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Ela acaba de assumir a presidência da Adufrj, em um dos momentos mais ameaçadores para a universidade pública brasileira. Leia entrevista com a professora sobre os planos da gestão

*e Kelvin Melo

Ela quer terminar o mandato menos magra e mais jovem. Aos 74 anos, Maria Lúcia Teixeira Werneck Vianna não tem medo de desafios. Professora apo­sentada do Instituto de Economia, decana do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas de 2010 a 2014 e uma das maiores especialistas em previdência social do Brasil, ela acaba de assumir a presidência da Adufrj, em um dos momentos mais ameaçadores para a universidade pública brasileira. “Serão tempos bicudos, mas seremos mais bicudos que o tempo”, promete. O combustível da motivação, explica a professora, é a vontade de continuar fazendo política dentro da universidade. Um traço em comum com o irmão Aloisio Teixeira, falecido em 2012, ex-reitor da UFRJ entre 2003 e 2011. Maria Lúcia lembra que Aloisio lhe contou que queria ser presidente da Adufrj após sair da administração central. “Ele não conseguiu satisfazer esse desejo. Faço por ele”. Nesta entrevista, a professora também critica a postura da atual reitoria da UFRJ e apresenta um pouco dos planos da gestão que se inicia. Qual será a marca desta diretoria? Será uma gestão mais inserida na uni­versidade. O que não quer dizer que a gente não vai se abrir para fora. Parti­ciparemos mais do Consuni, acompa­nharemos os colegiados superiores da universidade, a Comissão Permanente de Pessoal Docente e a Comissão Temporária de Alocação de Vagas. Que leitura pode ser feita da vitória das chapas que não receberam apoio da reitoria, na Adufrj e no Sintufrj? O recado mais geral à reitoria é que estão fazendo a política errada. A tese do “quanto pior, melhor” é extrema­mente equivocada. Para avançar na resistência ao obscurantismo, exige-se de nós uma política mais propositiva e menos negativa. Já existe uma primeira ação da nova diretoria? Sair da CSP-Conlutas. Porque ninguém é da CSP-Conlutas. É uma central muito isolada, muito esvaziada. O professor da UFRJ não perde nada. Gastamos R$ 180 mil anuais com esse repasse. O que vai ser feito com esse dinheiro? Temos um sonho que é ter uma sede pró­pria. Estamos discutindo se é convenien­te fazer dentro do campus ou não. Eu, particularmente, gostaria que fosse na Cidade Universitária. O problema são os índices de violência. As pessoas não estão conseguindo ficar à noite no Fundão. A Adufrj vai se inserir no debate das eleições de 2018? Estamos planejando formular uma carta da universidade para garantir dos can­didatos algum compromisso em termos orçamentários e pôr fim às perseguições que a universidade tem sofrido por irregularidades absolutamente ininte­ligíveis. Ninguém enriqueceu por aí. Como atrair mais professores ao sindicato? Podemos pensar numa redução da contribuição dos mais jovens. Para os mais antigos, vamos nos apresen­tar. Eles nos conhecem. Com uma sede, poderíamos fazer eventos com os aposentados. Também estamos começando a fazer uma espécie de demografia dos professores da UFRJ. Queremos conhecer mais a fundo este universo que vamos representar. Até para traçar estratégias de filiação. A extensão universitária precisa ser rediscutida? Sim. Há muitas mudanças em curso e os professores precisam ser ouvidos. Hoje, fazer trabalho social na Maré é extensão, mas dar uma palestra numa entidade científica, não. O intercâmbio com a sociedade não é só com a Maré. É com as escolas, com as empresas. Por que assumir esta função na Adufrj? Tem a ver com essa vocação de fazer po­lítica na universidade. Uma coisa que eu nunca falei é que o Aloisio, quando saiu da reitoria, disse: “Agora eu quero ser o presidente da Adufrj”. Ele queria ficar na universidade, atuando. Ele não conse­guiu satisfazer esse desejo. Faço por ele.

A mensagem da nova diretoria da Adufrj é ambiciosa: quer ocupar todas as frentes e fazer um sindi­calismo que respeite as particularidades dos professores enquanto produtores de conhecimento A mensagem da nova diretoria da Adufrj é ambiciosa: quer ocupar todas as frentes e fazer um sindi­calismo que respeite as particularidades dos professores enquanto produtores de conhecimento. Na UFRJ, haverá mais atenção à vida institucional, com acompanhamento dos colegiados superiores e monitoramento do sistema de progressão de carreira. No cenário externo, a prioridade é a defesa da universidade pública e de qualidade. Os compromissos foram anunciados durante a cerimônia de posse, no salão Pedro Calmon, no último dia 16. A primeira medida concreta é política e financeira. A Adufrj vai deixar de repassar R$ 180 mil anuais para a CSP-Conlutas: “É uma central muito isolada, muito esvaziada. O professor da UFRJ não perde nada. Que­remos encerrar esta relação”, afirma a presidente Maria Lúcia Teixeira. A economia dos recursos vai ajudar na realização de um velho sonho dos associados: a construção de uma sede própria para a entidade, hoje localizada em uma sala do Centro de Tecnologia. A direção promete também realizar estudo sobre o perfil dos professores e disputar os rumos do movimento docente nacional, participando de forma crítica dos fóruns do Andes. “Vamos preservar as conquistas alcan­çadas e avançar na consolidação da Adufrj como um espaço democrático de resistência”, resume Maria Lúcia.

Uma falha no sistema central de energia do Centro de Tecnologia foi o que causou o apagão em todo o prédio na terça-feira, dia 10. A superintendente do CT, Wilma Almeida, explicou que o defeito aconteceu na cabine seccionadora principal. Trata-se da porta de entrada de toda a energia elétrica recebida pela estação para ser redirecionada para as demais subseções. O conserto levou mais de 24 horas. A queda de luz aconteceu por volta das 13h30 de terça e só foi restabelecida em torno das 16h30 de quarta-feira. “Foi um defeito no sistema mesmo. Como temos 26 subestações, o problema precisou ser investigado em cada uma delas até que descobríssemos o local preciso do dano. Por isso demorou tanto tempo para ser solucionado”, explica Wilma. A decania adquiriu novos cabos para a transmissão de energia. Com isso, será maior a capacidade elétrica em todo o prédio. Os novos cabos deverão ser ligados pela Light em novembro, de acordo com a superintendente. “Estamos cuidando para que aconteça no final de semana, para minimizar os transtornos, já que todo o sistema elétrico do prédio precisará ser desligado. Mas vamos avisar a data com antecedência para que todos possam se programar”, informou.

A chapa 1, Equilíbrio e Ação, composta pelo atual diretor, professor Eduardo Mach e pela candidata a vice, professora Fabiana Valéria da Fonseca, ganhou por menos de um ponto percentual na votação calculada por média ponderada *e Marianne Menezes Resultado apertado, divulgado na tarde desta quarta-feira (18), marcou a eleição para a direção da Escola de Química. A chapa 1, Equilíbrio e Ação, composta pelo atual diretor, professor Eduardo Mach e pela candidata a vice, professora Fabiana Valéria da Fonseca, ganhou por menos de um ponto percentual na votação calculada por média ponderada: 39,13% a 38,62%. A cerimônia de posse acontece na segunda quinzena de janeiro. Na eleição da Escola de Química, o segmento dos professores representa 50% dos votos; os técnicos, 30% e os alunos, 20%. A chapa 2, Renovação e Inovação, dos professores Maria Antonieta (candidata a diretora) e Ladimir José de Carvalho (candidato a vice) recebeu mais votos entre os técnicos-administrativos (1) e entre os alunos (53). No entanto, uma diferença de três professores a favor da chapa 1 definiu o pleito. Confira abaixo o resultado completo. Campanha chamou atenção no CT A eleição para a diretoria da Escola de Química chamou a atenção de quem passou pelos corredores do Centro de Tecnologia nos últimos dias. Havia bastante material de propaganda dos candidatos.  Não à toa. A disputa entre dois grupos mudou a rotina de chapa única que ocorria desde a década de 90. Antes do resultado, a professora Fabiana Valéria, da chapa 1, avaliava que a gestão do colega Mach se renovaria com uma mistura de profissionais mais experientes e novos quadros nas diretorias propostas. Ela destacava a de “avaliação”, que pretende sistematizar informações sobre os alunos para combater de maneira eficaz problemas como a evasão escolar. “A gestão do Mach, de certa forma, quebrou uma lógica anterior, na Escola, de poder baseado apenas em eméritos. E abriu espaço também para os mais jovens com muita vontade de trabalhar”, disse. Pela oposição, Ladimir José de Carvalho apontava que a Escola de Química vive um momento de isolamento político. E que a articulação da chapa com a professora Maria Antonieta, com um largo histórico de participação institucional na UFRJ, seria um diferencial. “Principalmente em um momento de crise como o atual, acreditamos que são necessários parceiros como os que a chapa traz. O que percebemos hoje é a Escola de Química isolada tanto no Centro de Tecnologia, quanto na universidade”. Eleição pra nova Direção de Química – Resultado Votantes CHAPA 1 DOCENTES: 48 SERVIDORES TAE: 29 ALUNOS: 186   PERCENTUAL PONDERADO CHAPA 1 DOCENTE: 23,76 SERVIDORES TAE: 13,59 ALUNOS: 1,78 TOTAL: 39,13   Votantes CHAPA 2 DOCENTES: 45 SERVIDORES: 30 ALUNOS: 239   PERCENTUAL PONDERADO CHAPA 2 DOCENTES: 22,28 SERVIDORES TAE: 14,06 ALUNOS: 2,28 TOTAL: 38,62   VOTOS NULOS DOCENTES: 1 ALUNOS: 2 SERVIDORES: 1   VOTOS EM BRANCO DOCENTES: 0 ALUNOS: 3 SERVIDORES:1

Foi inaugurada no local, em dia 21 de setembro, a galeria permanente Curto Circuito de Arte Pública, uma exposição a céu aberto com peças de artes plásticas da Escola de Belas Artes (EBA) e de artistas convidados O Parque Tecnológico da UFRJ inaugurou no dia 21 de setembro a galeria permanente Curto Circuito de Arte Pública, uma exposição a céu aberto com peças de artes plásticas da Escola de Belas Artes (EBA) e dos artistas convidados pela empresa Vallourec Gilberto Lustosa, Paulo Laender e Leandro Gabriel. Além de uma instalação da Faculdade de Arquitetura (FAU). São 13 obras espalhadas pelo quarteirão, algumas delas, interativas. “Ficou um lugar mais bonito e colorido”, avaliou a jovem aprendiz da Halliburton, Dominique Rodrigues. De todas as peças, a máscara branca de Gabriel Barros foi a que mais chamou sua atenção. “É grande e muito legal!”. A peça é a mais isolada da colação, instalada em um pequeno refúgio idílico na beira d’água. O artista resgata os traços indígenas temiminó, tribo guerreira tupi que dominou, no século XVI, os territórios onde hoje estão a Ilha do Governador. “Algumas peças são difíceis de entender, mesmo lendo a explicação nas plaquinhas”, opinou Daniele Guanabara. A técnica-administrativa elegeu, contudo, o Binóculo de Mônica Coster e Rafael (EBA). O instrumento mira para o prédio da Escola, incendiado no ano passado. Mas a imagem traz o edifício antes da tragédia. Para Luigi Paparella, o painel de Bruno Life “Rumos” é o mais próximo. “Gosto de desenho. Arte plástica é um pouco abstrato demais para mim”, argumenta. “É sempre bom trazer arte, ainda mais nesse momento que está sendo tão massacrada. E com natureza é o ideal”. A pintura de Bruno Life trata de dualidades, representando por meio de duas figuras femininas escolhas e diferentes direções. Participam do projeto ainda, a coordenadora, professora da Escola de Belas Artes, Dalila Santos , o estudante Hugo Houayek  (EBA) e os professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Adriana Sansão, Andrés Passaro e Gonçalo Castro Henriques. O diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, José Carlos Pinto, afirma que além de tornar o espaço mais criativo e agradável, a Galeria tem o objetivo de integrar mais a universidade e empresas. “Queremos oferecer a todos um ambiente pulsante e criativo, unindo arte, tecnologia e inovação”, destaca. A galeria Curto Circuito de Arte Pública fica aberta ao público de 9h as 17h. E oferece visitas guiadas, agendadas pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

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