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WhatsApp Image 2022 12 02 at 18.57.40 1Felipe Cohen/Divulgação Museu NacionalMais de cem itens foram selados na primeira cápsula do tempo do Museu Nacional, no último dia 25. Cartas de autoridades, jornais, documentos, vídeos, pequenos pedaços do Paço de São Cristóvão, desenhos de alunos de escolas públicas e até mesmo um kit covid, entre outros objetos e lembranças, serão desenterrados apenas em 2072. “Nos últimos meses, reunimos uma série de peças e materiais de interesse social, cultural e científico que vão gerar muita curiosidade daqui a 50 anos”, disse Alexander Kellner, diretor da unidade.

WhatsApp Image 2022 11 16 at 21.29.01Foi publicado no Diário Oficial da União do dia 23 o aviso de abertura da licitação para as obras do novo espaço de cultura da Praia Vermelha. A empresa vencedora deverá, entre outras obrigações, realizar os estudos de impacto e o projeto executivo para a casa de espetáculos e seus anexos, além da construção de bandejão e prédio acadêmico, previstos no projeto da reitoria. De acordo com o aviso divulgado, os documentos “relativos à licitação deverão ser entregues em sessão pública”, no dia 19 de dezembro. A abertura dos envelopes ocorre dois dias depois, também em sessão pública.
O edital do projeto prevê a concessão da área por 30 anos com possibilidade de prorrogação deste prazo limitada a, no máximo, cinco anos. A empresa que vencer a licitação deverá realizar investimentos obrigatórios de pelo menos, R$ 181,4 milhões. Ainda segundo o documento, extinta a concessão, todos os bens retomam à posse da UFRJ.
A principal mudança entre o projeto apresentado pela reitoria em agosto e o edital publicado está no tempo de construção das contrapartidas da UFRJ. Antes, a previsão era de apenas um ano depois que a casa de shows estivesse em operação e gerando lucros. Agora, deve ocorrer em paralelo à obra do espaço multiuso. “Fizemos essa mudança após escutar a comunidade acadêmica”, destaca o vice-reitor, professor Carlos Frederico Leão Rocha. Segundo o dirigente, a expectativa é que o vencedor seja conhecido ainda este ano.

WhatsApp Image 2022 12 02 at 18.57.40 6Foto: Júlia FernandesJúlia Fernandes

“Antes de se internacionalizar, é preciso que o ensino superior se nacionalize”. O professor Naomar Almeida, do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, defendeu a ideia em conferência realizada no Fórum de Ciência e Cultura, no dia 29. “É um desafio, porque, além de resgatar vínculos e laços com a sociedade real do Brasil, ela ainda precisa se reconstruir para conseguir sobreviver”. Uma clara referência ao projeto destruidor do governo Bolsonaro.
No debate do Fórum, a proposta era pensar um projeto progressista para a educação em contraponto ao que ocorreu nos últimos quatro anos. E, neste aspecto, o docente da USP não aliviou em relação ao papel das universidades. Para Naomar, as instituições devem ser mais ágeis no diálogo com a população. “A universidade precisa se movimentar, se abrir”, afirma. Naomar cobra propostas que superem os muros das instituições. “Erradicar o analfabetismo com os recursos que temos deveria ser o projeto de extensão número um de todas as universidades”, diz.
A necessidade de as instituições superiores de educação se movimentarem também foi enfatizada por Maria Fernanda Elbert, professora de Matemática da UFRJ. Mas não só para fora. Para atacar altas taxas de evasão, a docente defende que a universidade precisa entender melhor seu próprio aluno, que deve se sentir acolhido e integrado. “O quanto esse estudante se sente confortável no espaço estudantil está diretamente ligado ao tempo de permanência dele na universidade”, diz Maria Fernanda, titular da Cátedra Universidade do Futuro do Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE).
Mas nada disso, claro, pode acontecer sem o professor. Que precisa ser valorizado, segundo Carmen Teresa Gabriel, coordenadora do comitê permanente do Complexo de Professores da UFRJ. “É preciso reconhecer o protagonismo do professor neste processo. Principalmente o de educação básica. Ele tem voz, mas precisa ter mais força”, diz.
Em paralelo, é necessário integrar todas as esferas de ensino. “É nas incompletudes entre escola e ensino superior que vamos conseguir resolver os problemas, e não na articulação deles enquanto agentes separados”, conta Teresa, que é titular da Cátedra de Formação de Professores, do CBAE.

ESPERANÇA
Hoje, ao menos, a universidade experimenta mais diversidade, e enriquece o ensino, a pesquisa e a extensão com essa mudança de perfil do alunado. Só que é preciso avançar. “Temos uma universidade mais diversa se comparar com o passado, mas ainda não está bom. O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo”, afirma a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, que coordenou a mesa.
De olho no próximo governo, a reitora aguarda mudanças que podem aperfeiçoar o sistema de educação. Denise enfatiza a urgência de recomposição do orçamento. As verbas da UFRJ correspondem à metade do que já foram em 2015. “E nós temos 30 mil alunos a mais do que há sete anos”, conta.
Outra proposta é acabar com a lista tríplice para reitor das universidades. “É ruim a interferência direta do governo nas instituições de Estado. As universidades não são ideológicas e, sim, espaços da pluralidade de ideias e da diversidade de pensamentos”, afirma.

WhatsApp Image 2022 12 02 at 18.57.41 1DivulgaçãoA imagem ao lado impressiona. O pórtico azul-marinho é a entrada da Cidade Universitária do Centro Multidisciplinar de Macaé, onde a água atingiu mais de um metro de altura na quarta-feira, dia 30 de novembro. Choveu, na cidade, 50% a mais do que o esperado para todo o mês. O rio Macaé transbordou e alagou a cidade. A comunidade acadêmica que estava no local no momento das chuvas precisou ser retirada com o auxílio de barcos. Ninguém se feriu.

O Nupem, outro instituto da UFRJ em Macaé, não teve prejuízos, mas um de seus acessos também ficou comprometido com o transbordamento de um córrego. Devido às enchentes, o abastecimento de água potável na região foi interrompido.

Por conta da dificuldade de locomoção e das várias regiões da cidade atingidas pela cheia, o decano do Centro Multidisciplinar, professor Irnak Marcelo Barbosa, suspendeu as atividades acadêmicas até o dia 3 de dezembro.

A prefeitura do município também decretou a suspensão das atividades nas escolas da região. A Rodovia Amaral Peixoto, principal via de acesso à cidade, ainda tem trechos interditados.

WhatsApp Image 2022 11 23 at 17.48.28A AdUFRJ recebeu com profundo pesar a notícia do falecimento da professora Celina Batalha, aposentada da Escola de Educação Física e Desportos. Discípula de Helenita Sá Earp, que introduziu a dança nos currículos universitários brasileiros, Celina e a colega Maria Ignez Calfa promoveram o I Curso de Especialização em Dança-Educação da UFRJ. O velório e o sepultamento foram realizados quinta-feira (24), no cemitério Ordem Terceira do Carmo no bairro do Caju. Desejamos força aos familiares e amigos.

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