento ao crédito e de bolsas, conseguia contornar a crise econômica mundial, manter taxas razoáveis de emprego e crescimento do PIB. A situação hoje é diferente: o PIB não cresce, o endividamento das pessoas atinge patamares preocupantes. Naquela época, teve início a expansão do ensino superior com as promessas do Reuni. Agora, as universidades estão convivendo com contingenciamento de recursos e com cortes. Naquela época, aprovava-se a política de cotas, hoje vivemos os cortes na assistência estudantil. Se havia alguma euforia naquele período, hoje não há mais. As grandes manifestações de junho e julho de 2013 mostram que o modelo da chamada era Lula, de contemplar ao mesmo tempo banqueiros e as camadas mais pobres da população, começou a se esgotar. E como as demandas dos banqueiros são a prioridade nas políticas governamentais, devemos ter um contexto muito difícil nos próximos dois anos, com ameaças ainda maiores aos nossos direitos, o que reforça a importância das lutas sindicais.   

Como a eleição é de chapa única, qual a mensagem que o senhor deixa para o docente participar do processo eleitoral?

O programa da chapa está sendo distribuído aos professores. Solicitamos que ele seja lido, debatido e criticado. Nossa mensagem é de chamamento à mobilização. É preciso observar que, para o governo, a próxima negociação salarial será apenas em 2016, quando estiver encerrando o mandato da diretoria que vamos eleger. Nosso objetivo é outro: é obter conquistas e, para isso a mobilização agora é importante. Conclamamos à participação de todos na eleição e pedimos o voto de cada um, não como um cheque em branco, mas como um compromisso de fortalecimento de nosso sindicato e de sua democracia, condição necessária para que os docentes sejam os protagonistas das definições que serão feitas ao longo de nossa gestão.

 

 

O debate sobre a democracia interna surge como pauta obrigatória na universidade

 

Autoritarismo ameaça a UFRJ

 

Diante de um bandejão lotado ao meio dia, agora há pouco dezenas de estudantes da UFRJ foram alertados para a ameaça do autoritarismo no campus universitário. O ato foi convocado por dirigentes do Centro Acadêmico da Escola de Educação Física (CAEFD)  que acusam o diretor da Unidade, Leandro Nogueira, de perseguição política. A manifestação teve a participação do DCE Mário Prata, da Adufrj-SSind e de um representante dos estudantes que moram no alojamento.


De acordo com Rian Rodrigues, do CAEFD, Leandro costuma recorrer a policiais militares para ajudá-lo na repressão ao movimento dos estudantes. Os membros do centro acadêmico afirmam que o diretor não reconhece a representação estudantil e que a atitude de Leandro tem como causa a resistência dos estudantes ao seu projeto de privatizar cursos de pós-graduação na escola.

 

O presidente da Adufrj-SSind, Cláudio Ribeiro, manifestou sua preocupação com a presença da Polícia Militar no Fundão. “A segurança no campus tem que ter uma matriz universitária”, defendeu. O dirigente manifestou sua solidariedade aos estudantes da Educação Física e, se dirigindo à estudantada na fila do bandejão, disse que é essencial a ampliação dos espaços de participação dos estudantes nas áreas de decisão da universidade.

 

No dia 8, no Conselho Universitário


O dirigente do DCE, Tadeu Lemos, aproveitou para convocar os estudantes da UFRJ para o ato “Assistência Estudantil não é favor, é Direito” nesta quinta-feira (8 de maio) na sessão do Conselho Universitário. Segundo Tadeu, a defesa da assistência estudantil é prioritária para o movimento estudantil uma vez que há uma drástica redução dos investimentos na área. 

Participe das eleições para a nova diretoria do Andes-SN, biênio 2014-2016, e fortaleça seu Sindicato

Também haverá votação para cargos vagos do CR da Adufrj-SSind

14050562Paulo Rizzo, candidato a presidente. Foto: Andes-SNNos dias 13 e 14 de maio, acontecem as eleições para a diretoria do Andes-SN, biênio 2014-2016. A chapa única “Andes de Luta e pela Base” tem como candidato a presidente o professor Paulo Rizzo, que já dirigiu a entidade entre 2006 e 2008, da Seção Sindical do Andes-SN na UFSC. Para secretária-geral, o nome é Cláudia March, da Aduff-SSind. O 1º Tesoureiro será Amauri Fragoso, da Adufcg (Campina Grande). Junto desta edição, os docentes filiados à Adufrj-SSind irão receber, em um envelope, o material de divulgação da chapa.

O Sindicato Nacional, reconhecido pela luta em defesa dos trabalhadores e da Educação Pública, a cada eleição amplia seu exercício democrático na construção da entidade. A categoria, por sua vez, ao participar do processo eleitoral também fortalece seu sindicato. Podem votar os sindicalizados até 13 de fevereiro de 2014 e que estejam com suas contribuições em dia até 7 de março de 2014. 

Regional Rio

No Rio de Janeiro, a Regional do Andes-SN terá como candidato a 1º vice-presidente o ex-presidente da Adufrj-SSind, professor Luis Eduardo Acosta. O 1º secretário será o professor Guilherme Mota (Asduerj) e o 1º tesoureiro, o professor Wellington Augusto da Silva (Adur-RJ).

 

Eleição para o Conselho da Adufrj-SSind

Na UFRJ, para aproveitar a infraestrutura que será montada para a votação da nova diretoria do Sindicato Nacional, a Adufrj-SSind realizará também a eleição para os cargos vagos do seu Conselho de Representantes. 

O CR é o órgão consultivo da Adufrj-SSind e o número de representantes em cada Unidade dependerá da quantidade local de sindicalizados, da seguinte forma: até 60 sindicalizados: um representante; de 61 a 120 sindicalizados: dois representantes, e mais de 120 sindicalizados: três representantes.

Ao Conselho de Representantes compete, entre outras tarefas: discutir e deliberar sobre os assuntos da ordem do dia; deliberar em primeira instância sobre finanças, aprovando ou rejeitando os balanços financeiros anuais da Diretoria; fiscalizar a aplicação das finanças e do patrimônio da entidade; divulgar as atividades da Adufrj-SSind no âmbito de suas Unidades; e implementar ações visando mobilizar a categoria para as programações e lutas da Seção Sindical.

Locais de votação

A lista com os locais de votação será divulgada na próxima edição do Jornal da Adufrj.


14050561Chapa “Andes de Luta e pela Base” foi apresentada durante o 33º Congresso da categoria, em São Luís (MA). Foto: Andes-SN

O novo outdoor da Adufrj-SSind, em homenagem ao Dia do Trabalhador, cobra uma melhor infraestrutura dentro da UFRJ para que professores, técnicos-administrativos e estudantes desempenhem suas atividades.

A novidade deste painel é a existência de um código QR que, após escaneado pelo aplicativo apropriado do celular, remete para um perfil criado pela Seção Sindical, no facebook. O objetivo da página eletrônica é estimular a comunidade acadêmica a compartilhar imagens e breves descrições de problemas encontrados no cotidiano da universidade.

Instalado na lateral do ex-Canecão, zona sul do Rio, o outdoor foi elaborado pelo GT Comunicação e Artes da Adufrj-SSind.

Painel1maioAFoto: Kelvin Melo


Painel1maioBFoto: Kelvin Melo

 

Barrados no baile

O consultor da ONU para a Copa do Mundo, Pedro Tengrouse, apresenta dados relevantes sobre a realização do torneio no Brasil. Ele informa que a Fifa arrecadou no país, com o evento, o maior volume de patrocínio e direitos de transmissão de sua história, R$ 5 bilhões. Aqui no Brasil, também se registrou a maior demanda por ingressos (especialmente para atender à plateia estrangeira). Na África do Sul, Tengrouse diz que a Fifa chegou a fazer até promoções para vender entradas. O consultor diz, ainda, que um grupo de empresas pagou para a Fifa US$ 21 milhões para que a entidade financiasse uma Fan-Fest em cada cidade-sede. E, mesmo assim, os executivos estão cobrando a conta das prefeituras. Pelos cálculos do consultor, dos 200 milhões de brasileiros, “com sorte”, 0,75 % conseguirá algum ingresso. Eis algumas das razões que podem explicar por que, na véspera do evento (para inquietação de patrocinadores e da máquina midiática), a adesão espontânea da massa que se viu em outras Copas foi trocada pela indiferença. Além, é claro, da opressão que resulta na remoção de comunidades pobres, dos bilhões despejados em obras superfaturadas, enquanto saúde, educação...

 

Ditadura nunca mais

 14050575A Comissão da Verdade do Andes-SN realizará nova reunião ampliada com entidades sindicais e movimentos sociais na quinta-feira, 8 de maio, às 13h, na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ – Rua Moncorvo Filho, nº 08, terceiro andar (Auditório Valladão), Centro. O objetivo da reunião é abrir espaço para que as seções sindicais tragam a sua contribuição para o debate. O encontro também servirá para que a Comissão da Verdade do Sindicato Nacional defina um conjunto de tarefas para avançar na sua missão.


Crise na USP

A USP suspendeu todas as novas contratações de pessoal, incluindo as substituições de aposentados ou demitidos. O aviso foi feito por meio de uma carta do reitor Marco Antônio Zago enviada nesta segunda (28) a professores, funcionários e alunos da instituição. A Adusp já havia alertado para a escassez de verbas para a instituição – que é estadual.


Com o Ministro
Sindicatos de docentes e técnico-administrativos da Educação Federal (Andes-SN, Fasubra e Sinasefe) pediram audiência ao ministro da Educação, José Henrique Paim, para esta terça-feira, 6 de maio.


1º de Maio na Maré
O Primeiro de Maio do Rio este ano mudou o roteiro. Sindicatos e movimentos sociais trocaram o tradicional trajeto Candelária-Cinelândia pela Avenida Brasil. Os manifestantes marcharam até a entrada da Baixa do Sapateiro, comunidade do Complexo da Maré que está ocupado desde o início de abril pelo Exército. Palavras de ordem pediram a desmilitarização da Polícia Militar e o fim da ocupação.
Pelo Andes-SN, Sônia Lucio saudou a solidariedade de classe e a luta por uma sociedade justa. A dirigente citou as greves dos garis e dos trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) entre as lutas recentes contra a exploração patronal e o sindicalismo pelego. Ela explicou que o cenário da manifestação foi escolhido “porque é nas comunidades que nossas Cláudias, Amarildos e Douglas enfrentam a mais violenta opressão”. 

14050572Manifestação. A marcha pela Av. Brasil começou na altura da Fiocruz e seguiu até a Maré. Foto: Samuel Tosta - 1º/05/2014 

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