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Ações afirmativas crescem na pós-graduação da UFRJ

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O número de programas de pós-graduação com vagas para cotistas saltou de dois para oito em menos de um ano. Até 2015, apenas a Antropologia Social do Museu Nacional e a História Comparada ofereciam ações afirmativas em seus editais para o mestrado e doutorado. Em 2018, a universidade oferecerá 10 cursos de pós com cotas. A informação é de levantamento realizado por um Grupo de Trabalho do Conselho de Ensino para Graduados (CEPG) no ano passado. 

 

As novas vagas são na História Social, na Educação, no Direito e nos programas de Planejamento Urbano e Regional, Políticas Públicas em Direitos Humanos e o mestrado profissional em Ensino de História. “Todos com editais para 2017, observando a reserva de vagas”, explica a pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa (PR-2), Leila Rodrigues. Já Filosofia e Lógica e Metafísica aprovaram, “mas só incluirão as cotas nos editais para ingresso em 2018”, completa.

 

CRESCIMENTO 

A tendência é que o número aumente. O CEPG aprovou, na última reunião de 2016, em 16 de dezembro, uma manifestação favorável à adoção de políticas afirmativas na pós. A pró-reitora destacou que não se trata de uma resolução, mas de “um posicionamento político”. 

 

Segundo ela, não há intenção de levar ao Consuni uma proposta de percentuais ou modelo de cotas para toda a universidade. “Impor não funciona. Respeitar as especificidades dos programas é uma diretriz para nós”, argumenta. 


INCENTIVO 

Como há escassez de recursos e com os pós-graduandos fora do sistema de assistência estudantil da UFRJ, Leila reconhece os limites da iniciativa: “Há um consenso de que não é possível implantar cotas sem assistência. Mas não há uma rubrica para isso ainda. Faremos o que for possível dentro dos recursos que já contamos na PR-2”. A ideia é “estimular a adesão voluntária”. A distribuição de bolsas estudantis, bolsas-sanduíche e vagas de professor visitante são alguns dos exemplos citados. “Uma vez que temos essa posição do CEPG, a realização de ações afirmativas será incluída como um dos critérios para distribuição destes recursos”. De acordo com a PR-2, o MEC disponibiliza para a UFRJ 100 bolsas para pós-graduandos ao ano.

Aulas da fisioterapia ameaçadas

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Mais incertezas sobre o primeiro semestre de 2017. Depois da Arquitetura, é a vez do curso de Fisioterapia anunciar que suas atividades poderão ser suspensas por falta de estrutura. A medida afeta 450 alunos. O início das aulas está previsto para 13 de fevereiro.

 “A decisão foi tomada quando soubemos que mais uma vez não será cumprido o prazo de entrega de laboratórios para as aulas práticas. O prazo era 20 de janeiro”, explica a professora Sara Menezes. Ela afirma que os laboratórios de didática são “o coração do curso”. “Não há como formar alunos de um curso essencialmente prático sem atuação prática. É como graduar um cirurgião sem ter feito nenhuma cirurgia”

 A Fisioterapia perdeu seu espaço didático com a implosão da perna seca do Hospital Universitário em dezembro de 2010. De acordo com o curso e a reitoria, uma medida paliativa foi pactuada em reunião com a direção do Hospital, no final de 2016. “A solução definida foi o uso do quinto andar do hospital para o curso. A Fisioterapia iria ocupar três salas da ala 5C”, informou a assessoria da reitoria. Até agora, no entato, a entrega da área não se concretizou. 

 O diretor do hospital, Eduardo Côrtes, nega que tenha concordado com prazo de 20 de janeiro. Ele afirma que se comprometeu apenas em verificar a viabilidade da liberação do local, o que não se confirmou em fun- ção da área oferecer risco de infecção. A alternativa seria uma ala vizinha, que depende da mudança do setor que lá está e de recursos da universidade para uma reforma de adequação. 

 Côrtes afirmou que o “HUCCF cumpre sua responsabilidade no treinamento de práticas com pacientes. Mas montar laboratório didático não é atribuição do hospital”, citando a reitoria e a Faculdade de Medicina.

UERJ: de luto na luta

Fernanda Oliveira
Estudante da ECO-UFRJ e estagiária


Decorada com cruzes, velas e cartazes a Universidade do Estado do Rio de Janeiro amanheceu de luto nesta terça-feira, (24). Em ato convocado pelo movimento UERJ Resiste, centenas de pessoas se reuniram para um enterro simbólico da crise que atinge a instituição e todo o estado do Rio.  


Segundo Alice Carneiro Lopes, professora da Faculdade de Educação o objetivo do movimento é mostrar que apesar de todos os problemas a UERJ segue viva: “o luto simboliza a situação de descaso que passamos, mas estamos aqui para mostrar que seguimos na luta pelo objetivo maior que é reverter essa situação e que a UERJ segue viva”.  


A reitora em exercício Maria Georgina Muniz Washington agradeceu a presença de todos e reforçou o discurso: “Não estamos pedindo nada demais, estamos pedindo somente para trabalhar. A UERJ vive, a UERJ é vida”. 

 

O ato contou com apresentações artísticas e muita música. Além disso, foi realizada uma exposição com desenhos e trabalhos de alunos do Colégio de Aplicação. Para Maria Del Carmem Corrales, técnica universitária, a presença de todos os seguimentos da universidade é fundamental para mobilização: “a UERJ é nossa, é da sociedade e precisamos da presença de todos. Estive nos atos que fizemos até hoje fazendo cartazes, faixas e vou continuar lutando pela nossa universidade”.

Direção do Andes quer greve geral

  


Kelvin Melo
Enviado Especial

CUIABÁ - Construir uma greve geral, defender a saída do presidente Temer, lutar contra o aprofundamento da retirada de direitos trabalhistas e previdenciários e combater a criminalização dos movimentos sociais. Estas serão as principais tarefas do movimento docente em 2017, segundo debate realizado ontem durante o 36º Congresso do Andes, que se realiza em Cuiabá (MT) até o próximo sábado.

Não foi, porém, uma discussão tranquila. Um numeroso grupo de professores questionou a forma do texto final aprovado, que não apresentou a qualificação de “golpista” ao atual presidente. Estes docentes também atacaram o discurso de cobrar unidade na luta, uma vez que, ao longo do debate, muitas críticas foram feitas especialmente à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e ao PT.https://ssl.gstatic.com/ui/v1/icons/mail/images/cleardot.gif

Para Antonio Eduardo Oliveira, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, no ano que passou, o Andes seguiu “uma política ultraesquerdista que se afastou dos interesses da categoria”. Celi Taffarel, da Universidade Federal da Bahia, reforçou a tese do grupo intitulado “Renova Andes”: “A centralidade da luta é contra o golpe, fora Temer e nenhum direito a menos”.

Já de acordo com Luis Acosta, da diretoria do Andes, um grupo tenta fazer o Sindicato, vinculado à CSP-Conlutas, voltar à órbita de influência da CUT. Maíra Tavares Mendes, da Universidade Estadual de Santa Catarina, foi enfática: “A nossa luta não é ‘fica Dilma’. É contra as reformas. Esta é a nossa luta prioritária”, apontou.

Movimentos sociais participam de debate sobre conjuntura

A última atividade do primeiro dia do 36º Congresso do Andes contou com a economista Maria Lucia Fatorelli, da Auditoria Cidadã da Dívida e com o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos.

Fatorelli mostrou que o sistema de endividamento da União, dos estados e municípios serve à subtração de recursos que deveriam beneficiar toda a população. Na prática, o esquema só favorece o setor financeiro.  “E a emenda constitucional do teto de gastos vai aprofundar isso”, observou.


Boulos, preso e liberado recentemente após uma reintegração de posse realizada pela PM paulista, falou sobre a luta pela moradia no país. Explicou que a construção de novas unidades populares pelo programa Minha Casa Minha Vida não acompanhou o crescente déficit habitacional provocado pela especulação imobiliária. Ele agradeceu o apoio ao movimento recebido pelo Andes e declarou que o MTST continuará ao lado do Sindicato na defesa da universidade pública.

Começa Congresso do Andes: professores buscam unidade

A palavra unidade foi a mais falada na abertura do 36º Congresso do Andes, hoje em Cuiabá. Ao todo, 471 docentes das principais universidades brasileiras participam do encontro.  Setenta seções sindicais, entre elas a Adufrj, enviaram representantes ao evento. Fórum máximo de deliberação do Sindicato, o evento tem a tarefa de decidir o plano de lutas da categoria para este ano.

No entendimento da diretoria do Andes e dos representantes de outras entidades e movimentos sociais convidados, somente a união de todos os trabalhadores e trabalhadoras poderá fazer frente à perda de direitos conduzida pelo governo de Michel Temer.

Nos discursos, a reforma da previdência, que endurece as regras da aposentadoria, já é tratada como a grande batalha de 2017. Mas os reflexos da emenda constitucional dos gastos, aprovada ano passado, também foram mencionados.


Além de diretores do Andes e do presidente da Adufmat, seção sindical que sedia o congresso, prestigiaram a cerimônia de abertura representantes da CSP-Conlutas, do Conselho Federal de Serviço Social, da Auditora Cidadã da Dívida, da Fasubra, do Sinasefe, do DCE local, do MST e do MTST, além do reitor da universidade.


Foto: Kelvin Melo

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