facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

O mais novo outdoor da Adufrj-SSind entra na campanha em defesa da permanência do Museu da Maré, localizado em um conglomerado de pequenos bairros e comunidades ao lado da Cidade Universitária — o Complexo da Maré.

Inaugurado em 8 de maio de 2006, o museu está instalado em um imóvel cedido por alguns anos em regime de comodato para o Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (Ceasm), ONG gestora do projeto. O período de validade do documento expirou no final do ano passado e, em setembro de 2014, o museu recebeu do Grupo Libra – empresa proprietária da construção – uma notificação com o prazo de noventa dias para a devolução do lugar “livre de pessoas e coisas”.

Desde então, foi iniciado um forte movimento de apoio ao Museu, que registra, preserva e divulga a história das comunidades da Maré, em seus diversos aspectos.


Projeto de restaurante universitário do campus da Praia Vermelha, em área do antigo almoxarifado do Instituto de Neurologia Deolindo Couto, ainda não foi apresentado à direção daquela unidade

Reunião com Prefeitura e ETU só foi marcada para dia 4

Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Diretor do Instituto de Neurologia Deolindo Couto, José Luiz Cavalcanti só soube pelo Jornal da Adufrj (edição nº 863) dos planos da reitoria da UFRJ para montar o bandejão da Praia Vermelha em área do próprio INDC: “Até me espantei em saber que havia um projeto”, disse o diretor, em entrevista pelo telefone. “Há mais de dez anos estiveram aqui medindo o terreno”. Ele afirmou que terá uma reunião sobre o tema com o prefeito universitário e o Escritório Técnico (ETU) nesta terça-feira, dia 4.

Segundo ele, a área “relativamente estreita” corresponde a um antigo almoxarifado do Instituto. “Há muitos anos, aquilo pegou fogo. Era uma coisa mal localizada. Imagine um depósito de cara para rua... Sempre tínhamos problemas com pessoas que pulavam o muro para furtar. É uma parede de três metros apenas, não oferece segurança alguma”, relatou. “A vigilância nos últimos anos melhorou a segurança no campus, mas um restaurante ali vai chamar muita atenção”, avaliou.

Olho no patrimônio

José Luiz, até a entrevista realizada na quarta-feira (29), ainda não tinha visto (nem por e-mail) as plantas de obras do restaurante, apresentadas pelo ETU em uma reunião com estudantes, no início de outubro. E diz-se intrigado sobre o projeto: “Com tanta área livre no campus da Praia Vermelha sem uso, que poderia servir de maneira mais adequada, não entendi por que um restaurante naquele cantinho dentro de área hospitalar”.

Na visão do diretor, em tempos de supervalorização imobiliária, uma área nobre como a Praia Vermelha, “a joia da coroa da UFRJ”, deve ter sua ocupação bem preservada e planejada. “É preciso que os projetos e recursos sejam empregados e esclarecidos da melhor e mais clara maneira possível”. E completou: “Espaços como o do Canecão e Casa da Ciência são muito visados e devem ser ocupados direito; não com contêiner e coisas do tipo”.

14110332Projeto do futuro bandejão apresentado pelo Escritório Técnico da UFRJ. Divulgação/ETU-UFRJ

 

 

 

 

 

 

 

 

Área hospitalar possui mais exigências

“É lógico que ninguém é dono do espaço e ele deve se utilizado da melhor maneira possível pela comunidade universitária”, considera o diretor. Contudo, José Luiz admite algumas preocupações: “Estamos falando de um terreno que, mesmo pequeno, está dentro de uma área hospitalar”. Para ele, o aumento “significativo” de circulação de pessoas não seria problemático, “desde que o acesso fosse restritamente pelo campo (de futebol) da Educação Física (EEFD)”.

 O temor maior se refere à falta de infraestrutura e à manutenção. “Somos (áreas hospitalares) regidos por uma série de exigências de limpeza e vigilância sanitária”, explica. Como exemplo, o diretor cita o tratamento especial da água feito pelo INDC. “Quem abasteceria o novo restaurante, o Instituto?”, questiona. 

E ele continua o raciocínio: “E quanto à energia elétrica, seria fornecida por quem? Ou se planeja uma nova subestação no campus ou aquisição de gerador?”. Segundo o diretor, não há estrutura de saneamento na área pretendida para instalação do RU da PV.  “Não há esgoto naquele lugar, como seria feito isso em contêineres?”, conta. Uma última preocupação citada é  o descarte do lixo. De acordo com José Luiz Cavalcanti, as licenças ambientais para áreas hospitalares estão cada vez mais rigorosas. “Não conseguimos responder a todas às legislações, algumas muito novas, mas conseguimos ainda fazer as adaptações necessárias. Com certeza, um restaurante bem no meio disso complicaria bastante a coisa”.

Por fim, o diretor lamentou a impossibilidade de expansão futura para o Instituto com o restaurante (eventualmente) instalado. “Embora tenhamos um contingente reduzido de servidores, ainda temos no lugar uma possibilidade de expansão”, sublinhou.

Prefeitura Universitária irá instalar quatro câmeras nos principais acessos do campus da Praia Vermelha

Motivo são recentes relatos de assédios a alunas  

Samantha Su. Estagiária e Redação

14110381Viatura circula próxima à Faculdade Nacional de Direito. Foto: Samantha Su - 08/10/2014A Prefeitura Universitária irá instalar câmeras de vigilância no campus da Praia Vermelha para tentar melhorar a segurança no local. Duas ficarão voltadas para o ponto de ônibus na Venceslau Brás e outras duas serão instaladas no portão principal, na Avenida Pasteur. A medida foi tomada após recorrentes relatos de violência. 

Segundo o prefeito Ivan Carmo, as denúncias mais comuns na região são ade assédio no ponto de ônibus em frente ao Instituto Philippe Pinel: “Eu e o diretor da ECO (Escola de Comunicação da UFRJ) procuramos o comandante do Batalhão de Botafogo e ele nos disse que vai colocar agentes disfarçados no local para cuidar especificamente disso”, diz. A reunião teria ocorrido porque, em agosto, um incidente com uma estudante daquela Unidade da UFRJ ganhou ampla repercussão. Um homem se masturbou ao lado dela no ponto de ônibus da Venceslau Brás e o Coletivo de Mulheres da UFRJ divulgou uma nota para explicitar o episódio.

A principal recomendação é que todos os registros sejam feitos na Divisão de Segurança da universidade (Diseg) e na polícia: “Os vigilantes patrimoniais têm um livro chamado ‘Livro de Partes’ no balcão. Eles têm de anotar o nome, o que ocorreu e passar para a Diseg. Isso não substitui o Boletim de Ocorrência na delegacia, mas, sabendo quem foi, podemos informar ao Batalhão. Se o vigilante não atender ao pedido para colocar no livro, não precisa discutir com ele, reclama com a Ouvidoria que nós recebemos”, aconselha o prefeito. 

Coletivo de Mulheres da UFRJ está mobilizado

Jordana Almeida do Coletivo de Mulheres da UFRJ e do Diretório Central dos Estudantes (DCE Mário Prata) diz que há iniciativas do coletivo como rodas de conversa e reuniões constantes para rastrear os casos de assédio e abuso dentro e fora da universidade. 

Segundo ela, existe também diferença entre os campi: “A Praia Vermelha, por exemplo, é um campus com mais vivência dos alunos. A estrutura física propicia a repercussão dos casos, muitas pessoas circulam lá dentro. Já a FND (Faculdade Nacional de Direito) e o IFCS (Instituto de Filosofia e Ciências Sociais) são prédios isolados no centro do Rio. As violências contra mulheres no entorno dessas unidades vêm, normalmente, acompanhadas também de uma violência mais grave e maior ocorrência de assaltos”.

Posição da Adufrj-SSind

A Adufrj-SSind vem criticando, em várias matérias, a ausência de uma política mais robusta de segurança pública no campus que não se confunda com policiamento, sobretudo com o aumento da presença de policiais militares no espaço universitário.

 

Na FND, agora há uma viatura na esquina

No início do mês de setembro e outubro, o site SRZD do jornalista Sidney Rezende, publicou duas matérias sobre o aumento dos assaltos no entorno da Faculdade Nacional de Direito. 

Vigilante da empresa Angels contratado para cuidar da FND, Júlio Cesar confirmou o clima de insegurança: “O que a gente pode fazer é aconselhar. A gente diz para não ficar com celular na mão quando sai daqui, evitar abrir a bolsa e a mochila na rua, essas coisas. O pior horário é o da noite, na quarta-feira tem uma aula que só termina 22h40. A gente aconselha (os alunos) a andarem em grupo até o ponto de ônibus. A pior rua é aquela ao lado do Arquivo Nacional (Rua Azeredo Coutinho), ali tem assalto direto”, esclarece.

O prefeito Ivan, por sua vez, afirma que estatísticas estão diminuindo: “Fomos na Secretaria de Segurança vai fazer um ano. As estatísticas despencaram, está no nosso site (http://migre.me/mzP7D). No Centro, eu fui ao Batalhão com o diretor do IFCS e eles alteraram o policiamento do entorno. O diretor do Direito também procurou o comandante e tivemos uma melhora”, conta. De fato, a reportagem registrou a presença de uma viatura da polícia estacionada nas imediações da Unidade.

Vigilante da UFRJ não pode ficar na rua

A prefeitura não pode colocar segurança em via pública, o que, segundo o prefeito Ivan, seria caracterizado como milícia. O limite de atuação é de até um metro e meio dos portões da universidade. 

 

Nos registros, aumento dos furtos

A planilha da Diseg presente no site da Prefeitura, em 2014, demonstra que a categoria “roubos a transeunte/aluno da UFRJ” se manteve estável desde abril com cerca de uma ocorrência por mês, tendo seus picos em janeiro e março, quando foram registrados quatro e três episódios, respectivamente. Porém, os “furtos a terceiro/estudante/funcionário” registraram o dobro de casos em setembro, quatro, número não registrado em nenhum outro mês.

Duas chapas concorrem à gestão do DCE Mário Prata nas eleições dos dias 4 a 6

Resultado será divulgado dia 7

Samantha Su. Estagiária e Redação

De 4 a 6 de novembro, irão acontecer as eleições para a nova gestão do Diretório Central dos Estudantes da UFRJ (DCE Mário Prata). As duas chapas inscritas são: Chapa 1, de oposição, “Passou da hora”, com 130 alunos e Chapa 2, e atual gestão, “Quero me livrar dessa situação precária”, com 1.008 integrantes. 

A votação é aberta para qualquer estudante da UFRJ com matrícula ativa que apresente documento de identidade ou carteirinha em sua unidade eleitoral. O pleito irá ocorrer simultaneamente em todos os campi. São mais de 30 seções. 

A comissão eleitoral é composta pela representação de sete Centros Acadêmicos: de Gestão Pública para o Desenvolvimento Econômico e Social (CAGesP), Manoel Maurício de Albuquerque (CAMMA), da História; de Pedagogia Paulo Freire (CAPed); Cândido de Oliveira  (CACO), do Direito; de Biologia (CABio), de Serviço Social José Paulo Netto (CASS); e de Administração (CADM).

Votação decide se gestão será majoritária ou proporcional

A apuração começa após o fechamento da última urna de quinta-feira (6) no campus da Praia Vermelha (PV). As urnas do polo de Xerém e do campus Macaé também serão abertas na PV. O resultado deve sair na manhã da sexta-feira (7). Junto à eleição, os alunos participam de um plebiscito para decidir se o DCE terá gestão proporcional ou majoritária.

Fatia considerável da mão de obra ativa de Portugal, com mais de 45 anos, foi expulsa do mercado de trabalho

Seminário, dia 23,  discutiu as perdas na Seguridade Social

Aline Durães. Especial para o Jornal da Adufrj

Na Europa e no Brasil, os trabalhadores estão apanhando feio do neoliberalismo, em especial na área da Seguridade Social. Mas o pior é que as justificativas dos governos para eliminar ou reduzir direitos da população são baseadas em falsos argumentos. Foi o que demonstrou o seminário “Público x Privado: a Previdência Social em questão”, em 23 de outubro, organizado pela Adufrj-SSind como parte das atividades programadas para marcar os 35 anos de fundação da entidade. A professora Cleusa Santos, 2ª vice-presidente da Seção Sindical, mediou as exposições.

A atividade, realizada na Escola de Serviço Social da UFRJ, contou com convidados internacionais. De acordo com a historiadora portuguesa Raquel Varela, para frear a queda brusca dos lucros das grandes empresas desde a crise financeira de 2008, a estratégia adotada pelos grandes governos europeus foi uma só: precarizar o trabalho. Criou-se, assim, um exército de reserva que se alterna entre o desemprego e o subemprego, tornando-se cada vez mais dependente de políticas assistencialistas estatais. 

O fenômeno conhecido como reconversão da força de trabalho foi facilitado pelos programas de pré-aposentadoria que expulsaram do mercado uma fatia considerável da população portuguesa acima dos 45 anos de idade. O que, somado à falta de oportunidades nos dias de hoje, contribuiu para a desagregação da classe trabalhadora naquele país, tornando-se um dos maiores obstáculos à mobilização para a luta por direitos. 

“O conflito que acontecia nas fábricas e empresas migrou para o seio familiar. A maior parte dos desempregados europeus vive com a ajuda da família. Os pais, que aceitaram a aposentadoria décadas atrás, complementam a renda dos filhos, trabalhadores precários atuais. E temos uma massa de adultos infantilizados que vivem na casa dos pais até os 35/40 anos e que mal saem de seus bairros. Dificilmente uma geração como essa terá força para questionar as perdas atuais de direitos”, diz Raquel Varela, que coordena o Grupo de Estudos do Trabalho e dos Conflitos Sociais da Universidade Nova de Lisboa.

O discurso que justifica os cortes nos direitos ligados ao trabalho na Europa põe na conta do conceito de Estado de Bem-estar Social a responsabilidade pelos dficit orçamentários e pela dívida pública crescente. Segundo essa linha de pensamento, os gastos públicos com Educação, Seguridade, Saúde, Esporte e Lazer estariam extrapolando o volume de recursos arrecadados junto aos trabalhadores. Estudos provam o contrário, no entanto. 

Analisando dados oficiais de 1995 a 2010, Renato Guedes, da Universidade de Lisboa, um dos autores do livro “Quem paga o Estado Social em Portugal?”, comparou quanto os trabalhadores lusitanos pagam em impostos diretos, indiretos e seguridade social e quanto recebem do governo em benefícios. Na conclusão, a quantia arrecadada é superior à investida, o que comprova a autossustentabilidade do Estado Social. “A questão é que temos um montante considerável de recursos públicos se transformando em recurso privado. O governo português utiliza dinheiro dos trabalhadores, por exemplo, para financiar sua política ativa de emprego, na qual subsidia parte do salário do empregado, beneficiando claramente a empresa e não o trabalhador”, assegura. 

Topo