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A vitória de Evo

Com as atenções do Brasil voltadas para a disputa presidencial, por aqui quase passou despercebida  a reeleição de Evo Morales na Bolívia, no domingo, 12 de outubro. Ele chegou à presidência em 2006, e faz parte da safra de lideranças da América Latina que ascendeu ao poder a partir do finalzinho da década de 1990 e que empreende uma luta de ruptura para retirar o continente da órbita colonial do imperialismo norte-americano. Evo é primeiro índio a assumir o governo num país habitado em sua maioria por etnias (ele pertence à Uru-Aimará) submetidas à opressão de minoria branca, quase sempre ancorada na truculência de castas militares criminosas. A experiência política de Evo Morales foi forjada no movimento sindical, como líder dos cocaleros. No poder, ele tem reafirmado que o socialismo está no seu horizonte estratégico. Foi eleito com mais de 60%  dos votos o que, de acordo com o jornalista brasileiro Beto Almeida, representa o apoio da maior parte da população ao seu projeto econômico, que tem o Estado como o protagonista das ações. Almeida – que é consultor da multiestatal TeleSUR –  destaca, também, a democratização dos meios de comunicação na Bolívia como um fator essencial no atual cenário boliviano.

Popularidade

A estatização de setores importantes da economia, como os hidrocarbonetos, e a criação de diversos programas sociais explicam a popularidade do presidente reeleito.

Evo tem apoio em massa da população mais pobre.

Seu opositor mais forte nas eleições, Samuel Medina, obteve 25% dos votos.

Segundo Beto Almeida, os 40% que não votaram em Evo Morales representam a direita no país.

 

Mídia

O jornalista destaca a importância da democratização dos meios de comunicação para a consolidação de um projeto antioligárquico.

Ele informa que  “hoje, a Bolívia tem vários instrumentos que possibilitam o contraditório. Evo cansou de ser chamado nas manchetes dos jornais de ‘narco presidente’ e por isso criou o jornal Câmbio, que é vendido a preços populares e se contrapõe ao tradicional La Razón”.

Também foram criados mecanismos de apoio à comunicação comunitária, universitária e indígena, com rádios que transmitem no idioma das etnias, de acordo com as regiões em que vivem, diz Beto Almeida. 

Essa mudança na política para os meios de comunicação, na opinião do jornalista, tem um significado importante para a América Latina, especialmente para o Brasil.

 

Pobreza

Até pouco tempo, a Bolívia rivalizava com o Paraguai na condição de país mais pobre da América do Sul.

Mas este ano, de acordo com previsões do próprio FMI, a economia do país irá crescer 6,4%.

A Bolívia é o país que mais crescerá na América Latina, junto  da Colômbia, ainda segundo o Fundo.

A crescente melhoria dos indicadores sociais dá sustentação às mudanças operadas na Bolívia.

O maior desafio do país nos próximos anos será superar totalmente a pobreza extrema.

(com algumas informações do site Opera Mundi)

 

 

14110372Inflexão à esquerda começou com Chávez, em 1998. Foto: Internet

Saída pela esquerda

Além da Bolívia, Venezuela e Equador (para ficar aqui na América do Sul) viveram nos últimos anos uma inflexão à esquerda. O Paraguai tentou, mas a direita derrubou a experiência do bispo Fernando Lugo. A reafirmação de Evo Morales é uma boa notícia para a geografia do poder que alinha Evo, Nicolás Maduro e Rafael Correa num mesmo campo. A Argentina tem características diferentes, mas os governos Kirchner têm sofrido ataques sistemáticos de Washington e dos grandes fundos financeiros. Por isso, o país tem muitos motivos para fortalecer a Unasul. O Brasil, bem...os países do bloco devem ter respirado um certo alívio com a reeleição de Dilma. Nos governos dela e de Lula, a ideia de integração com o continente tem prevalecido.

 


Redução da maioridade penal não passa no Uruguai

A população uruguaia rejeitou a redução da maioridade penal. Ela se manifestou em consulta feita no domingo, 26 de outubro, feita simultaneamente com a eleição presidencial.  Durante a campanha, a manutenção dos 18 anos como idade para responsabilidade penal chegou a estar perdendo por mais de 20 pontos percentuais nas pesquisas, mas a proposta de diminuição acabou rejeitada por 53%. 

“Isso é simplesmente um sinal de que não aceitaremos decisões simplistas. Não significa que não queiramos melhoras e que não queiramos que o Uruguai olhe com seriedade o que o preocupa, como, por exemplo, o tema da segurança”, explica Fabiana Goyeneche, líder da campanha pela manutenção dos 18 anos como idade de responsabilidade penal.  

No Brasil, a redução da maioridade penal era parte destacada do programa do candidato do PSDB, Aécio Neves. 

O mais novo outdoor da Adufrj-SSind entra na campanha em defesa da permanência do Museu da Maré, localizado em um conglomerado de pequenos bairros e comunidades ao lado da Cidade Universitária — o Complexo da Maré.

Inaugurado em 8 de maio de 2006, o museu está instalado em um imóvel cedido por alguns anos em regime de comodato para o Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (Ceasm), ONG gestora do projeto. O período de validade do documento expirou no final do ano passado e, em setembro de 2014, o museu recebeu do Grupo Libra – empresa proprietária da construção – uma notificação com o prazo de noventa dias para a devolução do lugar “livre de pessoas e coisas”.

Desde então, foi iniciado um forte movimento de apoio ao Museu, que registra, preserva e divulga a história das comunidades da Maré, em seus diversos aspectos.


Duas chapas concorrem à gestão do DCE Mário Prata nas eleições dos dias 4 a 6

Resultado será divulgado dia 7

Samantha Su. Estagiária e Redação

De 4 a 6 de novembro, irão acontecer as eleições para a nova gestão do Diretório Central dos Estudantes da UFRJ (DCE Mário Prata). As duas chapas inscritas são: Chapa 1, de oposição, “Passou da hora”, com 130 alunos e Chapa 2, e atual gestão, “Quero me livrar dessa situação precária”, com 1.008 integrantes. 

A votação é aberta para qualquer estudante da UFRJ com matrícula ativa que apresente documento de identidade ou carteirinha em sua unidade eleitoral. O pleito irá ocorrer simultaneamente em todos os campi. São mais de 30 seções. 

A comissão eleitoral é composta pela representação de sete Centros Acadêmicos: de Gestão Pública para o Desenvolvimento Econômico e Social (CAGesP), Manoel Maurício de Albuquerque (CAMMA), da História; de Pedagogia Paulo Freire (CAPed); Cândido de Oliveira  (CACO), do Direito; de Biologia (CABio), de Serviço Social José Paulo Netto (CASS); e de Administração (CADM).

Votação decide se gestão será majoritária ou proporcional

A apuração começa após o fechamento da última urna de quinta-feira (6) no campus da Praia Vermelha (PV). As urnas do polo de Xerém e do campus Macaé também serão abertas na PV. O resultado deve sair na manhã da sexta-feira (7). Junto à eleição, os alunos participam de um plebiscito para decidir se o DCE terá gestão proporcional ou majoritária.

Projeto de restaurante universitário do campus da Praia Vermelha, em área do antigo almoxarifado do Instituto de Neurologia Deolindo Couto, ainda não foi apresentado à direção daquela unidade

Reunião com Prefeitura e ETU só foi marcada para dia 4

Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Diretor do Instituto de Neurologia Deolindo Couto, José Luiz Cavalcanti só soube pelo Jornal da Adufrj (edição nº 863) dos planos da reitoria da UFRJ para montar o bandejão da Praia Vermelha em área do próprio INDC: “Até me espantei em saber que havia um projeto”, disse o diretor, em entrevista pelo telefone. “Há mais de dez anos estiveram aqui medindo o terreno”. Ele afirmou que terá uma reunião sobre o tema com o prefeito universitário e o Escritório Técnico (ETU) nesta terça-feira, dia 4.

Segundo ele, a área “relativamente estreita” corresponde a um antigo almoxarifado do Instituto. “Há muitos anos, aquilo pegou fogo. Era uma coisa mal localizada. Imagine um depósito de cara para rua... Sempre tínhamos problemas com pessoas que pulavam o muro para furtar. É uma parede de três metros apenas, não oferece segurança alguma”, relatou. “A vigilância nos últimos anos melhorou a segurança no campus, mas um restaurante ali vai chamar muita atenção”, avaliou.

Olho no patrimônio

José Luiz, até a entrevista realizada na quarta-feira (29), ainda não tinha visto (nem por e-mail) as plantas de obras do restaurante, apresentadas pelo ETU em uma reunião com estudantes, no início de outubro. E diz-se intrigado sobre o projeto: “Com tanta área livre no campus da Praia Vermelha sem uso, que poderia servir de maneira mais adequada, não entendi por que um restaurante naquele cantinho dentro de área hospitalar”.

Na visão do diretor, em tempos de supervalorização imobiliária, uma área nobre como a Praia Vermelha, “a joia da coroa da UFRJ”, deve ter sua ocupação bem preservada e planejada. “É preciso que os projetos e recursos sejam empregados e esclarecidos da melhor e mais clara maneira possível”. E completou: “Espaços como o do Canecão e Casa da Ciência são muito visados e devem ser ocupados direito; não com contêiner e coisas do tipo”.

14110332Projeto do futuro bandejão apresentado pelo Escritório Técnico da UFRJ. Divulgação/ETU-UFRJ

 

 

 

 

 

 

 

 

Área hospitalar possui mais exigências

“É lógico que ninguém é dono do espaço e ele deve se utilizado da melhor maneira possível pela comunidade universitária”, considera o diretor. Contudo, José Luiz admite algumas preocupações: “Estamos falando de um terreno que, mesmo pequeno, está dentro de uma área hospitalar”. Para ele, o aumento “significativo” de circulação de pessoas não seria problemático, “desde que o acesso fosse restritamente pelo campo (de futebol) da Educação Física (EEFD)”.

 O temor maior se refere à falta de infraestrutura e à manutenção. “Somos (áreas hospitalares) regidos por uma série de exigências de limpeza e vigilância sanitária”, explica. Como exemplo, o diretor cita o tratamento especial da água feito pelo INDC. “Quem abasteceria o novo restaurante, o Instituto?”, questiona. 

E ele continua o raciocínio: “E quanto à energia elétrica, seria fornecida por quem? Ou se planeja uma nova subestação no campus ou aquisição de gerador?”. Segundo o diretor, não há estrutura de saneamento na área pretendida para instalação do RU da PV.  “Não há esgoto naquele lugar, como seria feito isso em contêineres?”, conta. Uma última preocupação citada é  o descarte do lixo. De acordo com José Luiz Cavalcanti, as licenças ambientais para áreas hospitalares estão cada vez mais rigorosas. “Não conseguimos responder a todas às legislações, algumas muito novas, mas conseguimos ainda fazer as adaptações necessárias. Com certeza, um restaurante bem no meio disso complicaria bastante a coisa”.

Por fim, o diretor lamentou a impossibilidade de expansão futura para o Instituto com o restaurante (eventualmente) instalado. “Embora tenhamos um contingente reduzido de servidores, ainda temos no lugar uma possibilidade de expansão”, sublinhou.

Prefeitura Universitária irá instalar quatro câmeras nos principais acessos do campus da Praia Vermelha

Motivo são recentes relatos de assédios a alunas  

Samantha Su. Estagiária e Redação

14110381Viatura circula próxima à Faculdade Nacional de Direito. Foto: Samantha Su - 08/10/2014A Prefeitura Universitária irá instalar câmeras de vigilância no campus da Praia Vermelha para tentar melhorar a segurança no local. Duas ficarão voltadas para o ponto de ônibus na Venceslau Brás e outras duas serão instaladas no portão principal, na Avenida Pasteur. A medida foi tomada após recorrentes relatos de violência. 

Segundo o prefeito Ivan Carmo, as denúncias mais comuns na região são ade assédio no ponto de ônibus em frente ao Instituto Philippe Pinel: “Eu e o diretor da ECO (Escola de Comunicação da UFRJ) procuramos o comandante do Batalhão de Botafogo e ele nos disse que vai colocar agentes disfarçados no local para cuidar especificamente disso”, diz. A reunião teria ocorrido porque, em agosto, um incidente com uma estudante daquela Unidade da UFRJ ganhou ampla repercussão. Um homem se masturbou ao lado dela no ponto de ônibus da Venceslau Brás e o Coletivo de Mulheres da UFRJ divulgou uma nota para explicitar o episódio.

A principal recomendação é que todos os registros sejam feitos na Divisão de Segurança da universidade (Diseg) e na polícia: “Os vigilantes patrimoniais têm um livro chamado ‘Livro de Partes’ no balcão. Eles têm de anotar o nome, o que ocorreu e passar para a Diseg. Isso não substitui o Boletim de Ocorrência na delegacia, mas, sabendo quem foi, podemos informar ao Batalhão. Se o vigilante não atender ao pedido para colocar no livro, não precisa discutir com ele, reclama com a Ouvidoria que nós recebemos”, aconselha o prefeito. 

Coletivo de Mulheres da UFRJ está mobilizado

Jordana Almeida do Coletivo de Mulheres da UFRJ e do Diretório Central dos Estudantes (DCE Mário Prata) diz que há iniciativas do coletivo como rodas de conversa e reuniões constantes para rastrear os casos de assédio e abuso dentro e fora da universidade. 

Segundo ela, existe também diferença entre os campi: “A Praia Vermelha, por exemplo, é um campus com mais vivência dos alunos. A estrutura física propicia a repercussão dos casos, muitas pessoas circulam lá dentro. Já a FND (Faculdade Nacional de Direito) e o IFCS (Instituto de Filosofia e Ciências Sociais) são prédios isolados no centro do Rio. As violências contra mulheres no entorno dessas unidades vêm, normalmente, acompanhadas também de uma violência mais grave e maior ocorrência de assaltos”.

Posição da Adufrj-SSind

A Adufrj-SSind vem criticando, em várias matérias, a ausência de uma política mais robusta de segurança pública no campus que não se confunda com policiamento, sobretudo com o aumento da presença de policiais militares no espaço universitário.

 

Na FND, agora há uma viatura na esquina

No início do mês de setembro e outubro, o site SRZD do jornalista Sidney Rezende, publicou duas matérias sobre o aumento dos assaltos no entorno da Faculdade Nacional de Direito. 

Vigilante da empresa Angels contratado para cuidar da FND, Júlio Cesar confirmou o clima de insegurança: “O que a gente pode fazer é aconselhar. A gente diz para não ficar com celular na mão quando sai daqui, evitar abrir a bolsa e a mochila na rua, essas coisas. O pior horário é o da noite, na quarta-feira tem uma aula que só termina 22h40. A gente aconselha (os alunos) a andarem em grupo até o ponto de ônibus. A pior rua é aquela ao lado do Arquivo Nacional (Rua Azeredo Coutinho), ali tem assalto direto”, esclarece.

O prefeito Ivan, por sua vez, afirma que estatísticas estão diminuindo: “Fomos na Secretaria de Segurança vai fazer um ano. As estatísticas despencaram, está no nosso site (http://migre.me/mzP7D). No Centro, eu fui ao Batalhão com o diretor do IFCS e eles alteraram o policiamento do entorno. O diretor do Direito também procurou o comandante e tivemos uma melhora”, conta. De fato, a reportagem registrou a presença de uma viatura da polícia estacionada nas imediações da Unidade.

Vigilante da UFRJ não pode ficar na rua

A prefeitura não pode colocar segurança em via pública, o que, segundo o prefeito Ivan, seria caracterizado como milícia. O limite de atuação é de até um metro e meio dos portões da universidade. 

 

Nos registros, aumento dos furtos

A planilha da Diseg presente no site da Prefeitura, em 2014, demonstra que a categoria “roubos a transeunte/aluno da UFRJ” se manteve estável desde abril com cerca de uma ocorrência por mês, tendo seus picos em janeiro e março, quando foram registrados quatro e três episódios, respectivamente. Porém, os “furtos a terceiro/estudante/funcionário” registraram o dobro de casos em setembro, quatro, número não registrado em nenhum outro mês.

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