“Vejo com muita preocupação o adiamento. Está ficando muito em cima desse prazo de envio da PLOA”, afirma a vice-presidente da AdUFRJ, professora Mayra Goulart. “E preocupa também que a mesa setorial para dar conta da defasagem salarial específica do magistério federal sequer foi aberta. Temos uma defasagem maior que a de muitos segmentos do funcionalismo”.
Nesta sexta (4), durante a solenidade de transmissão dos cargos entre a antiga e a nova reitoria, a diretoria da AdUFRJ levou um ofício para entregar ao ministro da Educação, Camilo Santana, reivindicando a abertura da mesa setorial do ensino superior. “É importante salientar que a remuneração do professor universitário tem grande defasagem quando comparada a outras carreiras de Estado em que não não é exigida formação similar”, diz um trecho do documento. O titular do MEC, porém, não compareceu à cerimônia. O ofício foi recebido por um representante da pasta (leia mais na página 8).
PERDAS DE 39,92%
A campanha salarial divide o funcionalismo em dois blocos, em função dos diferentes acordos firmados em 2015. Os professores federais estão no grupo que reivindica uma recomposição das perdas de 39,92% desde julho de 2010, quando houve o último reajuste do governo Lula. A reposição seria distribuída nos próximos três anos.
A mudança de data da Mesa Nacional forçou uma reorganização do calendário de debates do movimento docente, divulgado na edição anterior. Entre os dias 11 e 17, haverá uma rodada de assembleias para avaliar a proposta do governo. Nos dias 19 e 20, uma reunião do Setor das Federais faz um balanço com todos os resultados.