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14052671Ricardo Antunes. Foto: Guilherme Karakida - 21/05/2014“O pragmatismo político é uma praga. E para o socialismo é uma praga mortal”, disse Mauro Iasi, um dos debatedores que fecharam o seminário “Identidade e Classe” organizado pela pró-reitoria de Pessoal da UFRJ. O professor da UFRJ citava o filósofo Georg Lukács, ao esgrimir argumentos com André Singer, da USP.

Singer, que já foi porta-voz da Presidência no início do primeiro mandato de Lula, na academia tornou-se um dos estudiosos do lulismo. No debate, o professor paulista disse que é possível apresentar um programa anticapitalista, “propondo uma direção, propondo caminhos”. 

O debate resvalou para o que “é possível” e o “que é necessário” na luta de classes no país.

Iasi condenou o entendimento corrente segundo o qual “política é a arte do possível”. 

Outro debatedor ilustre convocado pela PR-4 para o seminário foi Ricardo Antunes. O professor da Unicamp é um dos mais importantes pensadores brasileiros sobre o mundo do trabalho. 

De acordo com Antunes, as greves de rodoviários no Rio de Janeiro e em São Paulo, além de outras paralisações de categorias país afora, são indícios do potencial de crescimento dos protestos durante a Copa do Mundo.

Outro ponto por ele destacado: a intransigência de governos em negociar com as categorias evidencia medo e postura antidemocrática.

E condenou as terceirizações. Reduz salários, elimina direitos e divide os trabalhadores.

Roberto Gambine e Agnaldo Fernandes conduziram os trabalhos.

 

Pacote

O Consuni de 22 de maio aprovou a criação de quatro mestrados (sendo três deles profissionais). São nas áreas de Tecnologia para o Desenvolvimento Social, Saúde Perinatal, Design Visual e Química.

Ainda foi criado um doutorado no programa de pós da FND, o único da área que teve sua nota aumentada pela Capes na última avaliação.

Também foi criado o Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas em Direitos Humanos, nos níveis de mestrado e doutorado.

Debatendo a Justiça

No dia 22, a FND recebeu a Comissão Estadual da Verdade do Rio para debater a Justiça Militar e sua colaboração efetiva com o projeto político da ditadura, na repressão e neutralização da resistência política ao regime.

Comuna de Paris

O Cine-debate do Laboratório de Estudos sobre Hegemonia e Contra-hegemonia (LEHC), da UFRJ, apresentará nesta quarta-feira 28, às 13h, no IFCS, a cinebiografia “Louise Michel, a rebelde”, de Sólveig Anspach.

O filme conta a história da professora Louise, que foi militante na Comuna de Paris. 

A professora Camila Valle (UFF), que teve a Comuna de Paris de 1871 como  objeto de estudo de seu doutorado em 2013, é a convidada para o debate depois do filme.

Cineclube Lúcia Murat
O Coletivo de Mulheres da UFRJ e o cineclube Cinerama convidam a todos e todas para a sessão de estreia do Cineclube Lúcia Murat. Na primeira sessão, que ocorrerá às 18h30 do dia 29 de maio (quinta-feira) no auditório da CPM, campus Praia Vermelha, será exibido o filme “Que bom te ver viva”, dirigido por Lúcia Murat, que estará presente.
Lúcia foi presa política durante a ditadura militar e hoje faz filmes sobre essa temática. Além dela, Ana Bursztyn-miranda, do Coletivo por Memória Verdade e Justiça – RJ, que também foi presa política, participará da sessão. A Adufrj-SSind apoia o evento.
Após o filme, as convidadas conversarão com o público. A sessão é aberta.
 
Agonia continua
Escola de Educação Infantil publica edital para a contratação de professores substitutos.
Nada de concursos para professores efetivos.
Greve na Ebserh
Os empregados da Ebserh, em Brasília, vão entrar em greve.
Seminário
O seminário organizado pela Adufrj-SSind no sábado 17 foi tão exitoso que a direção da Seção Sindical pretende realizar eventos similares no segundo semestre.
 
Nelson Souza e Silva
A sessão solene do Conselho Universitário para celebrar a emerência de Nelson Souza e Silva já está marcada.
Será 10 de junho, às 13h, no auditório Rodolpho Paulo Rocco, no bloco K do CCS.

CCS elege decano
Começa nesta segunda-feira (26) e se estende até quinta-feira (27) a eleição que irá indicar o novo decano do CCS.
Maria Fernanda Quintela é candidata da reeleição. Roberto José Leal, do Hesfa, é o outro candidato.

Resolução do colegiado desautoriza diretor que tentou atropelar a democracia ao confrontar estudantes da EEFD

Decisão, que enfraquece o autoritarismo na UFRJ, foi aprovada por unanimidade

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

14052681Estudantes fizeram paralelos entre os desmandos de Leandro Nogueira e a ausência de direitos durante a ditadura civil-militar. Foto: Marco Fernandes - 22/05/2014Numa decisão que reafirma os princípios da democracia interna na universidade, o Conselho Universitário aprovou na quinta 22, por unanimidade, resolução na qual reafirma o respeito à autonomia dos segmentos na escolha de seus representantes nas instâncias superiores da UFRJ. 

A resolução (leia no quadro) põe fim a uma discussão da representação estudantil na Congregação da Escola de Educação Física e Desportos, depois que o diretor daquela Unidade, professor Leandro Nogueira, convocou, ilegitimamente, eleições estudantis em detrimento do Centro Acadêmico local.

A proposta de resolução foi apresentada pelo reitor Carlos Levi. Ela resultou de um esforço para buscar o consenso.

Na sessão anterior (8/5), a discussão, iniciada com o parecer da Comissão de Legislação e Normas (CLN) do colegiado – pelo qual as representações discentes devem ser regidas pela Lei 7.395/85, “que reconhece os órgãos de representação dos estudantes de nível superior” –, foi interrompida com o pedido de vistas do professor Felipe Acker (Associados do CCMN). Imediatamente, a professora Maria Malta (Adjuntos do CCJE) e o representante dos pós-graduandos Gregory Magalhães também pediram vistas ao processo.

Os pareceres

Nesta sessão do dia 22, o professor Acker fez um extenso levantamento de leis e artigos que datam da ditadura civil-militar para tentar justificar a arbitrariedade de Leandro Nogueira ao organizar uma eleição paralela para os estudantes. O relatório foi lido pela conselheira Thereza Paiva (suplente de Acker).

Maria Malta, antes de iniciar a leitura de seu parecer criticou duramente o posicionamento de Felipe Acker: “É impressionante como os dispositivos legais são usados politicamente. Aqui não se trata de questão jurídica, mas política”. Em seu parecer, a professora solicitou posicionamento favorável do Consuni pela restituição do Centro Acadêmico da EEFD. “Para além desse parecer, quero destacar que é muito grave o que está descrito no relatório da Comissão de Sindicância. Há relatos de desacato à decana e de desrespeito às decisões do reitor. É inacreditável tamanha ingerência de uma Unidade da UFRJ”.

Gregory declarou seu “enorme desgosto em ter que discutir a autonomia estudantil” na UFRJ. Para demonstrar o absurdo de ter um diretor de Unidade organizando eleições discentes, ele fez um paralelo com outras escolhas da comunidade acadêmica: “Destituamos, então, os diretores, porque suas eleições não foram organizadas pelos decanos. Da mesma forma, que sejam destituídos os decanos, por não terem sido escolhidos pelo reitor e cassemos o (mandato do reitor) Levi, porque não foi escolhido pela presidente da República”. O pós-graduando declarou ser favorável ao reconhecimento do CAEFD como legítimo representante dos estudantes daquela Unidade.

 

Veja a íntegra da resolução aprovada no Consuni

O Conselho Universitário, reunido em 22 de maio de 2014, considerando:

    • Que a representação estudantil deve ser regida pela Lei 7.395/1985, que reconhece os órgãos de representação dos estudantes de nível superior;
    •  Que o parágrafo oitavo do Art. 64 do Estatuto da UFRJ estabelece que a forma de escolha da representação estudantil deve ser feita pelos seus pares na forma da lei específica, em processo organizado pelas respectivas entidades representativas;
    • Que a autonomia universitária deve ser exercida em toda a sua plenitude;

Resolve:

Art. 1º - Reafirmar a prerrogativa das entidades representativas dos estudantes na organização do processo de escolha dos representantes discentes dos colegiados superiores e das Congregações e órgãos similares das Unidades da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

 

Carreira volta à cena

Crítica à proposta da CPPD é respondida de imediato

O tema da carreira docente não passou em branco na última reunião do Consuni antes da sessão decisiva de 5 de junho. O professor Walter Suemitsu, decano do CT, leu um documento assinado por ele, por Denise Pires de Carvalho (Titulares do CCS), Afrânio Kritski (Titulares do CCS), Mauro Doria (Associados do CCMN) e Thereza Paiva (Associados do CCMN) no qual pede esclarecimentos à Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD) sobre a sua proposta de regulamentação da carreira docente. Na carta, perguntam por que a CPPD deseja revogar a Resolução 02/1989 – que trata da progressão funcional dos professores. Sem essa norma, de acordo com Walter, “docentes sem qualquer titulação e sem justificativa poderiam ascender na carreira”.

A resposta veio na hora. Maria Malta (Adjuntos do CCJE) explicitou seu descontentamento com os esclarecimentos solicitados: “Nossa discussão está indo por um caminho lamentável, que não é a construção de uma nova legislação que dê conta da realidade de nossa categoria”. Ela citou como a atual lei das carreiras prejudica os professores: “Há casos em que, depois de dois anos de extrema dedicação a essa universidade, um professor com doutorado receberá R$ 88 de progressão. Um docente levará 13 anos para ter um aumento de R$ 3.800. É isso que está regendo a nossa carreira. Ponhamos a mão na consciência”.

O professor Roberto Leher (Titulares do CFCH) em seguida afirmou que é necessária uma profunda revisão da legislação existente na UFRJ acerca da carreira docente, “pois é incompatível com a nova lei de carreiras”. Ele também reafirmou o necessário compromisso da universidade de considerar a progressão para todas as classes e níveis, respeitando as diferenças e limites entre elas.

Ato no Rio ocorreu no Centro

De um lado, a “Fifa Terrorista”; do outro, o povo brasileiro. Balizas de plástico foram colocadas no espaço entre o Paço Imperial e a Assembleia Legislativa. Embora o jogo fosse realizado na rua, a multidão se aglomerou ao redor do campo improvisado como se estivesse no Maracanã. Ao contrário de gritarem nomes de jogadores de futebol, porém, os presentes gritavam por direitos básicos, como saúde e educação de qualidade. O narrador não era nem de longe imparcial; pelo contrário, debochava da atitude dos jogadores do time de Joseph Blatter, presidente da Fifa. Para se ter uma ideia, o time da entidade formou com “Interesse Privado” no gol e “PM” e “Empresariado” no ataque contra o povo.

Veja fotogaleria do ato unificado

A divertida partida fez parte do ato unificado da Educação, Saúde e Cultura, realizado em 21 de maio. Com o tema “Cartão vermelho para os governos que sucateiam os serviços públicos”, a manifestação seguiu até a Candelária. 

Viviane Narvaes, presidente da Seção Sindical dos Docentes da UniRio (AduniRio), explicou que a mobilização nacional foi motivada pela intransigência do Estado em negociar com as categorias do funcionalismo. “O governo havia marcado uma mesa de negociação para tratar de algumas reivindicações históricas do Andes-SN. Porém, mais uma vez, desmarcou o compromisso”, explicou.

Solidariedade com a Cultura

Walcyr de Oliveira, 1º vice-presidente da Regional Rio de Janeiro do Andes-SN, elogiou a atividade que reuniu diversas entidades: “No 33º Congresso do Andes, em São Luís, foi aprovada a construção neste semestre de uma greve conjunta com os servidores públicos federais”, afirmou. O dirigente também ressaltou o descaso com o setor de Cultura no país: “Todos os companheiros da Cultura estadual, municipal e federal estão em greve por conta da falta de atenção que tem sido imposta para esses espaços”, explicou.

O protesto contou com ampla participação dos professores do Colégio Pedro II, que entraram em greve no dia 17 de maio, estudantes e movimentos sociais. Diretores e militantes da adufrj-SSind também marcaram presença no ato.

14052641Que perigo! O time da Fifa tinha “Interesse Privado”, “PM”, “Empresariado”, “Força Nacional” e “Beltrame”, entre outros “jogadores”. Que perigo! O time da Fifa tinha “Interesse Privado”, “PM”, “Empresariado”, “Força Nacional” e “Beltrame”, entre outros “jogadores”. Foto: Samuel Tosta - 21/05/2014 14052642Dentro do ato unificado, foi aberto espaço para uma campanha de incentivo à leitura. Quem quisesse podia levar gratuitamente um para casa com o compromisso de, após lido, deixá-lo em um espaço público para continuidade da “corrente”. Foto: Samuel Tosta - 21/05/2014 14052643Diretores e militantes da Adufrj-SSind compareceram à atividade. Foto: Samuel Tosta - 21/05/2014

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