facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

México: cadê os estudantes?

Os desatinos da opressão na América Latina são o caldo de cultura que empurra o continente para a barbárie. O desaparecimento de 43 estudantes da Escola Normal Rural Isidro Burgos na cidade mexicana de Iguala, no estado de Guerrero, desde 26 de setembro, compõe a atmosfera de caos e impunidade. O sequestro dos jovens – por forças do narcotráfico combinadas com milícias e estruturas locais de poder – tem provocado manifestações gigantescas que sacodem algumas regiões do México profundo e das áreas mais urbanas do país. O episódio mobiliza atos em vários países, inclusive no Brasil, numa sucessão de protestos. Aqui, movimentos sociais têm cobrado explicações ao governo do México. Há alguns dias, estudantes mexicanos que moram no Rio de Janeiro fizeram manifestação diante do prédio do consulado na cidade.

Na quinta-feira 23, uma assembleia realizada na Universidade Autônoma do México (Unam) programou uma série de “ações mais contundentes” para exigir que os estudantes sejam devolvidos à sociedade com vida. O movimento sindical da educação foi convocado para se envolver diretamente no movimento, e várias paralisações foram marcadas para os próximos dias. A deliberação coletiva dos estudantes universitários mexicanos dá mais força à iniciativa, que segue ocupando as ruas do país. Caso os estudantes não sejam devolvidos com vida, os universitários mexicanos prometem radicalizar ainda mais os protestos. Depois de atear fogo à sede do governo de Guerrero, os manifestantes começam a discutir a possibilidade de ocupar a sede de um canal de televisão, e também de boicotar a organização dos Jogos Centro-Americanos e do Caribe, uma espécie de jogos olímpicos para países da região – que começam em 14 de novembro, na cidade mexicana de Veracruz.

 

14102772


Arrastão

Taís Barbas (DCE Mário Prata) registrou o arrastão com assalto de sete estudantes em frente à Faculdade de Letras, na terça-feira 21. 

“Ficamos de um lado com a Diseg (Divisão de Segurança) sucateada  e, do outro, com a presença nada desejável da PM no campus”, disse.

“Mas, enquanto isso, esse tipo de situação não encontra solução”, completou. 


Levi nas alturas

O reitor Carlos Levi viaja dia 8 de novembro  para o México.

Lá, será agraciado com o Prêmio Nacional Malinalli, da Universidad Juárez Autónoma de Tabasco, México.


O Consuni informa

Maria Malta (Adjuntos CCJE) foi eleita a substituta a professora Maria Lúcia Werneck Vianna na Comissão de Ensino e Títulos.

Justa homenagem foi prestada à professora do Instituto de Macromoléculas da UFRJ (IMA), Eloisa Mano, na sexta-feira, 24. Responsável pela criação do primeiro Grupo de Pesquisadores em Polímeros no Brasil (1968), que deu origem ao atual IMA/UFRJ, Eloisa completou 90 anos naquela data. E pesquisadores da área, amigos e autoridades promoveram uma cerimônia para retribuir, com palavras de gratidão, pelo legado à ciência e o afetuoso trato no dia a dia. 

Um pequeno documentário sobre a vida da homenageada, que dá nome ao instituto, foi apresentado no encontro. O IMA cresceu e conquistou um prédio próprio no final da década de 1960 graças à atuação determinada da catedrática (à época). A estrutura foi financiada pelo então BNDE (sem o “s”) para pesquisas de apoio à indústria.

A gentileza e doçura de Eloisa foram destacadas pelo atual diretor Luis Claudio Mendes. Eloisa plantou em frente de cada laboratório do Instituto uma árvore frutífera. No filme, a trajetória especial da pesquisadora é narrada desde seu primeiro trabalho em uma tipografia, aos 13 anos, até o reconhecimento internacional como pioneira no campo de pesquisa de polímeros. 

Muito emocionada, Eloisa agradeceu a contribuição de toda comunidade universitária à sua paixão, a produção científica. (Elisa Monteiro)

Entre os dias 17 e 18 de novembro

Soberania alimentar

Entre os dias 17 e 18 de novembro, será realizado o seminário “Soberania Alimentar — Diálogos entre o campo e a cidade”, no Auditório da Escola de Serviço Social (campus da Praia Vermelha). O evento, que começa às 13h no primeiro dia, vai proporcionar debate sobre a produção e consumo de alimentos, estabelecendo elo fundamental entre soberania alimentar e soberania dos povos. 

Mais informações podem ser conseguidas pelos e-mails: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..


Vida de Professor, por Diego Novaes

14102773

Acesso ao cargo isolado da carreira é discutido no colegiado, a pedido da Comissão de Legislação e Normas

Iniciativa responde a exigências do MEC

Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Após meses discutindo a regulamentação da carreira docente na UFRJ, o Conselho Universitário, em sessão do último dia 23, voltou-se para um “pedaço” da legislação que passou em branco no texto aprovado em setembro: os concursos para o cargo isolado de Titular-Livre (leia quadro). E a pauta foi discutida em caráter de urgência a pedido do presidente da Comissão de Legislação e Normas (CLN), Segen Estefen. Segundo ele, a indefinição estaria impedindo a “liberação de editais” para novos concursos.  

Entre os critérios exigidos pela nova lei, uma mudança causou polêmica: “A prova escrita não era um procedimento que tínhamos antes”, observou a pró-reitora de Graduação, Ângela Rocha. “Mas a lei não define de que maneira ela será aplicada. Isso é matéria de discussão para o conselho”. 

A sessão não concluiu o debate sobre o tema. Mas ficou acertada a realização de uma prova escrita, com consulta livre, de até quatro horas. E, em seguida, apresentada oralmente pelos candidatos.

Outra possibilidade sugerida pelo presidente da CLN seria uma conferência na forma de artigo ou projeto de pesquisa. “Não podemos nos furtar da exigência de prova escrita da lei. Mas a alternativa (o texto já pronto) poderia ser a mais adequada para atrair Titulares. Causa muito estranhamento que o MEC exija esse tipo prova (escrita) nessa altura da carreira docente”, argumentou a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa (PR-2), Débora Foguel. A proposta, no entanto, foi rejeitada pela maioria dos conselheiros. “Sou da época em que se fazia muita prova para chegar a Titular”, disse Maria Cecília Mollica (representante dos Titulares do CLA). “Sou do tempo em que Titular fazia tese inédita”. 

Outros pontos como “impedimentos” do concurso ficaram para próxima reunião. Entre as divergências, a composição da banca examinadora. Há sugestões de veto à integração de orientadores ou até de pessoas que estejam em atividade comum (participação em conselho editorial de publicação científica, por exemplo) com o candidato. 

Moradia na berlinda 

No início da sessão, os representantes discentes pediram a inclusão do debate sobre o déficit de vagas do alojamento estudantil na pauta do Consuni. Mas o tema não chegou a ser apreciado. “Ao longo do ano, vivemos uma série de restrições na política de assistência estudantil. O que vemos é uma contradição entre o discurso de democratizar a universidade e uma política conivente com uma universidade elitista”, espetou Gabriel Rodrigues. 

Renata Moreira, moradora do alojamento, relatou que a parte em uso da moradia estudantil possui módulos “sem pias, chuveiros e vasos sanitários”. Além disso, “não recebe manutenção”. Ela observou que a reforma da ala feminina não mostra sinais de que será entregue no prazo (dezembro).

Ainda a regularização fundiária da Vila Residencial

Maria Malta (representante dos Adjuntos do CCJE) pediu que a reitoria se manifestasse com mais clareza a respeito da regularização fundiária da Vila (já noticiada na edição nº 863 do Jornal da Adufrj). “Uma luta de anos dos moradores não pode ser jogada fora em função da ação de grupos menores que estão na Vila”. Pablo Benetti, pró-reitor de Extensão (PR-5) afirmou que os moradores do local “não têm nada a temer”. Segundo ele, a universidade preservará o uso do espaço para moradia, mas quem estiver usando o terreno para especulação imobiliária “será tratado de forma diferente”. Carlos Levi, reitor, também afirmou que a administração central “irá garantir a posse para os legítimos moradores (da Vila Residencial)”. 

Cláudio Ribeiro, presidente da Adufrj-SSind, destacou que a especulação imobiliária atingindo a Vila Residencial prejudica, sobretudo, os seus moradores: “A Universidade não pode conviver com tamanha injustiça”, observou, acrescentando que a situação corresponde à expansão da privatização dentro do espaço universitário.

 

Explicação

A lei nº 12.772/12 permitiu o acesso ao topo da carreira sem necessidade de um novo concurso, como era feito anteriormente. Mas também preservou a possibilidade de contratação, de forma separada, justamente para o denominado “Titular-Livre”. 

 

Calendário 2015 aprovado

A reunião do dia 23 aprovou o calendário acadêmico de 2015. Em relação aos anteriores, o novo plano letivo, pela primeira vez, menciona especificamente a Escola de Educação Infantil.

Para os alunos dos cursos de graduação em geral, inclusive Nutrição (Macaé) e de Enfermagem e Obstetrícia (Macaé), o primeiro período começa em 2 de março. 

Para os cursos de Medicina (Rio de Janeiro), Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Medicina (Macaé), o início está marcado para 9 de fevereiro. É a mesma data da volta às aulas no Colégio de Aplicação. Na Escola de Educação Infantil, é mais cedo ainda: 2 de fevereiro.

As atividades de ensino dos cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) da UFRJ, organizados em dois ou quatro períodos letivos, também começam em 2 de março (confira o calendário completo aqui)

 
 
Advogados do contra
Pablo Benetti (PR-5) colocou na conta da Procuradoria da Universidade o atraso nas obras, como noticiada pelo jornal O Globo dia 22 (sobre os novos prédios da FACC, Educação e decania do CCJE, no Fundão, ao lado da Faculdade de Letras). “Não existe esqueleto nenhum”, disse. “A obra foi interrompida e agora retomada”. Segundo ele, o “preciosismo jurídico” “torna impossíveis as obras na universidade”. Carlos Levi também negou que a obra vizinha à Letras estivesse “paralisada”. De acordo com reitor, um termo aditivo está em andamento para que os trabalhos sejam retomados. 


14102741Repercutiu no Consuni uma reportagem do jornal O Globo (da véspera) sobre atrasos nas obras ao lado da Faculdade de Letras. Foto: Kelvin Melo - 11/09/2014

Topo