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artur moes ger 3Foto: Artur Moês (Coordcom/UFRJ)O Grupo de Trabalho (GT) Multidisciplinar para Enfrentamento da COVID-19 da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) torna público o apoio aos pesquisadores do estudo CloroCOVID-19, que investiga a segurança e eficácia de diferentes dosagens de cloroquina em pacientes com formas graves da doença.

O estudo, aprovado pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), é desenvolvido por pesquisadores de diferentes instituições e programas de pós-graduação em todo o país, de reconhecida relevância para as produções científicas nacional e internacional.

O GT considera inadmissíveis as ameaças e os ataques dirigidos às instituições e aos pesquisadores. Para o GT, são manifestações desprovidas de fundamentação científica e contrárias à produção de conhecimentos necessários às decisões que afetam a segurança e a vida dos pacientes.

Desde o início da pandemia, em apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS) no enfrentamento da grave ameaça à saúde pública representada pelo novo coronavírus, as instituições de ensino e pesquisa do país vêm se esforçando para buscar soluções cientificamente embasadas.

O GT da UFRJ reitera seu compromisso com a ciência e a divulgação de conhecimentos necessários à tomada de decisões, de forma segura e responsável, com vistas ao fortalecimento do SUS e à promoção da saúde da população brasileira.

20/4/2020

Grupo de Trabalho (GT) Multidisciplinar para Enfrentamento da COVID-19 da UFRJ

(Fonte: UFRJ)

Muito Além da Educação a Distância

Kelvin Melo e Lucas Abreu

WEBABRE1124A pandemia impôs um novo desafio aos professores de todo o planeta: adotar ou não estratégias de educação a distância durante a quarentena? A questão vai muito além da validade institucional e curricular dos encontros virtuais. A UFRJ, por exemplo,  suspendeu as aulas há um mês, rejeitou a hipótese de transformar as aulas presenciais  em virtuais, mas estimula que os professores criem formas de manter o contato com os alunos.
  O calendário letivo só será retomado quando a reitoria concluir que o isolamento social não é mais necessário. Na última quarta-feira, 15, o Conselho de Ensino de Graduação, CEG, criou uma comissão para avaliar cenários de retorno das aulas. A PR-1 garante que não haverá pressa e que todas as hipóteses serão examinadas. “Não tem nada definido. Não podemos ser levianos em dizer que vamos voltar no mês 6, 7 ou 8. É apenas para a universidade se preparar”, destaca a pró-reitora, professora Gisele Pires.
 
REDUÇÃO DE DANOS
A possibilidade de um longo período sem aulas também preocupa, pelo risco de os alunos se distanciarem da vida acadêmica. Para reduzir mais esse dano causado pelo coronavírus, muitos docentes estão encontrando formas alternativas de interação com os estudantes.
A professora Emília Cristina Benevides de Freitas, do Instituto de Ciências Biomédicas, optou pelo Facebook para contactar a turma. A docente já tinha um programa de ações online na aula de Anatomia para Educação Física, mas adaptou o conteúdo para a rede social.  Emília usa as plataformas digitais para criar uma sala de aula invertida, onde os alunos começam a conhecer os novos conteúdos online. Mais tarde, nas aulas presenciais, terão  a bagagem para discussão. “Dessa maneira, os alunos vão atrás do conhecimento, o que gera um engajamento maior da turma, e poderemos discutir com maior profundidade nas aulas presenciais”, explicou a professora.
“Isso não configura ensino a distância”, resume a pró-reitora de Graduação. A reitoria tem enfatizado que “a utilização de plataformas virtuais é permitida naquelas turmas que já faziam uso dessa tecnologia anteriormente” à suspensão das aulas.

 “POS-GRADUAÇÃO
WEB menor 1124 p3Para quem sempre trabalhou com ensino a distância, o uso das novas tecnologias não é novidade, mas a atual conjuntura exigiu mudanças. Caso dos docentes que usavam a plataforma Letras 2.0, ambiente que oferece recursos para professores da universidade em turmas de graduação, pós e extensão. A iniciativa é ligada ao Núcleo de Pesquisa em Linguagem, Educação e Tecnologia (LingNet), coordenado pela professora Kátia Tavares, da Faculdade de Letras.
Professora da graduação e da pós, Kátia teve que adaptar os cursos à atual realidade. Numa das turmas de graduação, aumentou a quantidade de atividades na plataforma. “Os alunos têm acesso a textos e vídeos com o conteúdo da matéria, e fazem atividades em um fórum de discussão exclusivo para eles, onde eu faço a mediação das atividades”, explicou Kátia.
Para a turma de pós-graduação, a dinâmica foi um pouco diferente. Como a disciplina trata especificamente do uso de tecnologias digitais na educação, ela optou por manter um grupo de WhatsApp. Paralelamente, ela leciona com o aplicativo Zoom, um serviço de web conferências. “Adequei o programa para contemplar o momento atual, em que diversos professores da educação básica e superior estão tendo que se adaptar ao uso de tecnologias, para propor uma reflexão teórica sobre o tema”, contou.
Pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa, a professora Denise Freire sustenta que o calendário dos cursos será refeito, após a pandemia.  “Ações virtuais feitas agora não substituem aulas presenciais”, explica.
Uma resolução do Conselho de Ensino para Graduados (CEPG) permite a existência de cursos semipresenciais, com no máximo 50% da carga horária total de aulas a distância, no caso dos cursos lato sensu, e 20% para os stricto sensu. E tudo indica que não será tolerada nenhuma alteração nestes percentuais.  Quando as aulas foram suspensas, a Associação de Pós-Graduandos da UFRJ fez um levantamento online com os estudantes. Dos 2.571 alunos que responderam, 21% disseram que teriam dificuldade de cumprir atividades remotas.
Para entender a situação da comunidade universitária, a instituição vai realizar um levantamento junto ao corpo social para saber quem possui acesso à internet e em quais condições. A Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação está preparando um formulário eletrônico.
Todo esse esforço para acolher a enorme diversidade dos alunos da UFRJ já pode ser traduzido em pequenas e generosas ações, como a do professor Claudio Franco, da Faculdade de Letras. Também usuário do Letras 2.0, intensificou as atividades na plataforma durante o período da quarentena. Suas disciplinas são voltadas para o ensino de inglês. “Os alunos podem fazer as atividades no horário e no lugar que são mais convenientes para eles”, explicou o professor. Foi preciso ter cuidado na hora de aumentar o volume de trabalho para os alunos, já que alguns deles poderiam apresentar restrições para acessar a internet. “Dou intervalos generosos para que todos consigam fazer as atividades online, porque tenho que pensar na diversidade com relação ao tipo de acesso”, contou.
 
EXTENSÃO
A Extensão também se mantém ativa durante a pandemia. Além de 23 cursos agendados para este ano e que já funcionavam a distância, várias atividades estão sendo criadas ou adaptadas para o ambiente virtual. Uma delas é a “Gastronomia para a Promoção da Saúde”.
Desde 2014, o projeto realiza oficinas mensais para pacientes atendidos no Hospital Universitário com doenças inflamatórias intestinais. O objetivo é desenvolver nos usuários a habilidade culinária para que tenham uma melhor alimentação no dia a dia. Com o coronavírus, tudo foi transferido para a internet. “Esses pacientes têm imunidade baixa, suspendemos logo as oficinas”, diz a coordenadora do projeto, professora Letícia Tavares.
A migração digital ainda apresenta obstáculos. O público é idoso. Vários não estão nas redes sociais. “Toda publicação é enviada por zap para os pacientes”. Também há dificuldades entre os alunos. “Temos um bolsista que voltou para a casa da avó, em Minas, e está sem computador”, explica Letícia.
Cada aluno do projeto agora prepara as receitas de forma mais detalhada, com imagens de cada passo. “O empenho dos alunos é enorme e a qualidade das imagens também melhorou muito”.
Presidente da AdUFRJ, a professora Eleonora Ziller tem reafirmado que, no caso das universidades, a única posição é garantir a autonomia universitária. “Temos que nos contrapor a qualquer tentativa de imposição do governo em relação ao EaD, mas também precisamos ser coerentes e não querer proibir outros tipos de atividade remota que venham a ser desenvolvidos na universidade”.


Graduação

A UFRJ faz parte de um consórcio de universidades públicas sediadas no estado do Rio (Cederj), criado em 2000, e tem como principais objetivos: possibilitar o acesso às pessoas residentes no interior ao ensino superior gratuito e de qualidade, oferecer flexibilidade de horário àqueles que não podem frequentar cursos superiores em horário tradicional, atuar na formação continuada a distância de profissionais, especialmente professores da rede estadual de ensino médio, e aumentar a oferta de vagas em cursos de graduação no estado. Pode haver contribuição da universidade em outros cursos, mas os diplomas só são emitidos pela UFRJ em: Ciências Contábeis (desde 2018); Licenciatura em Ciências Biológicas; Licenciatura em Física; e Licenciatura em Química. No caso dos cursos presenciais, de acordo com a nota divulgada pela reitoria, a utilização de plataformas virtuais só é permitida naquelas turmas que já faziam uso dessa tecnologia anteriormente e nos casos em que já esteja pactuada entre os estudantes e seus respectivos professores. As aulas em meios digitais não devem substituir as atividades presenciais. O calendário acadêmico será reajustado após o fim da pandemia.

Pós-Graduação

A Pró-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa não sabe quantos dos seus cursos oferecem a modalidade a distância, mas uma resolução do Conselho de Ensino para Graduados (CEPG) permite apenas a existência de cursos semipresenciais, com no máximo 50% da carga horária total de aulas a distância, no caso dos cursos lato sensu, e 20% para os stricto sensu.
Quando as aulas foram suspensas, a Associação de Pós-Graduandos da UFRJ fez uma pesquisa online com os estudantes. Dos 2.571 alunos que responderam, 21% deles disseram que teriam dificuldade de cumprir atividades remotas. As razões são várias, como a falta de recursos materiais para ter acesso ao conteúdo (como internet banda larga, computador ou celular) e a presença de crianças em casa, uma vez que as aulas das escolas foram suspensas. O resultado da pesquisa foi discutido no CEPG, que manteve os parâmetros atuais, e seguiu o calendário acadêmico da reitoria. Alguns professores, em comum acordo com as suas turmas, optaram por dar aulas por zoom ou outras plataformas de transmissão por vídeo e fazer atividades não presenciais.

Extensão

A extensão da UFRJ na modalidade a distância utiliza a plataforma moodle, que é um sistema para a criação de cursos online. Disponível em vários idiomas, o ambiente digital pode ser configurado para rodar em qualquer máquina.  A principal vantagem é concentrar, num único espaço, todas as informações relativas à disciplina. O professor pode, por exemplo, deixar o material didático para o download.
Antes da pandemia, já estavam agendados 23 cursos  de extensão a distância  para 2020: 15 no primeiro semestre e 8 no segundo. O Instituto Tércio Pacitti (antigo NCE) é a unidade que mais oferece atividades: 5. Por área temática, predominam aqueles voltados para Saúde (8) e Educação (8), seguidos por Trabalho (4) e Cultura (3).
Um exemplo de curso EAD de extensão é o Programa de Formação Continuada de Servidores Públicos (Profos), criado pela PR-5 em 2016. Somente o Profos ofereceu 7.315 vagas, nos últimos três anos.
A pró-reitoria  de Extensão iniciou uma campanha para ações virtuais. Vídeos, transmissões ao vivo e oficinas, entre outras ações, podem ser realizados de forma remota até que a situação se normalize em toda universidade.

O professor José Roberto da Silva, do Nupem/Macaé, falou ao Pílulas Antimonotonia sobre sua rotina na quarentena, com o filho com Síndrome de Down. Ele dá dicas para mães e pais passarem por esse período de afastamento social com o menor impacto possível para os filhos com necessidades específicas. Uma das principais indicações do docente é para que os horários das atividades das crianças não sejam alterados. “Se for possível até vestir o uniforme da escola, para indicar que aquele é o momento das atividades”, afirma o docente.

Acompanhe!

"Tente manter uma rotina de horário de dormir, horário de acordar. Ao acordar, que eles possam fazer as suas atividades o mais próximo possível da rotina que eles tinham antes da quarentena. Se possível até com o uniforme escolar.

Uma grande preocupação é com crianças que têm dificuldades de comunicação. É preciso usar das formas mais lúdicas possíveis lavando as mãos juntos, mostrando a importância deste gesto e do distanciamento social.

Aproveite para estar junto: jogar juntos, assistir a um filme juntos. Como todos deixaram de fazer atividades fora, mostre que é possível fazer coisas que gerem prazer em família.

Use a tecnologia para manter a criança em contato com familiares queridos, com colegas da escola. E para apoio e orientação, no caso de crianças que fazem terapias específicas."

 

A diretoria da AdUFRJ lamenta a morte e presta solidariedade à família do professor e escritor Luiz Alfredo Garcia-Roza. Emérito do Instituto de Psicologia, ele criou o Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica na unidade. Lançou oito livros sobre psicanálise.

Após a aposentadoria das salas de aula, ingressou na literatura de ficção. Sua primeira obra lhe rendeu o Prêmio Jabuti, em 1997. Era um dos principais romancistas policiais do Brasil. Garcia-Roza faleceu aos 84 anos, dia 16, por complicações em decorrência de um AVC.


Um infarto silenciou o cantor e compositor Moraes Moreira, dia 13. Aos 72 anos, ele era um dos ícones do pop nacional. Sua arte marca uma época: a união de ritmos típica da contracultura, os versos inspirados na vida hippie, a sede por liberdade durante a ditadura.

Pouco mais de 48 horas depois, outro infarto. Mais silêncio. Aos 94 anos, o escritor Rubem Fonseca finalizou a crônica mais longa que já escreveu. Em 2003, venceu o Prêmio Camões, o maior da literatura de Língua Portuguesa. Em comum, duas brilhantes trajetórias e almas que seguirão eternas em verso e prosa.

 

Sexta-feira é dia de os professores e professoras da UFRJ se encontrarem no bate-papo virtual da AdUFRJ. Quem vai puxar a conversa esta semana é o professor do IFCS Josué Medeiros, diretor da associação docente, que vai falar sobre a política brasileira em tempos de pandemia.

Para participar é fácil, a partir das 17h15 você envia uma mensagem para o WhatsApp da AdUFRJ (21) 99365-4514 pedindo para participar e nós te enviamos o link de acesso à nossa sala no ZOOM. Se você ainda não conhece o aplicativo, acesse zoom.com e instale em seu computador ou celular.

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