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IMG 3523Foto: Alessandro CostaApós o incêndio do edifício Jorge Machado Moreira (JMM), em 2016, a Escola de Belas Artes ainda tenta voltar aos melhores dias. O grande problema é a falta de espaço para as atividades acadêmicas, lamenta o professor Daniel Aguiar, Diretor Adjunto de Graduação da unidade.
A situação piorou quando, em janeiro de 2024, o Escritório Técnico da Universidade (ETU) recomendou a interdição do Pamplonão – ateliê que abrigava a maior parte das disciplinas práticas do curso de pintura, além das aulas de modelo vivo — por risco de desabamento do teto.
Até um auditório vem sendo aproveitado como sala de aulas. “Mas, por exemplo, quando chega a época de defesa dos trabalhos de conclusão de curso, também não temos sala”, diz o dirigente da EBA. A galeria Macunaíma, na entrada do Pamplonão, também será improvisada como sala — embaixo de uma marquise, o espaço não oferece risco aos usuários.
Desde o semestre passado, a EBA conseguiu ocupar o oitavo andar do JMM, onde ficavam as pró-reitorias da universidade. Parte dele, no caso. Houve dinheiro para fazer a reforma somente da metade do pavimento. “Se tivéssemos reformado o andar inteiro, talvez a questão de falta de espaço da EBA fosse resolvida”, afirma Daniel. “A ocupação da metade do oitavo andar é uma vitória para a EBA, mas o espaço ainda precisa de adequação para ser melhor aproveitado”, completa.
As salas voltadas para a avenida Pedro Calmon são invadidas pelo sol da tarde. Professores e alunos só conseguem ocupar metade delas. “E nenhuma das nossas salas tem refrigeração. Já tivemos aulas suspensas em ondas de calor. E isso muito me preocupa, sobretudo no final deste semestre, quando vamos entrar no verão”, esclarece o dirigente.
Para chegar lá, outro percalço. Os elevadores vivem quebrados. “A gente já chegou a ter nenhum elevador funcionando, mas estamos longe do que deveria ser o ideal”.

IMPERMEABILIZAÇÃO
DO BLOCO D
Responsável pela Coordenação de Preservação em Imóveis Tombados (Coprit), Leonardo Rodrigues Santos respondeu que o edifício JMM nunca possuiu instalações de climatização adequadas. “O projeto original da década de 1950 não previa esse sistema, que foi sendo executado de modo gradual e adaptado pelas unidades”, explica. “A drenagem inadequada danificava as fachadas e gerava riscos de incêndio, pois foram ligados em instalações elétricas que não previam esta carga”, disse.
A revisão das instalações vem ocorrendo desde 2016. No caso da EBA, os Laboratórios de Restauração (térreo do bloco D) foram climatizados. Já outra contratação possibilitou a energização dos quadros dedicados à climatização dos 6º e 7º andares. “Essas instalações ainda não são as mais adequadas. É necessário que se realize um plano de implementação para o sistema de refrigeração para todo o edifício”, completa Leonardo.
Sobre o Pamplonão, a Coprit esclarece que está em processo para contratação da impermeabilização do bloco D (onde se localiza o ateliê) junto da recuperação estrutural do espaço. “Contudo, não há indicação orçamentária para contratação”.
Em relação aos elevadores, o Escritório Técnico da Universidade responde que três estão em funcionamento. “Estamos realizando o treinamento de fiscais para qualificar o acompanhamento da execução do serviço de manutenção”, explica Rodrigo Bogado, coordenador geral dos Escritórios de Planejamento do ETU.

 

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