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remarcadas eleicoes para decanias do ct e do cfchAs eleições para escolha dos novos decanos do Centro de Tecnologia e do Centro de Filosofia e Ciências Humanas foram adiadas por causa da greve dos caminhoneiros. No CT, a eleição foi remarcada para terça-feira (5) e quarta-feira (6). Os locais e horários de funcionamento das

urnas no Centro de Tecnologia estão mantidos: das 10h às 16h, no bloco B (Escola Politécnica) e no bloco H (Coppe). Já no bloco E (Decania, Escola de Química, Instituto de Macromoléculas, Nides) as seções funcionam das 10h às 16h e das 18h às 20h. O resultado sai em 7 de junho.

O CFCH vai divulgar na próxima segunda-feira (4) as novas datas. O Centro de Ciências da Saúde também tem eleição da decania agendada para o período de 4 e 7 de junho. As urnas estarão disponíveis em todas as unidades do centro.

Eleição da CPPD

Está marcada para os dias 26, 28 e 29 de junho a renovação de parte da Comissão Permanente de Pessoal Docente, formada por representantes de cada centro, e categoria. Os eleitos terão mandato de 3 anos. É responsabilidade do grupo analisar os processos de progressão docente, além das alterações no regime de trabalho e o cumprimento do estágio probatório.

professores da ufrj analisam crise dos combustiveisO Boletim da Adufrj ouviu especialistas da universidade para analisar a crise causada pela paralisação dos caminhoneiros. Vários grupos de pesquisa da UFRJ, em especial na Coppe, trabalham com os temas da energia e da mobilidade. Docentes do Instituto de Economia, liderados pelo professor Adilson de Oliveira, integrante do Conselho Curador da UFRJ, lançaram um manifesto com críticas severas aos subsídios da Petrobras ao diesel importado. Todos responsabilizaram a política de alinhamento de preços da Petrobras ao mercado internacional pelo desequilíbrio causado ao conjunto da economia. “Com essa política, a empresa passou a repassar para os consumidores os riscos econômicos da volatilidade dos preços, com o objetivo de aumentar os dividendos de seus acionistas. A crise provocada pela reação dos caminhoneiros a essa política é fruto desse grave equívoco”, ressalta o manifesto.

Já o professor Romulo Orrico, coordenador do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe, argumenta que os transportes integram a cadeia produtiva nacional e cobra mais investimentos na ampliação da malha ferroviária do país, hoje sucateada e focada na exportação: “Não podemos ter uma política de preços para o petróleo que não leve em conta que o transporte é um pedaço da nossa cadeia produtiva. Se ela estiver distorcida, vai distorcer todo o resto da cadeia”, critica.

Mauricio Tolmasquim, professor Titular do Programa de Planejamento Energético da Coppe, reforça que a política da empresa estatal causou volatilidade nos preços e imprevisibilidade para o trabalho dos caminhoneiros. A solução encontrada pelo governo de subsidiar o diesel foi “tomada contra a parede” – depois da situação caótica dos últimos dias, o governo decidiu subsidiar o combustível, medida que poderia ter sido evitada com ações que garantissem maior previsibilidade aos agentes econômicos, segundo Tolmasquim. “A tendência, com as questões climáticas, é taxar os combustíveis fósseis. Aqui está se fazendo justamente o oposto”, diz. Para o professor, existe uma confusão entre não intervir no mercado, deixar o mercado funcionar, e a ausência de política: “Precisa ter política energética, política de transporte… Precisa ter alguém dando as regras do jogo. Isso está faltando no setor energético”, critica.

Leia mais:
Professores da Economia lançam manifesto
Para docente da Coppe, transporte público é prioridade
Falta política energética ao país, diz Maurício Tolmasquim

capa fcpzzb abr3005183227Subsídios para o diesel importado?

Recentemente, o conselho de administração da Petrobras, negligenciando os efeitos danosos da volatilidade no preço do petróleo para a atividade econômica, decidiu manter os preços dos combustíveis alinhados com os preços dos derivados no mercado internacional, independentemente dos custos de produção da companhia. Com essa política, a empresa passou a repassar os riscos econômicos da volatilidade dos preços para os consumidores com o objetivo de aumentar os dividendos de seus acionistas. A crise provocada pela reação dos caminhoneiros a essa política é fruto desse grave equívoco.

Para superar essa crise, é indispensável rever essa política. No entanto, o governo decidiu preservá-la, propondo um subsídio para o diesel com reajustes mensais no seu preço. O governo estima que essas medidas custarão R$ 13 bilhões aos cofres públicos até o final do ano, dos quais mais de R$ 3 bilhões serão gastos para subsidiar o diesel importado O ministro Guardia justificou essa medida econômica heterodoxa como necessária para preservar a competitividade do diesel importado.

O Brasil importou 25,4 milhões de barris de gasolina e 82,2 milhões de barris de diesel no ano passado, porém exportou 328,2 milhões de barris de petróleo bruto Na prática, esse petróleo foi refinado no exterior para atender o mercado doméstico, deixando nossas refinarias ociosas (31,9%) em março de 2018. Nesse processo, os brasileiros pagaram os custos da ociosidade das refinarias da Petrobras e aproximadamente US$ 730 milhões anuais pelo refino de seu óleo no exterior. Não é racional que o Brasil subsidie diesel importado para absorver a capacidade ociosa de concorrentes comerciais. A Petrobras foi criada para garantir o suprimento doméstico de combustíveis com preços racionais. Não é razoável que o presidente da Petrobras declare que o petróleo produzido no Brasil é rentável a US$ 35 dólares/barril e proponha oferta-lo aos brasileiros a US$ 70/barril.

  • Adilson de Oliveira
  • Ary Barradas
  • Carlos Frederico Leão Rocha
  • David Kupfer
  • Denise Lobato Gentil
  • Eduardo Costa Pinto
  • Fernando Carlos
  • Isabela Nogueira
  • João Saboia
  • João Sicsu
  • José Eduardo Cassiolato
  • José Luís Fiori
  • Karla Inez Leitão Lundgren
  • Lena Lavinas
  • Lucia Kubrusly
  • Luiz Carlos Prado
  • Luiz Martins
  • Marcelo Gerson Pessoa de Matos
  • René Carvalho
  • Ronaldo Bicalho
  • Victor Prochnik

TesteEdital Mestrado 2018/2Kelvin Melo | Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.


Já é possível às autoridades universitárias fazer o reconhecimento facial dos motoristas que entram na ilha do Fundão. Desde quarta-feira (30), foram instaladas câmeras de vigilância de alta definição nos pórticos de acesso ao campus. Os dispositivos foram colocados um ano e oito meses após o primeiro anúncio sobre a obra. Somente os pórticos, sem as câmeras, foram entregues em dezembro de 2016.

O9A2735XO financiamento à pesquisa no Brasil está estagnado, em torno de 1% do PIB, o que ameaça as conquistas já alcançadas e mina o desenvolvimento do país, critica o professor Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências. Confira o artigo “Qual é o propósito da Ciência”, publicado originalmente no blog Ciência & Matemática, de Claudio Landim.

Qual é o propósito da Ciência?

Uma teoria com beleza matemática é mais provável de ser correta do que uma teoria feia que concorde com alguns dados experimentais. (Paul Dirac, 1902-1984)

No início do século 20, um grupo de jovens provoca uma revolução na ciência, ao formular uma teoria que se afasta radicalmente dos conceitos clássicos: a física quântica. Surge então uma nova visão da natureza: a luz comporta-se ora como ondas, ora como se fosse constituída de corpúsculos; átomos e elétrons poderiam também ter comportamento típico de ondas. O primeiro vislumbre aparece com os trabalhos de Max Planck, em 1900 e de Albert Einstein , em 1905. Os jovens responsáveis por essa reviravolta conceitual não tinham nenhuma ideia sobre possíveis aplicações dessa nova física: movia-os a curiosidade e a paixão pelo conhecimento.

Cem anos depois dos trabalhos de Planck, um artigo publicado na revista “Scientific American” pelos físicos norte-americanos Max Tegmark e John Archibald Wheeler mostrava que, no ano 2000, cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano eram baseados em invenções tornadas possíveis pela física quântica, de semicondutores em chipsde computadores a lasers em reprodutores de CDs e DVDs, aparelhos de ressonância magnética em hospitais, e muito mais.

A história é rica em exemplos de descobertas em ciência básica, movidas pela curiosidade, que acabaram provocando grandes transformações no quotidiano da humanidade. Assim foi com a eletricidade, explorada em experimentos pelo grande físico britânico Michael Faraday. Foi ele quem descobriu, em 1831, que uma corrente elétrica era produzida em um fio de cobre, ao movê-lo em um campo magnético — descoberta que deu origem aos geradores de energia elétrica. Questionado pelo então Ministro das Finanças britânico, Sir William Gladstone, sobre a utilidade do efeito que acabara de descobrir, Faraday responde: “Há uma alta probabilidade, Sir, que em breve o senhor poderá taxá-la”.

Também no Brasil, a ciência teve um retorno fantástico: aumentou enormemente a eficiência da agricultura, tornou possível a extração de petróleo do pré-sal — hoje mais que 50% da produção brasileira —, permitiu o enfrentamento de epidemias emergentes, o enriquecimento de urânio para centrais nucleares e o aparecimento de diversas empresas de alta tecnologia com protagonismo internacional.

Hoje em dia, a velocidade crescente do avanço científico e tecnológico diminui a distância entre descobertas de ciência básica e suas aplicações. Por isso mesmo, em 2012, em meio à crise global que afeta a taxa de crescimento de sua economia, a China aumenta em 26% os recursos para pesquisa básica. A União Europeia planeja alcançar, no ano 2020, 3% do PIB em pesquisa e desenvolvimento. Coréia do Sul e Israel já ultrapassam os 4% do PIB. Enquanto isso, o financiamento à pesquisa no Brasil está estagnado, em torno de 1% do PIB, o que ameaça as conquistas já alcançadas e mina o desenvolvimento econômico e social do país.

Mas a ciência não deve ser justificada apenas em função de suas possíveis aplicações. Se assim fosse, como entender o entusiasmo em torno do anúncio, em 2016, da detecção de ondas gravitacionais produzidas por uma colisão de buracos negros, ocorrida há mais de um bilhão de anos atrás, motivo de manchetes de jornais em todo o mundo e do Prêmio Nobel de Física em 2017? Como entender a fascinação provocada pela descoberta de um novo elo na evolução da espécie humana?

A curiosidade está inscrita no DNA humano. Trata-se de buscar respostas para questões fundamentais: quem somos, de onde viemos, qual o nosso lugar no Universo. A busca pelo desvelamento dos enigmas da natureza está intimamente ligada ao senso de beleza, que justifica a frase do grande físico Paul Dirac e é fundamental para o propósito humano. Einstein dizia que “A coisa mais bela que podemos experimentar é o misterioso. Essa é a fonte de toda verdadeira arte e toda a ciência. Aquele para quem essa emoção é estranha, aquele que não pode mais fazer uma pausa para refletir e ficar absorto em admiração, está praticamente morto: seus olhos estão fechados”.

Einstein dizia também que “o eterno mistério do mundo é sua compreensibilidade”. Está aí talvez o grande enigma da ciência, aquele que une de forma indissolúvel o Universo com aqueles que o observam: através da ciência, o Universo é descrito por uma parte sua, a chamada “vida inteligente”, que obsessivamente procura entender os mistérios do mundo em que vive e as respostas para sua própria existência.

Luiz Davidovich  é Professor Titular do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Presidente da Academia Brasileira de Ciências

(Blog Ciência & Matemática, de Claudio Landim  / jornal O Globo, 29/5)

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