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WhatsApp Image 2022 07 04 at 14.03.36O comitê de Luta da UFRJ será lançado nesta quarta-feira, 6 de julho, às 18h, no Salão Nobre do IFCS. O evento vai contar com a participação da vereadora Tainá de Paula (PT), do pró-reitor de Planejamento e Finanças, professor Eduardo Raupp, e moderação da ex-coordenadora do Sintufrj, Neuza Luzia Pinto, para falar de cortes e financiamento da educação.

Confira abaixo o manifesto do comitê de luta

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WhatsApp Image 2022 07 04 at 14.03.56Dando continuidade às homenagens ao Professor Luiz Pinguelli Rosa, falecido em março deste ano, será realizado no próximo dia 06 de julho, quarta-feira, um debate sobre a sua autobiografia “Memórias - de Vargas a Lula: a resistência à ditadura e ao neoliberalismo”. Fundador e primeiro presidente da AdUFRJ, Pinguelli sempre esteve comprometido com o desenvolvimento do país e lutou em defesa da Universidade Pública, da Ciência e da Tecnologia.
O evento será realizado às 12h, na sala G122, bloco G do Centro de Tecnologia da UFRJ, com a presença de Ildeu Moreira, Maria Silvia Muylaert de Araújo, Romildo Toledo Filho e Tatiana Roque. A moderação de João Torres de Mello Neto, presidente da AdUFRJ.
Os filiados da AdUFRJ presentes ao evento ganharão uma cópia do livro.

Lucas Abreu e Isadora Camargo

A universidade saiu dos seus muros, cruzou a Zona Norte e pousou em Madureira. No sábado (25), a Praça Olímpica do Parque Madureira Mestre Monarco foi palco de um alegre encontro entre a população e professores e estudantes de graduação e pós-graduação da UFRJ. Organizado pela AdUFRJ, o evento UFRJ na Praça levou ao parque mais de 20 atividades de várias áreas do conhecimento, mostrando ao público um pouco da produção científica da universidade, valorizando o papel das instituições públicas de ensino — tão atacadas pelo governo Bolsonaro — e revelando como a Ciência está presente em nosso cotidiano.
Para João Torres, presidente da AdUFRJ, a atividade foi um sucesso. “Foi muito importante trazer para a Zona Norte, para um equipamento tão bacana quanto o Parque Madureira, o que é feito na UFRJ”, celebrou o professor. No começo do evento, ele saudou os professores, os estudantes e o público. “É uma enorme satisfação para nós, da AdUFRJ, promover este encontro da UFRJ com a população da cidade do Rio”, disse João.
Quem passou pelo evento se encantou com a variedade de oficinas, apresentações e interações. O professor Fernando Santoro, diretor do IFCS, comandou a encenação da peça “Cortando a cabeça do tirano”. A companhia de dança Mova-se, que dá aulas no parque há nove anos, apresentou o espetáculo Ouro Negro. E a Ciência esteve muito bem representada em várias oficinas, distribuídas por tendas na Praça Olímpica.
Uma das tendas mais visitadas foi a do Laboratório de Répteis e Anfíbios, onde a coleção de sapos, rãs e pererecas fez a alegria da criançada. Na oficina DNA funcional, um jogo de amarelinha ajudou o público a entender as intrincadas estruturas genéticas do corpo humano. Já na oficina Formulando Literacia Científica, os visitantes puderam acompanhar, por meio de uma maquete, o processo de fabricação dos medicamentos, desde a extração de polímeros na natureza até seu uso na indústria farmacêutica. O processo de obtenção de água e nutrientes pela maioria das plantas nos ecossistemas terrestres — por meio de simbiose mutualística com fungos micorrízicos — foi o tema da oficina Glominho micorriza.
O professor Pedro Lagerblad levou seu objeto de estudos, o mosquito, para o UFRJ na Praça. Quem passou por ali pôde, na explicação do próprio professor, saber das dificuldades da vida do inseto. “A pessoa pode ver no microscópio como o mosquito se alimenta de verdade, não é um vídeo do YouTube”, ressaltou. Para ele, eventos como o UFRJ na Praça são “uma janelinha que se abre para que a população veja o que é feito na universidade”.
A Ciência também foi mostrada nas atividades interativas do projeto de extensão Tem Menina no Circuito, e ainda em um debate sobre as eleições e a democracia no Brasil, mediado pelo cientista político Josué Medeiros, professor do IFCS.
“Deu muito trabalho organizar tudo, mas acho que podemos dizer que foi um sucesso, não é?”, comemorou a professora Nedir do Espirito Santo, diretora da AdUFRJ e coordenadora do evento. “Foi um acerto a escolha do lugar. Nós trouxemos atividades de várias áreas de conhecimento, com o objetivo de motivar jovens e crianças da região a ingressar na universidade”, pontuou a professora. Ela também levou para o UFRJ na Praça atividades do Laboratório de Instrumentação do Ensino de Matemática, com atividades lúdicas que ajudaram os participantes a aprender Matemática brincando.
Quem estava no Parque Madureira e passou pelo UFRJ na Praça com certeza saiu com uma visão mais ampla da Ciência e das universidades. Foi o caso de Rogério Assis Corrêa, morador de Madureira e frequentador do parque. “Às vezes, as pessoas acabam tendo a impressão de que o ensino superior é algo distante e muito difícil. Então essas ações de aproximação com a comunidade acabam ajudando a derrubar isso”, disse Rogério, que celebrou ainda a oportunidade de conhecer um pouco mais do trabalho da UFRJ. “Eu vi crianças que tiveram contato com trabalho científico, com informação. Foi uma oportunidade de a universidade passar algumas orientações para comunidade. Para mim valeu muito a pena, gostei bastante”.

Teatro e dança
FSOU7831O professor Fernando Santoro, diretor do IFCS, apresentou a peça WhatsApp Image 2022 07 01 at 18.35.54 16 “Cortando a cabeça do tirano”. O espetáculo Ouro Negro (à direita), encenado pela companhia Mova-se, reuniu dezenas de  pessoas no fim da manhã. O grupo atua há nove anos no Parque Madueira, com aulas de dança para a comunidade.

Facetas do corpo humano
WhatsApp Image 2022 07 01 at 18.35.54 12A oficina “Conhecendo o sistema imune através do microscópio” (àWhatsApp Image 2022 07 01 at 18.35.54 13 esquerda) mostrou as diferentes células de defesa do corpo humano atuando contra bactérias e outros invasores. Os olhos gigantes (à direita) mostraram como a visão humana é formada e como os padrões diferentes de visão, como miopia e hipermetropia, funcionam, com câmaras escuras e lentes especiais. As oficinas foram apresentadas pelo IBCCF e pelo Espaço Ciência Viva.

AdUFRJ presente
WhatsApp Image 2022 07 01 at 18.35.54 10A professora Nedir do Espirito Santo, diretora da AdUFRJ, e Meriane Paula, foram incansáveis na organização do UFRJ na Praça. Foram dois meses de planejamento para que tudo desse certo no Parque Madureira. “Deu muito trabalho organizar tudo, mas acho que podemos dizer que foi um sucesso”, disse Nedir, que ainda comemorou a escolha do parque para sediar o evento. “Trouxemos atividades de várias áreas de conhecimento, com o objetivo de motivar os jovens e as crianças”.


WhatsApp Image 2022 07 01 at 18.35.54 14Sapos, rãs e pererecas conservados em formol, da coleção doWhatsApp Image 2022 07 01 at 18.35.54 6 Laboratório de Répteis e Anfíbios, despertaram a curiosidade dos que passavam pela barraquinha (à direita). Crianças brincaram com o jogo de modelar proteínas (à esquerda). “Nossa ideia é mostrar a estrutura e a função das proteínas para um público infantil”, contou o professor do IBCCF, Bruno Torres. “Uma vez que eles entrem na faculdade, lá na frente, esse assunto vai ser mais familiar para eles”, animou-se.

Nutrição e Física
WhatsApp Image 2022 07 01 at 18.35.54 20As quantidades de sal, açúcar e gordura dos alimentosWhatsApp Image 2022 07 01 at 18.35.54 21 industralizados impressionaram quem passou pela barraquinha do Laboratório de Endocrinologia (à esquerda). Os alunos do projeto de extensão Tem Menina no Circuito e do Museu Interativo da Física (Ladif) divertiram o público, explicando fenômenos físicos com atividades lúdicas, como bolhas de sabão, cadeira de pregos e circuitos de massinha. As experiências com nitrogênio líquido foram destaque

Realidadeem discussão
WhatsApp Image 2022 07 01 at 18.35.54 1As professoras da Faculdade de Pedagogia convidaram oWhatsApp Image 2022 07 01 at 18.35.54 27 público a escrever nos jornais as manchetes que gostariam de ler. A maioria pautou a derrota de Bolsonaro e a valorização da Educação no próximo governo (à esquerda). Os alunos de Farmácia levaram o quiz “fato ou mito” sobre asWhatsApp Image 2022 07 01 at 18.35.54 23 vacinas, desmentindo as informações falsas que chegam à população e conscientizando sobre a importância de se imunizar (ao lado acima). Professores da Ciência Política apresentam a pesquisa de Monitoramento Eleitoral 2022

Contato com a Ciência
WhatsApp Image 2022 07 01 at 18.35.54 24Exposição de insetos preservados e vivos, mostrando a diversidade de espécies do grupo. Quem visitou a tenda ouviu explicaçõesWhatsApp Image 2022 07 01 at 18.35.54 26 sobre a importância dos insetos para os ecossistemas, iniciativa da professora Daniela Takiya, do Instituto de Biologia (à esquerda). Aprendendo Matemática de maneira lúdica, desenvolvendo expertises como o raciocínio lógico e a visão espacial, foi a proposta das atividades desenvolvidas no Laboratório de Instrumentação do Ensino de Matemática. Ela foi uma das tendas que mais recebeu visitas de jovens e crianças

Quem quer bacalhau?
WhatsApp Image 2022 07 01 at 18.35.54 19Dinâmica do Cenimp explicou como identificar o pescado do qualWhatsApp Image 2022 07 01 at 18.35.54 15 é feito o bacalhau com análises do DNA, com direito a uma prova de bolinho de bacalhau. “Estimular a curiosidade para que as pessoas aprendam como se faz Ciência”, explicou o professor Antônio Solé Cava (à esquerda). O presidente da AdUFRJ, João Torres, saudou os presentes na abertura do UFRJ na Praça. “Um sucesso”, avaliou.

IMG 8226Foto: Alessandro Costa/Arquivo AdUFRJ

O governo Bolsonaro desrespeita a lei para atacar a Ciência. O Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), mesmo blindado por legislação aprovada no Congresso ano passado, sofreu um corte de R$ 2,5 bilhões, ou 56% do total. Entidades do setor criticam a medida que ameaça a continuidade de projetos estratégicos das mais diferentes áreas do conhecimento.
“O bloqueio é uma nova estratégia que o governo está utilizando. Antes, havia o contingenciamento e a reserva de contingência que a gente conseguiu derrubar com a lei complementar 177/21”, afirma o professor Ildeu Moreira, presidente de honra da SBPC. “Estão fazendo uma reserva de contingência a fórceps, com outro nome”.
Em tempos tão duros para a Ciência, o FNDCT integral em 2022 era esperado como uma tábua de salvação para os pesquisadores. “Obviamente, estes recursos não resolvem uma série de problemas do ministério. Não podem ser usados para tudo, mas são utilizado para projetos muito estratégicos, como os do edital universal do CNPq, parques tecnológicos e ‘n’ programas que podem ser abertos”, afirma Ildeu. “São recursos fundamentais para a área de Saúde, ainda mais num momento de pandemia. Para as Engenharias, que estão arrebentadas no Brasil. Para a pesquisa básica e para os laboratórios, que estão parando. O FNDCT é um programa geral de apoio à infraestrutura das universidades, que está decadente”, completa.
Com todas as dificuldades, o fundo criado em 1969 tem contribuído para a sobrevivência da rede de universidades e institutos de pesquisa do país. “Se olhar em todas as universidades e instituto de pesquisa, dificilmente há laboratório, com mais de dez anos, que não tenha algum equipamento com recursos do FNDCT, via Finep”, explica o presidente de honra da SBPC.
Ildeu, que é professor do Instituto de Física da UFRJ, enfatiza que o bloqueio não se justifica por falta de dinheiro. “Estamos falando aqui de R$ 4 bilhões, aproximadamente. O PIB brasileiro é de R$ 8,7 trilhões. O orçamento da União é de R$ 4,7 trilhões. Estamos falando de metade de um milésimo do PIB”, diz. “Tanto não falta que colocaram R$ 16 bilhões no orçamento secreto para atender interesses paroquiais. É questão política de definir para onde o dinheiro vai”.WhatsApp Image 2022 07 01 at 18.38.58

MAIS DE 52 PROGRAMAS
AFETADOS
Um levantamento do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies) aponta que pelo menos 52 programas serão afetados pelo cortes. “E cada programa tem vários projetos”, afirma o presidente do Confies, Fernando Peregrino.
“Esse dinheiro não poderia ser, de forma alguma, contingenciado ou bloqueado. O fato é que você proibiu, limitou, constrangeu e desorganizou algo que o Congresso Nacional blindou e o presidente sancionou”, reforça Peregrino.
Além do bloqueio no FNDCT e na Educação, o dirigente chama atenção para a ameaça contida em uma medida provisória (nº 1.112), que redireciona recursos das atividades de pesquisa do setor de óleo e gás para um programa de renovação da frota de veículos pesados do país. “Vejo isso tudo de forma orquestrada. É um absurdo transformar o estratégico em imediato. Tirar caminhão danificado da estrada é importante. Mas tirar dinheiro do futuro é um absurdo”, diz. Peregrino também critica a preservação do chamado orçamento secreto, em detrimento da Ciência. “Pulverizaram (o orçamento) aos interesses pequenos, paroquiais de grande parte da Câmara e do Senado. Cada um cuida de si. Fazem uma estradinha aqui, outra acolá e amanhã não tem mais nada”.

VERBA PODERIA
SER MAIOR
O vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências, professor Jailson de Andrade, destaca um dos editais financiados pelo FNDCT, para mostrar sua importância e diversidade de utilização: “Os editais do CT Infra são extremamente robustos. Você consegue adquirir equipamentos que não consegue através de outros editais menores. Permite a compra um piano para uma faculdade de música ou de um equipamento de ressonância magnética nuclear, de última geração”, diz.
Além de desbloquear as receitas do FNDCT, as entidades científicas têm outra frente de disputa com o governo Bolsonaro: ampliar a parte do fundo destinada às universidades e institutos de pesquisa. Hoje, 50% do FNDCT são reservados para empréstimos ao setor privado, para incentivar a pesquisa nas empresas. São os chamados recursos reembolsáveis. Por várias razões, os empresários não pegam o dinheiro, que volta para o caixa do governo, no fim de cada exercício fiscal.
A ABC lançou um documento aos presidenciáveis reivindicando que o bolo reservado para as universidades seja aumentado para 85%. A Academia também cobra a liberação dos recursos em duodécimos. “Por exemplo, a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo) recebe por duodécimos. Ela pode se planejar para o ano”, explica. O dispositivo também impede que o governo use do artifício de só liberar os recursos nos últimos dias do ano para dificultar os gastos, já que os valores não empenhados retornam para o Tesouro nacional.
Ildeu Moreira reforça o pleito e vai além. O professor cobra a aplicação dos 85% na discussão do orçamento do ano que vem pelo atual Congresso. “Para entrar já no orçamento de 2023 e não apenas para os anos seguintes. São R$ 3 bilhões de diferença para 2023”, explica.

RESPOSTA DO GOVERNO
O governo argumenta que não existe corte. Em audiência pública realizada na Comissão de Desenvolvimento Econômico, no início do mês, o secretário-executivo do MCTI, Sergio Freitas de Almeida, disse que “todos os ministérios foram impactados com este bloqueio (de R$ 8,2 bilhões), que ainda não foi oficializado, mas já informado”. Só não mencionou que as pastas de Ciência, Saúde e Educação sofreram as maiores “tesouradas” (R$ 5,2 bilhões).
“Nem contingenciamento, nem cancelamento. No caso do FNDCT, é vedado o contingenciamento de recursos por força da lei complementar 177. Este bloqueio que está sendo discutido hoje é o mero impedimento da emissão de notas de empenho”, tentou explicar. O secretário disse que os recursos serão recompostos ao longo do exercício.

NO CONGRESSO, TENTATIVA DE DESBLOQUEAR RECURSOS

A SBPC articulou no Congresso Nacional uma tentativa de liberar os recursos bloqueados na Educação (R$ 1,6 bilhão) e na Ciência (R$ 2,5 bilhões). O objetivo seria incluir os valores na Proposta de Emenda à Constituição nº 16/2022. A PEC retirava R$ 29 bilhões do teto de gastos para pagamento de estados que baixassem a zero o ICMS sobre óleo diesel e gás de cozinha. Porém, durante a discussão em plenário, no dia 30, seu conteúdo acabou diluído em outra PEC, agora conhecida como “PEC das bondades”, sem desbloquear os recursos da Educação e da Ciência. O texto seguiu para votação na Câmara.
Além da disputa no parlamento, as entidades científicas não descartam uma ação judicial para preservar os valores do FNDCT. “Eu acho que as entidades deveriam ingressar com uma ação judicial o mais rapidamente possível. Até para colocar uma pressão no governo”, afirma o professor Ildeu Moreira.

Para dialogar com a população contra os cortes na Educação e na Ciência, professores e estudantes da UFRJ estiveram no Parque Madureira, no último sábado (25). A convite da AdUFRJ, eles organizaram atividades interativas com o público para mostrar a importância das pesquisas e das universidades públicas para o país. Confira alguns registros do "UFRJ na Praça" feitos pelo fotógrafo Fernando Souza e leia a cobertura completa do evento na próxima edição do Jornal da AdUFRJ. 
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