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WhatsApp Image 2022 11 16 at 21.29.01 5Demolir as ruínas do Canecão e os muros próximos e, no lugar, abrir uma praça e instalar um equipamento cultural multiuso sofisticado. A proposta da reitoria, apresentada em agosto ao Conselho Universitário, modifica completamente a atual paisagem do campus da UFRJ na Zona Sul da cidade.
O local terá espaço para 1.786 lugares na modalidade “teatro”, e 3.829 no formato “show”. Neste caso, os espectadores da plateia principal, localizada no térreo, permanecem em pé. A universidade teria direito ao uso do palco principal por 50 dias no ano.
A área também deverá possuir um espaço cultural flexível denominado Espaço Ziraldo, concebido com o objetivo de suprir demandas artísticas e culturais (música, dança, exposições) de produção da UFRJ ou compartilhadas, especialmente as de caráter acadêmico. Além disso, viabilizará a preservação e observação pública do fragmento restante da obra “Santa Ceia” do artista homenageado. Hoje, o painel sofre deterioração no interior do Canecão.

CONTRAPARTIDAS
A gestão da nova casa de shows será privada, em uma concessão por 30 anos. Em contrapartida, quem adquirir o direito de gerir o espaço multiuso deverá investir na construção de um bandejão, com capacidade para 2,5 mil refeições por dia, e um prédio de 8 mil m2, com até 80 salas de aula.
O restaurante deverá ficar nas imediações da nova casa de shows. Já para o prédio de aulas, há duas possibilidades: a primeira seria construí-lo no centro do campus. O problema é que no local hoje existem o atual aulário de contêineres, o anexo do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, a garagem e o antigo prédio da Associação Latino-Americana de Física. Todos precisariam ser demolidos, o que desalojaria unidades como a Biblioteca do CFCH e o NEPP-DH. Outra alternativa discutida é utilizar a área do antigo bingo para a construção do prédio.
O “Novo Canecão” deverá ter 20 metros de altura desde a base do solo para comportar óperas ou concertos, o que repercutiu no gabarito da região, que antes limitava as edificações a 20 metros de altura a partir da lâmina d’água, que está a cerca de dois metros abaixo do nível do terreno.

HISTÓRICO
O projeto de valorização do patrimônio da UFRJ nasceu em 2018, ainda na gestão do professor Roberto Leher, mas foi bastante modificado pela atual administração da universidade. A Praia Vermelha não entra mais como um ativo. Também foram retirados todos os onze terrenos do Fundão que seriam destinados à iniciativa privada e não há hipótese de demolição do Instituto de Psiquiatria.

LINHA DO TEMPO:
Universidade enfrentou disputa judicial de 40 anos para retomar terreno onde fica o Canecão. Mas, passados 12 anos da reintegração, o imóvel está em ruínas (como mostram as fotos abaixo).

21 de novembro de 1950
União cede área em favor da Associação dos Servidores Civis do Brasil (ASCB)

23 de setembro de 1965
ASCB celebra contrato com a Canecão Promoções e Espetáculos Teatrais S/A para a construção de um imóvel no local

28 de fevereiro de 1967
Doação de terreno à UFRJ de área anteriormente cedida à ASCB

28 de junho de 1967
Ignorando a devolução do terreno à UFRJ, é inaugurada cervejaria no espaço. Daí o nome "Canecão"

1968
Transformação em casa de espetáculos, com construção de palco para shows de revista

9 de maio de 1969
Maysa faz o primeiro grande show do Canecão

1971
Primeira ação reivindicatória movida pela universidade contra o Canecão

7 de outubro de 1999
Lei estadual determina tombamento da casa de espetáculos

10 de maio de 2010
A propriedade foi retomada pela UFRJ

17 de maio de 2010
Casa foi reaberta por liminar judicial que devolveu a posse provisória ao antigo inquilino

26 de maio de 2010
STF confirmou que a UFRJ é a dona do terreno

16 de outubro de 2010
Bibi Ferreira realiza o último espetáculo do Canecão

17 de outubro de 2010
Casa de espetáculos fecha as portas definitivamente

2018
Apresentação do projeto Viva UFRJ, que prevê como uma das contrapartidas a construção de um espaço cultural no lugar do Canecão

4 de junho de 2019
Canecão é destombado

25 de agosto de 2022
Apresentação, no Consuni, do projeto do espaço cultural multiuso

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Os atos bolsonaristas antidemocráticos interromperam um trabalho de campo do Instituto de Geociências da UFRJ. Trinta estudantes e três professores, que estavam a caminho de Uberaba (MG) em um ônibus e uma van, foram bloqueados na Rodovia Presidente Dutra, em Barra Mansa (RJ), na segunda (31). Hostilizado pelos bolsonaristas, o grupo desistiu de seguir viagem e retornou à universidade no dia seguinte (foto). Em nota, a reitoria repudiou o triste episódio e se solidarizou com os docentes, alunos, motoristas e seus familiares.

bandeira adufrjReunidos em assembleia na sexta-feira (21), os professores da UFRJ referendaram a proposta da diretoria da AdUFRJ para dar início a uma nova campanha de filiação ao sindicato. Entre outros mecanismos de adesão, a proposta prevê um período de dois anos de carência, sem pagamento de mensalidade, para novos filiados que estejam enquadrados até o nível de professor adjunto.
A professora Mayra Goulart, vice-presidente da AdUFRJ, observou que há atualmente 4.242 docentes na UFRJ, sendo cerca de 1.300 não filiados, que estão desprotegidos sob vários aspectos: “Teremos um Congresso muito conservador, que vê na universidade pública um inimigo preferencial. Vamos precisar estar juntos e sindicalizados”.
Pela proposta, após os dois anos iniciais de carência, o novo filiado contribuiria com um percentual de 0,4% dos vencimentos a partir do terceiro e até o quarto ano de filiação. Ao final do quarto ano, ele passaria a colaborar com a contribuição cheia de 0,8%.
O professor Gustavo Costa de Souza, do Ippur, sugeriu um adendo à proposta. Recém-ingresso na UFRJ, ele ponderou que os professores novos e que se filiaram recentemente também poderiam ter direito à carência nas mensalidades. Em nome da diretoria, o presidente da AdUFRJ, professor João Torres, informou que a proposta incorporaria a sugestão do professor Gustavo.
A assembleia definiu os nomes da delegação da AdUFRJ ao 14º Conad Extraordinário do Andes, nos dias 12 e 13 de novembro, em Brasília. A delegada será a professora Mayra Goulart e os observadores/suplentes serão: Eleonora Ziller, Ana Lucia Fernandes, Marinalva Oliveira, Cleusa dos Santos, Luís Acosta e Janete Luzia Leite.

CONSUNIO Conselho Universitário do dia 27 deu início ao processo de escolha da reitoria, no próximo ano.
Os conselheiros aprovaram a resolução que define a constituição e objetivos da Comissão Coordenadora da Pesquisa junto ao corpo social para os cargos de reitor e vice-reitor.
Serão 11 representantes titulares dos colegiados superiores — sendo quatro do Consuni, dois do CEG, dois do CEPG, dois do Conselho de Extensão e um do Conselho de Curadores —, além de nove nomes de cada segmento (professores, técnicos e estudantes).
O Consuni já indicou seus representantes na comissão: os professores Eduardo Mach (titular), Clynton Lourenço (suplente), Carlos Riehl (titular) e Leonardo Cinelli (suplente); as estudantes Natália Trindade (titular) e Júlia Vilhena (suplente); e as técnicas Gilda Sousa (titular) e Ana Célia (suplente).

HOMENAGEM A PINGUELLI
Em mais uma homenagem ao ex-presidente da AdUFRJ e ex-diretor da Coppe, o Consuni do dia 27 aprovou que o Parque Tecnológico da UFRJ passe a se chamar Luiz Pinguelli Rosa. Não haverá mudança na logomarca. Pinguelli faleceu em março deste ano.

Professores eméritos da UFRJ escreveram uma carta aberta à sociedade, na qual se posicionam "em defesa da Educação, da Ciência, da Cultura, do Meio Ambiente, da Tecnologia e da Democracia". O documento é subscrito pelos 50 eméritos da universidade, dentre os quais os professores Nelson Maculan, Muniz Sodré, Adalberto Vieyra, Luiz Bevilacqua e Ricardo Medronho, 2º vice-presidente da AdUFRJ. Medronho fez a leitura da carta no Conselho Universitário nesta manhã. O documento é uma crítica contundente ao atual governo federal.

"Como defensores incontestes da ciência, da educação, da saúde pública e do Estado Democrático de Direito, posicionamo-nos fortemente contra o negacionismo que causou a morte evitável de centenas de milhares de pessoas durante a pandemia", diz trecho do documento.

 "Instigados pelas ações tomadas pelo governo federal nos últimos três anos, os Professores Eméritos da UFRJ se posicionaram contra a clara intenção deste governo de asfixiar as universidades federais e desmantelar o Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, objetivando transformar o Brasil em mero país-colônia", avaliou o professor Ricardo Medronho.

Confira aqui a íntegra da carta.

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