Os 30 anos do MST
Até o mais empertigado governista sabe que a gestão de Dilma Rousseff travou o ritmo dos assentamentos de sem terra no país. E mais: a discrepância entre os números do MST com os apresentados pelo governo é grande. De acordo com o MST, no ano passado foram assentadas sete mil famílias. O ministério do Desenvolvimento Agrário contabiliza 30 mil famílias assentadas. Na tarde de quarta-feira 12, a Esplanada dos Ministérios foi tomada de vermelho. A manifestação mobilizou cerca de 16 mil sem terra que foram a Brasília participar do VI Congresso da organização, reunião que marcou os 30 anos de existência do MST. A polícia do Distrito Federal reprimiu e houve confronto. Na quinta-feira 13, à noite, numa solenidade de aniversário, João Pedro Stédile disse que a reunião não era um congresso do MST, “mas um congresso do povo brasileiro que luta pela Reforma Agrária”.
Estivadores portugueses fazem greve
Desde o dia 27 de janeiro, os estivadores portugueses do porto de Lisboa seguem em greve contra as demissões – 47 somente em 2013 – e a precariedade do trabalho. Uma nova operadora tem contratado novos funcionários com salários inferiores aos dos empregados mais antigos.
Para apoiar a luta dos colegas portugueses, estivadores dos portos de vários países europeus paralisaram os trabalhos por duas horas, realizando, em solidariedade, uma “Jornada Europeia de Luta Contra a Liberalização dos Portos Portugueses”.
Em comunicado oficial do sindicato, somente após a solidariedade internacional é que “foram criadas as condições para a abertura de um canal de diálogo. A CSP-Conlutas, central à qual o Andes-SN é filiado, enviou carta de apoio aos estivadores de Portugal e acompanha os desdobramentos da greve. Uma reunião de negociação estava prevista para o dia 14 (data de fechamento desta edição), com a presença das Associações das Empresas Portuárias de Lisboa e do Sindicato dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal. (Fonte: CSP-Conlutas. Edição: Adufrj-SSind)
CHAPA “ANDES-SN DE LUTA E PELA BASE” APRESENTA COMPOSIÇÃO
Durante o 33º Congresso do Andes-SN, em São Luís (MA), no último dia 14, foram apresentados os integrantes da chapa “Andes-SN de luta e pela base”, inscrita para a eleição à diretoria do Sindicato (biênio 2014/2016). A votação ocorre em 13 e 14 de maio.
Veja a lista com os 11 nomes da presidência, secretaria e tesouraria da entidade:
Paulo Rizzo (Seção Sindical do Andes-SN na UFSC) – Presidente
Marinalva Oliveira (Sindufap) – 1ª vice-presidente
Epitácio Macário (Sinduece) – 2º vice-presidente
Sônia Meire (Adufs) – 3ª vice-presidente
Claudia March (Aduff) – Secretária geral
Francisco Jacob (Adua) – 1º secretário
Fausto de Camargo Jr. (Sindcefet-MG) – 2º secretário
Alexandre Galvão (Adusb) – 3º secretário
Amauri de Medeiros (Adufcg) – 1º tesoureiro
Daniel de Oliveira (Adufpi) – 2º tesoureiro
Walcyr Barros (Adufrj) – 3º tesoureiro
Outra importante deliberação da plenária foi a indicação de nomes para compor a Comissão Eleitoral Central. A chapa indicou o professor José Henrique Sanglard, da diretoria da Adufrj-SSind, para ser seu representante na CEC. O professor Eduardo Serra, sindicalizado da Adufrj-SSind, foi eleito 2º suplente pelos delegados.
O endurecimento da repressão, por Diego Novaes
Congressistas aprovam construção de uma agenda de lutas e atualização do PNE - Proposta da Sociedade Brasileira
Encontro Nacional deve ocorrer em agosto
Na plenária do 33º Congresso do dia 12, ficou definido que o movimento docente vai construir uma agenda de lutas em defesa da Educação Pública. Neste sentido, em articulação com outros movimentos sindicais e populares classistas, deverá ser atualizado o Plano Nacional de Educação – Proposta da Sociedade Brasileira (aprovado em 1997, em Belo Horizonte, durante um amplo Congresso Nacional de entidades do setor). Este PNE, por reforçar o caráter público da área, é bem diferente dos Planos dos governos FHC, Lula e Dilma – sendo que o projeto petista, por ora, ainda tramita na Câmara dos Deputados.
Encontros preparatórios no primeiro semestre vão anteceder um Encontro Nacional de Educação previsto para agosto. Os docentes deliberaram por intensificar na base a discussão das reformas na educação básica. E o Sindicato também irá se incorporar ao debate nacional sobre Universidade Popular com o objetivo de fortalecer os laços do movimento docente com os movimentos sociais.
Assédio será combatido
A plenária aprovou intensificar a luta no combate ao assédio moral e sexual nas Instituições de Ensino Superior, com a realização de um seminário sobre o tema.
Mais sobre o 33º Congresso do Andes-SN na próxima edição.
Números do Congresso
O 33º Congresso do Sindicato Nacional contou com uma expressiva participação:
70 seções sindicais representadas por
339 delegados
59 observadores
8 convidados
35 diretores
Oito jornalistas, do Andes-SN e de seis seções sindicais, entre elas a Adufrj-SSind, acompanharam o evento.
Andes-SN lança nova edição da revista Universidade e Sociedade
A 53ª edição da revista Universidade e Sociedade, do Andes-SN, avalia as manifestações que tomam conta do país desde junho passado para entender o processo e aliar a luta ao movimento docente. O tema “Dimensões da luta: vozes da rua e as reflexões da universidade” indica uma das preocupações que permeou toda a plenária que analisou a conjuntura do país e do mundo.
Professores apresenta o último número da U&S. Foto: Silvana Sá
Docentes engrossam ato contra o clã Sarney
Movimentos quilombolas, com a CSP-Conlutas, organizaram, dia 13, um ato na Praça Deodoro, centro histórico de São Luís. Os professores reunidos no 33º Congresso do Andes-SN se somaram ao protesto que denunciava os desmandos da oligarquia Sarney no estado. Da praça, os manifestantes seguiram em marcha até o Palácio dos Leões, sede do governo estadual, mas foram contidos por policiais.
Marcha até a sede do governo. Foto: Silvana Sá
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