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WhatsApp Image 2021 09 13 at 12.58.33Além da eleição para a diretoria, os professores de 27 unidades acadêmicas votarão para o Conselho de Representantes da AdUFRJ. Este fórum tem, entre outras atribuições, a de fiscalizar a aplicação das finanças e do patrimônio do sindicato. Oitenta e dois docentes concorrem às vagas. O mandato também será de dois anos.
As candidaturas se apresentam por listas com, no mínimo, um nome e, no máximo, o dobro do número de representantes titulares que os sindicalizados da Unidade podem eleger. A relação depende do quadro de filiados de cada unidade: até 60 sindicalizados, um representante; de 61 a 120 sindicalizados, dois representantes; e mais de 120 sindicalizados, três.
Não há vinculação com a eleição para a diretoria. Em 23 locais, só há uma lista. Em outras quatro unidades há disputa entre duas listas: Coppe, Escola Politécnica, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Instituto de Economia. “É importante sublinhar que a próxima gestão poderá convocar novas eleições para recompor o CR nas unidades em que não houver representantes”, afirma o presidente da comissão eleitoral, professor Hélio de Mattos Alves.
Veja abaixo as listas de candidatos de cada unidade.

 

 

Candidaturas homologadas pela Comissão Eleitoral para o Conselho de Representantes da AdUFRJ, biênio 2021-2023, por unidades

Unidade

Lista A

Lista B

Centro Multidisciplinar de Macaé

Laís Buriti de Barros

Rita Cristina Azevedo Martins

 

Colégio de Aplicação

Thais da Costa Motta Rocha

Simone de Alencastro Rodrigues

Lorenna Bolsanello de Carvalho

Thayná Marracho Marques

 

COPPE

Leda dos Reis Castilho

Edson Hirokazu Watanabe

Marcelo Luiz Rodrigues de Campos

Frederico C. Jandre de Assis Tavares

Argemiro Resende Secchi

Albino José Kalab Leiroz

Bianca de Carvalho Pinheiro

Escola de Comunicação

Ivan Capeller

Luanda Dias Schramm

Fernando Salis

Jonas Federman

 

Escola de Educação Física e Desportos

Marcelo Paula de Melo

Renato Mendonça B. da Silva

Michele Pereira de S. da Fonseca

Luciana M. M. Peil

 

Escola de Música

Maria das Graças dos Reis José

 

Escola de Química

Alexandre de Castro Leiras Gomes

Caetano Moraes

Maria Alice Zarur Coelho

Papa Matar Ndiaye

 

Escola de Serviço Social

Cezar Henrique M. Coelho Maranhão

Aline Caldeira Lopes

Mathias Seibel Luce

Sara Granemann

 

Escola Politécnica

Eduardo de Miranda Batista

Luiz Eduardo Azambuja Sauerbronn

Lavinia Maria Alves Borges

Nisio de Carvalho Lobo Brum

Ricardo Eduardo Musafir

 

Eduardo Gonçalves Serra

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

Sylvia Meimaridou Rola

Claudio Rezende Ribeiro

Eunice Bomfim Rocha

Faculdade de Educação

Roberto Marques

Marinalva Silva Oliveira

Jorge Ricardo Santos Gonçalves

Enio José Serra dos Santos

Alessandra Nicodemos

Monica Pereira dos Santos

 

Faculdade de Farmácia

Ivana Correa Ramos Leal

Heitor Affonso de Paula Neto

Flavia Almada do Carmo

David Mazerowicz

 

Faculdade de Letras

Tatiana Ribeiro

 

Faculdade Nacional de Direito

Julia Avila Franzoni

 

Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade-Nupem

Jackson de Souza Menezes

Daniel Basilio Zandonadi

 

Instituto de Biofísica

Claudia de Alencar Santos Lage

Marcia Alves Marques Capella

 

Instituto de Biologia

Christine Ruta

Gisela Mandali de Figueiredo

Sergio Potsch de Carvalho e Silva

Maria Beatriz Barbosa de Barros Barreto

 

Instituto de Bioquímica Médica

Pedro Lagerblad de Oliveira

Jacqueline Leta

 

Instituto de Ciências Biomédicas

Sandra Konig

 

Instituto de Economia

Victor Prochnik

 

Wilson Vieira

Jaime Ernesto Winter Hughes Leon

Instituto de Estudos de Saúde Coletiva

Ligia Bahia

 

Instituto de Física

Felipe Siqueira de Souza da Rosa

Thales Agrícola Calixto de Azevedo

Henrique Boschi Filho

Luca Roberto Augusto Moriconi

 

Instituto de Macromoléculas

Bluma Guenther Soares

Luciana Spinelli Ferreira

 

Instituto de Matemática

Monique Robalo Moura Carmona

Monica Moulin Ribeiro Merkle

Gastão Coelho Gomes

Paulo Goldfeld

Ademir Fernando Pazoto

Angela Cassia Biazutti

 

Instituto de Psicologia

Fernanda Gloria Bruno

 

Instituto de Química

Monica Ferreira Moreira Carvalho Cardoso

Alexandre Guedes Torres

 

Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos

Livia Gimenes Dias da Fonseca

 

WhatsApp Image 2021 09 03 at 22.28.18Diretoria da AdUFRJ

Tomou conta das redes sociais um debate sobre o dia 7 de setembro. Ninguém acha que haverá um golpe de Estado. Bolsonaro está enfraquecido, uma parte significativa do empresariado que o sustentava já começa a abandonar o barco. Algumas iniciativas do STF para desarticular a convocação explícita para uma ação violenta podem ter algum efeito, mas também ninguém descarta que será um dia em que poderemos ver grandes manifestações bolsonaristas ao menos no Rio, São Paulo e Brasília. O que todos concordam é que o objetivo do presidente é violentar suas responsabilidades constitucionais, tumultuar o processo democrático, plantar o caos e adiar a sua derrocada final. A polêmica fica por conta da propriedade ou não de se marcar manifestações para o mesmo dia, o que é visto por muitos como um risco grande de dar errado. Sem dúvida há risco, seja de alguma confusão, seja de realizarmos protestos muito menores. Aqui no Rio de Janeiro há um componente complicador a mais: a explosão de novos casos de covid-19 e a confirmação de que a variante delta já está entre nós. Desde a manifestação do dia 18 temos visto o crescimento do número de pessoas que desistem de ir às ruas para se prevenir, principalmente aquelas que possuem pessoas em situação de risco sob seus cuidados.
Nós estamos mantendo a convocação para o ato, pois integramos o conjunto de entidades e movimentos sociais do fórum unificado do movimento Fora Bolsonaro. Mas ressaltamos que a questão principal agora é garantir que haja uma manifestação consistente de todos nós contra os propósitos golpistas e autoritários que estão sendo gestados pelo Palácio do Planalto. Por tudo isso, pelos quase 600.000 mortos, vítimas da pandemia, por tudo que tem sido destruído, vendido e desmontado, por todas as mentiras contadas, por todos os esquemas de corrupção que aos poucos vêm sendo trazidos à luz do dia, é que conclamamos os professores e as professoras a não se calarem no dia 7 de setembro: nas ruas ou nas redes, onde quer que estejamos, não podemos nos silenciar frente ao ataque mais direto e severo que a nossa frágil democracia recebeu desde 1985, quando se encerrou o ciclo dos governos da ditadura civil-militar. O custo de nosso silêncio poderá ser muito alto. Por isso, “O Grito” é a nossa capa dessa semana.
E apesar de todos os ataques que a universidade vem sofrendo, das grandes dificuldades e do cansaço que é viver numa realidade virtual, aulas e reuniões remotas, numa situação que não escolhemos nem desejamos, nós estamos dando uma resposta muito importante nessa semana em que começou a campanha eleitoral para a nova diretoria da AdUFRJ. Apesar de termos que encarar um formato de campanha completamente novo, para um período que com certeza será dos mais difíceis que já tivemos pela frente, temos uma centena de professores envolvidos em candidaturas para o período de 2021-2023. Além das duas chapas que disputam a diretoria, 85 docentes de 27 unidades se inscreveram para participar do Conselho de Representantes. Essa vitalidade é essencial para nossa sobrevivência. Muitos perderam o fio da história, e para os que chegaram há pouco, é sempre bom lembrar que nossa carreira de 40 horas e dedicação exclusiva, que garante uma universidade que se sustenta sobre o tripé ensino-pesquisa-extensão, foi uma conquista do movimento sindical, da luta de tantos docentes que dedicaram parte de suas vidas para esse movimento. Assim como a Andes, quando ainda não podia ser sindicato por força da lei, teve um papel preponderante na redemocratização do país. Nessa edição, temos um resumo do primeiro debate entre as chapas, mas ele também poderá ser visto na íntegra em nosso canal no Youtube. É importante que ninguém fique de fora dessa movimentação, não é pouco o que está em jogo. Há muitas divergências na pauta, é importante conhecê-las para decidir quais merecem o nosso voto. Mas as duas chapas têm a perfeita clareza de nossa tarefa principal. E seja lá qual for o resultado, vamos juntos, seremos fortes e derrotaremos o governo da destruição nacional.

 

WhatsApp Image 2021 08 27 at 22.36.15SEM SEPARAÇÃO Sala do CT, com carteiras coladas umas nas outras - Foto: Fernando SouzaDiferente, mas ainda inaceitável. O Ministério Público Federal (MPF) mudou sua proposta para o retorno presencial das aulas nas universidades do Rio. No início de uma ação civil pública em tramitação na 15a Vara Federal, o MPF exigia a volta integral das atividades, sem condicionantes. Agora, os procuradores do MPF cobram que as instituições ofereçam um percentual de aulas presenciais de acordo com as faixas de alerta epidemiológico emitido pelo estado. O novo sistema, submetido à avaliação das universidades, deveria entrar em vigor até 18 de outubro. No caso de bandeiras verde ou amarela, que representam riscos muito baixo e baixo, respectivamente, 100% das atividades de ensino ocorreriam normalmente nos campi. O percentual de aulas presenciais seria reduzido com a mudança do alerta. No caso de bandeira laranja, ou risco moderado, 70% das aulas teriam que ser oferecidas nas salas e laboratórios das universidades. As demais continuariam remotas. Com a bandeira vermelha, de risco alto, 40%.

A bandeira roxa, de risco muito alto, não foi mencionada explicitamente na recomendação do MPF. Mas o texto diz que, nos municípios em que Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro prescrever que há impedimento para a ministração de aulas presenciais na Rede Púbica Estadual, as instituições deverão prestar o serviço público de ensino na forma remota.

A proposta foi apresentada em uma audiência de conciliação realizada no dia 24, entre os procuradores do MPF e os representantes das instituições de educação. A juíza Carmen Silvia, responsável pelo caso, deu prazo para as instituições apresentarem contrapropostas e suspendeu o encontro. Uma nova audiência está marcada para a próxima quinta, 2 de setembro, já para avaliar as contrapropostas.

Reitor em exercício da UFRJ, o professor Carlos Frederico Leão Rocha não concorda com a nova proposta do MPF. “Não podemos aceitar a proposta neste formato”. O dirigente diz que a universidade vai manter o posicionamento de não alterar o atual período, já iniciado em meio remoto. E que somente as aulas práticas e trabalhos de campo poderiam ser retomados no início do próximo semestre letivo, em 16 de novembro. Isso se as condições sanitárias permitirem. “Sempre depende das condições sanitárias”, afirma o professor.

SEM ORÇAMENTO

Mas não só. Por falta de verbas, a transição para o presencial não seria nada fácil nem se a pandemia estivesse controlada no Brasil. Pró-reitor de Planejamento e Finanças da UFRJ, o professor Eduardo Raupp destaca que um eventual retorno das aulas aos campi vai demandar mais gastos com a manutenção básica da instituição. “E a Universidade já está com orçamento deficitário para cumprimento dos contratos vigentes”, afirma.

O dirigente cita como exemplos a ampliação das despesas com os serviços de limpeza para garantir ambientes adequadamente higienizados, as obras de adequação das salas, laboratórios e restaurantes universitários. Também seria necessária a compra de grande quantidade de álcool 70°, testes para covid-19 e equipamentos de proteção individual, além do aumento da frota de ônibus para os deslocamentos entre os campi e dentro da Cidade Universitária. “Buscando manter o distanciamento recomendado dentro dos ônibus”, explica Raupp. Os veículos também precisariam passar por adaptações. Hoje, eles não permitem a abertura de janelas.

Em março deste ano, informa o dirigente, o MEC solicitou uma estimativa das universidades sobre os recursos necessários para o enfrentamento emergencial da covid-19. A proposta da UFRJ, no valor total de R$ 141 milhões, cobria as atividades assistenciais dos hospitais, o investimento no desenvolvimento de vacinas e o retorno de aulas práticas presenciais e aulas de campo. Esta última parte demandaria R$ 13 milhões. Em abril, o MEC encaminhou nota técnica do Ministério da Economia descartando a suplementação. Somente os recursos para os hospitais foram parcialmente liberados (R$ 33 milhões), mas ainda dependem de aprovação do Congresso Nacional. Para as aulas, nenhum centavo.

INDIGNAÇÃO

Presidente da AdUFRJ, a professora Eleonora Ziller afirma que toda a comunidade acadêmica está ansiosa para voltar aos campi: “A gente concorda que tem que discutir a volta. Mas não desse jeito. O governo não tem política sanitária e não nos dá dotação orçamentária para planejar a volta”, diz. “É desnecessário esse tipo de intervenção demagógica e irresponsável”, completa.

Também diretor da AdUFRJ, o professor Felipe Rosa faz parte do Conselho de Ensino de Graduação e acrescenta: “Temos discutido a volta de forma muita intensa. Não é como se a gente estivesse satisfeito e o MPF tem que chegar e colocar ordem na casa. Isso não tem relação com a realidade”, critica.

Representante do DCE, Antônia Velloso também considera que a proposta do MPF desrespeita a autonomia universitária. “A UFRJ tem um plano de retorno gradual que se inicia com as atividades práticas, mas isso tudo passa pelo debate e deliberação dentro dos colegiados. Agora, o MPF quer passar por cima disso”. (colaborou Liz Mota Almeida)

 

PROFESSORES CRITICAM PLANOS DE RETORNO NA USP E UFMG

Liz Mota Almeida

Enquanto a UFRJ planeja seu retorno aos campi com calma e de olho nos índices epidemiológicos, duas grandes universidades do país já resolveram estabelecer datas para a volta das aulas presenciais.

Na USP, o retorno presencial compulsório foi determinado para os estudantes de graduação, em 4 de outubro. Será necessário comprovar o ciclo de vacinação completo: ou seja, ter duas semanas após a segunda dose, como um “passaporte” para a sala de aula. “Esse posicionamento está alinhado com o governo (de João) Doria (PSDB). A tônica do governo do estado e do reitor é que a pandemia acabou”, critica a presidente da ADUSP, Michele Schultz. A medida, segundo ela, não passou pelos colegiados superiores da universidade.

Uma das principais preocupações é com o deslocamento para a universidade. “Sou docente da USP Leste. São cerca de cinco mil estudantes e o acesso se dá principalmente pelo transporte público, o trem”, conta. “Os trens com destino à zona leste são absolutamente lotados, e a reitoria está ignorando situações como essa”, completa.

A professora destaca que isso ocorre num momento em que vários especialistas apontam o agravante da variante delta, e há a discussão da necessidade da terceira dose para idosos. Em uma reunião com a reitoria, foi questionado quem verificaria as carteirinhas de vacinação, mas a pergunta ficou sem resposta. “Estamos a 40 dias do retorno das aulas e estou bastante inconformada com isso”, conclui a presidente do sindicato.

Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), uma resolução do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) estabeleceu 13 de outubro como data de início do chamado ensino híbrido. Cada curso de graduação deve desenvolver um projeto de retorno, que pode ocorrer de três formas: com o ensino completamente remoto; com momentos presenciais; e totalmente presencial. Mas não existem recursos dentro da universidade para adaptação às normas de biossegurança.

O sindicato docente local (APUBH) acredita que a UFMG tem que arcar com os equipamentos de proteção individual completos, posicionar tapetes para higienização dos pés, distribuir álcool em gel e máscaras para toda a comunidade. “Como empregados, precisamos exigir dos nossos empregadores equipamentos suficientes para quem estará arriscando suas vidas neste retorno”, afirma a professora Maria Luiza Araújo, diretora da APUBH. O sindicato não descarta a possibilidade de uma greve ou de medidas judiciais para a defesa da vida e saúde dos docentes, estudantes, técnicos e seus familiares.

debate chapas

O primeiro debate entre as chapas que disputam a diretoria da AdUFRJ acontece amanhã, 3 de setembro, às 13h. Por conta da pandemia, o evento será realizado de forma remota, com transmissão pelos canais do sindicato no Youtube e no Facebook.
Dois grupos concorrem. O professor João Torres, do Instituto de Física, é o candidato a presidente pela chapa 1. A professora Cláudia Piccinini, da Faculdade de Educação, é a candidata a presidente pela chapa 2.

O debate será dividido em cinco blocos. No primeiro, haverá 15 minutos para exposição do programa por cada chapa. Nos blocos intermediários, as chapas responderão a quatro perguntas do público, que poderão ser enviadas pelo formulário eletrônico https://bit.ly/debateadufrj e sorteadas através do site https://sorteador.com.br. As questões poderão ser remetidas até o final do primeiro bloco. No último bloco, cada grupo terá seis minutos para as considerações finais.
Participe!

Atualize seus dados e participe da eleição

WhatsApp Image 2021 08 26 at 11.16.39A AdUFRJ ainda não conseguiu contatar por e-mail 256 professores que poderão não conseguir votar nas eleições, se não atualizarem seus correios eletrônicos. A secretaria enviará, para esses docentes, correspondência pelos Correios com a convocação para informarem os dados completos de cadastro. Têm direito a participar da eleição cerca de 3.500 professores sindicalizados.
Para se cadastrar, basta acessar a página da AdUFRJ (www.adufrj.org.br – aba “atualize seus dados”) ou o hotsite (cadastro.adufrj.org.br). Toda a divulgação dos materiais relativos à eleição e do próprio link da votação vai ocorrer por e-mail, por isso é fundamental estar em dia com suas informações de contato.
No primeiro acesso, o professor deverá clicar em “esqueci minha senha” e informar o e-mail pelo qual recebe as informações da AdUFRJ. Será enviado um link para definir a senha. A partir daí, é só atualizar os dados pessoais e profissionais. Caso receba a mensagem “e-mail não encontrado”, é preciso entrar em contato com a secretaria pelo número de whatsapp (21) 99365-4514. Outras formas de contato são o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou os telefones (21) 99365-4514 e 99808-0672.

Conselho de Representantes: inscrições até o dia 2

Quinta-feira, dia 2 de setembro, é o prazo final para a inscrição de candidatos ao Conselho de Representantes da AdUFRJ. As inscrições devem ser feitas por meio de listas, que podem ter de um a seis candidatos. Os docentes interessados podem se candidatar preenchendo dois formulários. O primeiro é a lista para candidaturas. O segundo, uma declaração de aceite da inscrição e de que o docente não possui cargos de direção na UFRJ ou em outro órgão da administração pública. Após preenchidos e assinados, os formulários devem ser enviados para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. até às 23h59min do dia 2. Os documentos e outros esclarecimentos podem ser encontrados no site da AdUFRJ, aba “Inscrições para o CR”. Os regimentos Geral e Eleitoral do sindicato também estão disponíveis no site, na aba “Institucional”.

Programas das chapas

A eleição da AdUFRJ está chegando e nosso jornal está empenhado em informar aos sindicalizados sobre cada uma das chapas que disputam a diretoria. Sob o princípio da imparcialidade, disponibilizamos espaços idênticos para que cada grupo responda a questões políticas e sobre o dia a dia docente. Nesta edição, as chapas apontam as razões de se filiar à AdUFRJ e o que pretendem oferecer aos sindicalizados. Há, também, um encarte de quatro páginas, solicitado pela Comissão Eleitoral, para apresentar os programas das duas chapas, enviado por e-mail e disponível em nosso site.

 

felipePor Felipe Rosa
Vice-presidente da AdUFRJ e professor do Instituto de Física da UFRJ

 

Não é fácil datar a história do Brasil. Tivemos migrações para as Américas desde pelo menos o Paleolítico Superior, o estabelecimento de civilizações originárias desde ao menos o II milênio a. C., a chegada de navegadores portugueses na virada do séc. XVI, a formação de um governo geral 50 anos depois, a vinda da Família Real e subsequente processo de independência no início do séc. XIX.  Entretanto, frequentemente esquecido nessa lista de marcos cronológicos está, provavelmente ali no final da década de 1530, o primeiro navio negreiro a aportar em nossas terras. Esse foi o início do terrível processo de tráfico e escravização de negros no Brasil, que nos próximos cinco séculos forjaria abjeta e indelevelmente a nossa existência.

A escravidão durou formalmente até 1888, ou seja, foram mais de trezentos anos de comunidades inteiras arrancadas de seu continente de origem e descarregadas aquiartigo felipe no Brasil, onde deveriam viver em cativeiro para sempre. Estima-se que mais de 12 milhões de pessoas tenham sido deportadas para as Américas, das quais 5 milhões foram desembarcadas em portos brasileiros. Tais cifras talvez não causem muito impacto em quem está acostumado com os padrões populacionais contemporâneos, então não custa lembrar: de cada 100 pessoas que chegaram ao Brasil entre 1500 e 1850, aproximadamente 85 eram africanas. No final do séc. XVII, cinco em cada seis pessoas eram escravizadas no Rio de Janeiro, seis em cada sete em São Paulo. A história do nosso povo é, de fato, a vida e obra dessa multidão de esquecidos, coadjuvada por alguns europeus da península Ibérica.     

Tal experiência brutal de discriminação, em seus números e afetos, cava fundo na alma da sociedade brasileira, e lá se estrutura. E se alimenta. E permanece. Já se passaram mais de 130 anos da Lei Áurea, mas nossa sociedade segregada está aí para quem quiser ver, basta reparar a cor de quem está nos sinais de trânsito e nos salões das magistraturas. E nesse momento precisamos falar da universidade brasileira. Nós, da comunidade universitária, nos orgulhamos de ter um ambiente progressista, no qual existe uma ativa conscientização e combate ao racismo. Houve, inclusive, algumas vitórias objetivamente significativas, como a introdução de cotas raciais nos vestibulares e concursos, assim como de comissões de heteroidentificação. Contudo, apesar dos perceptíveis avanços na ocupação do espaço universitário por alunos e alunas negras, o mesmo não pode ser dito da categoria docente: menos de 5% dos professores universitários são negros, uma porcentagem não muito diferente da época da fundação das primeiras universidades públicas. Isso deveria ser causa de grande inquietação entre nós, mas infelizmente não nos mobiliza tanto para aqueles que mais sofrem com essa desigualdade. Apesar de nosso progresso, claramente ainda temos muito chão pela frente.   

Pois bem, chegamos então ao dia 11 de agosto de 2021. Nesta data, o Departamento de Ciências Políticas do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) realizou uma reunião com o intuito de organizar um concurso vindouro e, em particular, formar uma banca. A reunião transcorreu de forma bastante tensa – foi, inclusive, interrompida pelo menos uma vez – e, em dado momento, um limite teria sido cruzado: um dos professores presentes se sentiu atingido por ofensas racistas. Não temos um relato claro de como a reunião se desenrolou a partir daí, mas o fato é que alguns dias depois, mais exatamente a 23 de agosto, o Coletivo de Docentes Negras e Negros da UFRJ solicitou em nota uma investigação oficial sobre o ocorrido. De acordo com uma nota oficial da reitoria da UFRJ, uma denúncia formal foi feita no dia 26, e uma comissão de sindicância já foi instalada no dia 27. A esta cabe investigar a materialidade da denúncia, ouvir as partes e, se for o caso, recomendar uma punição, que pode ir da advertência à abertura de um processo administrativo disciplinar (PAD), que por sua vez pode levar a penas mais sérias, inclusive à exoneração.

Nós, da AdUFRJ, reafirmamos a nossa posição antirracista inegociável. Em nosso mandato foram dois anos de interação muito fecunda com o movimento negro, seja no Cineclube, no Festival do Conhecimento, nos apoios e parcerias ao longo de uma intensa agenda de atos e manifestações. Comemoramos juntos a aprovação da nova regra de cotas para os concursos, e lamentamos juntos a nomeação de Sergio Camargo para a Fundação Palmares. Não aceitaremos calados nenhum retrocesso das conquistas tão sofridas que tornam nossa sociedade um pouquinho menos racista. Ao mesmo tempo, reivindicamos enfaticamente que as instâncias competentes apurem o acontecido da forma mais rápida e minuciosa possível, reiterando nosso compromisso com o devido processo administrativo e/ou legal. Assim como não arredamos pé de nossa solidariedade antirracista, não ratificaremos pré-julgamentos nem condenações sumárias, até porque já vimos no passado recente onde leva tal caminho.

Por fim, conclamamos nossos associados e associadas a refletir sobre a questão racial no contexto político atual. Estamos sob a égide de um presidente escancaradamente racista, que patrocina abertamente a naturalização do racismo não apenas contra negros, mas contra índios, chineses e a quem mais não se adeque ao seu patético “Trampi, ai lóvi iu!”. O momento é muito grave, e divisões entre nós não ajudam em absolutamente nada.

 

Nota da diretoria da AdUFRJ

Uma petição, organizada pelo Coletivo de Docentes Negras e Negros da UFRJ que denuncia e pede investigação de caso de racismo ocorrido no Departamento de Ciência Política, no IFCS/UFRJ, começou a circular no dia 24 de agosto e rapidamente alcançou grande repercussão. O fato, por si só, se reveste da maior importância, pois revela a existência de um amplo comprometimento da comunidade universitária com a luta antirracista. Uma manifestação imediata tão significativa favorável à investigação é fruto de uma árdua luta no interior da universidade para que o racismo estrutural seja enfrentado onde quer que se manifeste.  A apuração do caso deve acontecer o mais rápido possível, para que não haja pré-julgamentos e condenações antecipadas, uma vez que existe uma controvérsia acerca do ocorrido entre os participantes da reunião. Por isso acreditamos que a instalação de uma comissão de sindicância para que tudo seja investigado é a medida mais importante a ser tomada agora, tendo inclusive assegurado a todos o direito ao contraditório e ampla defesa. Nossa entidade sindical segue em defesa do justo e do humanitário para todas e todos.

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