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WEBABRE1128Você pode baixar vídeos da campanha e usar um datashow para projeta-los na sua vizinhança, como na foto, ou mesmo compartilhar em suas redes sociais. Acesse bit.ly/projecoes15m

 

Em 15 de maio celebraremos um ano das grandiosas manifestações do 15M de 2019, quando docentes, estudantes e técnico-administrativos das universidades foram às ruas se encontrar com alunos e professores do ensino médio, com pais e familiares, com toda a diversidade da nossa sociedade para dizer não aos ataques de Bolsonaro e Weintraub, o ministro da balbúrdia, o pior ministro da história. Para marcar a data, lançamos pelo Observatório do Conhecimento uma semana de mobilização desde o dia 11 de maio. Colocamos no ar um vídeo de denúncia contra os ataques do governo, outro mostrando um pouco do que a universidade vem fazendo para combater a pandemia e um terceiro mostrando os pesquisadores em ação; inundamos as redes sociais com depoimentos dos professores e estudantes relatando que #MinhaBalbúrdiaÉ ajudar a salvar vidas de algum modo; fizemos projeções pelo Rio de Janeiro defendendo o adiamento do ENEM e convocando para um tuitaço às 14h do dia 15 com a hashtag #EducaçãoPelaVida e um panelaço às 20h30, em defesa da Educação.
O interessante é que, por coincidência, na mesma data completaremos dois meses de suspensão das atividades presenciais e de quarentena produtiva na nossa UFRJ, iniciada em 16 de março. Vivemos nesse começo de 2020 alguns dos dias mais difíceis dos cem anos de história da nossa universidade. É muito doloroso ver o número de mortos pela Covid-19 crescer exponencialmente no Brasil como um todo e no Rio de Janeiro, em particular. Sofremos ainda mais por saber que muitas destas mortes eram evitáveis se tivéssemos uma democracia em funcionamento e não um governo da morte com Bolsonaro à frente da República. O presidente sabota todas as tentativas de mitigar o impacto do novo coronavírus. Pior, debocha sistematicamente de quem tenta fazer diferente.
Apesar disso tudo, foram dias de muita solidariedade e esperança. A UFRJ – e as universidades públicas e institutos de pesquisa do país – se lançaram no combate à pandemia sem hesitar um segundo. Toda a energia criativa e a capacidade de produção do conhecimento do nosso jovem e, apesar de tão atacado, forte sistema científico foram direcionadas para diminuir as dores da sociedade causadas por essa doença tão brutal.
Fizemos respiradores, álcool gel, testes rápidos; agimos para fortalecer os Hospitais Universitários com novas UTIs e apoiar ao Sistema Único de Saúde em sua integralidade; organizamos triagens e recebimento dos pacientes para adiar o colapso do SUS; elaboramos modelos matemáticos e estatísticos que subsidiam as autoridades para tomar decisões de isolamento social, quarentena, remanejamento de recursos etc.
Os esforços da comunidade científica contra a Covid-19 não ficaram restritos às áreas da saúde e tecnológica. Todas as Humanidades se mobilizaram imediatamente, organizando redes de solidariedade e acolhimento que envolvem a assistência social para os mais pobres; o enfrentamento dos problemas de urbanização das favelas e periferias; a criação de processos de escuta que recolhem os traumas psicológicos e as memórias familiares das pessoas mais vulneráveis afetadas pela pandemia; as demandas políticas; e a articulação de processos formativos e educativos para que toda a sociedade se apodere do conhecimento que salva vidas.
Nós, da AdUFRJ, nos alimentamos dessa energia desde o primeiro dia da suspensão de aulas e iniciamos um processo de mobilização política para fazer da nossa associação um pequeno elo dessa corrente de solidariedade e esperança: nos engajamos nas redes de doações para os setores mais vulneráveis fora e dentro da nossa comunidade; nos articulamos com SINTUFRJ, DCE e ATTUFRJ para articular uma ação solidária unitária e assim nasceu o FORMAS; convocamos o Conselho de Representantes semanalmente em março e abril para enraizar nossas decisões e ações com reuniões mobilizadas e enriquecidas pela presença dos dirigentes da universidade – estiveram conosco a reitoria Denise de Carvalho, o vice-reitor Carlos Frederico Leão Rocha, o pró-reitor Eduardo Raupp, a pró-reitora Ivana Bentes, a pró-reitora Luzia Araújo; e realizamos rodas de conversa virtuais sobre temas gerais nos encontros do “Tamo Junto”, sempre às sextas, e que viraram referência para fechar a semana com afeto e bate papo qualificado. Conversamos com a ex-presidente da entidade e atual coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura, Tatiana Roque, sobre a Renda Universal; com a ex-vice-presidente da associação e sanitarista Ligia Bahia sobre o SUS e pandemia; com a ex-diretora da AdUFRJ e historiadora Maria Paula Araújo sobre como derrotar o fascismo, entre outras conversas que valem a pena. Em paralelo, mantivemos nossas articulações com outras associações docentes do Brasil no Observatório do Conhecimento. Primeiro com o tuitaço em 7 de abril, com o objetivo de pressionar Abraham Weintraub como o #PiorMinistrodaHistória (chegamos a ser o segundo assunto mais comentado do Brasil) e, agora, a campanha do 15M.
Junte-se a nós nessa mobilização! Na sexta, vá para as redes às 14h tuitar conosco que a Educação no Brasil se mobiliza pelas vidas contra o governo da morte de Bolsonaro! Às 20h30, vamos todas e todos às janelas fazer barulho contra o ministro e em defesa da universidade e do conhecimento.

WEB P3A 1128JOSUÉ MEDEIROS
Professor do departamento de Ciência Política e diretor da AdUFRJ

formas2AdUFRJ, APG, ATTUFRJ, DCE e Sintufrj lançaram a segunda edição do boletim unificado do FORMAS. O destaque é a manifestação virtual de 15 de maio, comemorando um ano da maior manifestação contra o governo Bolsonaro. Leia AQUI.

 

A UFRJ enviou na nesta sexta-feira, 8/5, um ofício ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), em que recomenda o lockdown, ou seja, isolamento total no estado face à pandemia da COVID-19. O documento é assinado pela Reitoria da UFRJ, que consultou seu Grupo de Trabalho (GT) Multidisciplinar para Enfrentamento da COVID-19, do qual participam dezenas de cientistas da maior universidade federal do país.

O MPRJ solicitou informações à UFRJ, na última quarta-feira (6/5), acerca de estudos para auxiliar gestores públicos na tomada de decisão quanto a medidas mais rígidas de isolamento social.

Para a Universidade, o lockdown deve-se somar a ações que deem condições básicas de manutenção da vida e da saúde, por meio da garantia de abastecimento em geral – mas em especial de gêneros alimentícios e medicamentos –, segurança, serviços essenciais de entrega em domicílio e autorização de circulação a partir de autodeclaração, em caso de extrema necessidade e com obrigatoriedade do uso de máscaras.

Para que o lockdown seja eficiente e eficaz, a UFRJ sugere que sejam observadas as seguintes ações, 11 ao todo:

1. definir critérios explícitos, mensuráveis, e inteligíveis sobre a evolução da epidemia e as condições que garantam o término e consequente saída programada do isolamento;

2. ampliar a comunicação social, disponibilizando oportunamente à população informação atualizada e clara sobre a evolução da epidemia;

3. promover a colaboração mútua entre lideranças comunitárias e serviços públicos atuantes na distribuição de produtos de higiene e de alimentos e na disseminação das informações relacionadas à necessidade e importância do isolamento social;

4. centralizar na esfera estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) a cadeia de comando dos sistemas de saúde público e privado, promovendo uma gestão coordenada entre unidades hospitalares, de urgência, ambulatoriais e de atenção primária à saúde;

5. garantir a concretude dos planos de aparelhamento e abertura de leitos hospitalares (inclusive das ações de provisionamento de recursos humanos e insumos estratégicos) para suprir as demandas assistenciais da população afetada pela COVID-19 em todos os níveis de complexidade;

6. assegurar maiores repasses do governo federal para ampliação de recursos para áreas prioritárias e compensar queda de arrecadação de forma a manter o pleno funcionamento dos serviços públicos estaduais;

7. garantir as condições básicas de sobrevivência dos cidadãos, com medidas de transferência de renda para população e acesso às condições mínimas de segurança alimentar e aos serviços de saúde, de forma a permitir o respeito às medidas de isolamento social;

8. garantir a continuidade da provisão de serviços de utilidade pública – como água, esgoto, gás, energia elétrica –, que estão sujeitos à inadimplência por descontinuidade dos fluxos de renda;

9. garantir o auxílio a empresas na forma de crédito para capital de giro a baixo custo;

10. garantir a infraestrutura de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), a fim de manter os serviços de internet em funcionamento tanto para os gestores estaduais e municipais quanto para a população em geral;

11. garantir a troca de informações de casos entre estados e municípios do estado de Rio de Janeiro de forma a constituir uma base única de consulta e inserção da informação.

Por que a recomendação de lockdown?

Entre as justificativas que embasaram o GT estão as experiências internacionais e as projeções modeladas nos grupos científicos da UFRJ que alertam que o aumento de casos de COVID-19 provocará colapso do sistema de saúde em curto espaço de tempo, e que o mês de maio será o mais crítico em relação à incidência da doença.

Além disso, análises preliminares realizadas por grupos de estudo da UFRJ sugerem que a redução da mobilidade urbana nos transportes públicos da região metropolitana do Rio sequer atingiu 50%, patamar considerado insuficiente para o controle da curva de crescimento da COVID-19. A baixa adesão às medidas de restrição da mobilidade, somada às aglomerações observadas em diversas localidades, tem se mostrado um obstáculo para a redução da transmissão da doença no Rio.

Paralelamente a isso, a taxa de crescimento da incidência de COVID-19 na cidade e no estado do Rio, na última semana (em especial desde 1/5), conforme apresentado no portal http://dadoscovid19.cos.ufrj.br, está acima das taxas médias observadas em todo o país.

Leia o documento na íntegra.

(Fonte: UFRJ)

Cortes. Ataques. Retrocesso. Há mais de um ano a educação sofre na mão do governo Bolsonaro. As universidades, em especial, foram eleitas como inimigas pelo presidente e pelo ministro da educação. Nem mesmo a pandemia fez o governo dar uma trégua para a educação e a ciência brasileiras.

Mas nós resistimos. Fazemos ciência. Produzimos conhecimento. Estamos trabalhando firme contra a Covid-19.

Na semana em que as grandes manifestações de 15 maio de 2019 completam um ano, manteremos o distanciamento social e estaremos nas redes apresentando a nossa produção e denunciando os ataques. Vem com a gente!

Se você está diretamente na luta contra a Covid-19, diz pra gente o que você tem feito. Faça um vídeo ou um post usando a hashtag #MinhaBalbúrdiaÉ

Assista ao vídeo da campanha:



E compartilhe o vídeo da campanha em suas redes: FACEBOOK e TWITTER.

 

1enemFoto: Marco Fernandes (Coordcom/UFRJ)Na sexta-feira (8/5), a reitora da UFRJ, Denise Carvalho, assinou documento que pede ao Ministério da Educação (MEC) o adiamento da edição deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em função da pandemia da COVID-19.

O documento também é assinado pelos dirigentes das seguintes instituições: Universidade Federal Fluminense (UFF), Instituto Federal Fluminense (IFF), Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ), Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo), Colégio Pedro II, Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

Os dirigentes signatários da nota repudiaram “qualquer tentativa de difundir uma sensação de normalidade falseada, como a manutenção do cronograma do Enem 2020, o qual, caso mantido, ampliará as desigualdades de acesso ao ensino superior.”

A UFRJ é a maior universidade federal do país e o Enem é a porta de acesso principal às 9,5 mil vagas anuais de seus 176 cursos de graduação.

Leia na íntegra abaixo ou acesse a versão PDF.

O Enem deve ser adiado

Nós, dirigentes máximos das Instituições Públicas de Ensino no Estado do Rio de Janeiro, engajados em planejar regras seguras de pós-confinamento, protocolos de convivência e de saúde dentro de um cenário de notório descontrole pandêmico e colapso das redes hospitalares que mais nos aproximam de um lockdown nas principais regiões do país, assistimos com perplexidade e desaprovação à decisão de manutenção do calendário do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, conforme publicação do edital n° 25, de 30 de março de 2020, divulgada pelo site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Neste momento o Brasil contabiliza mais de 120 mil casos de contaminação e 8 mil mortos, com a ameaça de novos e futuros ciclos pandêmicos, em virtude dos quais o tempo de isolamento social não pode, hoje, ser seguramente definido.

É crível que esses indicadores se tornarão maiores nas próximas semanas e, com eles, a desigualdade social, já tão evidente em nosso cotidiano.

Os estudantes brasileiros em vulnerabilidade social lutam pela defesa de suas vidas, pelos cuidados com a saúde, pelo cuidado de seus familiares, seguindo as orientações de isolamento social reiteradas pelas autoridades sanitárias nacionais e internacionais. Milhões desses estudantes não têm acesso à tecnologia ou à internet, o que impede ações pedagógicas similares ao cotidiano escolar com aulas presenciais.

Vários países, como China, EUA, França e Inglaterra, adiaram seus exames nacionais para acesso ao ensino superior por acreditarem ser a decisão mais legítima e democrática a ser tomada neste momento pandêmico.

Diante desse contexto, repudiamos qualquer tentativa de difundir uma sensação de normalidade falseada, como a manutenção do cronograma do Enem 2020, o qual, caso mantido, ampliará as desigualdades de acesso ao ensino superior.

Repelimos também a retórica contida na propaganda oficial do governo e difundida por diferentes mídias que foram utilizadas para divulgar o cronograma do Enem.

Finalmente, reiteramos a importância fundamental das universidades públicas, dos institutos federais, dos centros federais de educação tecnológica e do Colégio Pedro II, que, no cumprimento de sua missão social, acadêmica e científica, a despeito das adversidades, se constituem como referência educacional e científica no país, na América Latina e no mundo. É nosso compromisso que nenhum estudante tenha o seu ingresso na universidade prejudicado pela crise da COVID-19.

Assim, solicitamos ao Ministério da Educação que corrija o equívoco cometido ao não adiar o calendário do Enem 2020 e postergue as datas de inscrição e realização das provas, como recomendado, inclusive, pelo Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed).

Antonio Claudio Lucas da Nóbrega (reitor da UFF)

Denise Pires de Carvalho (reitora da UFRJ)

Jefferson Manhães de Azevedo (reitor do IFF)

Marcelo de Sousa Nogueira (diretor-geral do Cefet/RJ)

Maria Cristina de Assis (reitora da Uezo)

Oscar Halac (reitor do Colégio Pedro II)

Rafael Barreto Almada (reitor do IFRJ)

Raúl Ernesto López Palacio (reitor da Uenf)

Ricardo Luiz Berbara (reitor da UFRRJ)

Ricardo Lodi Ribeiro (reitor da Uerj)

Ricardo Silva Cardoso (reitor da Unirio)

(Fonte: UFRJ)

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