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medic 563423 640Imagem: PixabayOs adicionais ocupacionais e o auxílio transporte dos professores foram mantidos nos contracheques. “Não houve comunicado de corte. Se houve, foi bem pontual e não dá para identificar agora”, informou a superintendente administrativa da Pró-reitoria de Pessoal (PR-4), Maria Tereza Ramos. A superintendente explica que os quantitativos estão compatíveis com o mês anterior: “Os que não recebem não dá para estimar se foram cortados ou não recebem mesmo. Teria que consultar um a um”, completa. A PR-4 não tinha recebido nenhuma reclamação até o dia do fechamento desta edição (16), mesma data em que seria finalizada a folha de pagamento. As prévias dos contracheques estavam disponíveis na internet desde a véspera.
A preocupação era com a Instrução Normativa nº 28, do Ministério da Economia. Editada no final de março, a normativa orienta a supressão dos valores para todos os servidores federais que estão trabalhando remotamente durante a pandemia.
A Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal (SGP), do Ministério da Economia — lento nas medidas de proteção à população —, tem apertado os órgãos federais. De acordo com o site da pasta, excetuando-se as IFES, mais da metade (57,10%) das unidades administrativas de gestão de pessoas encaminharam os dados o dia 3 de abril. Essa parcela representa 175.949 mil servidores ativos, ou 31,04% do total. Do montante, o levantamento revelou que 43,74% da força de trabalho está em trabalho remoto.
As diretorias da AdUFRJ e do Sintufrj se reuniram com suas assessorias jurídicas e a administração central da universidade para discutir o tema, dia 2, por videoconferência. Para os sindicatos, a medida é injusta, pois penaliza os trabalhadores num momento de crise global. Na ocasião, a presidente da AdUFRJ, professora Eleonora Ziller, destacou que a universidade está num momento de maior apoio social e que os cortes podem gerar mais desgaste para o governo.
No dia 7, o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Gestão de Pessoas das instituições federais de ensino superior (Forgepe) solicitou ao Ministério da Economia a revogação do artigo que suspende o pagamento dos adicionais ocupacionais. O Forgepe argumenta que a legislação prevê a manutenção dos valores mesmo quando os servidores estão ausentes de suas atividades presenciais. E cita situações como férias ou licença para tratamento da própria saúde.

RT DOS APOSENTADOS
A Pró-reitoria de Pessoal ainda mapeava a situação dos 67 professores aposentados que foram surpreendidos com o corte da Retribuição por Titulação nos contracheques anteriores. O problema foi causado pela falta de informações relativas aos diplomas do grupo no cadastramento do Sistema de Gestão de Pessoas do governo (Sigepe). A administração central afirmou que buscaria os dados pendentes junto aos docentes prejudicados por todos os meios possíveis. Mas “alguns poucos” continuaram com pendências cadastrais, o que só deve ser solucionado na próxima folha de pagamento, de acordo com a PR-4. A AdUFRJ também está atenta ao caso.

WEB menor 1123 p45Bruna Werneck trabalha há seis anos como designer instrucional na Fundação Cecierj, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação. A Fundação gerencia o Cederj, consórcio de universidades públicas do Rio de Janeiro que, há  20 anos  oferece cursos de graduação a distância. Em entrevista ao Jornal da AdUFRJ, Bruna relata as dificuldades para fazer EaD, incentiva o contato entre professores e alunos durante a pandemia, mas critica as soluções “inadequadas” apresentadas para o ensino básico.

 

Como é o seu trabalho?
Faço a interface entre o professor e o restante da equipe da Cecierj — temos ilustradores, por exemplo — para transformar o conteúdo bruto em uma aula online, que é um tipo específico de peça de mídia. Trabalho a adaptação da linguagem e identifico lacunas de informação. Na aula presencial, quando um conteúdo não fica muito claro, o aluno pode levantar a mão, apresentar a dúvida e o professor complementa; no ensino a distância, não tem como ficar interrompendo e pedindo ajuda. Também sugiro recursos da plataforma virtual que o professor pode utilizar para o aluno verificar a compreensão, e realizar atividades.  

Quanto tempo é gasto para produzir uma aula de EaD?
Não produzimos uma aula, produzimos uma disciplina. Existe um trabalho prévio de planejamento, de qual vai ser o encadeamento das atividades, que não é dar conta de cada aula individualmente. Normalmente, não se consegue produzir uma disciplina em menos de quatro meses, entre a chegada do conteúdo, trabalho sobre o texto e as imagens adequadas, revisão, adequação da plataforma e o treinamento do mediador que vai tirar as dúvidas dos alunos. Dura esse tempo porque nenhum dos atores estará dedicado exclusivamente a essa disciplina. Eu trabalho com mais de uma ao mesmo tempo. Os professores também têm suas aulas presenciais. E isso não é uma particularidade do Cederj.

Os cursos são 100% virtuais?
Os cursos do Cederj funcionam nos mais de 30 polos espalhados pelo estado do Rio. Neles são oferecidas sessões de tutorias; a maioria,opcionais. Para algumas disciplinas, há muitas práticas de laboratório, que são obrigatórias. E existem as avaliações a distância e avaliações presenciais. As avaliações presenciais compõem 80% da nota.

Esta parte presencial foi suspensa?
As aulas e avaliações presenciais foram suspensas por volta de 15 de março. A determinação do Cederj foi que a primeira avaliação presencial seja também feita online. O que foi bastante controverso. Hoje, as avaliações a distância ficam abertas por bastante tempo, numa lógica de apresentação de trabalho. Agora, os professores estão combinando com os alunos disponibilizar o material como uma prova normal, todo mundo ao mesmo tempo e por um determinado período. Isso é experimental. Temos que ver se a plataforma vai dar conta de tantos acessos ao mesmo tempo e também a questão de “cola”. Nós já enfrentamos problemas nos prazos finais de entrega das avaliações. A plataforma fica sobrecarregada. O nosso sistema é bastante virtual, mas tem uma perna na presencialidade. Para nós, está sendo difícil essa adaptação para ser 100% virtual.

Seria possível oferecer todos os cursos de graduação neste formato?
Não de uma hora para outra. De jeito nenhum. Além da questão do acesso dos alunos, existe essa forma diferente de interagir. É muito diferente a forma de comunicar em relação à que se dá na sala de aula.

Os cursos oferecidos online poderiam absorver as turmas dos cursos presenciais?
Vamos esbarrar numa questão técnica, pois os servidores da plataforma estão dimensionados para atender a uma quantidade de alunos, em torno de 40 mil. Em tese, poderiam. Mas isso também requer um esforço enorme de capacitar os mediadores. Tem que ver se vale a pena fazer isso, o que leva tempo. E, se quando ficar pronto, nós pudermos retornar à presencialidade?

Como vê esse debate no ensino básico?
As soluções que estão propondo são inadequadas. As escolas particulares têm a pressão de cobrar mensalidade. Com isso, apresentam qualquer coisa. E só 20% das matrículas são na rede privada. Essas famílias têm mais recursos, os pais têm maior nível educacional. Enquanto isso, a escola pública fica estigmatizada de ser lenta, de não querer fazer. Estamos ouvindo muitos relatos de pais enlouquecidos que, além de precisarem dar conta de seus trabalhos em casa, têm que atuar como tutores dos próprios filhos. Há interesses de muitas empresas em convencer todo mundo de que o caminho é esse. Eu acho cruel.

bandeira adufrjFechamos esta edição do jornal no mesmo dia em que completamos um mês da quarentena. Há um mês que a universidade vem funcionando com o esforço concentrado no combate à Covid-19. É um esforço institucional muito grande, mas nenhuma “ordem superior” é capaz de produzir o que temos visto nesses dias. O empenho vai muito além do esperado cumprimento do dever. Trata-se da missão fundamental da universidade e da ciência: produzir conhecimento em defesa da vida e do bem comum. Daquele que mantém o olho fixo na lente do microscópio ao que cuida da limpeza da enfermaria, estão todos impregnados de um senso de responsabilidade e dever que não vemos tão forte em dias comuns. Também respiram o mesmo ar, e sentem o mesmo medo: o cuidado é redobrado, toda atenção é necessária para evitar o contágio e ainda há mais um desafio a ser encarado, os EPIs são poucos e difíceis de serem comprados. Nossas ações buscam expressar esse entendimento: é tão importante auxiliar o pesquisador que está lá fronteira do conhecimento quanto o funcionário terceirizado que aguarda o contrato com a nova firma. Este sentimento de pertencimento e responsabilidade que atravessa a todos nós é que faz a diferença do trabalho da universidade. Somos parte de uma instituição que trabalha dia e noite para cuidar das pessoas atingidas pela epidemia, onde muitos pesquisadores têm atravessado noites estudando, buscando entender como funciona esse novo vírus e como alcançaremos novos tratamentos.
Ao mesmo tempo, a maior parte dessa numerosa comunidade foi deixada em casa, pois esse estranho vírus nos impõe o distanciamento social como a melhor forma de combater sua expansão. Estamos numa quarentena produtiva. Os colegiados funcionam remotamente, as reuniões dos grupos de pesquisa também, mas aulas estão oficialmente suspensas. Por força da ação desastrada do Ministério da Educação e de diversas secretarias estaduais e municipais de educação, a EaD – educação a distância – se transformou numa enorme panaceia a ser combatida. Entretanto, não é ela em si que está sendo combatida por praticamente todas as entidades de classe e associações da área de educação, mas a profunda desigualdade que atravessa nossa sociedade, criando um verdadeiro abismo entre as condições de acesso dos estudantes. Manter as aulas de forma regular por atividade remota, através de plataformas virtuais, seria aprofundar e cristalizar diferenças, acirrando cenários de exclusão e abandono dos cursos. Esse problema, quando pensado para o ensino fundamental e médio, ganham proporções trágicas. E é por isso que nesta edição o destaque é para esse assunto. As plataformas podem e devem ser usadas – e as estamos utilizando – para fortalecer vínculos e aproximar as pessoas. Jamais para aprofundar as diferenças e ampliar a exclusão. Nesse sentido também nos posicionamos contra a manutenção as datas para a realização do ENEM. Pretender projetar uma aparente normalidade num cenário de sofrimento e incertezas é mais do que um equívoco político, se trata mesmo de sadismo e ação discriminatória.
Ao concluir as últimas palavras deste editorial, fomos informados de que trocaram o ministro da Saúde. Não temos nenhum apreço especial pelo que sai, e não sabemos o que esperar do que entra. Mas com um presidente negacionista e uma epidemia crescendo e prestes a produzir seus maiores estragos, aumenta nossa preocupação com a saída do único quadro do governo que respondia com um mínimo de eficiência e lucidez. Redobraremos nossa atenção e nos manteremos firmes na defesa do SUS e das ações fundadas nas evidências científicas, em defesa da vida e da saúde para todos!

Diretoria da AdUFRJ

ilustra quarentena 1124Pesquisa, ações de extensão remota, reuniões online, produção e revisão de artigos, preenchimento de editais, entre outras atividades. A rotina dos professores universitários segue bastante atarefada, mesmo após a suspensão das aulas.
 “Nossa! É o dia inteiro. O mundo acadêmico não para”, enfatiza a professora Letícia Tavares, do curso de Gastronomia. A docente, editora de uma revista de Nutrição da Uerj, tem percebido que os colegas estão deslocando os esforços antes dedicados às aulas para outras ações do magistério. “Está todo mundo em casa produzindo. Não paro de receber artigo, como editora e avaliadora”.
Reuniões presenciais foram todas transformadas em virtuais. Na pesquisa, com colaborações espalhadas pelo Brasil, o apoio tecnológico era normal. “Mas uma oficina com especialistas, que seria na Uerj, foi transferida para o Zoom”, diz Letícia.
 A professora cita um efeito colateral da quarentena. Com a população confinada em suas casas, cresce a utilização da internet e diminui a qualidade do serviço. “Nunca tive problema aqui em casa. Mas, semana passada, a conexão estava caindo toda hora durante uma videoconferência do grupo de pesquisa pelo zoom”, lamenta. “E eu moro sozinha”.
Letícia mantém um projeto de extensão de forma remota (leia mais AQUI), mas diz que não conseguiria dar as duas disciplinas de graduação deste semestre pelos meios virtuais. “Vários estudantes não têm acesso a computador ou internet em casa. Pelo celular, tem coisa que não dá para fazer. Essa é a realidade dos nossos alunos da UFRJ”, completa.
Para a professora Kátia Tavares, da Faculdade de Letras, o período também é de muito trabalho. Seu grupo de pesquisa trata justamente sobre o uso de tecnologias digitais na educação. Ela aproveitou o momento para intensificar os trabalhos, coletando informações a respeito do tema, sobretudo de práticas que estão sendo adotadas no ensino básico e superior.
“O mundo virou um grande ambiente de pesquisa para nós”, contou. “Estamos usando esse momento para investigar as práticas, entender as dificuldades, conhecer os desafios dos professores que estão tendo que migrar para o ensino a distância”. No seu grupo de pesquisa, diversos profissionais da educação básica ajudam na observação e coleta das informações.
Além disso, as atividades ordinárias da professora seguem a todo vapor. “Eu continuo me reunindo, virtualmente, com meus orientandos, já que o trabalho deles também não parou”, disse. “Nesse período, participei da banca de doutorado de uma orientanda minha”, afirmou a professora, que calcula fazer jornadas de trabalho de 8 a 10 horas diárias, sem contar o período que usa para atender aos alunos de graduação, que estão fazendo atividades remotamente (leia AQUI).
No dia 16 de março, o CEPG publicou uma resolução autorizando as defesas de teses e dissertações de maneira remota por videoconferência. Desde então a rotina segue intensa para a formação de bancas de mestrado e doutorado. O professor Claudio Franco, que esteve em uma banca de doutorado na semana passada, sente que durante a quarentena o ritmo de trabalho está ainda mais intenso. “Todo dia é uma segunda-feira”, contou.
Franco também oferece parte das suas disciplinas na graduação de maneira remota e acha que, durante esse período de afastamento, os alunos têm exigido mais da sua atenção que o normal. “Tem demanda todo dia, e como eu sou hiperconectado, preciso me concentrar e dedicar horas específicas da semana para responder”, explicou. “Isso é importante para que o professor possa controlar o seu próprio tempo”. Mesmo assim, reconhece que o volume de trabalho aumentou. “O número de mensagens é maior. Talvez em um período normal, os alunos esperassem um pouco mais para me acionar diante de um problema, mas agora acho que estão mais ansiosos”.
A professora Emília Cristina Benevides de Freitas está dividindo seu tempo entre a sua pesquisa de doutorado e o atendimento dos alunos. “Disse que podem me escrever na hora que quiserem, e acabo respondendo quase em tempo real, porque fico mais alerta para as mensagens que recebo”, relatou. (colaborou Kelvin Melo)

Ana Beatriz Magno e Lucas Abreu

planalto bolsonaro saude 0416202202Nelson Teich foi empossado ministro da Saúde nesta sexta (17) - Foto: Marcello Casal Jr/Agência BrasilProfessores do grupo especial de combate ao coronavírus da UFRJ avaliam a nomeação do novo ministro da Saúde, Nelson Luiz Sperle Teich. “Precisamos esperar para ver como ele vai chegar. Se ele entra agachado ou altivo para chefiar o Ministério”, pondera a professora Ligia Bahia, médica e uma das maiores especialistas do Brasil em Saúde Coletiva. “A questão é que ele não tem nenhuma experiência em saúde pública . Nunca pisou no SUS”.
Anunciado na tarde de quinta-feira para substituir Luiz Henrique Mandetta, o oncologista formado na Uerj é um “bem-sucedido” empresário do ramo de tecnologia hospitalar, dono da Teich Health Care, consultoria de serviços médicos.
Ele assume o comando do combate ao coronavírus justamente na semana em que a pandemia começa a explodir no Brasil. “Ele entra como um timoneiro que chega quando o Titanic já está afundando”, afirma Lígia.
O novo ministro tem 62 anos, não é político, mas participou da equipe que montou o plano de governo de Bolsonaro. Ele entra em cena numa feroz disputa política entre a visão pró-isolamento de Mandetta contra as posições anticientíficas do presidente Bolsonaro que, desde o início da pandemia, defende que a doença é apenas uma gripezinha e que a normalidade deve voltar para a economia se restabelecer .
“Teich não é a favor do isolamento vertical. Ele não é um terraplanista, não podemos ser sectários nem fulanizar a questão. Mas nós, defensores do SUS e da saúde pública, não descansaremos na vigilância. Não bato panela por Mandetta, um politico do DEM, nem aplaudo Teich previamente. Quero ver antes”, resume a docente da UFRJ.
“Nem ele nem Mandetta jamais foram defensores do SUS. Mas agora ele vai ter que defender. Só o SUS tem a magnitude necessária para atuar na pandemia”, resume a médica e reitora da UFRJ, professora Denise Pires de Carvalho. “A UFRJ espera que o ministro respeite o SUS, a Ciência e os hospitais universitários, como elementos estratégicos de combate à epidemia”, completa.

DEPOIMENTO

Alberto Chebabo - Diretor da Divisão Médica do hospital universitário

WEB menor 1123 p8cAlberto Chebabo“Temos de esperar para ver o que vai acontecer. Estávamos no caminho certo com o grupo do Mandetta, Wanderson e demais membros da equipe. Nós concordamos coma necessidade das medidas de distanciamento social. Existiram problemas? Sim.  A gente não tem a capacidade de teste, por exemplo, mas não por culpa deste ou de outro ministro, mas porque a política para a pandemia deveria ter sido implementada antes da crise, não investimos no momento certo. Mas a condução da epidemia estava dentro do que a Ciência recomenda, dentro do que mostram as evidências científicas. O Brasil tem uma grande vantagem, que é a de estar atrás em relação ao resto dos países. Então podemos aproveitar e ver o que aconteceu em outros países, o que deu certo , o que deu errado, para tomarmos decisões aqui.
Conheci o Nelson Teich há muitos anos. É uma pessoa muito inteligente, muito preparada. Ele nunca trabalhou na área pública, mas isso pode não ser um problema. Vai depender da equipe que ele montar, técnica, preparada. Já tivemos políticos no ministério que souberam montar sua equipe e fizeram uma grande gestão, e médicos do SUS que não souberam. Teich é um excelente gestor.
O grande problema é que quem sai, sai parecendo o perdedor, e é justamente o lado que estava tomando as ações corretas. A população pode interpretar isso como um sinal de que ele não estava certo, e sim o presidente. É importante que o Nelson tome uma decisão imediata de apoio ao isolamento social.”

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