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Comunidade do Clementino Fraga Filho realizou uma manifestação, na manhã do dia 20. O ato ocorreu no dia seguinte ao assalto a dois médicos da unidade, em um dos estacionamentos próximos Professores, médicos, estudantes e técnicos do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho realizaram uma manifestação, na manhã do dia 20, reivindicando mais segurança para o local. O protesto ocorreu no dia seguinte a mais um episódio de violência no Fundão: o assalto a dois médicos da unidade, em um dos estacionamentos próximos. Eles foram feitos reféns por vários bandidos armados de fuzis, que roubaram os carros e pertences pessoais. Um vigilante foi rendido durante a ação. As vítimas só foram liberadas fora do campus: uma em comunidade da Maré; outra na avenida Brasil, perto da Linha Amarela. “Não podemos mais negociar nossa segurança”, afirmou Carlos Almeida, presidente da Associação de Médicos Residentes da UFRJ, que liderou o ato. “Queremos pressionar a direção do hospital e a reitoria para conseguirmos medidas concretas de proteção. Ficamos bastante transtornados com a situação do assalto”, completou. Os residentes cobram: aumento da segurança no entorno do hospital, instalação de sistema de câmeras e melhoria do sistema de identificação de funcionários e pacientes. “O que temos hoje é muito falho. Muitas pessoas sem crachá acabam transitando no hospital”, disse.  Carlos explicou que nenhuma das pautas é novidade. “Já vínhamos dialogando com a direção do HU e com a reitoria, mas sempre temos a mesma resposta, de dificuldades orçamentárias”, reclamou. Ainda na campanha por mais segurança, a associação colheu nomes para um abaixo-assinado da comunidade do hospital. O documento será entregue à direção. Os residentes também indicaram uma paralisação para a próxima terça-feira (26). Pedido de reforço Em nota, a assessoria do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) disse que enviaria um novo ofício para o Secretário de Estado de Segurança, Antonio Roberto Cesário de Sá, solicitando reforço do policiamento no local, “reiterando pedido de apoio feito em fevereiro deste ano pelos mesmos motivos”. O HUCFF também fará um convite formal à reitoria, aos representantes da Prefeitura do campus e da Divisão de Segurança da Universidade Federal do Rio de Janeiro para esclarecer à comunidade as providências que estão sendo tomadas para garantir a segurança no entorno da unidade.    

Conselho do Centro de Ciências da Saúde definiu a formação de uma comissão especial para pensar uma política de pessoal dos hospitais da UFRJ O conselho do Centro de Ciências da Saúde definiu hoje (18) a formação de uma comissão especial para pensar uma política de pessoal dos hospitais da UFRJ. A reunião foi realizada sob o impacto das recentes declarações do diretor do Clementino Fraga Filho, Eduardo Côrtes. À imprensa e ao último Consuni, o professor disse que a unidade poderia fechar as portas a partir de outubro, por falta de dinheiro. Além disso, segundo ele, a reitoria estaria retirando recursos do Sistema Único de Saúde destinados à compra de insumos para o pagamento dos extraquadros, profissionais sem vínculo empregatício com a instituição. “É preciso trabalhar no sentido de uma solução definitiva”, alertou o conselheiro Adalberto Vieyra, diretor do Centro Nacional de Biologia Estrutural e Bioimagem (Cenabio). “Ou estaremos aqui daqui a alguns meses discutindo novamente esse problema”. A comissão contará com os três segmentos. Já o debate sobre a situação emergencial dos extraquadros vai continuar em uma reunião da Câmara dos Hospitais, na quarta-feira (20). A reunião no CCS durou mais de quatro horas. Todos os diretores foram convidados, mas Côrtes não compareceu. Em seu lugar, a vice-diretora Miriam Maia afirmou que o colega estava em viagem acadêmica ao exterior. “Do que precisamos é a liberação imediata dos recursos para compra de medicação”, cobrou a dirigente. Reitoria responde em nota Em nota divulgada no site da UFRJ, a administração central afirma que “não há justificativa para o alarmismo feito pelo diretor do HUCFF de que a unidade será fechada. Também não procede a afirmação de que a reitoria tomou decisão de retirar recursos do hospital”. Em outro trecho, fala que “o diretor se confunde ao falar dos recursos para pessoal. O pagamento dos serviços efetivados pelos extraquadros é realizado com receitas próprias da UFRJ. Outras despesas necessárias para o funcionamento dos hospitais são custeadas pela Reitoria, como limpeza, vigilância, água, esgoto, energia, telefonia, serviços de copa e cozinha”. Informa, ainda, que uma decisão judicial de novembro do ano passado obriga a contratação de pessoal para substituição dos extraquadros, mas o governo federal ainda não efetivou os concursos.

A Comissão Temporária de Alocação de Vagas foi assunto no Consuni do dia 14. A professora Cláudia Morgado, do Centro de Tecnologia, criticou a realização de concursos sem programação prévia A Comissão Temporária de Alocação de Vagas foi assunto no Conselho Universitário do dia 14. A professora Cláudia Morgado, do Centro de Tecnologia, criticou a realização de concursos sem programação prévia. “No ano passado, foram distribuídas 86 vagas sem Cotav. E vaga sem Cotav é reserva técnica de reitor. Ninguém nunca foi contra a reserva técnica, mas ela gira em torno de 10%”, reclamou a professora. O número insuficiente de vagas destinadas às unidades, crítica que vem sendo realizada também pela Adufrj, foi outro ponto levantado pela docente. “Em 2009, a mesma Cotav distribuiu vagas para extensão, conversão de substitutos para permanentes e para reposição por vacância. Não há nenhuma situação de distribuição de vagas em que a comissão não possa atuar. Estão trabalhando com 150 vagas, eu solicito que se aumente para 500”, disse Cláudia. Para a reitoria, a atual Cotav foi criada apenas no âmbito de reposição de vagas. “Os atuais critérios não contemplam vagas futuras. Precisamos fazer uma projeção de aposentadorias, que podem passar de 800 por conta de mudanças nas regras da Previdência”, disse o reitor Roberto Leher. Para ele, não há como aumentar a quantidade de vagas, porque a UFRJ dispõe de poucos códigos para realizar concursos. Cláudia Morgado discorda: “O método já existe. Temos legislação para isso. Como se faz uma universidade de excelência sem qualidade docente? Perdemos ótimos quadros porque não planejamos nossas contratações”.

Pelo segundo ano consecutivo, a universidade foi eleita a melhor do país. Em segundo e terceiro lugares, ficaram a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade de São Paulo (USP)

*colaborou Kelvin Melo

Professores, alunos e técnicos da UFRJ estão de parabéns. Pelo segundo ano consecutivo, a universidade foi eleita a melhor do país no ranking da Folha de S. Paulo, divulgado hoje (18). Ela obteve uma pontuação final de 97,42. Em segundo e terceiro lugares, ficaram a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade de São Paulo (USP) com notas 97,31 e 97,24, respectivamente. O “bicampeonato” foi conseguido com boas pontuações em todos os indicadores da Folha. Porém, a UFRJ não liderou nenhum quesito principal. Foi segundo lugar em Ensino; quarto lugar em pesquisa; terceiro lugar em Mercado e Internacionalização; e sexto lugar em Inovação. Vice-presidente da Adufrj, o professor Carlos Frederico Leão Rocha considerou “muito bom” a universidade figurar no primeiro lugar em um ranking como o da Folha. Mas alertou que vários indicadores baseiam-se em anos anteriores à crise econômica. Com os recentes impactos na Educação e na Ciência do país, os próximos levantamentos devem captar uma queda nas pontuações das universidades: “Os rankings internacionais já detectaram isso”. “No caso do Rio, o problema se torna mais grave devido à situação de penúria da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado (Faperj)”, observa. O diretor da Adufrj destacou, ainda, que o peso da pontuação da UFRJ se deve muito ao ensino: “O que levanta algumas preocupações quanto às questões relacionadas à pesquisa na universidade”, disse. Dos 36 cursos de graduação avaliados, a UFRJ alcançou a primeira posição nos cursos de Ciências Contábeis, Computação, Design e Artes Visuais, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia de controle e automação, Engenharia de produção, Geografia, Letras, Matemática , Pedagogia, Psicologia e Serviço Social. A universidade conseguiu a segunda melhor avaliação do país em Comunicação, Direito, Economia, Filosofia, Física, Nutrição, Química e Relações Internacionais. Medicina Dois pontos fora da curva da UFRJ foram a Biomedicina, na oitava colocação, e a Medicina, na sétima. “Durante anos, dividimos o primeiro lugar com a USP. Ultimamente, não temos conseguido e, sem dúvida, é motivo de preocupação”, disse o diretor da Faculdade de Medicina, professor Roberto Medronho. “Uma das hipóteses dentre as variáveis tem a ver com a crise das unidades de saúde da UFRJ, em especial o Clementino Fraga Filho”, analisa. O docente argumenta que, em termos teóricos, a instituição mantém nível de excelência, mas “sem a oportunidade adequada de desenvolvimento das habilidades práticas, não há a formação completa de um médico”. Medronho acrescenta que a atual reforma do currículo da Medicina, que antecipa o contato dos estudantes com as unidades hospitalares, “praticamente coloca todos os estudantes, desde o início da graduação no dia a dia do hospital”. E completa: “Isso é inviável com o atual número de leitos disponível”. Reitoria comenta resultado “O ranking é um termômetro que, neste momento, afere uma tendência importante”, disse o reitor Roberto Leher, em nota divulgada no site da UFRJ. Ele comemorou o fato de as melhores universidades do país continuarem sendo as públicas, destacando que produzem pesquisas e conhecimentos socialmente relevantes. Ainda em relação à UFRJ, Leher disse que a instituição, mesmo com o cenário de crise, mantém “vivacidade acadêmica”. “É um mérito da instituição e de seu corpo social”, afirmou.  

“Foi uma campanha muito bonita. Tivemos oportunidade de conversar com muitos professores de diferentes unidades”, disse Mariana Trotta, professora da Faculdade Nacional de Direito e candidata a presidente pela chapa Adufrj-SSind de Luta e pela Base. “Sabemos que representamos uma parte dos professores da UFRJ que se identificam com nosso projeto político de universidade pública e gratuita, com a defesa da Dedicação Exclusiva e de mudanças para o Marco Legal de Ciência e Tecnologia”. A docente disse que a perspectiva agora é de “unidade nas lutas”. “Estaremos em todas as mobilizações para impedir a retirada de direitos”, concluiu. Candidato a vice, o professor Rodrigo Volcan Almeida, do Instituto de Química, agradeceu a participação dos apoiadores no pleito: “Escutar os colegas foi um aprendizado muito grande”. E completou: “Independentemente do resultado, acredito que o debate fortaleceu politicamente a universidade”

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