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WhatsApp Image 2022 08 15 at 11.46.49Fotos: Fernando SouzaCom coragem e unidade, a UFRJ atendeu ao chamado nacional em defesa da democracia. Na quinta-feira, 11, professores, técnicos e estudantes leram a Carta pela Democracia e cobraram eleições livres em outubro. O movimento encheu o pilotis do CT e foi organizado pela AdUFRJ, Sintufrj, APG e DCE, em sintonia com as manifestações de todo o país.
A Carta foi lida por estudantes, docentes e técnicos. O revezamento entre os leitores se repetiu em todo o país, sob a liderança da Faculdade de Direito da USP, grande idealizadora do movimento. O documento já ultrapassou um milhão de assinaturas.
“Que a leitura da carta da democracia impulsione as forças democráticas no Brasil a fazer mais. Que impulsione todos nós a fazer mais, a colocar a nossa ação e reação à altura do momento histórico que vivemos, afirmou o presidente da AdUFRJ, professor João Torres, na reunião do Consuni que antecedeu a leitura da Carta. “E quem sabe assim teremos nossas universidades florescendo de novo”, completou.
As universidades conhecem bem o valor da democracia, diante do desrespeito sofrido no governo Bolsonaro. “Neste momento, há cerca de 20 universidades onde o reitor eleito não foi empossado”, disse a reitora Denise Pires de Carvalho. “Sabemos que somente através do Estado democrático de direito conseguiremos a nação soberana para as futuras gerações”.WhatsApp Image 2022 08 15 at 11.47.52
São jovens como Natália Trindade, da Associação de Pós-graduandos, que desejam esta nação soberana. “As eleições de outubro serão plebiscitárias. Quem hoje dirige o país acredita que a universidade deva acabar”, avaliou.
Coordenador geral do Sintufrj, Esteban Crescente pediu mobilização. “Não há outro caminho até 2 de outubro que não seja ir para a rua e resistir”.

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL
A Faculdade Nacional de Direito, com longo currículo de resistência em defesa das liberdades democráticas, não poderia faltar ao ato da UFRJ. Diretor da unidade, o professor Carlos Bolonha enfatizou que o Estado democrático de direito sequer deveria estar em discussão. “É um princípio fundamental absoluto”.
O dirigente leu uma moção da Congregação da FND com integral apoio à Justiça Eleitoral. “Nesta encruzilhada histórica, esta Faculdade convoca a todas e todos que defendem o Estado Democrático de Direito a lutar pela soberania popular, inibindo, assim, qualquer tentativa de dilapidação das conquistas democráticas do povo brasileiro”, diz o documento.
No 11 de agosto, que é o Dia Nacional dos Estudantes, o DCE da UFRJ também prometeu resistir. “Bolsonaro dá declarações de que não aceitará o resultado das urnas. Ataca o Supremo Tribunal Federal. Articula com militares sua permanência por meio de um golpe. Essa história nós já conhecemos. E nós já conhecemos o que não permitirá que a democracia seja apunhalada: mobilização popular nas ruas para barrar o fascismo”, disse Lucas Peruzzi, coordenador-geral do DCE. “Nossa bandeira carrega o nome de Mário Prata, que decidiu ser resistência nos momentos mais sombrios da nossa história. Hoje honraremos este legado para dizer que não aceitamos o governo da fome e da miséria. Não permitiremos que os golpistas assassinem a nossa democracia”, concluiu.

VICE-REITOR: “NÃO VAMOS FECHAR. DEVEMOS ISSO AO POVO BRASILEIRO”

WhatsApp Image 2022 08 15 at 11.48.14“Nós não vamos fechar, porque devemos isso ao povo brasileiro. Somos uma das luzes que existem na sociedade”, disse o vice-reitor, professor Carlos Frederico Leão Rocha, na reunião especial do Conselho Universitário que antecedeu o ato político de leitura da carta pela democracia. A sessão tinha como ponto único a discussão da grave situação financeira da UFRJ. “Hoje temos cerca de 40% do orçamento que tínhamos em 2012. Estamos no limite do limite”, completou.
O dirigente, docente do Instituto de Economia, criticou o teto de gastos públicos. O dispositivo limita as despesas do Estado, mesmo com o governo batendo recordes de arrecadação. “Nenhum país do mundo em nenhuma situação adotou uma prática como o teto de gastos. É a coisa mais danosa que pode ser feita na história da humanidade. E só foi possível num momento de suspensão da democracia, com um presidente que não foi eleito”, disse em referência ao ex-presidente Michel Temer.
O pró-reitor de Finanças, professor Eduardo Raupp, expôs o caráter inédito da crise atual. “É a primeira vez que temos um corte com o orçamento já em aplicação. Não tivemos como planejar, reduzir contratos. No momento do corte, a UFRJ já tinha 90% do seu orçamento comprometido com fornecedores”, informou. “Só temos cobertura orçamentária até meados do mês que vem”, disse.
O Consuni aprovou uma carta ao MEC, proposta pelas entidades representativas da UFRJ, por unanimidade. O documento reivindica a reconstrução do orçamento da universidade.

WhatsApp Image 2022 08 08 at 19.20.14 1UNIDADE. João Torres, presidente da AdUFRJ, organiza ato com representantes do Sintufrj, DCE e APG - Foto: divulgaçãoA sociedade civil não tolera mais as seguidas manifestações antidemocráticas de Bolsonaro. O grito em defesa da democracia e da liberdade, a exemplo do que aconteceu em agosto de 1977, durante a ditadura militar, tem data e hora. Será no dia 11 de agosto, às 11h. As atividades vão acontecer em diferentes cidades brasileiras e a principal manifestação será em São Paulo. No Rio, a UFRJ será uma das instituições a ler a Carta da Democracia, às 11h, nos pilotis do Centro de Tecnologia e a engrossar a passeata no Centro. O documento, elaborado por juristas da Faculdade de Direito da USP, já tem mais de 800 mil adesões – leia a íntegra AQUI. Desde que foi aberto para assinatura do público, o site que hospeda a carta já sofreu mais de dois mil ataques hackers.
Presidente da AdUFRJ, o professor João Torres participou dos encontros organizativos e acredita que este é o momento de unidade máxima contra as tentativas do atual governo de colocar em xeque as instituições brasileiras. “Vivemos um momento de ameaça concreta de ruptura da democracia”, avalia. “O governo e instituições militares têm questionado as urnas e as eleições. Algo muito semelhante aconteceu recentemente nos Estados Unidos. Mas lá, diferentemente daqui, as Forças Armadas atuaram no sentido de defesa da democracia. Aqui, este movimento não é claro”, continua o professor. “A carta, portanto, tem essa ressonância grande por conta da escalada autoritária e da possibilidade de quebra da normalidade democrática”, conclui.
A atividade na UFRJ começa às 9h30, com o Conselho Universitário que discute o orçamento da universidade. A sessão será realizada no auditório do Bloco A do Centro de Tecnologia. Em seguida, às 11h, o Consuni será suspenso para a realização do ato político em defesa da democracia, contra os cortes e por eleições livres, também no CT. Neste momento, será lida a Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito. A organização do movimento é da AdUFRJ e das demais entidades representativas dos técnico-administrativos, estudantes e terceirizados.
“As universidades são espaços de formação do pensamento crítico e de valorização do conhecimento social”, acredita Esteban Crescente, coordenador geral do Sintufrj. “Em especial, nos úlimos anos, o debate sobre a popularização e o acesso a esse conhecimento se intensificou, o que reforça a necessidade desse espaço ser de resistência”, justifica o dirigente. “A história nos mostra que não podemos subestimar o caráter golpista de boa parte do alto comando das Forças Armadas brasileiras. Por tudo isso, é necessária a mobilização da sociedade brasileira nos atos em defesa da democracia”.À tarde, as comunidades acadêmicas dos institutos de Filosofia e Ciências Sociais e de História se organizam para fazer também a leitura da carta e concentrar professores, estudantes e servidores da UFRJ para o ato da Candelária. A programação está prevista para começar às 14h com a leitura da carta no Largo do São Francisco de Paula, no Centro do Rio.WhatsApp Image 2022 08 08 at 19.25.51
Fernando Santoro, diretor do IFCS e um dos organizadores da atividade, ressalta a importância de atuar em defesa da democracia. “A Congregação do IFCS deliberou por estar atenta e ativa na defesa da democracia, das eleições livres e das instituições democráticas da República”, afirma. O empenho na preparação da atividade não esconde a preocupação do professor com a escalada da violência política. “Estamos preparando um protocolo de segurança como forma de proteger nossa comunidade acadêmica e os espaços da universidade contra a ação daqueles que usam da violência para desestabilizar a democracia”, disse.
O ato do dia 11, ressalta o professor, será a expressão da UFRJ para a sociedade. “Nosso prédio fica localizado no coração do Rio de Janeiro, num corredor cultural de grande importância também política”, diz. “Estaremos em praça pública, onde a universidade pensa sua cultura, para rechaçarmos qualquer tentativa de ataque à democracia”, afirma. “A universidade, por sua própria natureza, é uma das guardiãs da democracia, pois é espaço do debate, do pensamento livre. Também por isso somos atacados em todos os âmbitos, seja no corte do orçamento, seja na liberdade de cátedra, com intimidações e judicializações”, analisa. “É muito importante que estejamos juntos nesse momento”.

ATOS DEMOCRÁTICOS SE ESPALHAM POR TODAS AS REGIÕES

Além da UFRJ, a PUC-Rio será outro cenário de grande ato em defesa da democracia. No mesmo horário, às 11h, a carta será lida nos pilotis da universidade, na Gávea. A manifestação é organizada pela Associação de Docentes da PUC e conta com a adesão de mais 33 entidades. Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Central Única dos Trabalhadores, Associação Brasileira de Imprensa, Instituto de Advogados Brasileiros e Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro são algumas delas.
Também no Rio, às 11h, a carta será lida em outros dois pontos: ao lado das estátuas de Marielle Franco (foto), na Praça Mario Lago, e de Zumbi dos Palmares, na Avenida Presidente Vargas.WhatsApp Image 2022 08 08 at 19.20.54
Às 16h, começa a concentração da passeata, na Candelária. A União Nacional dos Estudantes e partidos de esquerda organizam a atividade. A AdUFRJ participará do ato.
Em São Paulo, a manifestação principal concentrará no do Largo de São Francisco. Às 11h, será lida a Carta pela Democracia na faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Também em São Paulo, às 9h e às 17h, haverá atos de massa em frente ao Masp, na Avenida Paulista.

Veja outras cidades:

Distrito Federal
Às 15h, ato no Congresso
Nacional

Manaus
Praça da Saudade, às 15h

Salvador
Praça do Campo Grande, às 9h

Fortaleza
Praça da Bandeira, às 9h;
Gentilândia, às 16h; e Casa
do Estudante, às 19h

Goiânia
Praça Universitária, às 17h

São Luiz
Praça Deodoro, às 16h
Campo Grande
Câmara Municipal, às 10h
Belo Horizonte – Praça
Afonso Arinos, às 17h

João Pessoa
Lyceu Paraibano, às 14h

Curitiba
Praça Santos Andrade, às 15h30

Recife
Rua da Aurora, às 15h

Natal
Midway Mall, às 14h30

Florianópolis
Auditório da Reitoria da
Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC), às 10h.

 

Um conjunto de entidades nacionais das áreas de Educação e de Ciência e Tecnologia divulgou propostas aos presidenciáveis. Confira abaixo as contribuições da Sociedade Brasíleira para o Progresso da Ciência (SBPC), da Andifes, da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Sociedade Brasileira de Física (SBF):

PROPOSTAS DE ENTIDADES NACIONAIS DE C&T E EDUCAÇÃO AOS CANDIDATOS

1) PROJETO PARA UM BRASIL NOVO
Documento da SBPC com diretrizes e propostas de políticas públicas que foi entregue a candidatos ao Legislativo e ao Executivo durante a 74ª Reunião Anual da SBPC.
http://portal.sbpcnet.org.br/noticias/sbpc-lanca-caderno-projeto-para-um-brasil-novo/

2) PROPOSTAS DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS BRASILEIRAS AOS CANDIDATOS E ÀS CANDIDATAS À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA EM 2022
https://www.andifes.org.br/?p=92667

3) A IMPORTÂNCIA DA CIÊNCIA COMO POLÍTICA DE ESTADO PARA O DESENVOLVIMENTO DO BRASIL
Documento da ABC aos Candidatos à Presidência do Brasil 2022.
https://www.abc.org.br/wp-content/uploads/2022/06/Publica%C3%A7%C3%A3o-Presidenci%C3%A1veis-2022.pdf

4) CIÊNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - O PAPEL DA FÍSICA
Documento da SBF que será encaminhado aos presidenciáveis e candidatos a governadores estaduais.
https://www.sbfisica.org.br/arquivos/Ciencia_para_Desenvolvimento_Sustentavel_papel_fisica.pdf
A SBF também lançou um documento específico aos candidatos sobre a melhoria da qualidade educacional brasileira.
https://www.sbfisica.org.br/v1/home/index.php/pt/acontece/1581-proposta-da-sbf-para-presidenciaveis

bandeira adufrjDiretoria da AdUFRJ

Esta edição do Jornal da AdUFRJ já nasce histórica. A menos de 60 dias da eleição, no momento em que o capitão que momentaneamente ocupa a Presidência da República se dedica diuturnamente a achincalhar o sistema eleitoral brasileiro e a alardear ameaças de golpe, ela é dedicada à defesa intransigente do Estado Democrático de Direito. Na próxima quinta-feira, 11 de agosto, estaremos todos nas ruas Brasil afora, os defensores da democracia, mais uma vez a lembrar a Jair Bolsonaro que o fascismo que ele representa jamais vai prosperar por aqui.
Os atos do dia 11 de agosto estão mobilizando entidades do campo democrático de todo o país, como mostra nossa matéria da página 3. A AdUFRJ é uma das organizadoras da manifestação que ocupará a área dos pilotis do Centro de Tecnologia do Fundão, ao lado das outras entidades representativas de segmentos da universidade — reunidas no Fórum de Mobilização e Ação Solidária (Formas). No ato, ao qual o Consuni de quinta-feira se integrará, será lida a Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito, tema de nossa matéria da página 4.
O manifesto será o ponto alto dos atos do dia 11 de agosto em todo o país. No Rio, além do ato no CT da UFRJ, ele será lido no pilotis da PUC-Rio, na Gávea, e ao lado das estátuas de Marielle Franco, na Praça Mario Lago, e de Zumbi dos Palmares, na Avenida Presidente Vargas, ambas no Centro. Na capital paulista, a carta será lida na Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, mesmo lugar em que, em agosto de 1977, o jurista Goffredo da Silva Telles Junior leu a emblemática “Carta aos Brasileiros”, que denunciava a ilegitimidade do então governo militar do general Ernesto Geisel e o estado de exceção por ele imposto.
A Carta de 1977 — leia seus principais trechos nas páginas 6 e 7 —, que serviu de inspiração ao atual manifesto em defesa da democracia, é o tema de nossa matéria da página 5, com uma análise da professora Maria Paula Araújo, do IH/UFRJ. Da leitura dos dois textos é possível depreender que os verdadeiros defensores da democracia nunca titubearam ao rechaçar arroubos autoritários.
Na última quinta-feira (4), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, um dos magistrados mais atacados pelo capitão, encerrou a sessão do tribunal dizendo que, no futuro, os anais da história escreverão os nomes em uma das seguintes duas listas: os defensores da democracia e os cúmplices do populismo autoritário.
A AdUFRJ sabe em qual lista estará. E convoca a todos para os atos de 11 de agosto. Democracia ontem, hoje e sempre!
Boa leitura!

WhatsApp Image 2022 07 30 at 15.03.48A UFRJ vai resistir unida ao estrangulamento financeiro imposto pelo governo Bolsonaro. Em sessão do Consuni do dia 28, reitoria e representantes dos professores, técnicos e estudantes traçaram estratégias conjuntas para enfrentar os cortes que ameaçam o funcionamento da universidade até o fim do ano. “A ideia é estarmos juntos. A ideia é que a universidade caminhe numa só direção”, disse o reitor em exercício, professor Carlos Frederico Leão Rocha.
A administração central decidiu adotar três princípios para a condução da universidade pelos próximos meses: permanecer presencial; fazer o possível para chegar ao fim do ano; e, no limite, não fechar parcialmente. “Não pararemos parcialmente a universidade. Se tiver que ser fechada, será fechada integralmente”, acrescentou o dirigente.
O decano substituto do Centro de Tecnologia e diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, concordou com as diretrizes. “Discutimos este assunto no CT na segunda-feira (25). Todas as unidades se posicionaram na mesma direção. Não podemos fechar, não podemos parar”, disse. Romildo também sugeriu a formação de um gabinete de crise, proposta que recebeu apoio de outros conselheiros e da própria reitoria. “É importante que as pessoas saibam que há uma comissão pensando em soluções. Acho que vamos ter sacrifício de todo mundo”, completou.
A administração central promete ampliar a denúncia dos problemas de financiamento em uma sessão do Conselho Universitário de 11 de agosto, Dia do Estudante. A imprensa e representantes de outras instituições serão convidados para a reunião. A atividade será um “esquenta” da UFRJ para as manifestações nacionais contra Bolsonaro (leia mais abaixo), agendadas para a mesma data. O Consuni aprovou uma moção de apoio à mobilização em defesa da democracia, do orçamento da Universidade, pelo Fora Bolsonaro e por eleições livres. “Todos os segmentos da Universidade e todos os setores da sociedade brasileira comprometidos com a democracia e com a luta por direitos sociais, com a educação, contra violência, a destruição do meio ambiente, o desemprego e a fome tem o dever de não silenciar”, diz um trecho do documento.

UNIVERSIDADE NÃO
VOLTARÁ AO REMOTO
A pró-reitora de Graduação, professora Gisele Pires, reforçou na plenária de decanos e diretores realizada dois dias antes do Consuni a diretriz de manutenção dos cursos presenciais: “Eu quero ratificar que o segundo semestre letivo de 2022 irá iniciar no dia 29 de agosto e não iremos passar da modalidade presencial para a modalidade remota. Ou nós vamos conseguir chegar ao final do ano ou vamos suspender as nossas atividades acadêmicas”, disse. “A gestão está se empenhando totalmente para que a gente consiga chegar ao final do ano civil de 2022 e ao final do ano letivo, no dia de 14 de janeiro”.
Já a política de assistência estudantil será preservada, dentro do possível. “A administração optou por não suspender qualquer auxílio financeiro aos nossos estudantes. Portanto, os cerca de oito mil auxílios que são pagos continuarão ser honrados”, informou o pró-reitor de Políticas Estudantis, Roberto Vieira, na mesma reunião.

UFRJ MOBILIZADA PARA O DIA 11

Movimentos sociais que integram a Campanha Fora Bolsonaro escolheram o 11 de agosto, Dia do Estudante, para a realização de um protesto nacional contra o presidente, com o tema “Em defesa da democracia e por eleições livres”. A UNE faz parte da organização. “Enquanto o presidente e seus apoiadores a todo momento dão indícios de que não aceitarão o resultado das urnas, os estudantes estão prontos para enfrentar os retrocessos nas ruas. Lutaremos até o fim contra o desmonte na educação”, diz o texto de convocação da entidade para o ato, em seu perfil no Instagram. “O movimento estudantil mais uma vez que vai mostrar pra Bolsonaro que não aceitará seu projeto.
As entidades da UFRJ também estão mobilizadas para a data. Na quarta-feira, 27, houve uma reunião do Fórum de Mobilização e Ação Solidária — que congrega AdUFRJ, DCE, APG, SINTUFRJ e ATTUFRJ (associação dos terceirizados) — para a construção unificada do ato no dia dos Estudantes. “Os detalhes organizacionais serão discutidos na segunda. Esperamos uma participação maciça de todo o corpo docente”, afirma o presidente da AdUFRJ, professor João Torres.
A Campanha Fora Bolsonaro também convocou protestos para 10 de setembro. O objetivo é fazer o contraponto às manifestações que forças de apoio a Bolsonaro pretendem fazer no feriado da Independência, três dias antes.

DEZ ANOS SEM O EX-REITOR
ALOISIO TEIXEIRA

WhatsApp Image 2022 07 30 at 15.03.49O Conselho Universitário aprovou uma moção de homenagem ao ex-reitor Aloisio Teixeira, que faleceu em 2012, aos 67 anos. O professor esteve à frente da UFRJ, por dois mandatos, entre 2003 e 2011. “Entusiasta da Reforma Universitária, da expansão com qualidade e estrutura, da democratização do acesso ao ensino superior, do fim do vestibular, foi na gestão de Aloísio na UFRJ que surgiram os cursos noturnos, os bacharelados interdisciplinares; que políticas públicas como o REUNI e SISU/ENEM foram implementadas, e que o primeiro passo rumo às políticas de cotas foi dado na UFRJ”, diz um trecho do documento.

CONCURSOS HÍBRIDOS AUTORIZADOS

O Consuni do dia 28 aprovou uma resolução que permite a realização de concursos híbridos para docentes. A medida, além da economia de recursos em tempos de crise, reflete a experiência bem-sucedida de muitas unidades durante o período em que a universidade não estava amplamente presencial. Um concurso com muitos candidatos pode exigir que uma banca trabalhe por vários dias, o que dificulta a participação presencial dos representantes externos à universidade.

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