facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

Enquanto isso, licitação vai buscar novo local para a Unidade

Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Esgotou-se em 17 de outubro o prazo para que parte da Escola de Música saia de um prédio de propriedade da empresa Superpesa, na Lapa (conforme noticiado na edição anterior do Jornal da Adufrj). O imóvel, alugado pela universidade há 14 anos, fica próximo do prédio-sede da Unidade, na Rua do Passeio.

“Não houve decisão judicial”, explica Harley de Moura, assessor da Pró-Reitoria de Gestão e Governança (PR-6). Segundo ele, a UFRJ conta com proteção jurídica contra “denúncias vazias”. “Em se tratando de instituição pública como a nossa, de ensino, a legislação protege o patrimônio. Tudo depende, claro, da cabeça do juiz. Mas é muito difícil uma decisão em favor de despejo”, avaliou.

Harley informou, ainda, que a licitação para aluguel de um novo imóvel está sob avaliação da Procuradoria da UFRJ desde a semana do dia 6 de outubro. A previsão é que retorne à PR-6 até sexta-feira, 24. Segundo o assessor, a “chamada pública” para aluguel de um novo imóvel respeita a preocupação do diretor da unidade, André Cardoso, de manter um local nas imediações da Escola de Música. “Foi levado em conta o pedido do professor André para evitar custo extra com transporte para os estudantes”. O destino final (e o deslocamento) da comunidade da Música, contudo, continua indefinido.

A especificação prevê uma área entre 3,5 mil e 4 mil metros quadrados. “Além da estrutura que está alojada no prédio alugado, o novo contrato terá que contemplar a aparelhagem que está no prédio principal (da Rua do Passeio) e que terá de ser retirada para realização das obras na Escola de Música. Terá que abrigar os dois”. O edital fica aberto até que apareçam interessados que atendam às especificações, acrescentou.

Relembre o caso

A Superpesa realizou por mais de uma década (14 anos) uma permuta com a UFRJ. Em troca de uma área no Parque Tecnológico, a empresa alugou um imóvel na Lapa que passou a ser ocupado pela Escola de Música. A partir da decisão do Parque Tecnológico de não manter o aluguel na Cidade Universitária, a empresa resolveu pedir de volta a área no Centro da Cidade. 

De acordo com a Divisão de Patrimônio da PR-6, apesar da notificação do pedido de reintegração de posse movido pela Procuradoria da Universidade, a Superpesa também não se retirou do Parque Tecnológico.

14102041De saída da Lapa. Reitoria vai promover uma chamada pública para aluguel de outro imóvel. Foto: Elisa Monteiro - 07/10/2014

Professores daquela universidade estão com indicativo de greve a partir de 21 de outubro. Reitoria lançou pacote de medidas prejudiciais à categoria, que sofre com baixos salários e concursos em número insuficiente

Movimento busca visibilidade, na véspera do segundo turno das eleições

Samantha Su. Estagiária e Redação

14102072Paulo Alentejano, 2º vice-presidente da Asduerj. Foto: Comunicação Asduerj - 08/10/2014A Associação de Docentes da Uerj (Asduerj) está com indicativo de greve marcado para 21 de outubro, quando será realizada uma nova assembleia para condensar as demandas e determinar a paralisação. Desde 2001, a categoria não recebe reajuste salarial do governo e hoje passa pelo sucateamento do trabalho docente com a abertura de poucos concursos públicos e redução da carga horária de pesquisa e extensão. 

De acordo com o 2º vice-presidente da Asduerj, Paulo Roberto Alentejano, nem mesmo os recentes 150 concursos divulgados pela reitoria da Universidade solucionam o problema: “Temos um grande número de professores contratados aqui na Uerj em situação irregular, pois não estão cobrindo a vaga de afastados ou licenciados; estão cobrindo buracos e déficits da universidade. A Justiça diz que isso é ilegal, mas a reitoria não está abrindo concursos da forma como gostaríamos. Estimamos que o déficit seja de cerca de 400 vagas”.

Para tentar contornar a situação, a reitoria da Uerj lançou medidas internas que redistribuem a carga horária dos professores, diminuindo o tempo de dedicação à pesquisa. Para Assistentes e Auxiliares em regime de 40h, apenas dez horas poderão ser utilizadas para pesquisa. Já para os professores Adjuntos, Associados e Titulares com até 30h, somente oito horas serão permitidas. Na opinião da associação, isso fragiliza o tripé (ensino, pesquisa e extensão) necessário à qualidade das graduações. 

Outra reivindicação da categoria é a suspensão dos Atos Executivos 50 e 52 que regulam ainda mais a carga horária de professores que estão passando pelo período de estágio probatório: “Pedimos a revogação dos AEDAs 50 e 52 que regulamentam de forma ilegal o estágio probatório, obrigando o professor a dar 12 tempos na graduação. Isso é ilegal”, conta o 2º vice-presidente.

Alentejano ainda criticou a inércia da reitoria para cobrar os direitos da instituição: “Hoje, você tem 689 professores contratados (temporários), dando aula no lugar dos que deveriam ser efetivos, recebendo pouco por essas aulas e sem possibilidade de fazer pesquisa ou extensão. A universidade quer substituir esses professores contratados, em grande parte, por professores de 20h que vão ter que dar 12 horas em sala, ou seja, que também não vão poder se dedicar à pesquisa e à extensão. É uma maneira barata e sórdida de fazer o serviço que é de responsabilidade do governo do estado. É isso que a reitoria, aliada ao governo, faz”.

14102071Abertura de concursos teve destaque na assembleia (8) que indicou paralisação com nova reunião para dia 21. Greve está na pauta. Foto: Comunicação Asduerj - 08/10/2014

A dificuldade em suprir a demanda tem também como pano de fundo um orçamento estrangulado das universidades públicas estaduais. Por lei, 6% do orçamento do governo do Estado deveria ser destinado para as IES estaduais públicas. Porém, o dispositivo vem sendo desrespeitado sucessivamente pelos últimos governadores. Quando a Asduerj conseguiu que a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa colocasse na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) a porcentagem para o próximo ano, o atual governador e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão, vetou. 

As demandas da universidade foram levadas para a campanha eleitoral deste ano, mas as respostas não foram satisfatórias. Por essa razão, o indicativo de greve também saiu antes da decisão nas urnas, como estratégia de pressão política para atendimento das pautas: “Na terça-feira (21), iremos decidir. Se nossas reivindicações não forem ouvidas, haverá paralisação”, finaliza o 2º vice-presidente da Associação.

Votação ocorre a partir desta segunda-feira (20)

DeniseDenise Nascimento, presidenta da CPPD. Foto: Marco Fernandes - 26/03/2014Tão pouco conhecida e tão importante para os professores. Essa é a Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD), cujas eleições ocorrem a partir deste dia 20 até 22 de outubro, de 9h às 16h. Onde houver turno noturno, a votação poderá se estender até 20h (menos no último dia).

A CPPD aprecia, para decisão final do reitor, assuntos como: alteração do regime de trabalho e a avaliação do desempenho para progressão funcional do docente. Também desenvolve estudos e análises que permitam fornecer subsídios para fixação, aperfeiçoamento e modificação da política de pessoal docente e de seus instrumentos, entre outras atribuições.

“Depois de muitos anos, foi possível dar maior visibilidade ao trabalho que ela realiza, e torná-la mais participativa. Muitos professores possuíam o conceito errôneo de que era um conselho burocrático na concessão dos pedidos de progressão e promoção”, explica a atual presidenta da comissão, Denise Nascimento. “Apesar de o antigo PUCRCE (Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos) mencionar a CPPD como uma comissão de acompanhamento da carreira docente, poucos eram os que nos procuravam. Geralmente para intermediar algum conflito. Ou para cobrar andamento de concursos. Nos últimos meses, tivemos o inverso. A descentralização da CPPD, participando ativamente das discussões (da carreira) pelos Centros e Unidades, colaborou muito. Além de formular a nova resolução, elucidamos várias dúvidas que ocasionavam atrasos no trâmite processual”, completa.

Composição da CPPD

A CPPD é composta por representantes das classes e também dos Centros (mais um do Fórum de Ciência e Cultura), e dos alunos de graduação e de pós-graduação. A eleição dos próximos dias será para as vagas das classes: um Titular; um Associado; um Adjunto; um Assistente/Auxiliar; um Professor de EBTT. Não apareceram nomes para as vagas estudantis.

A presidenta da comissão eleitoral, professora Rosa Peres, esclarece que a renovação parcial da CPPD tem o objetivo de preservar uma “memória” dos trabalhos, até para auxiliar os novos integrantes. No mesmo sentido, dentro de um ano e meio a dois anos, haverá a troca das demais representações (Centros e Fórum).

Quem são os candidatos

São candidatos à vaga de professor Titular: Márcia Souto Couri (MN) e Carlos Alberto Manssour Fraga (ICB). O professor Dani Gamerman (do Instituto de Matemática) retirou sua candidatura de última hora, mas seu nome constará das cédulas (que já estavam impressas). “O voto nele será anulado”, antecipa Rosa Peres.

Para Associado, os nomes são: Ethel Menezes Rocha (IFCS), Antônio Maurício Ferreira Leite Miranda de Sá (Coppe) e João Ramos Torres de Mello Neto (IF).

A categoria Adjunto é a que apresenta o maior número de candidatos: Antônio Eduardo Ramires Santoro (FND); Cássia Mônica Sakuragui (IB); Heloísa Lajas Sanches (EQ); Sergio Augusto Lopes de Souza (FM); Marcelo Trovó Lopes de Oliveira (IB).

Entre os professores Auxiliares e Assistentes, a candidatura é única: Waleska da Silveira (FM). O mesmo ocorre na representação do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico: Rosângela Conceição de Souza. 

Para as categorias nas quais houver mais de um candidato, será titular o mais votado e seu suplente, o segundo colocado. Todos eles escreveram um minicurrículo que pode ser acessado aqui (http://migre.me/mjnQd) e que deverá estar em exposição em cada seção eleitoral.

Os locais de votação são organizados pelas direções de unidades e decanias. E, para votar, o professor deverá apresentar carteira de identidade ou carteira funcional ou carteira nacional de habilitação com foto. 

A professora Rosa informa que a apuração dos votos nos Centros deve ocorrer até o dia 24 de outubro. A homologação e divulgação dos resultados pela CPPD acontecem dia 28 e a aprovação no Consuni está marcada para 13 de novembro. “Depois disso, uma portaria do reitor, provavelmente antes do fim de novembro, empossa os novos representantes”, diz a presidenta da comissão eleitoral. 

“O Diletante” é 100% UFRJ

Ópera construída em conjunto pela EBA, ECO e EM é aplaudida de pé no auditório do Centro de Tecnologia

Últimas apresentações acontecem dias 16 e 17, em Macaé

Filipe Galvão. Estagiário e Redação

“Vocês não sabem do que é capaz um diletante”, canta o italiano encarnado por Cyrano Sales no palco do auditório do CT. Ou melhor: 150 diletantes. É esse o número de envolvidos na produção de um espetáculo que comemora os 20 anos do projeto Ópera na UFRJ. “Esse foi um trabalho especialmente interessante porque é 100% UFRJ, desde a composição até a montagem”, conta o responsável pela concepção cênica do espetáculo e professor do curso de Direção Teatral da Escola de Comunicação, José Henrique Moreira.

Adaptada da obra de Martins Pena (1815-1848) pelo compositor João Guilherme Ripper, O Diletante conta a história de Quintino, um comerciante apaixonado por ópera que vive em busca de um tenor para acompanhá-lo no dueto de La Traviata, do italiano Giuseppe Verdi (1813-1901). Trata-se da primeira comédia de Ripper, professor da Escola de Música. E também é a primeira vez que o projeto Ópera na UFRJ encomenda uma produção inédita.

Para funcionar, é preciso vontade. A montagem contou com o diletantismo dos alunos, professores e técnicos-administrativos de três cursos da universidade: Belas Artes, Direção Teatral e Música. A grande quantidade de pessoas e o tempo exigido são característicos do gênero: uma ópera não se tira assim do bolso, sem mais nem menos. É um processo longo, complexo e que demanda sintonia entre orquestra, atores e produção.

Lucas Ferreira, estudante do 3º período da Escola de Música, é um dos clarinetistas que fazem rodízio entre as apresentações. “Eu revezo com um amigo que também é aluno. Em alguns espetáculos eu toco, em outros é ele”. Segundo Lucas, dá para saber quando o público aplaude “por educação ou porque gostou”. Nessa apresentação no auditório do CT, que aconteceu no último dia 6 de outubro, o público aplaudiu de pé, por alguns minutos.

Apesar dos ares anacrônicos, o espetáculo realmente consegue cativar quem a ele assiste. Luiz Ramos, aluno de Engenharia de Bioprocessos do 6º período, foi um dos últimos a sair do auditório. “Ter uma ópera aqui no CT é bom para desintoxicar um pouco dos números e fórmulas. Além do mais, é difícil ter essa espécie de espetáculo longe da Zona Sul da cidade, então é uma grande opção de cultura”, diz.

Cultura tem que circular mais na universidade

Para o professor José Henrique, obras como essa são o tipo de produção mais democrática que há. Uma pena que existam tão poucos espaços. “Tem que fazer essa área da cultura que se produz dentro da UFRJ circular mais aqui dentro e nas outras universidades”, diz. O Diletante encerra a turnê no Teatro Municipal de Macaé, com apresentações nos dias 16 e 17 de outubro.


14101382Mais antiga do Rio. Orquestra sinfônica da UFRJ, que também faz parte do espetáculo, completou 90 anos em setembro último. Foto: Marco Fernandes - 06/10/2014


 

Ópera deu início à 5ª Semana de Integração Científica

O espetáculo marcou o começo da 5ª semana de integração acadêmica da UFRJ. A pró-reitora de Graduação, Angela Rocha dos Santos, exaltou na solenidade de abertura a importância social da iniciação científica: “O conhecimento que se gera aqui é para voltar para a sociedade, para ajudar na solução dos nossos problemas”.

A semana estabelece um diálogo entre outros eventos que acontecem simultaneamente na universidade: o 11º Congresso de Extensão da UFRJ, a 6ª Jornada de Pesquisa e Extensão da UFRJ – Macaé e a 36ª Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC-–2014).

Topo