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A comunidade acadêmica do Centro de Filosofia e Ciências Humanas se reuniu no dia 19 para debater o projeto de construção do novo espaço multicultural na Praia Vermelha. A ideia é que o centro substitua o antigo Canecão e que o prédio, abandonado há mais de uma década, seja demolido para dar lugar a uma praça aberta. O projeto é uma adaptação do controverso “Viva UFRJ”, elaborado na gestão do professor Roberto Leher e que buscava trocar espaços nos campi do Fundão e Praia Vermelha por assistência estudantil.

O presidente da AdUFRJ, professor João Torres, participou do debate.O dirigente fez um histórico sobre o processo de retomada do espaço e lembrou que a iniciativa partiu do ex-reitor José Henrique Vilhena. “A única coisa positiva que Vilhena fez em sua gestão foi iniciar a briga pela retomada do Canecão. Mas, por conta da (acertada) oposição ao seu mandato, os movimentos da UFRJ se colocaram naquele momento contra a universidade e apoiaram o tombamento do Canecão”, disse. Torres ainda explicitou a posição da diretoria da AdUFRJ sobre o tema. “É imperativo fazer algo por aquele espaço. Não dá para deixar o Canecão em ruínas, no coração da cidade. Hoje, o prédio é o anti-cartão-postal da universidade”, afirmou. Ele também defendeu o diálogo e que a decisão sobre o projeto passe pelas instâncias universitárias com “amplo e republicano diálogo com a comunidade acadêmica”.

Representante do Sintufrj, o técnico-administrativo Fábio Marinho lamentou que a discussão estivesse ocorrendo em plena campanha para o segundo turno das eleições e criticou o projeto. “Queremos a revitalização dos espaços universitários com recomposição orçamentária e não com privatização do patrimônio público”.

Isadora Camargo, representante do DCE Mário Prata, também fez coro contra o projeto. “A solução para a universidade não é reduzir os espaços universitários. Nossa resposta para a falta de recursos é vender patrimônio?”, questionou.

O vice-reitor da UFRJ, professor Carlos Frederico Leão Rocha, era esperado para a apresentação de detalhes do projeto, mas não pôde comparecer devido a outro compromisso.

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