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WhatsApp Image 2023 08 11 at 14.19.30 2Por Igor Vieira

Os sindicalizados da AdUFRJ se maravilharam com a história da artista Frida Kahlo, na sexta-feira, 4, em mais um passeio cultural organizado pelo sindicato. Além da intensidade da obra da mexicana, os visitantes vibraram com a beleza do cenário, o Forte de Copacabana. “São dois espetáculos, um criativo e um natural”, elogiou o professor do Instituto de Microbiologia, Maulori Cabral.
O formato de “Frida Kahlo: Uma Biografia Imersiva” reproduz o de exposições sobre Monet e Van Gogh que passaram pela cidade do Rio, com projeções de vídeos artísticos e documentais; obras visuais; música; ambientes digitais e fotografias relacionadas aos temas da vida da artista.
O professor Maulori não tinha certeza se a exposição viria ao Rio. “Ouvi falar que seria só em São Paulo. Quando recebi o convite da AdUFRJ, não titubeei! Foi uma união do útil ao agradável. Eu tinha tanto interesse em ver que estava até cogitando viajar para São Paulo só para isso”.
O docente afirmou que a mostra “superou as expectativas”, e ao terminar a entrevista, depois do passeio, correu para assistir ao pôr do sol na praia. Antes, porém, brincou que queria “uma cadeira cativa” nos próximos passeios da AdUFRJ.
Quem tem, praticamente, uma cadeira cativa nos passeios é a professora Carmen Macedo, da Faculdade Nacional de Direito, que esteve em todos os três roteiros. “Sempre que puder, vou participar”, afirmou. “Gosto muito da iniciativa, e foi uma grande oportunidade conseguir vaga para o passeio de hoje, porque as vagas se esgotaram muito rápido”.
A professora confessou a timidez de ir sozinha à exposição. “Estou de férias, mas é difícil organizar uma família grande para sair. Então, acabou sendo uma ótima oportunidade de vivenciar com os outros professores essa proposta cultural da AdUFRJ”, explicou.WhatsApp Image 2023 08 11 at 14.19.49
Carmen elencou os pontos positivos da mostra biográfica: “Na exposição, somos bombardeados pela riqueza de emoções e sensações de Frida Kahlo, o que nos dá a impressão de estarmos vivendo com a artista”, disse. “Ao sair da exposição, somos recebidos pela calmaria do mar. São duas experiências visuais que se completam”, finalizou.
A vice-presidente da AdUFRJ, professora Mayra Goulart, acompanhou o passeio. “O passeio no Forte mostra que devemos tirar um tempo da nossa rotina de trabalho para aproveitar o Rio, que tem essas maravilhas. Senão, nós só ficamos com a parte ruim, como a violência”, explica.
A companhia também faz toda diferença. “Ao se conhecer e socializar, os professores vão criar laços para se apoiar em momentos de adversidade e encontrar sinergia entre suas áreas de pesquisa. Essa é uma das funções do sindicato e uma das diretrizes da nossa gestão”, disse.

PRÓXIMO ROTEIRO

O quarto roteiro da série de passeios da AdUFRJ terá foco no Palácio Tiradentes (Alerj), revelou a vice-presidente Mayra. “A ideia da visita ao Palácio vem da importância de termos atenção à história política do Rio de Janeiro”, explicou Mayra. “Às vezes, a UFRJ se coloca em um lugar muito nacional, e esquece que está situada em um território específico”, completou.

INSCRIÇÃO: pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

O QUÊ: O Rio que se esconde no Rio: conhecendo os Palácios da cidade.

ENCONTRO: Sexta-feira, 18 de agosto, às 13h30, no Palácio Pedro Ernesto (Câmara dos Vereadores).

Onde: Os pontos do passeio são o Theatro Municipal, Buraco do Lume, Palácio Pedro Ernesto (visita exterior) e Palácio Tiradentes (visita interior), entre outros.

Quem: 25 vagas gratuitas para sindicalizados e acompanhantes.

Guia: Douglas Libório,
ex-aluno UFRJ, mestrando pela UFF, professor da Escola do Legislativo do Estado do Rio de Janeiro e do Centro Universitário Celso Lisboa.

WhatsApp Image 2023 08 11 at 14.19.30 1Ação política intensa dentro e fora dos muros da UFRJ e a oferta de um variado e cada vez mais atraente cardápio de serviços para os filiados. Assim pode ser resumida a atuação da diretoria da AdUFRJ que encerra o mandato daqui a dois meses. “Esta diretoria se caracteriza por não observar, de uma maneira dicotômica, esses dois planos: o da luta e o da assistência, que a gente também pode chamar de acolhimento”, afirma a vice-presidente Mayra Goulart. “Acreditamos que essas duas dimensões são ligadas e essenciais neste movimento docente do qual fazemos parte e que quer reinventar o sindicalismo tradicional”, completa.
Desde a posse em 15 de outubro de 2021 até esta semana, são mais de 600 dias de uma agenda recheada de reuniões com parlamentares no Rio e em Brasília, participação influente nos eventos sindicais nacionais da categoria e apoio aos movimentos estudantis e populares. Mas não só.
Durante o período, a diretoria também conseguiu ampliar os plantões de atendimento jurídico aos professores, quando precisou negociar a substituição da assessoria. Além disso, os sindicalizados ganharam novas opções de convênios e inéditas experiências com passeios histórico-culturais e um curso de inglês focado na conversação. “O acolhimento tem isso: construir um lugar para os professores se encontrarem e se sentirem fazendo parte de uma rede de apoio”, avalia Mayra.
Confira a seguir as principais ações da gestão:

BALANÇO DA GESTÃO2021-2023

ASSEMBLEIAS

Uma das diretrizes do mandato foi ampliar a participação dos docentes nas decisões do sindicato. Duas assembleias foram emblemáticas:

18/3/22 - na maior votação da história da AdUFRJ sobre uma proposta de greve, 1.076 professores participaram: 883 contra, 169 a favor e 24 se abstiveram;

28/6/23 - modernização do Regimento Eleitoral da AdUFRJ: a partir deste ano, a escolha da diretoria e do Conselho de Representantes será feita por voto remoto, via sistema Hélios. 

POLÍTICA
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de 23/5/22 a 6/6/22 - ciclo de debates com políticos organizado pela AdUFRJ e pela Associação dos Pós-graduandos sobre o papel da educação e da ciência na reconstrução do estado;

20/3/23 - café da manhã com políticos, no Fórum de Ciência e Cultura: para mostrar o trabalho realizado por centenas de professores da universidade, a AdUFRJ organizou um café da manhã com os parlamentares do Rio de Janeiro, representantes eleitos em outubro para a Assembleia Legislativa e para a Câmara dos Deputados;

11/4/23 - sindicato entrega aos candidatos a reitor as principais demandas dos professores que procuram a assessoria jurídica da AdUFRJ;

10/8/23 - agenda em Brasília nos ministérios do Planejamento e da Fazenda e com o senador Omar Aziz (PSD) para suprimir um artigo de projeto de lei que prejudica servidores (leia mais na matéria da página 3).

PASSEIOS
HISTÓRICO-CULTURAIS

A inédita iniciativa de conduzir grupos de professores em passeios histórico-culturais pela cidade do Rio tem sido um sucesso. Até aqui, foram cinco excursões que encantaram os filiados:

29/4/23 - Visita guiada à Pequena África, na zona portuária;

27/5/23 - Segunda visita guiada à Pequena África;

WhatsApp Image 2023 08 10 at 16.06.2530/6/23 - Passeio ao Real Gabinete Português de Leitura;

07/7/23 - Segundo passeio ao Real Gabinete Português de Leitura;

04/8/23 - Exposição sobre Frida Kahlo, no Forte de Copacabana.

ANDES

A diretoria do sindicato participou de todos os grandes eventos sindicais do movimento docente, sempre buscando mudar a postura isolacionista do Andes. A entidade nacional decidiu ficar isenta nas últimas eleições presidenciais, em posição contrária à da AdUFRJ, que defendeu o apoio imediato a Lula, por exemplo.

SINDICALIZAÇÃO

dez/22 - Desde o início da gestão, houve 199 novas filiações ao sindicato. Destas, 79 aproveitam os benefícios da campanha de sindicalização lançada em dezembro do ano passado. Há um período de dois anos sem pagamento de mensalidade para os novos filiados assistentes e adjuntos (no magistério superior) e DI, DII e DIII (na carreira EBTT). Após os dois anos iniciais de carência, o novo filiado contribui com um percentual de 0,4% dos vencimentos a partir do terceiro e até o quarto ano de filiação. Ao final do quarto ano, passa a colaborar com a contribuição cheia de 0,8%. No mesmo período, houve 121 desfiliações.

 CAMPANHAS

abr/21 - No retorno presencial, a AdUFRJ saudou os docentes com a campanha “Professor Presente”. A diretoria esteve em diferentes unidades e centros com materiais de boas-vindas, após dois anos de atividades remotas;

WhatsApp Image 2023 08 11 at 14.20.53 2mar/23 - no ínicio do ano letivo, o sindicato espalhou pela universidade uma nova campanha para ouvir os docentes sobre as condições de trabalho na instituição: Respeitar a universidade é valorizar o professor.

CONVÊNIOS

A AdUFRJ fortaleceu os convênios oferecidos. Eram 14 no início da gestão; agora já são 25, com serviços no Rio e em Macaé. No mais utilizado, da drogaria Raia — firmado há um ano —, os docentes já realizaram 1.312 compras com desconto.


PLANO DE SAÚDE

set/22 - A AdUFRJ foi decisiva na negociação entre a Qualicorp (uma administradora de benefícios que firma convênios com o MEC) e a UFRJ. O acordo foi assinado em setembro do ano passado. Já a partir de outubro, a AdUFRJ criou um plantão para esclarecer os sindicalizados sobre os novos planos de saúde oferecidos pela universidade. Houve 75 atendimentos presenciais agendados, fora os esclarecimentos feitos por telefone.

ATOS

WhatsApp Image 2023 08 11 at 14.20.5526/10/21 - participação no protesto contra cortes no orçamento do CNPq, em frente à Fiocruz;

01/5/22 - Primeiro Dia dos Trabalhadores presencial desde o início da pandemia, no Aterro do Flamengo;WhatsApp Image 2023 08 10 at 16.07.39

25/6/22 - UFRJ na praça: a universidade saiu dos seus muros, cruzou a Zona Norte e pousou no Parque Madureira em Madureira, organizado pela AdUFRJ;

11/8/22 - Leitura da Carta pela Democracia, em defesa das eleições, nos pilotis do bloco A do Centro de Tecnologia;

16/7/23 - participação no Domingo com Ciência, na Quinta da Boa Vista. O evento fez parte das comemorações pelo Dia Nacional da Ciência.

CURSO DE INGLÊS

8/8/23 - Em mais uma inovação do mandato, a AdUFRJ organizou um curso de inglês focado na conversação. Diante da procura, foram abertas quatro turmas de quatro alunos. Ainda assim, 25 professores ficaram na lista de espera.

ACOLHIMENTO

10/4/23 - café da manhã para aposentados, no Fórum de Ciência e Cultura: as assessorias jurídica e de planos de saúde ficaram à disposição dos docentes para esclarecer dúvidas e apresentar os serviços oferecidos pela AdUFRJ. Também houve apresentação dos convênios;

02/8/23- Festa final feliz, na Casa da Ciência: para os professores “recarregarem as baterias’, no recesso acadêmico.

JORNAIS

Todas as semanas, os professores podem acompanhar as ações do sindicato, os principais acontecimentos da universidade e a repercussão de tudo relacionado à Ciência e educação superior no Jornal da AdUFRJ. Ao longo da atual gestão, foram 85 edições, contando com esta. Destaque especial para:

WhatsApp Image 2023 08 11 at 14.20.54 414/4/22 - nº 1.223: retorno às aulas presenciais;

22/7/22 - nº 1.237: crítica à neutralidade do Andes na eleição presidencial;

27/10/22 - nº 1.251: professores de várias áreas tiram fotos fazendo o “L” antes da eleição;

16/11/22 - nº 1.253: reportagem exclusiva denunciou uso privado do campo da Educação Física, na Praia Vermelha;

15/6/23 - nº 1.277: matéria revela as belezas do Real Gabinete Português de Leitura.

JURÍDICO

O período ficou marcado pela troca de escritório jurídico a serviço do sindicato. Desde julho deste ano, a tarefa está sob a responsabilidade da Lindenmeyer Advocacia & Associados. Os plantões de atendimento aos filiados foram ampliados de dois para três dias por semana (terças, quartas e quintas), com turnos pela manhã e à tarde. Até esta semana, já houve 216 atendimentos. No site do sindicato, na aba “serviços”, clique em “atendimento jurídico” para conhecer algumas frentes de atuação do escritório.WhatsApp Image 2023 08 11 at 14.20.53 1
18/11/21 - AdUFRJ entrou na Justiça contra liminar que impôs o retorno presencial imediato e inseguro das aulas na UFRJ;

mai/22 - Atrasados da GED: Uma disputa judicial de 18 anos chegou ao fim, com desfecho favorável a professores que se aposentaram até junho de 2007

19/12/22 - A AdUFRJ ingressou com ação na justiça para garantir o pagamento dos adicionais ocupacionais a professores que tiveram o direito cortado ou negado indevidamente, por falhas da UFRJ;

20/7/23 - Ação dos 3,17%: aproximadamente dois mil professores que faziam parte da carreira entre janeiro de 1995 e dezembro de 2001 — ou, pelo menos, por uma parte deste período —, tem direito ao reajuste, ignorado no governo FHC. Até o dia 9, a assessoria recebeu 307 procurações;

26/7/23 - Progressões: diretoria entregou à pró-reitoria de Pessoal um requerimento produzido pela assessoria jurídica para mudar as regras internas das progressões e promoções.

DOAÇÕES

A solidariedade é outra marca da gestão. Até o fim de julho de 2023, foram investidos mais de R$ 140 mil em apoio a atividades de movimentos sociais, estudantis e populares:

23/10/21 - A primeira doação contribuiu para a realização de um ato do DCE contra o governo Bolsonaro, em 23 de outubro de 2021;

17/02/22 - O maior valor foi destinado à compra de água mineral para os desabrigados das enchentes de Petrópolis (R$ 11.773,44).

OBSERVATÓRIO
DO CONHECIMENTO

Coordenado pela AdUFRJ, o Observatório do Conhecimento manteve intensa agenda no período. A rede de associações e sindicatos docentes que defende a universidade pública e a liberdade acadêmica realizou eventos, produziu documentos e dialogou com parlamentares e ministros do governo Lula. Veja as principais ações:

abr/22 - lançamento do filme “Ciência: luta de mulher”, que conta a história de quatro pesquisadoras de diferentes regiões do Brasil;

mai/22 - Balanço do Orçamento do Conhecimento mostrou que o Brasil perdeu R$ 83,8 bilhões no orçamento federal da Educação Superior e da Ciência, desde 2015;

mai/22 - Observatório participa de campanha em defesa da lei de cotas, que completou 10 anos em 2022;

jul/22 - O Observatório do Conhecimento, o Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo (LAUT) e o Observatório Pesquisa, Ciência e Liberdade da SBPC apresentaram a primeira fase de resultados da pesquisa “A liberdade acadêmica está em risco no Brasil?”, que trouxe dados alarmantes sobre a segurança para se fazer Ciência no Brasil;

out/22 - Pacto pelo Conhecimento: Observatório convidou candidatos ao Legislativo a assinar um compromisso de cinco pontos, incluindo a recomposição do orçamento do conhecimento e o reajuste dos valores das bolsas de pesquisas;

abr/23 - lançado, em Brasília, um relatório cobrando o fortalecimento do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES). O documento foi entregue a parlamentares, membros do Executivo e representantes de entidades ligadas à Ciência;

jul/23 - Observatório entrega ao ministro da Educação, Camilo Santana, a proposta de incluir no programa Minha Casa Minha Vida uma modalidade voltada à habitação estudantil.WhatsApp Image 2023 08 11 at 14.20.55 1

WhatsApp Image 2023 08 04 at 20.39.16 3Fotos: Fernando SouzaO auditório Quinhentão do Centro de Ciências da Saúde ficou lotado para recepcionar a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, no dia 31 de julho. A maciça mobilização, mesmo no recesso letivo, demonstrou o inegável apoio da UFRJ para a titular da pasta. O cargo é cobiçado por partidos do Centrão interessados apenas na exposição política, sem nenhum compromisso com o setor.
No xadrez de Brasília, o Partido Progressistas (PP) e o Republicanos pressionam o governo por ministérios em troca de apoio no Congresso. O MCTI é um dos alvos. Lula já admite mudanças no primeiro escalão para acomodar as siglas, mas ainda não definiu quais. A resposta deve ser dada na próxima semana.
Se dependesse da UFRJ, seria um sonoro “não”, no caso da Ciência. “Este ministério, para nós, vale ouro”, disse o reitor Roberto Medronho. “Todo o trabalho que está sendo feito em prol da ciência, tecnologia e inovação desse país não pode ser objeto de negociação para a governabilidade. Compreendo que ela é necessária para aprovar as grandes pautas, mas Saúde, Educação e Ciência, Tecnologia e Inovação não são áreas que podem ser negociadas. É simples assim”, completou.
O dirigente destacou o auditório cheio para ouvir a palestra. “Estamos em férias, ministra, e veja este auditório, que está cheio e com pessoas de pé”, afirmou. “A UFRJ estará na linha de frente em defesa do MCTI, pois acreditamos e confiamos no seu trabalho e de sua equipe. Por isso, não queremos que haja mudança”.WhatsApp Image 2023 08 04 at 20.39.16 2
O anfitrião não foi o único a expressar esta vontade. “Desejamos que este trabalho continue para juntos reconstruirmos o país”, reforçou o professor Roberto Rodrigues, reitor da Universidade Rural do Rio de Janeiro. Além dele, representantes de todo o sistema de educação superior e pesquisa do estado prestigiaram a ministra. Estava todo mundo lá: o presidente da Finep, Celso Pansera; o presidente da Faperj, Jerson Lima; a secretária municipal de Ciência e Tecnologia, Tatiana Roque; diretores de institutos de pesquisa, dirigentes de outras universidades e políticos ocuparam assentos na mesa e no auditório.

APRESENTAÇÃO
Em sua apresentação, Luciana Santos retribuiu o carinho recebido na UFRJ. “O Brasil definitivamente voltou. E nós estamos aqui para gritar em alto e bom som que a Ciência também voltou”, afirmou Luciana. “E que as universidades não são espaços de balbúrdia como se dizia no governo anterior. Pelo contrário, para nós, é o espaço da excelência, da inteligência brasileira. Viva a universidade pública brasileira!”.
Em apenas sete meses do atual governo, os avanços na pasta são significativos. Além da retomada do diálogo com a comunidade científica, com a reinstalação do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, houve a correção dos valores das bolsas da Capes e do CNPq, beneficiando 258 mil estudantes; o lançamento de editais de pesquisa no valor de R$ 590 milhões e um concurso com 814 vagas para recompor os quadros técnicos das unidades de pesquisa do ministério. “Há mais de dez anos que não havia um concurso público”, informou Luciana.
A ministra mencionou ainda a recomposição integral do Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), sempre contingenciado na gestão anterior. Agora, o fundo dispõe de R$ 10 bilhões para investimentos em 2023. “A recomposição do fundo nos permite avançar na construção de um país inclusivo e sustentável através da ciência, tecnologia e inovação”.
Em relação às universidades e institutos de pesquisa, outra boa notícia. A ministra anunciou que o governo irá destinar R$ 3,6 bilhões, nos próximos três anos, para reverter o cenário de sucateamento das instituições através do programa Proinfra, que é gerido pela Finep. “Somente este ano, já empenhamos R$ 380 milhões com este objetivo”.
“Eu, como primeira mulher à frente do ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil, quero dizer que a Ciência voltou. E, como a gente diz em Pernambuco, voltou ‘de com força’”, encerrou, aplaudida de pé pelo público.
A palestra do dia 31 tinha o sugestivo título de “Novos Tempos para a Ciência e Tecnologia no Brasil”. E tudo que a UFRJ quer é não voltar aos velhos e nada saudosos tempos de gente sem comprometimento com a pesquisa científica. Fica, ministra Luciana!

Ministra recebe documentos do Observatório do Conhecimento

WhatsApp Image 2023 08 04 at 20.39.16 1Antes da palestra no Quinhentão, a ministra Luciana Santos recebeu uma pasta com documentos produzidos pelo Observatório do Conhecimento. “Apresentei o Observatório e falei de nossa agenda em Brasília”, disse a professora Mayra Goulart, vice-presidente da AdUFRJ e coordenadora da rede de associações e sindicatos docentes que defendem a universidade pública, além da liberdade acadêmica.
O secretário-executivo do MCTI, professor Luis Fernandes, e o chefe de gabinete do ministério, Rubens Diniz, também ganharam cópias dos documentos. Entre os papéis, destaque para o Orçamento do Conhecimento: o estudo registra as perdas registradas nas receitas das universidades e institutos de pesquisa desde 2014. Em termos reais, os recursos despencaram de R$ 40 bilhões para R$ 21,07 bilhões neste ano. Ou seja, o equivalente a apenas 53% do valor de nove anos atrás.WhatsApp Image 2023 08 04 at 20.39.16
No próximo dia 23, na capital federal, haverá uma confraternização pelos quatro anos de fundação do Observatório. Os representantes do MCTI foram convidados. “Luis Fernandes, que já conhecia o trabalho do Observatório, disse que pretende comparecer ao evento, assim como a ministra”, afirmou Mayra. A data também marcará o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Públicas.

WhatsApp Image 2023 08 04 at 20.44.45 4Já está definida a comissão responsável pelas próximas eleições da diretoria e do Conselho de Representantes da AdUFRJ. A assembleia geral de quinta-feira (3) escolheu os professores Felipe Rosa, como presidente da comissão eleitoral (foto), do Instituto de Física; Marta Castilho, do Instituto de Economia; e Karine Verdoorn, do Instituto de Ciências Médicas (ICM) do Centro Multidisciplinar UFRJ - Macaé. A votação será nos dias 13 e 14 de setembro.
Diferentemente de outros processos eleitorais, professores que fazem oposição à atual diretoria da AdUFRJ não compareceram à assembleia e também não indicaram nome para compor a comissão eleitoral, mesmo consultados previamente.
As chapas à diretoria podem se inscrever até 13 de agosto. Haverá escolha também dos integrantes do Conselho de Representantes da AdUFRJ. As listas com os candidatos devem ser apresentadas até 2 de setembro. Todos os sindicalizados até 14 de julho podem votar. O pleito será virtual.

JURÍDICO
No início da assembleia, o advogado Halley Souza fez um breve balanço das ações da recém-contratada assessoria jurídica da AdUFRJ. “Já atendemos 183 professores nos plantões que estamos realizando às terças, quartas e quintas, nesses primeiros dias”, afirmou.
O advogado citou que o novo escritório tem dedicado atenção especial a alguns temas, como a execução individual da ação dos 3,17% (leia mais na nota a seguir).
A assessoria jurídica também produziu um requerimento entregue à pró-reitoria de Pessoal em reunião da semana passada — e noticiada na edição anterior do Jornal da AdUFRJ. O documento reivindica que os docentes tenham seus direitos preservados nas progressões e promoções funcionais.

PROCURAÇÃO
DOS 3,17%

Os professores que estavam na carreira entre janeiro de 1995 e dezembro de 2001 — ou parte deste período — têm direito a valores atrasados da ação judicial dos 3,17%. O percentual é referente a um reajuste que os servidores federais não receberam durante o governo FHC. Mas atenção: é preciso assinar uma procuração, que está disponível no site (aba “serviços”, clique em “atendimento jurídico”) ou na sede do sindicato. Esta semana, o documento também foi remetido pelos correios para o endereço cadastrado de todos os filiados.

NOVAS VAGAS PARA AS UNIVERSIDADES

O MEC e o Ministério da Gestão e Inovação publicaram no Diário Oficial uma portaria conjunta que ampliou o Banco de Professores Equivalentes e Quadro de Referência dos Técnicos Administrativos de Educação das universidades federais. A UFRJ tem direito a mais 10 vagas efetivas para o magistério superior, além de duas para substitutos e visitantes; uma vaga para EBTT (Colégio de Aplicação) e 10 vagas para técnicos-administrativos.

CURSO COMEÇA
SEMANA QUE VEM

A AdUFRJ conseguiu abrir mais duas turmas de quatro alunos para o curso de inglês focado na conversação. Ainda assim, ficaram mais 25 nomes na lista de espera. Se houver alguma desistência, o primeiro da listagem será chamado e assim sucessivamente. O objetivo das aulas é facilitar o trabalho dos professores em congressos internacionais ou em apresentações para colegas estrangeiros que visitam o Brasil. A primeira turma inicia as aulas na terça-feira.

DSC06320bFoto: AndesO Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) adiou a reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) com os servidores. Antes marcada para esta sexta (4), a atividade foi reagendada para o dia 10. O adiamento diminui o prazo para um acordo que viabilize reajustes salariais do funcionalismo no orçamento do próximo ano. O governo tem até o fim de agosto para enviar ao Congresso sua proposta orçamentária de 2024 (PLOA).
“Vejo com muita preocupação o adiamento. Está ficando muito em cima desse prazo de envio da PLOA”, afirma a vice-presidente da AdUFRJ, professora Mayra Goulart. “E preocupa também que a mesa setorial para dar conta da defasagem salarial específica do magistério federal sequer foi aberta. Temos uma defasagem maior que a de muitos segmentos do funcionalismo”.
Nesta sexta (4), durante a solenidade de transmissão dos cargos entre a antiga e a nova reitoria, a diretoria da AdUFRJ levou um ofício para entregar ao ministro da Educação, Camilo Santana, reivindicando a abertura da mesa setorial do ensino superior. “É importante salientar que a remuneração do professor universitário tem grande defasagem quando comparada a outras carreiras de Estado em que não não é exigida formação similar”, diz um trecho do documento. O titular do MEC, porém, não compareceu à cerimônia. O ofício foi recebido por um representante da pasta (leia mais na página 8).

PERDAS DE 39,92%
A campanha salarial divide o funcionalismo em dois blocos, em função dos diferentes acordos firmados em 2015. Os professores federais estão no grupo que reivindica uma recomposição das perdas de 39,92% desde julho de 2010, quando houve o último reajuste do governo Lula. A reposição seria distribuída nos próximos três anos.
A mudança de data da Mesa Nacional forçou uma reorganização do calendário de debates do movimento docente, divulgado na edição anterior. Entre os dias 11 e 17, haverá uma rodada de assembleias para avaliar a proposta do governo. Nos dias 19 e 20, uma reunião do Setor das Federais faz um balanço com todos os resultados.

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