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Protesto será realizado em defesa dos serviços públicos, contra a reforma da Previdência e em defesa da Uerj, Uenf e Uezo Os professores da UFRJ vão paralisar as atividades no dia 14 em defesa dos serviços públicos, contra a reforma da Previdência e em defesa da Uerj, Uenf e Uezo. O protesto foi convocado pelo Andes, pela Fasubra e pelo Sinasefe, com a participação de diversas entidades e movimentos nacionais. No Rio de Janeiro, haverá passeata no fim de tarde no Centro. A Adufrj convida toda a comunidade para a concentração no IFCS, a partir das 15h. A paralisação de 24 horas foi aprovada em Assembleia Geral, no último dia 30.

Ministério da Fazenda indica a "reforma do regime jurídico único de servidores", a "demissão de comissionados e ativos" e “revisão da oferta de ensino superior”. Professores das estaduais reagem

*colaborou Isabella de Oliveira

“Não é novidade que o Rio de Janeiro está servindo de laboratório para um enxugamento drástico do Estado no país”. Foi assim que Luciane Soares, presidente da associação docente da Universidade Estadual do Norte Fluminense, avaliou o relatório do Ministério da Fazenda sobre a crise do estado. No texto, divulgado no dia 5, os técnicos da pasta indicam a "reforma do regime jurídico único de servidores", a "demissão de comissionados e ativos" e “revisão da oferta de ensino superior”. “Ainda estamos digerindo as informações. Para os servidores, especialmente os mais humildes, a perspectiva de extinção da universidade e demissões foi muito violenta”, informou Luciane. Ela completou: “O governador apenas obedece ao que o governo federal manda executar. Não há negociação real”. “Já vínhamos denunciando que esse é o projeto de educação em curso. Hoje está escancarado que Pezão, Meirelles e Temer são inimigos da educação pública”, reforçou Lia Rocha, presidente da Associação dos Docentes da Uerj (Asduerj). Já a presidente da Aduezo, Yipsy Roque Benito, disse que a preocupação na Universidade Estadual da Zona Oeste é “em dobro”. “A Uezo é uma universidade nova e com uma estrutura ainda muito mais modesta: não temos plano de carreira ou Dedicação Exclusiva. Um professor nosso ganha metade de um colega de outra estadual”, argumentou. O principal temor dos docentes é o fim da instituição: “Se uma universidade do porte da Uerj se encontra em risco, imagina nós que temos muito menos visibilidade”. Hoje, o governador Pezão negou a privatização da Uerj, mas afirmou que pretende aprovar uma lei que obrigue universitários a prestarem serviços ao estado depois de formados. Seria uma contrapartida pela graduação, como explicou em entrevista ao Jornal da CBN. O reitor da Uerj, Ruy Garcia Marques, classificou como “estarrecedor, grotesco e inaceitável” o relatório do Ministério da Fazenda, também em entrevista à CBN. O dirigente também respondeu ao governador, que criticou a transparência da gestão da universidade: “As contas da Uerj estão todas no sistema da Secretaria de Planejamento. Já revimos todos os contratos, enxugamos custos”. Mesmo assim, segundo o reitor, já há bastante tempo, a instituição tem pouca verba para manutenção e nada para investimento. Ruy Marques disse ter solicitado uma audiência com o governador para defender os interesses da Uerj. Lia Rocha criticou as declarações do governador Pezão. “O relatório da Fazenda traz sugestões para o caso de o regime de recuperação fiscal não dar certo”, observou. “Mas o governador se antecipa em declarações esdrúxulas como essas”. #Tamojunto “Somos solidários à Uerj neste momento de ataques, e vamos dar todo apoio possível. Inclusive, a campanha Conhecimento Sem Cortes será ainda mais atuante nessa luta”, disse a presidente da Adufrj, Tatiana Roque.

O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado pelo governo Temer ao Congresso na última quinta-feira prevê uma redução de mais de 50% nos investimentos federais destinados à Ciência, Tecnologia e Inovação. Pesquisas importantes para a sociedade, como o novo acelerador de partículas Sirius e o Reator Multipropósito Brasileiro, destinado à pesquisa e fabricação de radiofármacos, foram completamente excluídos do orçamento. Com risco de forte impacto na comunidade acadêmica, os números são dramáticos. Pelo projeto, o orçamento total do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) cai de R$ 15,6 bilhões para R$ 11,3 bilhões. Já os recursos destinados a investimentos despencariam de R$ 6,2 bilhões para R$ 2,7 bilhões — uma redução de 56%. Isso inclui todos os recursos para financiamento de pesquisas e pagamentos de bolsas do CNPq, por exemplo. A proposta da PLOA é baseada numa previsão de rombo nas contas públicas de R$ 129 bilhões, que o governo espera elevar para R$ 159 bilhões. A votação do aumento de déficit deve ocorrer essa semana e pode alterar os números iniciais, reduzindo um pouco os danos sobre a C&T. "As péssimas previsões foram confirmadas e até pioradas", lamenta o presidente da SBPC, professor Ildeu Moreira. "O impacto na Capes será terrível, com cortes profundos de bolsas", completa.

Confronto de ideias entre as chapas que concorrem à direção da entidade ocorre nesta terça, na Praia Vermelha. Votação será nos dias 11 e 12 de setembro O debate de terça-feira, 5 de setembro, na Praia Vermelha, fechou a série de encontros entre as duas chapas que concorrem à direção da Adufrj. É a reta final do pleito que definirá quem estará à frente da Seção Sindical até outubro de 2019. Pela chapa 1, Universidade para a Democracia, disputa a presidência da Adufrj Maria Lúcia Teixeira Werneck Vianna, do Instituto de Economia. Pela chapa 2, Adufrj-SSind de Luta e pela Base, a candidata a presidente é Mariana Trotta Dallalana Quintans, da Faculdade Nacional de Direito. Os professores da UFRJ vão às urnas nos dias 11 e 12 de setembro. Podem votar docentes sindicalizados até 13 de julho deste ano. O Conselho de Representantes também será renovado. A quantidade no colegiado depende do número de sindicalizados. Unidades com até 60 sindicalizados elegem um representante; com mais de 60 e até 120 sindicalizados, elegem dois; as unidades com mais de 120 sindicalizados podem eleger três representantes. Debate Com transmissão pela internet, o debate de terça-feira ocorreu no auditório da Escola de Serviço Social, no campus da Praia Vermelha. Foi o terceiro embate entre representantes das chapas que, no curso da semana, apresentaram suas propostas no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais e no Centro de Tecnologia.

O prazo para entrega das salas de aula foi descumprido. Mais uma vez. Faculdade de Educação e parte da FACC e do Instituto de Psicologia ainda não começaram o segundo período letivo O prazo de 4 de setembro para entrega dos módulos de aula da Praia Vermelha foi descumprido. Mais uma vez. A situação prejudica, em especial, a Faculdade de Educação e parte da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis e do Instituto de Psicologia, que ainda não começaram o segundo período letivo. Mas já atrapalhou o semestre de toda a graduação do campus. Já é o segundo atraso desde o começo da obra, que deveria ter sido concluída em 28 de agosto pelo calendário preliminar — o segundo período da UFRJ foi iniciado em 31 de julho para a maioria dos cursos. Houve uma primeira prorrogação para 4 de setembro e, agora, a nova previsão é 11 de setembro. Em mensagem enviada aos dirigentes do campus na noite da última quinta-feira, a prefeitura da universidade explica que a construção não foi finalizada devido a “contratempos na montagem de algumas estruturas metálicas que não se encaixaram e tiveram que retornar para a fábrica”. O problema teria sido identificado somente na última etapa de montagem, no dia 26. Assim, houve a “necessidade da dilatação do cronograma”: “O novo aulário estará liberado para as aulas no próximo dia 11”, afirmou, na mensagem, o prefeito Paulo Mário. A vice-diretora da Faculdade de Educação, Rosana Heringer, informou que 80% das disciplinas da unidade dependem dos contêineres. “Não faria sentido manter apenas as demais aulas, dispersas no campus”. No Instituto de Psicologia, segundo a secretaria de planejamento acadêmico, 20 disciplinas do curso tiveram o começo adiado para o dia 11. Na FACC, 63 disciplinas iniciaram no dia 4; 56 só voltam no dia 11.

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