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04aWEB menor1139A UFRJ elaborou um guia para orientar a comunidade acadêmica no período de aulas virtuais. O documento, de 53 páginas, foi criado por uma comissão formada por 19 professores, 5 técnicos e 4 estudantes coordenados pelo vice-reitor, professor Carlos Frederico Leão Rocha. A publicação apresenta um diagnóstico dos desafios e impactos do ensino remoto, como, por exemplo, a manutenção da interação entre a complexa rede necessária à formação de professores, nos 39 cursos de licenciaturas da universidade, enquanto durar a necessidade de distanciamento social.
“Quando a reitoria montou a comissão, identificamos dois grandes gargalos: a inclusão digital de todos os estudantes e a capacitação dos docentes e técnicos para uso das plataformas de ensino”, lembrou o professor Bruno Souza de Paula, um dos integrantes do grupo. “Com o tempo, surgiu a necessidade também de elaborar um guia que fosse resultado do trabalho da comissão, que pudesse orientar a comunidade acadêmica em relação ao ensino remoto, reunir tutoriais, mas que também indicasse algumas diretrizes para a etapa posterior, de retorno gradual das atividades presenciais”, explicou.
Além do diagnóstico, o guia apresenta tutoriais e links de apoio para atividades remotas, com orientações que incluem condições de inclusão digital dos estudantes, treinamento de professores e formação também para os técnicos-administrativos atuarem nos ambientes virtuais. “Neste momento, em que o distanciamento social é medida necessária para o controle da pandemia e para a segurança do nosso corpo social, propomos a utilização de ferramentas que já são adotadas no cotidiano de alguns professores e estudantes”, explica trecho da apresentação do documento.
Para salas de aulas virtuais, a universidade treinou professores e técnicos nas plataformas AVA@UFRJ e Google ClassRoom. Cerca de 300 docentes e técnicos-administrativos foram treinados pelas equipes da TIC e do NCE para servirem como multiplicadores dos conteúdos apreendidos. “Houve duas rodadas de treinamento para atender a representantes de todas as unidades. A última sessão foi gravada para servir de material de consulta”, informou o professor Bruno, que é Coordenador do Núcleo de Ensino a Distância da PR-1. Os links desses tutoriais fazem parte do documento elaborado pela comissão.
Para  a  utilização  dos  recursos  do  Google  Meet,  Google  Classroom  e  Google  Drive,  pelos  docentes, a TIC irá criar uma conta temporária no domínio @eremoto.ufrj.br para aqueles que ainda não têm acesso à plataforma.  Os  docentes  que  já  possuem  acesso  aos  recursos  do  G-Suite Educacional deverão contatar o administrador de sua unidade e realizar a atualização de seus dados.  
Há também um conjunto de recomendações e normas de biossegurança para o retorno gradual da universidade. O grupo orienta que a administração central monte um Comitê de Biossegurança para Covid-19 para acompanhar a implementação das ações propostas pelo Grupo de Trabalho Pós-Pandemia da UFRJ. “É sempre importante reforçar que estas diretrizes, bem como o ensino remoto emergencial, não são coisas permanentes e não são EaD. É uma outra modalidade de ensino, para lidarmos com o momento da pandemia”, reforçou o professor Bruno.

law 2632555 640Imagem de mohamed Hassan por PixabayA diretoria da AdUFRJ prepara o plantão jurídico para casos relacionados ao Período Letivo Excepcional (PLE). Todos os docentes sindicalizados que se sentirem prejudicados podem entrar em contato pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
“O ensino remoto emergencial trouxe várias questões delicadas para os professores: direitos autorais e de imagem, disponibilização e gravação de conteúdos, possíveis constrangimentos institucionais”, explica o diretor Felipe Rosa. “Com isso, estamos abrindo um canal do nosso atendimento jurídico exclusivo para questões relativas ao PLE”, completa o professor.

O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Rio de Janeiro (Sinepe-Rio) divulgou, no dia 26, um vídeo em defesa da volta às aulas presenciais. Com argumentos contrários às orientações mais elementares das autoridades sanitárias, a propaganda causou indignação nas redes sociais e entre educadores.
No vídeo, uma narradora dispara frases como “Aprendemos a conviver com o vírus”, “O Covid nunca irá de todo, o que acaba é o medo” e “Estudos só confundiram. Trancar todos em casa não é a ciência”.
“É um absurdo. O vídeo chega a ser criminoso”, disse Oswaldo Teles, presidente do Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região (Sinpro-Rio). “Nega a ciência e, de uma certa maneira, desrespeita os mais de 90 mil mortos pela doença no Brasil”.
O Sinpro-Rio já se manifestou contra a volta das aulas presenciais. “Abrir as escolas agora é colocar em risco a comunidade escolar”, disse Oswaldo. “As escolas devem ficar fechadas até que instituições de pesquisa sérias digam que pode haver um retorno com segurança”.
Enquanto isso, o sindicato apoia o ensino remoto como medida emergencial. “Somos contrários a qualquer tipo de educação a distância para o ensino básico, mas estamos a favor das aulas remotas no contexto da pandemia”, contou o professor, que reconheceu as muitas dificuldades na adaptação ao meio virtual.
Segundo Oswaldo, escolas particulares, algumas delas associadas ao Sinepe-Rio, criticaram o vídeo. “Conversamos com donos e diretores de escolas. Eles precisam voltar por uma necessidade econômica, mas acham que a decisão da volta precisa ter base científica”, afirmou. Segundo ele, entre as escolas estão instituições religiosas de ensino, o Grupo QI, o Colégio São Vicente de Paulo, o Centro Educacional Anísio Teixeira (CEAT) e a Escola Parque.
As duas últimas se manifestaram publicamente sobre o tema.
“Queremos expor nossa perplexidade e nosso veemente repúdio ao vídeo sobre o retorno às atividades presenciais divulgado pelo Sinepe”, diz a nota do CEAT.
O texto também afirma que o colégio “sempre esteve e sempre estará conectado à ciência”. Já a Escola Parque enviou para os pais e alunos um comunicado em que diz: “Embora filiada ao Sinepe-RJ, não concorda com o conteúdo do vídeo quanto às razões para retorno às aulas presenciais”.
“Nós ficamos indignados com o vídeo. Ele não condiz com o que se espera de um sindicato que representa a escola, que representa a educação”, explicou a diretora pedagógica da educação infantil da Escola Parque, Viviane Monteiro. A Parque começou a oferecer atividades remotas para os alunos desde a primeira semana de isolamento social, em março, e não tem previsão para as aulas presenciais. “Nós não tínhamos outra opção. Era o que estava sendo colocado no momento. Não existe a opção de não ter escola. A Parque não se propõe a ser uma escola online. Ela é uma escola presencial que está oferecendo um trabalho online para este momento”, disse.
Um grupo de pais e mães de alunos se organizou para pressionar as escolas particulares contra a volta das atividades presenciais.
Há uma petição pública online com críticas contundentes ao Sinepe-Rio, chamando o vídeo de obscurantista e tratando a posição do sindicato patronal como negacionista da pandemia. “Além do desrespeito à vida e à inteligência das famílias que possuem vínculo com as escolas, desperta horror o descompromisso com suas e seus trabalhadoras/es”, diz um dos trechos do abaixo-assinado, que também exalta a ciência e seu alerta sobre a importância do isolamento social para o controle da pandemia. A petição já conta com a assinatura de mais de 2,8 mil pessoas.

Homenagem ao livreiro Sebastião Mendes de Carvalho, que por décadas ajudou a formação de professores e estudantes com seus livros e histórias. Ele morreu no dia 27 de julho

todo sebo é o pretérito imperfeito
dos livros como um rio cujo leito
fosse feito de acúmulo e mistura
do que livra de si cada leitura

é todo livro um seixo que polido
devolve-se ao comércio a ser relido
e devolvido o livro não obstante
espreita outro leitor de sua estante

um rio o corredor com seu livreiro
que faz de todo livro um verdadeiro
motivo desta gente que dispersa
para para comprar ou por conversa

sempre doce o sorriso em seu trabalho
imprime na lembrança seu Carvalho

Marcelo Diniz,
Professor da Faculdade de Letras

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As entidades representativas de professores, técnicos-adminstrativos, estudantes e terceirizados — que se organizaram no Fórum de Mobilização e Ação Solidária, durante a pandemia — lançam um novo boletim unificado. Desta vez, o tema principal da edição é o "Retorno Virtual". Confira AQUI.

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