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WhatsApp Image 2022 08 22 at 12.27.071Alexandre Cardoso; Nelson Maculan; Carlos Levi; Roberto LeherAlexandre Cardoso, Nelson Maculan, Carlos Levi da Conceição e Roberto Leher são os quatro ex-reitores da UFRJ que assinam um manifesto em defesa da Democracia e em apoio à candidatura do ex-presidente Lula. O documento teve adesão de 124 ex-dirigentes e reitores eleitos mas não empossados por Bolsonaro de 54 universidades federais de todo o país. Na carta, eles falam sobre as ameaças de destruição da universidade, denunciam os ataques à Ciência e à Democracia, mas demonstram esperança na construção de uma aliança “transpartidária” para derrotar Bolsonaro.

A carta foi divulgada no dia 15 e entregue ao ex-presidente Lula na USP, durante uma aula aberta sobre “Universidade Pública e Democracia”. “Conseguimos apoio de ex-reitores de todos os estados brasileiros, de todas as regiões do país. A carta explicita o posicionamento da educação federal brasileira”, argumenta o professor emérito da Coppe, Nelson Maculan, reitor da UFRJ entre 1990 e 1994. “Nossas universidades estão mais diversas. Hoje há alunos de todas as cores graças à Lei de Cotas, que foi uma conquista para todos nós e fortaleceu nossa democracia. Só conseguiremos ampliar essa diversidade com Lula”, defende.

Maculan explica que a carta foi pensada e entregue ao ex-presidente Lula porque ele é o único candidato capaz de enfrentar Bolsonaro. “É quem pode trazer o país de volta para o caminho do desenvolvimento social e econômico, para a tradição democrática”, diz. “O governo atual é terrível em todos os níveis. É tarefa de todos nós, democratas, elegermos Lula”.

Para o professor Alexandre Pinto Cardoso, reitor da UFRJ entre 1989 e 1990, o país passa por um momento de “aguda inquietude” que ameaça os princípios de uma nação soberana. “É dever de todos que defendem o Estado Democrático de Direito tomar uma posição”, afirma. “Nesse sentido, e com profunda convicção democrática, subscrevi o manifesto”, comenta.

Reitor da universidade entre 2011 e 2015, o professor Carlos Levi da Conceição considera que subscrever a carta é uma obrigação dos ex-reitores de universidades federais por todo o legado deixado, sobretudo, pelos governos Lula. “Expansão, programas de reestruturação, todas as ações de fortalecimento das instituições”, elenca. “Por tudo isso, é mais do que nossa obrigação demonstrar, nesse momento que nossa pátria atravessa, o nosso agradecimento e o desejo de que esses tempos retornem para a nossa universidade e para o nosso país”.

Roberto Leher, reitor da UFRJ entre 2015 e 2019, acredita que o futuro das universidades depende da manutenção de um sistema democrático. “Na nossa avaliação, Lula é o candidato com condições objetivas de derrotar Bolsonaro, que faz manifestações muito explícitas na direção de uma ruptura democrática”, analisa. “Nosso lugar é de autonomia para indicar que Lula é o único capaz de interromper esse processo de fascistização do Brasil”, explica. O apoio explícito à candidatura do ex-presidente se justifica, para Leher, pela singularidade do momento político.

“É um momento de perigo para a democracia. Pós-eleições é preciso que os setores se mantenham organizados para a defesa da educação pública”, finaliza o ex-reitor, professor titular da Faculdade de Educação.

Leia a íntegra da carta AQUI.

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