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WhatsApp Image 2020 05 08 at 13.07.26A AdUFRJ achou na tecnologia um jeito de integrar os professores. Usando o Zoom,  o sindicato tem organizado diversas reuniões durante a quarentena, com destaque especial para o “Sextou - Tamo Junto”, um bate-papo entre os professores.

A convidada especial da conversa desta sexta-feira (8), às 18h30, é a professora Maria Paula, do Instituto de História.

Para participar, é fácil: a partir das 17h15 você envia uma mensagem para o whatsapp da AdUFRJ (21) 99365-4514 e nós te enviamos o link de acesso à nossa sala no ZOOM. Se você ainda não conhece o aplicativo, acesse zoom.com e instale em seu computador ou celular.

O poeta e o equilibrista

1127WEBABRENinguém precisa ter mais de cinquenta e cinco anos e ter participado da luta pela anistia para reconhecer e amar a canção “O bêbado e o equilibrista” como um dos mais belos hinos à liberdade composto em língua portuguesa, além de ser poesia da mais alta voltagem e poderosa interpretação da vida desigual e autoritária brasileira. Mas para quem tem mais de cinquenta e cinco anos e participou da luta pela anistia, ela se tornou uma síntese poderosa, a expressão densa e extraordinária de todas as nossas dores e esperanças. Ainda me lembro do impacto que me causou ouvir atentamente a letra, depois que já a sabia de cor! Eu tinha pouco mais de quinze anos, cantava sem perceber muito como ela começava, todo o resto era lindo demais, e deixava meio de lado o estranho verso: “Caía a tarde feito um viaduto”. Até que alguém, mais velho e experimentado nesses detalhes, me chamou a atenção para tudo que o Aldir Blanc condensara em tão poucas palavras. O cair da tarde, imagem mais do que banal e hiper explorada em tantas canções e poemas, vinha acompanhada de um viaduto. A tarde cai, mas cai como um viaduto. Viadutos caem? Não caem todos os dias, de forma natural, como o sol, que ao se pôr, naquela época, passava a receber os aplausos da juventude dourada de Ipanema. Filho do gigantismo e da concepção autoritária de urbanismo na era militar, o viaduto que caiu foi o elevado da Av. Paulo de Frontin, em 1971, matando dezenas de pessoas, quando entrava em fase de testes, depois de destruir uma das mais belas e arborizadas ruas do Rio de Janeiro. Assim como a ponte Rio-Niterói e a conclusão da Perimetral, foram obras de intervenção na cidade que se viabilizavam pela natureza autoritária e impositiva do governo. A derrocada do viaduto foi muito simbólica, em pleno milagre econômico, era um testemunho monumental da tragédia nacional, de um país submetido a um governo violento, autoritário, concentrador de renda e corrupto. Foi um acidente explícito demais para ser controlado pela imprensa e silenciado pela censura, como fizeram com os operários que atuaram na construção da ponte Rio-Niterói, mortos e concretados junto com os pilares da ponte, e que jamais tiveram seus corpos encontrados. Os números oficiais que os contabilizaram não tinham transparência nem confiabilidade. Essas tragédias estavam ali – “Caía a tarde feito um viaduto, e o bêbado trajando luto me lembrou Carlitos” – e eu só conseguia arregalar os olhos e me encher de admiração pelo trabalho de um grande poeta.
Apenas por essa canção, ele já seria um dos grandes nomes de nossa história cultural.
Mas ele foi muito mais do que isso. O encontro com João Bosco produziu um conjunto de canções que reescreveram a história do país e interpretaram a estrutura profunda de nossa sensibilidade e pensamento. Em tempos de fim de ditadura, de embates com a censura, ele jamais foi um vendedor de ilusões, mas um construtor de realidades potentes e criador imbatível de personagens inesquecíveis, sejam eles Vanderlei e Odilon, Leonor ou Dagmar, que povoam a nossa imaginação e ganham vida própria, como Esmeraldo Simpatia é Quase Amor, do livro de crônicas “Rua dos Artistas e Arredores”, que deu nome a um dos blocos mais populares da cidade. Deboche, malandragem, ironia estão nas crônicas, nas letras, nos poemas onde convivem com a delicadeza das almas de vida noturna, dos amores juvenis, da vida suburbana, atravessada também de melancolia e abandono.  
Aldir Blanc é muito maior do que as circunstâncias que o criaram. Muito mais do que alguém que embalou os melhores sonhos de uma geração, a potência de suas obras atravessará os anos, mas para nós que vivemos cada lance da história recente do país, que construímos do jeito que deu a nossa frágil democracia, ele será o nosso grande parceiro, aquele em quem confiávamos, porque afinal, amigo é pra essas coisas.
Fará muita falta, mas quando a saudade apertar, a gente vai sempre lembrar da esperança equilibrista, e que o show tem que continuar!

ELEONORA ZILLER
Presidente da AdUFRJ

Em estudo recém-concluído sobre possíveis impactos da Covid-19 na economia brasileira em 2020, o Grupo de Indústria e Competitividade do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (GIC/IE-UFRJ) traça três diferentes cenários - otimista, referência e pessimista -, e todos com efeitos perversos sobre o PIB, emprego, renda e arrecadação de impostos. Com quedas acima de 10% no valor adicionado, os setores de construção, indústrias extrativas, indústria de transformação e comércio estão entre os mais afetados, mesmo em um cenário referência com queda de 6,4% do PIB em 2020. Link para a nota: https://www.ie.ufrj.br/images/IE/home/noticias/GIC_IE%20Avaliacao%20Impactos%20C19%20v04-05-2020%20final.pdf — com Carlos Frederico Rocha, Esther Dweck, Marília Bassetti e Julia Torracca.

WhatsApp Image 2020 05 06 at 09.38.11A AdUFRJ convida todos os professores a participar de uma manifestação em defesa da Ciência nesta quinta-feira, 7 de maio. Os pontos de encontro serão o Congresso Nacional e a Cinelândia. E ninguém vai furar as recomendações da Organização Mundial da Saúde para evitar aglomerações e, por consequência, a disseminação do coronavírus. Como? A SBPC adaptou para o Brasil o aplicativo Manif.app, ferramenta criada na França para a realização de protestos virtuais.
Os apoiadores da Marcha Virtual pela Ciência usarão o aplicativo que permite posicionar o próprio avatar em um mapa interativo. Muito simples de navegar, o Manif.app usa o serviço colaborativo Open Street Map (equivalente ao Google Maps). Qualquer pessoa pode organizar um evento online, convidando outras pessoas a irem ao mesmo lugar por meio de contatos ou redes sociais ou participar de um já organizado.

O manifestante também pode personalizar seu avatar, associando-o a uma “placa” na qual escreve um protesto. Daí, basta arrastar seu avatar vermelho (representando uma silhueta) para o mapa digital no local da demonstração e, assim, exibir seu apoio, com seu próprio cartaz. Ele é visível publicamente no mapa, junto de todos os outros avatares. “Nós utilizaremos o Manif.app para que todos possam marcar presença no dia da Marcha Virtual Pela Ciência, do sofá de suas casas, sem risco de contaminação pelo coronavírus”, comenta a diretora da SBPC, Claudia Linhares. A cientista foi a responsável pela tradução do aplicativo.

A ferramenta foi criada por Antoine Schmitt, programador e artista francês, apoiado por uma rede de artistas politicamente engajados, em particular pela sua companheira, Hortense Gauthier, artista performática. A ideia do Manif.app nasceu durante as manifestações dos Coletes Amarelos (Gillets Jaunes), em 2019, e nos protestos contra a reforma da previdência na França, “ambas fortemente reprimidas com violência pelo governo”, diz Schmitt. Segundo ele, o confinamento por conta da Covid-19 e a gestão catastrófica dessa crise sanitária pelo governo francês também influenciaram na idealização do aplicativo. “O manif.app nasceu da frustração e do desejo de dar outra forma de poder ao povo.”


MANIFESTE-SE VIRTUALMENTE EM APENAS 3 PASSOS:

    1. Acesse o aplicativo manif.app, no link https://bit.ly/3flVmsd
   2 Clique no botão “manifestar-se”. Seu avatar, de cor vermelha, aparece no mapa,
   3  Arraste o seu boneco no mapa até a manifestação em frente ao Congresso Nacional, em Brasília (DF), ou para a Cinelândia, no Centro do Rio.

DICAS:

#1: Se desejar segurar um cartaz, escreva seu recado no campo de “slogan” no topo do lado esquerdo da tela.

#2: A vida do seu avatar é de 24 horas. Se desejar prorrogá-la, mude o seu slogan ou posição antes do final das 24 horas de sua criação.

#3: Se deseja acompanhar o número de manifestantes, clique regularmente em  “atualizar” no topo da tela.
(Fonte: com informações do Portal da SBPC)

“Já não é mais uma unidade em torno de bandeiras políticas, de um movimento ou da greve. Significa a gente se organizar para a nossa sobrevivência”, afirmou a presidente da AdUFRJ, professora Eleonora Ziller, durante o lançamento do Fórum de Mobilização e Ação Solidária (FORMAS) da UFRJ, no último dia 4. O espaço é composto por todas as entidades representativas de professores, técnicos-administrativos, estudantes e terceirizados da universidade. Em uma transmissão online, os diretores sindicais e estudantis destacaram a necessidade de ajudar os mais vulneráveis e proteger direitos na pandemia, ainda mais no governo Bolsonaro. Waldinéa Nascimento, diretora da Associação dos Trabalhadores Terceirizados, encerrou o encontro com um apelo emocionado: “Escutem nossas reivindicações! Tivemos colegas falecidos! Pedimos a todos que formam esse grupo de unidade e luta que continuem ajudando e que as empresas cumpram os seus deveres” (Liz Mota Almeida)

Veja como foi o lançamento do Fórum de Mobilização e Ação Solidária, o Formas,  criado pelo Sintufrj, AdUFRJ, DCE Mário Prata, ATTUFRJ e APG UFRJ para promover mobilizações unificadas e ações conjuntas de solidariedade a segmentos da comunidade universitária durante a crise do coronavírus.

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