facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

Cortes de recursos para universidades, xingamentos às instituições e aos seus pesquisadores, doutrinação nas redes sociais contra o pensamento crítico, constrangimentos diplomáticos, enormes perdas de decoro no twitter… A lista de barbaridades cometidas por Abraham Weintraub é grande desde que assumiu o Ministério da Educação, há um ano. O Observatório do Conhecimento lança campanha de “descomemoração’’ pelos intermináveis 365 dias do pior ministro da História. Participe!

WEB menor weintraub 1123Ele atacou as universidades, acusou a comunidade acadêmica de produzir “balbúrdia”, espalhou toda sorte de fake news sobre as ciências sociais e humanas, cortou bolsas, asfixou orçamento e transformou a gestão da Educação no Brasil numa panaceia de grosserias e deboches. Em 12 meses à frente do Ministério da Educação, Abraham Weintraub é uma vergonha nacional. Para analisar seus intermináveis 365 dias de ministério, o Observatório do Conhecimento, rede que integra 11 associações de docentes de todo o país,  preparou uma campanha de desaniversário com o mote #PiorMinistrodaHistoria.  
Os dados confirmam a hashtag. Weintraub não apresentou uma proposta para o Fundeb. Foi responsável pela condução do pior Enem da História. Sob a sua gestão, a  Capes promoveu o maior corte de bolsas da história. Passa os dias no Twitter, ofendendo opositores, chefes de Estado de outros países e chegou a criar problemas diplomáticos com a China no meio da pandemia do coronavírus.
A campanha do Observatório do Conhecimento foi criada a partir do monitoramento das atividades do Ministério da Educação. São três os principais pontos criticados. Um deles é o estrangulamento do orçamento das universidades federais, que estão sem orçamento para chegar até o fim do ano de 2020.PIOR MINISTRO 2.2
O segundo é a péssima condução do Enem por parte do MEC. Pelo menos seis milprovas foram corrigidas erradamente sem que o INEP percebesse. O caso só veio a público depois que centenas de estudantes começaram a questionar o seu resultado. Durante todo o processo, Weintraub fez pouco caso do erro, mas a dimensão do imbróglio – o SISU chegou a ser suspenso por uma decisão judicial liminar – deixou uma aura de incerteza sobre o exame.
PIOR MINISTRO 3.2A terceira bandeira é o corte de bolsas promovido pelo MEC. Em 2019, a Capes perdeu 7,5 mil bolsas, com impacto especialmente negativo para a região Nordeste. Em 2020, a agência editou portarias consecutivas para mudar o sistema de distribuição dos benefícios, o que levou a mais cortes.
A campanha também vai contar com um tuitaço na quinta-feira, a partir das 14h. Basta procurar pelas hashtags #ForaWeintraub e #PiorMinistrodaHistória para participar.

Elisa Monteiro, Lucas Abreu e Silvana Sá

A pandemia tem resgatado a força da solidariedade. Pesquisadores da UFRJ estão na linha de frente das pesquisas e da produção de equipamentos para enfrentar  o novo coronavírus, mas não estão sozinhos. A universidade recebe ajuda de generosas redes que se multiplicam em apoio aos hospitais e buscam dar suporte aos mais frágeis na quarentena.
Os Hospitais Universitários são foco de campanhas beneficentes para a compra de material e equipamentos especiais. Dezenas são voluntários na produção de álcool, no campus do Fundão. Em paralelo, a comunidade se mobiliza em vaquinhas tradicionais e virtuais para ajudar terceirizados e alunos mais vulneráveis.
Toda essa rede inspira também ações de anônimos e lideranças comunitárias em toda a cidade. Nas favelas vizinhas ao Fundão, há desde campanhas de comunicação para conscientizar os moradores, até arrecadação de dinheiro e alimentos para quem está sem poder trabalhar.
“Eu nunca vi uma rede de solidariedade tão forte para salvar vidas”, emociona-se a decana do CCMN, Cássia Turci. “Mesmo com as notícias ruins, não podemos perder esse foco”, ogulha-se a professora, que coordena as doações de matérias-primas e a produção de álcool para as unidades de saúde.

DE TODOS PARA A UFRJ

As redes de solidariedade para ajudar a UFRJ a combater o coronavírus já formam uma imensa teia que une desde o árduo trabalho de voluntários produtores de álcool até doações financeiras generosas para o Complexo Hospitalar.
Na semana passada, a universidade mostrou fôlego na corrida contra o tempo para preparar os nove hospitais do Complexo para receber o público no pico de internações. Em menos de dez dias, o Fundo de Apoio aos hospitais da UFRJ arrecadou cerca de R$ 700 mil, com mais de 800 doadores.
“Os valores variam de R$ 20 até R$ 25 mil por pessoa”, relata Fernando Peregrino, diretor da Coppetec, fundação responsável por administrar o Fundo de Apoio aos hospitais da UFRJ. “A maioria das doações é de pessoas físicas”.
Há também gestos solidários de grandes empresas. Na sexta-feira, 3, o Burger King assinou termo de doação de 6.900 aventais de isolamento para equipes médicas dos hospitais da UFRJ. O equivalente a R$ 200 mil.
A Petrobras é outra parceira de peso. “A estatal está fazendo o possível para nos ajudar com equipamentos, mas estão encontrando as mesmas dificuldades que nós para importações nesse momento”, relata Ariane Magalhães, chefe das licitações e contratos do HU. Outra dificuldade é oportunismo, traduzido numa escalada de preços no mercado. “Máscaras que eram vendidas a R$ 2 estão custando R$ 30, R$ 40 hoje”, acrescenta a técnica do HU.

LEITOS DE UTI
O Hospital Clementino Fraga é a principal unidade atendida pelas doações. “O básico são as camas, monitores e respiradores. Mas são igualmente relevantes os ultrassons e aparelhos de raio-X móvel digital”, diz Renan Lombardo, chefe da Engenharia do HU. Até o momento, o Instituto da Criança foi o principal parceiro da causa, doando 27 monitores. A iniciativa tem como objetivo ativar 60 leitos de terapia intensiva em dois pavimentos do HU.
O diretor geral do hospital universitário reforça a importância dos gestos solidários para enfrentar a Covid-19. “As doações são fundamentais neste momento de subfinanciamento dos Hospitais em meio ao cenário de pandemia”, destaca o professor Marcos Freire. “Sem elas, não conseguiríamos nos preparar para a demanda de pacientes que vai chegar nos próximos 15 dias”.
Outra frente de arrecadação para a UFRJ está centralizada na Fundação Universitária José Bonifácio (FUJB). A doação tem dupla linha de ação: o atendimento ao público nos HUs do Complexo Hospitalar e o diagnóstico, realizado pelo Laboratório de Virologia Molecular, do Instituto de Biologia. “São duas contas bancárias. Uma, para o fundo dos hospitais universitários, atenderá desde equipamentos até kits de higiene. E outra, para o laboratório”, explica a professora Helena Ibiapina, superintendente da fundação. “A meta é realizarmos 55 mil testes em 90 dias”.

ÁLCOOL
WEB menor 1123 p4Foto: DivulgaçãoTrês grandes laboratórios acadêmicos da UFRJ estão trabalhando em ritmo industrial para produzir álcool e reforçar a higienização dos hospitais universitários e alojamento estudantil.
A produção é realizada três vezes na semana, por equipes voluntárias de até quinze pessoas em cada local. Estão envolvidos: a Escola de Química, o Instituto de Química, a Faculdade de Farmácia e a Coppe. “Estamos trabalhando para atender a previsão de pico de demanda no HUCFF”, explica a professora Cássia Turci, que coordena a iniciativa.
Segundo a decana do CCMN, quase trinta unidades da universidade doaram insumos para o projeto. É o caso do Museu Nacional, que destinou 700 litros de álcool utilizados nos laboratórios do Departamento de Vertebrados e pela equipe de Resgate de Acervos. E outras vinte empresas, como a Ambev, Petrobras e Coca-Cola, contribuíram com materiais diversos desde etanol até tinas ou garrafas PET. “Eu nunca vi uma rede de solidariedade tão forte para salvar vidas. Mesmo com as notícias ruins, não podemos perder esse foco”, diz a docente.

TESTES E RESPIRADORES
As doações e os esforços de servidores e voluntários para ajudar a UFRJ são reforçados pela ciência solidária praticada na maior federal do país. Dois exemplos vêm da Coppe. A professora Leda Castilho, coordenadora do Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares, desenvolve um teste sorológico para detectar a infecção do coronavírus de forma mais simples e barata que o teste genético (PCR). Já o professor Jurandir Nadal chefia um estudo do Laboratório de Engenharia Pulmonar e Cardiovascular para criar um protótipo de ventilador pulmonar mecânico. O equipamento, essencial para o tratamento dos casos mais graves da Covid-19, poderia ser fabricado rapidamente e com valores mais em conta que o do modelo utilizado no mercado.

DE TODOS PARA TODOS

A pandemia despertou a solidariedade em pessoas físicas e jurídicas. São ações — quase sempre anônimas — para criar mais leitos em unidades de saúde, aumentar a capacidade de testes de detecção da doença, sustentar pesquisas, ou mesmo para fazer chegar comida à mesa de quem mais precisa. A Uerj começou no último dia 28 uma campanha para arrecadar R$ 5 milhões para converter 50 leitos do Hospital Universitário Pedro Ernesto em unidades de UTI capazes de receber pacientes com Covid-19. Na última prestação de contas, feita no fim da semana passada, a meta já estava praticamente batida, com R$ 4,9 milhões recebidos.
“Além do dinheiro, também recebemos materiais doados por empresas, especialmente equipamentos de proteção individual”, contou o vice-reitor da Uerj, Mário Sérgio Carneiro. “Se ultrapassarmos a meta estabelecida, a direção do hospital vai dizer quais são as prioridades e como será investido esse dinheiro. Podemos até imaginar um cenário onde a maior parte dos 500 leitos do Hupe seja convertida para unidades de UTI”.
Professor da área de saúde, Carneiro destacou a importância das  instituições de ensino durante a pandemia. “As universidades públicas estão passando por um período muito difícil, mas seus servidores sabem a importância que é atender à sociedade em uma hora como essa”.
A Fundação Oswaldo Cruz também criou a campanha “Unidos contra a Covid-19”, que pretende levantar fundos para expandir sua atuação. São seis metas: aumento da produção de teste; construção de unidade hospitalar de montagem rápida, com 200 leitos de tratamento intensivo e semi-intensivo; pesquisa de medicamentos; capacitação dos laboratórios; campanhas de prevenção nas comunidades vizinhas à Fiocruz e campanhas de orientação ao público.
Mas não precisa ser um centro de excelência em saúde pública para começar uma campanha e ajudar as pessoas. A ONG Redes da Maré criou a “Maré diz não ao coronavírus”, mobilização que combina assistência com serviços de informação sobre a pandemia. Os organizadores pretendem distribuir seis mil cestas básicas e kits de higiene por pelo menos três meses, além de produzir e entregar 200 refeições por dia para pessoas em situação de rua em pontos ocupados por usuários de crack.
WEB menor 1123 p5Foto: FÁBIO BENTO/COLETIVO PAPO RETOAs mulheres que estão preparando essas refeições são da comunidade, foram impactadas pela diminuição da atividade econômica e irão receber uma ajuda de custo da ONG. “A vulnerabilidade das favelas e periferias é histórica, fruto da negação de direitos básicos a estes territórios, o que faz com a que a situação fique mais crítica em momentos como este”, explicou Eliana Sousa Silva, professora aposentada da UFRJ, diretora da Redes da Maré e responsável pela coordenação da campanha. “Nas favelas, as pessoas moram em espaços pequenos, sem ventilação, há falta de água, de saneamento e coleta de lixo”, relatou.
A solidariedade dita historicamente as normas de convivência na Maré: compartilha-se o café, o açúcar e a água. A água, aliás, é uma das principais armas no combate à pandemia. “Uma das mensagens do nosso carro de som é: ‘Se você não tem água, peça a um vizinho. E se você, vizinho, sabe que há pessoas por perto sem água, compartilhe sua água. Vamos salvar vidas’”, conta a jornalista Gizele Martins, liderança comunitária da região.
Gizele articulou um grupo de voluntários para fazer campanhas de comunicação para tirar dúvidas dos moradores sobre a Covid-19 e conscientizar sobre a importância do isolamento social. “Agora entramos numa nova fase. Além de ampliar a campanha de conscientização, parte das doações também será destinada a cestas básicas para as famílias mais vulneráveis da favela”, afirma a ativista.
No mesmo sentido, mas em outro complexo de favelas, a ONG Voz das Comunidades criou a campanha “Pandemia com empatia”, que pretende distribuir cinco mil cestas básicas para famílias, sobretudo as mais vulneráveis, do Complexo do Alemão. “Nesse período, estamos focados na pandemia e a meta é ajudar o máximo de famílias do Complexo do Alemão”, explicou Rene Silva, presidente da ONG.

AJUDE QUEM AJUDA

COPPETEC
As doações estão estritamente vinculadas aos itens listados na página eletrônica da campanha de arrecadação (https://bit.ly/2UNfScV), que também mostra a execução das despesas. A lista contempla equipamentos leves de proteção individual como máscaras, óculos, toucas e macacões. Qualquer pessoa física ou jurídica pode doar recursos e receberá um termo de doação comprovante, assim como um recibo da Fundação. Nele, o doador poderá escolher se quer ficar anônimo ou não.

FUJB
A Fundação Universitária José Bonifácio apoia o atendimento dos hospitais universitários e o diagnóstico de pacientes com Covid-19, realizado pelo Laboratório de Virologia Molecular. O fundo dos hospitais “vai prover desde equipamentos até kits de higiene”, explica a professora Helena Ibiapina, superintendente da FUJB. O do laboratório quer garantir a realização de 55 mil testes em 90 dias. Os dados da campanha estão do site www.fujb.ufrj.br.

ESCOLA DE MÚSICA DA UFRJ
Professores, técnicos e alunos da Escola de Música realizam campanha para doação de cestas básicas e de material de higiene para alunos em grave situação de vulnerabilidade social, em função da quarentena. A AdUFRJ é uma das apoiadoras da iniciativa. O Centro Acadêmico organiza a distribuição do material. “Até o momento, estamos dando suporte a 13 estudantes”, conta Paulo Ribeiro, do CA. As doações, via internet, podem ser feitas pelo endereço: http://vaka.me/976863.

FIOCRUZ
A Fundação Oswaldo Cruz criou a campanha “Unidos contra a Covid-19” para permitir: aumento da produção de testes; construção de uma unidade hospitalar, com 200 leitos de tratamento intensivo e semi-intensivo; pesquisa de medicamentos; capacitação dos laborató- rios públicos para diagnosticar a doença; campanhas de prevenção da doença nas comunidades vizinhas à Fiocruz e de orientação ao público com informações confiáveis. Para doar: https://bit.ly/2Xk8G9Y

REDES DA MARÉ
A ONG Redes da Maré criou a campanha “Maré diz não ao coronavírus”, mobilização que combina assistência com serviços de informação sobre a pandemia. Os organizadores pretendem distribuir 6 mil cestas básicas e kits de higiene por pelo menos três meses, além de produzir e entregar 200 refeições por dia para pessoas em situação de rua. Mais informações sobre a campanha e os dados bancários para as doações estão disponíveis em: https://bit.ly/2JOAyeb.

COMPLEXO DO ALEMÃO
A ONG Voz das Comunidades criou a campanha “Pandemia com empatia” para distribuir 5 mil cestas básicas para famílias vulneráveis do Complexo do Alemão. Também divulga mensagens para o compartilhamento de água entre vizinhos. “A meta é ajudar o máximo possível de famílias”, explica Rene Silva, presidente da ONG. Os dados bancários da campanha são: Caixa Econômica Federal, Agência 0198, C/C 3021- 2, operação 03, ONG Voz das Comunidades, CNPJ 21.317.767/0001-19.

 

91987116 10221422606011411 5853787704277336064 nMais de 2 mil moradores da Vila Residencial sofrem com os estragos provocados pela enchente ocorrida na madrugada de sábado. Muitas vítimas são estudantes e técnicos da UFRJ que moram na região. A enchente foi provocada pela ressaca do mar, uma das maiores do ano registradas pela Marinha . A Vila fica às margens da Baía de Guanabara. Quem desejar ajudar pode entrar em contato com a Prefeitura Universitária pelo ZAP 99195-0593.

Confira a nota da Prefeitura Universitária sobre a inundação:

"Na noite de sábado, 4/4, uma inundação aconteceu na Vila Residencial da UFRJ, Cidade Universitária. Ocasionada pela alta da maré, a inundação provocou a entrada de água nas casas, causando perda de alimentos, roupas e utensílios domésticos. Uma moradora chegou a ser internada no Hospital Municipal Evandro Freire (HMEF) após ser eletrocutada, mas já teve alta, está em casa e passa bem. Não houve mortos.

A Prefeitura Universitária (PU) da UFRJ está envidando esforços para minimizar os danos causados aos moradores. Para isso, tem dado suporte aos atingidos, juntamente com a Associação de Moradores e Amigos da Vila Residencial (Amavila).

A PU disponibilizou viaturas da Universidade para o apoio aos moradores e está recebendo doações de alimentos, produtos de higiene, roupas, colchões, álcool em gel e itens de utilidade doméstica. Os donativos são recebidos todos os dias até as 16h na sede da PU (Praça Jorge Machado Moreira, 100, Cidade Universitária). O telefone 3938-9302 está disponível para esclarecer dúvidas acerca das doações.

A PU também auxilia a comunidade no enfrentamento da pandemia da COVID-19, doença provocada pelo novo coronavírus. “Acabamos de enviar 160 litros de álcool a 70% aos moradores da Vila Residencial. Estamos dando todo apoio”, afirmou o prefeito da UFRJ, Marcos Maldonado.

A presidência da Amavila também está recebendo doações na sede, localizada na rua das Margaridas, s/nº. Detalhes de como proceder pelo telefone (21) 98254-7844. Em parceria com a PU, a Associação está fazendo um cadastro com avaliação individual dos casos".

Veja alguns registros:

92229217 10221422552250067 9114896934077726720 o

92054627 10221422553290093 3497103496438611968 o

92012172 10221422606091413 692537947194392576 n

Minerva CT UFRJSobrevivemos. E nos tornamos maiores e mais fortes a cada dia! É assim que estamos após enfrentarmos durante um ano o escárnio e a mesquinharia do pior ministro da Educação da história do Brasil! A urgência do combate à pandemia da Covid-19 colocou muitas coisas no seu devido lugar. As universidades e as instituições de pesquisa, todas públicas, estão desempenhando um papel crucial, de vanguarda, na investigação e controle da epidemia. A atuação do ministro da Saúde demonstrou que não se trata de uma batalha deste ou daquele partido. O que precisamos é de dirigentes que entendam minimamente qual é o seu papel. E o atual ministro da Educação não consegue ir além do que um bobo da corte, sem talento e desprezível.
Mas ainda há muito a caminhar. O governo mantém sua obsessão por mandar a fatura para os assalariados, retarda o pagamento da renda básica emergencial, desorganiza e impõe retrocessos na estratégia até aqui vitoriosa da quarentena. Reconhecido mundialmente por sua atuação criminosa, o presidente da República não dá sinais de que estaria disposto a conduzir esse processo conforme seria de se esperar de alguém que foi eleito para o mais alto cargo da nação. Seguindo seu péssimo exemplo, alguns governadores titubeiam, prefeitos recuam, e o próprio ministro da Saúde, apesar de ter um desempenho responsável, também relativiza e acolhe parte das reivindicações do Planalto. As próximas semanas podem ser muito mais difíceis. E o que nos resta a fazer?     
Intensificar nossos esforços de solidariedade. Mobilizar ao máximo nossa inteligência. Proteger a vida de nossas instituições. É disso que fala o nosso jornal: de nossas tarefas mais urgentes, da necessidade de reforçarmos os laços que nos unem. A ADUFRJ está atenta a todos os movimentos e sinais de vitalidade institucional. E dentro de nossas possibilidades, faremos de tudo para preservá-los e fortalecê-los. O Conselho de Representantes tem sido um espaço importante, reunindo docentes de toda a universidade, debatendo os temas mais candentes e buscando construir ações articuladas, dialogando sempre, ouvindo bastante. Estiveram conosco Carlos Frederico, Vice-reitor, Denise Pires, Reitora, Ivana Bentes, Pró-reitora de Extensão, que por horas conversaram conosco sobre as dificuldades que enfrentamos e como podemos caminhar juntos. Na reunião do dia 6, por unanimidade, reafirmamos a necessidade de garantir o funcionamento dos órgãos colegiados nas diversas instâncias da universidade. Talvez não seja nem adequado ou possível garantir a tramitação de todos os processos. Há debates que merecem um exame mais detalhado ou dependem de vários aspectos que a atividade remota não dá conta. Entretanto, há muitas deliberações que afetam nossas vidas e não podem esperar. As progressões e promoções docentes são um exemplo fundamental, mas não só elas. A UFRJ está viva, mobilizada e atuante, e é isso que importa.
Na próxima reunião do CR, a conselheira Esther Dweck, do Instituto de Economia, irá nos ajudar a aprofundar o debate que já iniciamos na edição anterior do nosso jornal: não há dilema entre proteger a vida ou a economia. A única saída é uma política econômica comprometida com a preservação da vida e a promoção da saúde. Essa é a resposta, essa é a cura para nossa centenária e patológica desigualdade social. Precisamos agora discutir como fazer, nesse cenário, para enfrentar esse desafio. E a universidade pública, a despeito de tudo que sofreu no último ano, se levanta como força decisiva nesse processo. E é por isso que em todas as páginas reafirmamos: #OrgulhoDeSerUFRJ!

Diretoria da AdUFRJ

As diretorias da AdUFRJ e do Sintufrj publicaram uma nota contra a Instrução Normativa nº 28, que orienta cortes de adicionais e auxílios recebidos pelos servidores que trabalham remotamente. Confira abaixo:

nota conjunta

Topo