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Gabriel Nacif Paes Mais antiga instituição científica brasileira, o Museu Nacional comemorou na última quarta-feira (6) seus 200 anos de fundação em clima de festa, com apostas em novos projetos – mas sem deixar de lado a preocupação com os sucessivos cortes no orçamento da ciência. O diretor do Museu, Alexander Kellner, anunciou um contrato de R$ 21,7 milhões com o BNDES para reformar áreas do prédio, como a biblioteca, e recuperar partes do acervo, entre elas os aposentos de D.Pedro II. A Petrobras e a Vale vão patrocinar exposições sobre corais e mineralogia, respectivamente. Diante de atores que representavam a família real portuguesa, Kellner contou a história do Museu ao longo dos últimos dois séculos. Ele celebrou a importância da existência de um instituto científico bicentenário no Brasil, mas ressaltou a necessidade de continuar pensando no futuro. “A gente tem que refletir, fazer esforços e pensar nessa instituição para além dos 200 anos”, afirmou. “Ela pertence a todos nós e é um orgulho para a sociedade.” Kellner exaltou a parceria com o BNDES: “Dará oxigênio para nós não só em exposições, mas também no restauro da infraestrutura”. A manutenção é um dos problemas do museu. O presidente da Comissão Executiva dos 200 anos, Luiz Fernando Dias Duarte, falou sobre projetos em andamento, como a construção de novos prédios para abrigar o acervo, e disse que tudo esbarra na dificuldade de comunicação com o governo federal. Diretor da instituição de 1998 a 2001, lembrou os cortes orçamentários: “Não posso deixar de lamentar que o brilho dessa festa seja prejudicado pela profunda crise estadual e nacional que vai esmagando cada vez mais as instituições e agências de ciência, educação e cultura”. No evento, a Casa da Moeda lançou uma medalha comemorativa pelo bicentenário do museu. Nela estão incorporados desenhos das principais peças do acervo, como o dinossauro Maxakalisaurus topai, as múmias e o crânio de Luzia, esqueleto mais antigo encontrado no continente americano. As medalhas serão vendidas na sede da Casa da Moeda e no site (www.casadamoeda.com. br). Os preços variam de R$ 135 a R$ 875. As comemorações continuam sábado e domingo, com atividades abertas ao público. Mais de 30 estandes serão espalhados pela Quinta da Boa Vista, e o acesso ao Museu Nacional será gratuito. Segundo Alexander Kellner, a ideia é permitir às pessoas interagir com os pesquisadores para saber como se produz o conhecimento científico.  

Depois de um assalto, pesadelos seguidos. Após um sequestro-relâmpago, pavor de passar pelo local do ataque. Para quem vive numa cidade violenta _ e a UFRJ não é uma ilha dentro do Rio de Janeiro_, episódios assim deixam marcas que podem demorar a cicatrizar. Semanas depois dos sequestros e assaltos que mobilizaram a comunidade acadêmica do Fundão, professores, estudantes e técnicos ainda vivem os efeitos do medo. Para reduzir o trauma de quem experimentou a violência, o Instituto de Psiquiatria da UFRJ oferece um serviço especializado: o Linpes (Laboratório Integrado de Pesquisa do Estresse), no campus da Praia Vermelha. Uma equipe interdisciplinar, com profissionais de várias áreas, se especializou em ajudar pessoas que sofrem com o chamado TEPT (Transtorno do Estresse Pós-Traumático), sintomas de sofrimento mental desencadeados por algum evento traumático que envolve risco de morte ou ferimento grave, como violência urbana, mortes no trânsito e abuso sexual. E, para a maioria dos pacientes , a violência urbana é o fator que desencadeia o transtorno. Seu ambulatório oferece atendimento gratuito à comunidade universitária e ao público em geral _ trabalho que ganha ainda mais importância depois dos últimos sequestros-relâmpagos no Fundão. “Para a vítima, às vezes é difícil reconhecer que ela tem dificuldade de lidar com aquele evento. A pessoa continuam sofrendo, com medo ou vergonha de procurar ajuda. Estamos aqui e podemos ajudar”, afirma a neurocientista Fátima Erthal, professora do Instituto de Biofísica e pesquisadora do Linpes. Coordenadora do ambulatório, a médica Mariana Luz diz que a violência urbana é o principal fator desencadeante do TEPT. Pesquisa realizada pela equipe do Linpes com 3 mil pessoas do Rio e de São Paulo indicou que 86% delas já haviam sofrido algum tipo de exposição à violência. O paciente pode ter sido vítima direta, testemunhado o fato, ter sabido do que aconteceu com alguém próximo ou conviver com aquele risco diariamente no trabalho _ como é o caso de policiais. Formada pela UFRJ, mestra e doutora na universidade, Mariana Luz especializou-se em  TEPT. Diz que  é normal, depois de um evento violento, a vítima ficar assustada, abalada e mudar sua rotina. “É uma reação normal, que costuma se dissipar”, afirma. No entanto, se depois de algum tempo esses sintomas não vão embora, é possível que a vítima esteja desenvolvendo o TEPT, que requer tratamento especializado. O conjunto de sintomas do TEPT inclui: revivescência dolorosa (a pessoa fica o tempo todo se lembrando do evento violento); evitação (a vítima foge exageradamente de tudo que lembra o ocorrido, de pessoas a lugares); hiperestimulação (a pessoa fica sobressaltada com facilidade ou tem palpitações ao se lembrar) e cognição negativa (a pessoa fica anestesiada, numa espécie de vazio de bons sentimentos). Da comunidade da UFRJ, alunos são os que mais procuram o Linpes. Só um professor está sendo atendido hoje pela equipe.  “A comunidade da universidade pode escutar uns aos outros. Às vezes a pessoa está vivendo essa evitação, não quer falar do assunto. Se a gente não procurar esses casos, eles vão passar despercebidos”, afirma Mariana Luz. SERVIÇO: O atendimento aos pacientes acontece sempre às terças de manhã. Para marcar hora, o telefone do Linpes é 99849-0851.  

Nova proposta reconhece papel de conselhos de centro e colegiados em avaliar o que pontua na progressão docente; proposta original foi refeita, mas algumas dúvidas permanecem Surtiu efeito a reação da comunidade acadêmica às alterações propostas por uma comissão da Plenária de Extensão e defendidas pela reitoria nas regras da área: a administração da UFRJ recuou, e o documento que estabelece quais atividades pontuam para progressão docente já não tem o caráter restritivo de antes. O novo texto, apresentado à plenária de decanos e diretores da UFRJ no fim de maio, deixa claro que poderão ser pontuadas ações consideradas “relevantes e pertinentes pelas congregações das unidades ou colegiados equivalentes e conselhos de centro ou colegiados equivalentes”. O documento anterior, enviado para discussão em 2016, gerou o receio de que só fosse considerado o que estivesse registrado no sistema SigProj, definido pela pró-reitoria (PR-5). A pró-reitora de Extensão, Maria Malta, minimizou a mudança: “Existem atividades de caráter extensionista que não faz sentido registrar no sistema, pois não envolvem estudantes ou são ações realizadas de forma individual e esporádica”, respondeu ela por e-mail. “O registro é fundamental para ações que possuem caráter formativo, que vão fazer parte dos 10% curriculares dos estudantes universitários”, completou. Segundo a dirigente, a proposta demonstrava isso e “a confusão surgida sempre teve como base uma interpretação equivocada do trabalho da Plenária de Extensão”. Maria Malta observou que o texto foi reescrito, “dada a percepção geral de que havia um mau entendimento do que era a proposta”. Mas ainda há dúvidas sobre a nova formulação. A professora Denise Pires de Carvalho, do Instituto de Biofísica, diz que a proposta fala em “legislação vigente”. “Que legislação? Fica ambíguo”, questionou. Ela critica o item que considera como Extensão a participação do docente como avaliador da área: “É atividade administrativa”. Para Denise, há um problema de origem no debate, pois rediscutir regras da carreira docente cabe à comissão CEG/CEPG. “A plenária de decanos e diretores é consultiva. Não existe no nosso estatuto”.

Sensores instalados nas entradas do campus medem quantos carros entram na Cidade Universitária; dados serão analisados por equipes da UFRJ e da CET Rio. Adufrj participou de Conselhode Segurança da Ilha Kelvin Melo e Elisa Monteiro Todos os veículos que entram na Cidade Universitária estão sendo contados, 24 horas por dia, desde segunda-feira, dia 4. A instalação de contadores de tráfego nos acessos do campus resulta de reunião entre a CET-Rio e a Prefeitura Universitária depois dos episódios de violência no campus, com sequestros-relâmpagos e assaltos. A contagem, detalhada por horário, deve durar um mês. A partir dos dados, serão estudadas mudanças no trânsito. “O material será analisado pela UFRJ e pela CET-Rio para ver o que vale a pena fazer”, afirma o prefeito universitário, Paulo Mário Ripper. Parte da comunidade acadêmica cobra o fechamento de algumas saídas do Fundão, no período da manhã, para diminuir o fluxo de carros na Cidade Universitária e melhorar a segurança. Estima-se que 100 mil veículos transitam pela ilha diariamente, mas só 20 mil são de trabalhadores e estudantes da UFRJ ou das empresas do campus. A universidade negocia com a Secretaria de Ordem Pública a presença de guardas municipais no campus, que reforçariam o patrulhamento ao lado dos policiais do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis). Pelo Proeis, PMs de folga são pagos para cuidar de uma área. Na Cidade Universitária, o custo será de responsabilidade da Petrobras, que mantém um centro de pesquisas no campus. A convite do tenente-coronel Marcelo Menezes, comandante do 17º Batalhão (Ilha do Governador), a Adufrj irá às reuniões do Conselho Comunitário de Segurança do bairro. Maria Lúcia Werneck, presidente da entidade, foi à atividade do dia 7: “É uma reunião cheia e representativa. Precisamos nos integrar mais à comunidade. Apostamos na regularidade dessa parceria”. A Prefeitura da UFRJ enviou representantes. Menezes reafirmou a disposição de estreitar laços com a universidade. A segurança na Cidade Universitária foi abordada pelos moradores. “A situação nos afetou. Muita gente se trata no hospital da universidade”, justificou Odaléia Benedito. “Os alunos são o futuro. O apoio é importante”, completou.

Maria Lúcia Werneck, presidente da entidade, foi à reunião do dia 7 no 17º Batalhão da Polícia Militar: “É uma reunião cheia e representativa. Precisamos nos integrar mais à comunidade" A convite do tenente-coronel Marcelo Menezes, comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar (Ilha do Governador), a Adufrj vai participar do Conselho Comunitário de Segurança do bairro. Maria Lúcia Werneck, presidente da entidade, foi à reunião do dia 7: “É uma reunião cheia e representativa. Precisamos nos integrar mais à comunidade. Apostamos na regularidade dessa parceria”. A Prefeitura da UFRJ também enviou representantes. A estreia da Adufrj no Conselho foi saudada pelo tenente-coronel. Menezes falou sobre as dificuldades de cobertura da área do campus “equivalente em tamanho aos bairros de Ipanema e Leblon somados”. Mas reafirmou a disposição em “estreitar os laços com a universidade”. "Estamos com  uma boa relação com a Prefeitura da Universidade e a reitoria. Sabemos da importância da UFRJ". A segurança na Cidade Universitária também foi abordada pelos moradores durante o conselho. “A situação nos afetou. Muita gente se trata no hospital da universidade”, justificou Odaléia Benedito. “Os alunos são o futuro. O apoio é importante”, completou. “A gente precisa se ajudar”, desabafou Edimar Sales, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, que também vive na Ilha do Governador e acompanha o Conselho Comunitário. “Tenho sobrinho estudando na Letras. Lá sempre estão pedindo reforço de viaturas”.

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