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Alunos pressionam e reitor amplia assistência

Estudantes desocuparam área da Praia Vermelha, após seis dias de protesto. Acordo prevê aumento de bolsas, congresso universitário e criação de pró-reitoria

IMG 9969Negociação entre reitoria e estudantes ocorreu logo após audiência pública sobre assistência estudantil realizada na Praia Vermelha

Texto e foto: Tatiana Lima
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A reitoria e o Diretório Central dos Estudantes fecharam um acordo de ampliação da política de assistência estudantil da UFRJ. A negociação inclui aumento de bolsas, realização de congresso universitário e criação de uma pró-reitoria exclusiva para apoiar os alunos. 

Após a assinatura do acordo, na noite de 20 de julho, os estudantes concordaram em desocupar o campinho de futebol da Praia Vermelha, onde estavam acampados há seis dias. Eles protestavam contra um contrato que prevê o uso do campinho por forças de segurança nos Jogos.

Os estudantes acusavam a gestão Leher de descumprir promessa de campanha de que faria uma gestão compartilhada da universidade. O reitor participou pessoalmente da negociação com os alunos e pediu desculpas por escrito pela cessão do espaço, sem amplo debate interno. Mas não cancelou o contrato, o que poderia causar problemas jurídicos para a instituição. A verba do contrato já tinha sido transferida para a universidade.

Outras medidas, no entanto, agradaram o movimento estudantil. O reitor se comprometeu, por exemplo, a aumentar em 15% o valor-base das bolsas de assistência estudantil. Com o reajuste, o auxílio passa a ser de R$ 460, já no segundo semestre de 2016. Ficou garantida, ainda, a realização de um Congresso Universitário até o fim de 2016.

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Pesquisa colore Fundão


Fotos: Kelvin Melo

Um colorido diferente tomou conta do gramado no lado oposto ao CT, nesta semana. Alunos de pós-graduação da Escola de Belas Artes apresentaram trabalhos de pesquisa no local. A atividade fez parte do projeto “Desilha”, coordenado pela professora Livia Flores. Para ela, a saída do ateliê permite aos alunos pensar a arte e a cidade a partir do território do campus.

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Reitoria diz que democratização do acesso às universidades está em xeque

Gargalo entre demanda e atendimento e verbas contingenciadas dificultam assistência estudantil 

 

Texto e fotos: Tatiana Lima

A assistência estudantil representa hoje o tema de maior tensão política nas universidades brasileiras. As medidas de democratização do acesso, como a lei das cotas de 2012, mudaram o perfil do alunado. Mas, enquanto as instituições apontam a necessidade de mais recursos para atender à nova demanda, o governo interino de Michel Temer propõe um freio nos gastos públicos. Para discutir a situação, a reitoria da UFRJ realizou uma audiência pública, dia 19, no Salão Pedro Calmon, no campus da Praia Vermelha. 

As verbas federais destinadas ao programa nacional da área (PNAES) vêm decrescendo ano após ano, afirmou o reitor Roberto Leher. Ele teme que a iniciativa seja ainda mais reduzida, ou até extinta, em virtude da política econômica adotada pelo Executivo federal. “Dúvidas e críticas e mobilizações que os estudantes fazem corretamente evidenciam a fragilidade dessa situação. Precisamos recuperar os recursos do PNAES. E, sobretudo, precisamos institucionalizá-lo como política de Estado. Ele está normatizado por decreto. É frágil”, disse o reitor.

IMG 9832Vera Salim, Roberto Leher e a vice-reitora Denise Nascimento

Para atender os alunos de baixa renda, a UFRJ esperava receber, na divisão orçamentária com as outras instituições federais de ensino superior, R$ 50 milhões, em 2016. Porém, somente R$ 46 milhões foram liberados. E boa parte ainda foi contingenciada. Sobraram R$ 34,7 milhões. Um pequeno alívio veio de duas emendas parlamentares para o orçamento de assistência estudantil, num total de R$ 4,3 milhões: “Agora em julho, há a promessa do MEC aos reitores de que o governo iria reexaminar o contingenciamento. Aguardamos se isso vai se confirmar ou não. O secretário da Educação Superior nos informou que a disposição do ministério é liberar 100% do custeio e manter os recursos do PNAES”, ressaltou Leher. 

Um dos maiores problemas da assistência estudantil é a falta de alojamentos, segundo apresentação da superintendente da área, Vera Salim. Hoje, a UFRJ oferece vagas para apenas 0,63% do total de alunos da graduação.

Estudantes cobram 

Os estudantes presentes à audiência pública defenderam critérios mais sensíveis para a assistência ao quadro de estudantes LGBTs, aumento dos valores de bolsas, abertura de bandejões, alojamentos e creches e a realização de uma nova audiência pública no campus do Fundão.

“Quando falamos de política de assistência estudantil, estamos falando de direitos sociais. Dentro do alojamento, temos alunos brilhantes que produzem conhecimento e ciência nessa universidade. Mas somos olhados como coitados. Não somos coitados!”, ressaltou Cacau Farias, aluna de jornalismo. 

Adufrj também participou da audiência

IMG 9757Diretor da Adufrj, Fernando Santoro também cobrou melhor planejamento interno à UFRJ

“A questão da assistência estudantil é prioritária. Temos agora uma universidade muito mais colorida, plural e rica. Por isso mesmo, muito mais atuante. Assistência estudantil, com alojamento, bandejão e outras medidas, é o que vai permitir que se mantenha essa riqueza aqui”, defendeu Fernando Santoro, diretor da Adufrj. Segundo ele, o planejamento e a busca por soluções internas precisam guiar a tarefa.

“Não podemos deixar que aconteça mais o que ocorre há muitos anos nessa universidade: constroem-se esqueletos, abandonam-se esqueletos, gasta-se dinheiro pra consertar o esqueleto e depois se gasta de novo para demolir o esqueleto”, observou em referência a grandes obras inacabadas na UFRJ. “Temos de ter um planejamento amplo para soluções de longo prazo e não só as que tampem pequenos buracos. Não podemos apenas jogar culpa na situação externa, que é grave, pois temos nossas responsabilidades internas nas decisões”.


Técnicos-administrativos paralisam atividades durante as Olimpíadas

 

Silvana Sá
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Os técnico-administrativos aprovaram em assembleia, neste dia 21, com 300 pessoas, uma paralisação entre os dias 5 e 22 de agosto, exatamente durante as Olimpíadas. A justificativa é que os trabalhadores sofrerão com a falta de segurança e mobilidade durante os Jogos.

O pedido de recesso olímpico já havia sido feito por representantes do Sintufrj no Conselho Universitário, dia 14, mas o reitor Roberto Leher afirmou que a universidade manteria todas as atividades no período solicitado.

De acordo com nota divulgada pelo Sintufrj, a paralisação não afetará a rotina das atividades essenciais (ligadas à vida, patrimônio, segurança ou que, se não forem feitas, podem causar prejuízos legais à UFRJ). Rafael Coletto, dirigente do sindicato, completa: “Estamos orientando que as unidades se reúnam com os trabalhadores para definir que serviços serão mantidos”.

No mesmo dia da assembleia, o gabinete do reitor enviou ofício a todas as unidades para que organizassem o funcionamento em conjunto com os professores e os servidores técnico-administrativos. O documento informa possível recesso das atividades administrativas apenas no dia 19.

No dia 3 de agosto, uma nova assembleia do Sintufrj terá como pontos de pauta a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, o PL 257 (que prejudica o funcionalismo na renegociação da dívida dos estados) e a reforma da Previdência.


Suspensão revogada: laboratório da UFRJ fará análises nas Olimpíadas

O Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) teve sua acreditação reafirmada para realizar análises de amostras de urina e sangue de atletas. A Agência Mundial Antidopagem (Wada) fez o anúncio nesta quarta-feira, 20 de julho, após avaliação técnica realizada nos dias 5, 6 e 7 deste mês.

A Wada havia suspendido o laboratório brasileiro em 24 de junho de maneira provisória. A decisão teria sido motivada por casos recentes de resultados falsos positivos em decorrência de erros técnicos.
 

Agora, o LBCD segue os preparativos para realizar cerca de seis mil análises durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, marca superior à dos Jogos de Londres, em 2012. Nas últimas semanas, o preparo logístico do LBCD para as competições seguiu sem alterações. Assim, está garantida a recepção de 89 colaboradores internacionais. Em agosto, cerca de 300 profissionais trabalharão em três turnos, para garantir resultados em até 24 horas.

“A reafirmação do credenciamento do LBCD confirma a qualidade científica internacional da UFRJ, expressa o reconhecimento da ciência brasileira e assegurará tranquilidade aos atletas que treinaram de modo disciplinado para as competições”, afirmou o reitor da UFRJ, Roberto Leher.

O diretor do LBCD, professor Francisco Radler, destacou o desafio para a organização das equipes e procedimentos.“Tínhamos confiança de que a credibilidade científica da UFRJ seria mais uma vez reconhecida. Portanto, não alteramos o planejamento de trabalho, face ao enorme desafio logístico que se sobrepõe ao técnico-científico”, disse.

Com 5 mil metros quadrados de área útil, 85 equipamentos de grande porte e 200 máquinas auxiliares distribuídas em três andares, o LBCD repetirá a estratégia dos Jogos anteriores, recebendo diretores voluntários de outros laboratórios acreditados pela Wada. A vinda de especialistas de diversos países, somada à infraestrutura de ponta, fará do LBCD o laboratório mais moderno do mundo, durante os Jogos.

Fundado em 1989, o antigo Labdop foi rebatizado como LBCD em 2014, quando passou por intensa modernização, com apoio dos Ministérios do Esporte e da Educação. O LBCD pertence ao Instituto de Química da UFRJ, é um dos oito laboratórios que integram o Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec), fundado em 1984. Foi o primeiro laboratório da América Latina e Caribe a receber acreditação para controle de dopagem.
 

(Fonte: Assessoria da UFRJ)

 

 

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