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Ex-aluno deve retomar aulas em 2015/1

Samantha Su. Estagiária e Redação

A congregação do Instituto de História aprovou, dia 10 de setembro, em reunião extraordinária, o descancelamento da matrícula de Jaime Santiago. O ex-aluno é o primeiro caso de reparação, acompanhado de perto pela Comissão da Memória e Verdade da UFRJ (CMV-UFRJ), aos atingidos pela ditadura na universidade. Obrigado a abandonar o curso em 1971 para viver na clandestinidade, Jaime ainda tentou o reingresso em 2003, sem sucesso (conforme noticiado no Jornal da Adufrj nº 855). O parecer da Comissão de Orientação e Acompanhamento Acadêmico (COAA), desta vez, foi aprovado por unanimidade.

Apesar disso, o processo para a formalização da nova matrícula, depois de retornar à CMV, ainda deve seguir para instâncias superiores da universidade. Jaime reingressa, provavelmente, no primeiro semestre de 2015. Para ele, a lentidão da rematrícula e a falta de apoio são empecilhos: “Não está sendo encarado como um posicionamento político. Parece ser uma rematrícula qualquer. Eu vim hoje (dia 23 de setembro) ao departamento de História e ninguém sabe me informar do meu processo, disseram que preciso esperar. Eu fui negado pelo departamento em 2003 sem sequer ser ouvido, não tiveram o reconhecimento e ainda estou tendo que esperar os trâmites burocráticos”.

Diretor do IH considera fundamental a reparação

O diretor do Instituto de História, Fabio Lessa, acredita que a volta de Santiago é fundamental para o reconhecimento e para a correção das injustiças. Ainda assim, após o posicionamento da congregação, não tem como acelerar o processo, pois depende de outros setores da universidade. 

Sobre a rejeição ao pedido em 2003, o professor conta que, naquela época, não havia uma política na universidade que possibilitasse a análise de casos de reparação, o que foi modificado com a criação da CMV-UFRJ: “A COAA se baseava em questões administrativas. Não incluía esse tipo de caso”.

Lessa diz que só poderá saber, após o retorno do estudante, se as disciplinas que Santiago cursou no final da década de 60 e início dos anos 70 irão valer para o novo currículo. Ou se ele precisará de algum outro tipo de auxílio e acompanhamento.

Cerimônia para marcar o fato

A Comissão da Memória e Verdade da UFRJ, por sua vez, pretende fazer uma cerimônia para celebrar o fato. Decidido a voltar às salas de aula, Jaime espera que seu caso inspire outros. Agora, trabalhando em um sebo, vai reorganizar a vida para poder estudar e espera que a universidade seja um local de prazer: “Eu não vou mais entrar com a obrigação de ter que me formar para exercer um emprego. É um lugar que eu vou utilizar para adquirir e reciclar conhecimento. Não tenho por objetivo trabalhar com história. Se isso vier, será consequência. Eu não tenho mais vinte anos. Quando entrei, queria ter uma profissão; agora quero que o curso me faça entrar em contato com essa ebulição teórica e de atividades que existem aqui”.

Carreira em foco

Tema integra a agenda de lutas temáticas do mês de outubro para os professores das IFES

Andes-SN também incentiva atos pela Educação pública

Em outubro, as seções sindicais devem dar sequência à agenda de lutas do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do Andes-SN deliberada no 59º Conad (realizado em agosto na cidade de Aracaju (SE)). O tema escolhido para mobilização é a carreira docente, especialmente em relação à implementação dos critérios relacionados ao desenvolvimento na carreira.

Para fomentar o debate, os docentes presentes à reunião do Setor das Federais, que aconteceu dias 27 e 28 em Brasília (DF), deliberaram, entre outros encaminhamentos, que as seções sindicais utilizem como base para discussão dos critérios para desenvolvimento na carreira o compromisso assumido pelo Ministério da Educação com o Andes-SN.  

Em abril deste ano, o MEC concordou com a reestruturação da carreira fundamentada em alguns conceitos defendidos pelo Sindicato Nacional: degraus constantes do nível inicial ao topo e percentuais definidos para valorização de cada uma das titulações são alguns desses itens.

Segundo Francisco Jacob Paiva da Silva, um dos coordenadores do Setor das Ifes, a participação de 28 seções sindicais na reunião, nesse momento de retomada da discussão e início da construção da pauta de 2015, demonstra o interesse da categoria. 

Outro apontamento da reunião foi a necessidade de os docentes ficarem atentos ao processo de regulamentação dos critérios de desenvolvimento na carreira, em particular para a classe E (titular). “Há uma grande possibilidade, como já vem ocorrendo em algumas IFE, de decisão unilateral por parte das reitorias, sem debate com os docentes, de implementação de critérios produtivistas, elitistas e excludentes, que aprofundem a desestruturação dessa carreira prevista na Lei 12.772, que já é, por vício de origem, incompatível com a nossa visão do fazer acadêmico”, alerta Jacob.

Segundo o coordenador do Setor das Ifes, um traço evidente de alinhamento dos gestores das Federais ao projeto de contrarreforma na educação do Governo Federal foi a ação recente dos reitores de declarar apoio à reeleição da presidente Dilma, sem consultar a Academia. Desse modo, “rifaram e desrespeitaram a autonomia universitária, para serem cabos eleitorais de candidatura à Presidência da República”.

Para fortalecer a luta em defesa da Educação Pública, o Setor indicou ainda que as seções sindicais participem dos atos estaduais em defesa da educação pública, previstos para a segunda quinzena de outubro, conforme encaminhamentos do Encontro Nacional de Educação (ENE). A próxima reunião do Setor das Federais acontecerá 24 e 25 de outubro, também em Brasília (DF). (Fonte: Andes-SN. Edição: Adufrj-SSind)

 


Não à meritocracia e ao produtivismo

Para intensificar a mobilização acerca da carreira docente, em especial em relação à implementação dos critérios de desenvolvimento na carreira dentro das universidades, o Andes-SN preparou três cartazes, disponibilizados para as Seções Sindicais via e-mail e também no site do Sindicato Nacional, para que todos os professores possam participar da ação. 

As frases utilizadas nos três cartazes são as seguintes: “Ampliar e democratizar a discussão sobre os critérios de progressão e promoção dos docentes nas IFE!”; “O desenvolvimento na carreira docente deve ser dissociado do produtivismo!”; “Os critérios para progressão e promoção não podem ser barreiras para o desenvolvimento na carreira docente!”.

As primeiras imagens da campanha, que podem ser vistas no perfil do Andes-SN no facebook, foram feitas durante a reunião do Setor das Ifes, em Brasília, nos dias 26 e 27 de setembro. Todos podem enviar a foto com um dos cartazes para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., contribuindo para aumentar o álbum do Sindicato. Haverá uma sessão de fotos no próximo Conselho de Representantes da Adufrj-SSind (aberto a todos os sindicalizados), marcado para o dia 13.

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Carreira em foco

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Para fomentar o debate, os docentes presentes à reunião do Setor das Federais, que aconteceu dias 27 e 28 em Brasília (DF), deliberaram, entre outros encaminhamentos, que as seções sindicais utilizem como base para discussão dos critérios para desenvolvimento na carreira o compromisso assumido pelo Ministério da Educação com o Andes-SN.  

Em abril deste ano, o MEC concordou com a reestruturação da carreira fundamentada em alguns conceitos defendidos pelo Sindicato Nacional: degraus constantes do nível inicial ao topo e percentuais definidos para valorização de cada uma das titulações são alguns desses itens.

Segundo Francisco Jacob Paiva da Silva, um dos coordenadores do Setor das Ifes, a participação de 28 seções sindicais na reunião, nesse momento de retomada da discussão e início da construção da pauta de 2015, demonstra o interesse da categoria. 

Outro apontamento da reunião foi a necessidade de os docentes ficarem atentos ao processo de regulamentação dos critérios de desenvolvimento na carreira, em particular para a classe E (titular). “Há uma grande possibilidade, como já vem ocorrendo em algumas IFE, de decisão unilateral por parte das reitorias, sem debate com os docentes, de implementação de critérios produtivistas, elitistas e excludentes, que aprofundem a desestruturação dessa carreira prevista na Lei 12.772, que já é, por vício de origem, incompatível com a nossa visão do fazer acadêmico”, alerta Jacob.

Segundo o coordenador do Setor das Ifes, um traço evidente de alinhamento dos gestores das Federais ao projeto de contrarreforma na educação do Governo Federal foi a ação recente dos reitores de declarar apoio à reeleição da presidente Dilma, sem consultar a Academia. Desse modo, “rifaram e desrespeitaram a autonomia universitária, para serem cabos eleitorais de candidatura à Presidência da República”.

Para fortalecer a luta em defesa da Educação Pública, o Setor indicou ainda que as seções sindicais participem dos atos estaduais em defesa da educação pública, previstos para a segunda quinzena de outubro, conforme encaminhamentos do Encontro Nacional de Educação (ENE). A próxima reunião do Setor das Federais acontecerá 24 e 25 de outubro, também em Brasília (DF). (Fonte: Andes-SN. Edição: Adufrj-SSind)

 


Não à meritocracia e ao produtivismo

Para intensificar a mobilização acerca da carreira docente, em especial em relação à implementação dos critérios de desenvolvimento na carreira dentro das universidades, o Andes-SN preparou três cartazes, disponibilizados para as Seções Sindicais via e-mail e também no site do Sindicato Nacional, para que todos os professores possam participar da ação. 

As frases utilizadas nos três cartazes são as seguintes: “Ampliar e democratizar a discussão sobre os critérios de progressão e promoção dos docentes nas IFE!”; “O desenvolvimento na carreira docente deve ser dissociado do produtivismo!”; “Os critérios para progressão e promoção não podem ser barreiras para o desenvolvimento na carreira docente!”.

As primeiras imagens da campanha, que podem ser vistas no perfil do Andes-SN no facebook, foram feitas durante a reunião do Setor das Ifes, em Brasília, nos dias 26 e 27 de setembro. Todos podem enviar a foto com um dos cartazes para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., contribuindo para aumentar o álbum do Sindicato. Haverá uma sessão de fotos no próximo Conselho de Representantes da Adufrj-SSind (aberto a todos os sindicalizados), marcado para o dia 13.

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Revista da Adufrj-SSind discute as razões políticas e jurídicas que transformam a luta social em crime no Brasil 

 

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