facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

106565053 2002154659909012 569851950822809344 nO Clube da Escrita transmite, nesta quinta-feira (2), uma conversa sobre “O desafio da escrita entre orientadores e orientados” com a participação de Dani Balbi, Doutora em Ciências da Literatura pela Faculdade de Letras e docente da Escola de Comunicação da UFRJ (ECO); e Eleonora Ziller, Doutora em Literatura Comparada, docente da Faculdade de Letras da UFRJ e presidente da AdUFRJ.

O Clube da Escrita é uma iniciativa da Coordenação de Integração Acadêmica do Centro de Tecnologia em parceria com a Associação de Pós-Graduandos da UFRJ, Representações Discentes do CT e o Laboratório da Palavra da Faculdade de Letras.

A live terá transmissão ao vivo no canal do CT no YouTube, e tradução simultânea em Libras.
bit.ly/youtubedoct

WhatsApp Image 2020 06 30 at 11.45.12O CineAdUFRJ desta semana vai discutir o Protagonismo Negro no Cinema. Orientando o debate, teremos a Professora Danielli Balbi (Escola de Comunicação- UFRJ), doutora em Ciência e Literatura pela UFRJ e a cineasta e diretora Yasmin Thayná (Kbela, 2015). 

Lista de filmes:
Alma no Olho, de Zózimo Bulbul (1973).
Kbela, de Yasmin Thayná (2015).
Café Com Canela, de Glenda Nicácio,Ary Rosa (2015).
Disponíveis em: encurtador.com.br/lzFT8
A sala abre às 18h30: encurtador.com.br/efzM9

No segundo debate, faremos um contraponto sobre de que maneira o cinema mainstream e o cinema alternativo abordam questões ligadas à negritude.

No terceiro e último debate, discutiremos produções cinematográficas realizadas e protagonizados por indígenas.

Esta semana, a UFRJ completou 100 dias sem aulas presenciais. A universidade, claro, não parou. Os vínculos entre professores e alunos foram mantidos em orientações, atividades de extensão e pesquisas, por exemplo. Mas o já longo período sem atividades didáticas e a incerteza quanto ao término da pandemia movimentaram o debate dos colegiados acadêmicos da instituição em direção ao ensino remoto.Nos últimos dias, o Conselho de Ensino de Graduação (CEG) e Conselho de Ensino para Graduados (CEPG) autorizaram as aulas em meio virtual, liberaram cada unidade para montar o formato e não cancelaram o primeiro semestre de 2020. Na graduação, foi criado um “período letivo especial” para a fase em que haverá aulas remotas.
As mudanças geraram uma série de dúvidas entre professores e estudantes. A reitoria pecou em sua tarefa de unificar as ações acadêmicas da universidade. O Jornal da AdUFRJ ouviu professores e estudantes sobre o tema, além de realizar cobertura assídua dos colegiados e grupos de trabalho que estão debatendo o assunto. Há questionamentos de todo o tipo. Desde o modelo de avaliação virtual que será implementado até o que será feito com o semestre 2020.1. Confira, a seguir, algumas respostas.

 

Primeiro semestre de 2020 não será cancelado

 

03WEB menor1134A autorização para aulas remotas significa o cancelamento do período 2020.1?
Não. O período 2020.1 da graduação está congelado. “A UFRJ não pensa em hipótese nenhuma em cancelar o período 2020.1”, contou a professora Gisele Viana Pires, pró-reitora de Graduação e presidente do CEG. “Até porque já tivemos atividades no período, como colações de grau, defesas de trabalho de conclusão de curso e mais de um mês de aulas para os alunos de Medicina”, explicou. O período de aulas remotas será especial, e não vai contar para o número máximo de períodos que o aluno tem para concluir seu curso. Na pós-graduação, o novo calendário trata dos períodos 2020.1 e 2020.2. Com menos alunos e turmas menores, a pós tem mais flexibilidade para começar as aulas remotas. “Muitos programas estão dando aula, em comum acordo entre professores e seus alunos. Os alunos começaram a pedir, e isso foi andando”, afirmou a pró-reitora de Pós-Graduação Denise Freire. O calendário substituto vai atender as turmas que ainda não tiveram aulas, mas também confirmar as atividades que já aconteceram remotamente.

Quando começam as aulas remotas para a graduação e pós-graduação?
O texto final das resoluções que autorizam a modalidade foi aprovado quarta-feira, 24, pelo CEG. O conselho terá duas semanas para propor um calendário, que precisa ser aprovado pelo Conselho Universitário. A pós-graduação já tem um calendário pronto esperando a aprovação do Consuni. Pela proposta, o calendário começa em 3 de agosto.

As aulas remotas serão obrigatórias?
Não. Professores e alunos não serão obrigados a adotar as aulas mediadas por tecnologia. Na graduação, essa escolha está garantida pela criação do período especial de aulas. Além disso, os estudantes poderão trancar a disciplina em qualquer momento do curso, desde que seja antes do lançamento da nota. Nos cursos de pós, pesquisadores poderão requerer a qualquer momento o grau “J”, que significa abandono justificado da disciplina.

Professores que não oferecerem disciplinas remotas sofrerão algum prejuízo?
Não. Tanto na graduação quanto na pós, a oferta de disciplinas é facultativa. “Já há professores dizendo que não vão oferecer. No caso da pós-graduação, a grade não é fixa, salvo raríssimas exceções. Uma disciplina pode substituir a outra. Os alunos vão poder procurar por disciplinas com créditos equivalentes”, explicou Denise Freire.

Como será a oferta de disciplinas remotas?
A decisão de quais disciplinas serão oferecidas ficará a cargo das unidades (no caso da graduação), dos programas (na pós) e dos professores.

Já foram feitas todas as matrículas dos alunos de 2020.1?
Os 830 alunos da terceira chamada da Lista de Espera do Sisu 2020.1 estão fazendo a sua matrícula remotamente. O processo será concluído no começo de julho, quando a Comissão de Heteroidentificação vai se reunir, em um processo que precisa ser presencial, para analisar os casos dos alunos cotistas.

A UFRJ terá vaga para estudantes do Sisu 2020.2?
Sim. A UFRJ fez a manifestação de interesse e aderiu ao Sisu 2020.1. Agora a universidade aguarda o Inep, já que o período de inscrições no Sisu foi adiado para 7 a 10 de julho. A matrícula destes alunos na UFRJ será feita toda de maneira remota.

Quando começa o período 2020.2?
“Só posso falar no segundo semestre de 2020 quando a gente terminar o primeiro semestre, e isso depende da pandemia”, explicou Gisele Pires. “O início das atividades acadêmicas de 2020.2 será depois do término de 2020.1. É um processo de construção delicado, que envolve vários setores da UFRJ”.

A UFRJ determinará uma única plataforma para o ensino remoto?
Não. Está sendo feito o treinamento em duas plataformas: no Google Classroom e no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), que é uma instalação da plataforma Moodle oferecida pelo Instituto Tércio Pacitti (ex-NCE). A diversificação tenta impedir travamentos em caso de múltiplos acessos. “São 50 mil alunos na graduação e mais 10 mil na pós. A AVA não tem infraestrutura para aguentar todo mundo”, explica o professor Bruno de Paula, coordenador do Núcleo de Ensino a Distância, da Pró-reitoria de Graduação.

Como os professores aprenderão a utilizar as plataformas?
Cada unidade participa do treinamento com dois representantes, um por plataforma. Eles devem agir como multiplicadores do aprendizado iniciado junto ao Instituto Tércio Pacitti, para o AVA, e à Superintendência de Tecnologia da Informação (TIC), para o Google Classroom. Além disso, haverá tutoriais disponibilizados em cada plataforma.

Como fica a situação das disciplinas que exigem aulas práticas?
Também fica a critério de cada unidade. No início da quarentena, o MEC restringia a autorização para a realização de disciplinas remotas às aulas teóricas. Na semana passada, nova portaria flexibilizou a autorização, desde que obedecidas diretrizes curriculares do Conselho Nacional de Educação.

Como vai funcionar o ensino a distância?
O formato depende do curso e do professor. A Comissão de Formas Alternativas de Ensino da UFRJ, criada pela reitoria em abril, prepara um relatório com sugestões de boas práticas. Uma delas é que sejam privilegiadas atividades assíncronas, ou seja, em que não há reunião entre alunos e docentes em tempo real. E que as atividades síncronas sejam gravadas para posterior disponibilização. Aulas síncronas demoradas também devem ser evitadas.
(Colaborou Kelvin Melo)

WEBABRE1134aBastaram 26 horas para o Jornal da AdUFRJ, antes de qualquer outro veículo de imprensa, descobrir uma mentira e uma omissão no currículo do novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, Às 15h31 da quinta-feira, 25, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a nomeação em seu perfil no Twitter e informou que o novo titular do MEC seria “doutor pela Universidade de Rosário”, da Argentina. Às 17h59 da sexta, 26, o reitor da instituição, Franco Bartolacci, negou a titulação à reportagem.
De acordo com o perfil publicado pela assessoria do MEC, o novo ministro também seria oficial da reserva da Marinha. Mas Decotelli passou apenas dois anos na Escola de Formação de Oficiais para a Reserva da Marinha (EFORM). Não se trata, portanto, de um oficial de carreira que entrou para a reserva, como faz supor o texto do ministério, mas de alguém formado para a reserva em baixa patente. Como os jovens que procuram algum estabelecimento de ensino militar para substituir o serviço militar obrigatório.
No caso mais grave encontrado até agora, o economista Decotelli chegou a concluir todos os créditos do doutorado, mas teve sua tese reprovada. “Ele não teve a tese aprovada para receber o título de doutor, portanto, ele não é doutor pela UNR. Apresentou uma tese que foi avaliada negativamente pela banca constituída para esse fim”, afirmou o reitor argentino.
Questionado, o MEC se limitou a responder que o novo ministro cumpriu todos os créditos do doutorado. A assessoria chegou a encaminhar a cópia do certificado de conclusão das disciplinas do curso. Mas nada falou sobre a tese, condição essencial para a titulação.
Apesar das mentiras e omissões, Decotelli continua sendo considerado o casamento perfeito entre a ala ideológica, a ala militar e o mercado financeiro, setores que disputavam o comando da Educação. O novo número 1 do MEC tem perfil discreto, não é considerado um “olavista”, mas nem por isso foge do alinhamento com Jair Bolsonaro. Para interlocutores, o presidente afirmou que o candidato escolhido não deveria abrir mão de uma “guerra cultural” na Educação.
O novo ministro também é bastante próximo de Paulo Guedes.
Para o cientista político Josué Medeiros, diretor da AdUFRJ, a tendência é que Congresso, STF e mídia baixem o tom das críticas a Bolsonaro e que o novo ministro seja capaz de fatiar o MEC, abrindo mais espaço aos empresários do setor. “O que vai certamente tonar mais complexa a nossa luta”, diz. O compromisso de Decotelli com a “guerra cultural”, citada pelo presidente, pode vir por meio do modelo de escolas cívico-militares, acredita o professor.
O novo ministro foi presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) entre janeiro e agosto de 2019 e, sob sua gestão, fechou contratos controversos. Deu aval a uma licitação no valor de R$ 3 bilhões, na qual foram apontadas irregularidades pela Controladoria-Geral da União, como um número de equipamentos de informática 177 vezes superior ao necessário para suprir as escolas às quais seriam destinados. Dois dias depois do parecer, Decotelli foi exonerado do cargo e a licitação, cancelada. Também fechou contrato no valor de R$ 374 milhões com a empresa Brink Mobil, escolhida por licitação, em fevereiro de 2019, para fornecer material escolar para o ensino fundamental. Em dezembro do mesmo ano o dono da empresa acabou preso pela Polícia Federal, suspeito de praticar crimes de corrupção e fraude em licitações.
A gestão de Decotelli à frente do FNDE também foi considerada ineficiente por funcionários do órgão. Ele passou 23% do tempo em que foi presidente do fundo viajando. Com a ausência, muitos processos e documentos atrasaram ou pararam. Entre janeiro e julho de 2019, nenhuma das 22 licitações previstas para acontecer tinham saído do papel. Seriam aquisições para equipamentos de informática, bibliotecas, materiais didáticos e até para ônibus escolares, para dar alguns exemplos.
A presidente da AdUFRJ, professora Eleonora Ziller, também vê o anúncio com preocupação. Para a dirigente, o novo ministro amarra o acordo político feito com o centrão. “O FNDE tem muito dinheiro, mais de R$ 50 bilhões. O centrão adentra na educação com tudo, se apodera do grande fundo, toma conta da chave do cofre em troca da estabilidade no Congresso”, acredita.
As entidades estudantis lançaram nota assim que o nome de Decotelli foi anunciado. Afirmam que o novo ministro não tem experiência na educação, mas sim na área financeira e militar “o que é sempre motivo de preocupação”, diz trecho do documento assinado pelas associações nacionais dos estudantes secundaristas, universitários e pós-graduandos (UBES, UNE e ANPG).
Flávia Calé, presidente da ANPG, considera uma importante vitória que os olavistas tenham sido deslocados do posto mais alto do MEC. Mas vê com cautela a indicação. “O fato de ser ligado a setores financeiros e não ter trajetória na educação acende um sinal de alerta. Não podemos deixar que MEC saia da paralisia para o desmonte do seu caráter público”, afirma.

Bastaram 26 horas para o Jornal da AdUFRJ, antes de qualquer outro veículo de imprensa, descobrir uma mentira e uma omissão no currículo do novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, Às 15h31 da quinta-feira, 25, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a nomeação e informou que o novo titular do MEC seria "doutor pela Universidade de Rosário", na Argentina. Às 17h59, o reitor da instituição, Franco Bartolacci, negou a titulação à reportagem.

De acordo com o perfil publicado pela assessoria do MEC, o novo ministro também seria oficial da reserva da Marinha. Mas Decotelli passou apenas dois anos na Escola de Formação de Oficiais para a Reserva da Marinha (EFORM). Não se trata, portanto, de um oficial de carreira que entrou para a reserva, como faz supor o texto do ministério, mas de alguém formado para a reserva em baixa patente. Como os jovens que procuram algum estabelecimento de ensino militar para substituir o serviço militar obrigatório..

No caso mais grave encontrado até agora, o economista Decotelli chegou a concluir todos os créditos do doutorado, mas teve sua tese reprovada. “Ele não teve a tese aprovada para receber o título de doutor, portanto, ele não é doutor pela UNR. Apresentou uma tese que foi avaliada negativamente pela banca constituída para esse fim”, afirmou o reitor argentino.

Questionado, o MEC se limitou a responder que o novo ministro cumpriu todos os créditos do doutorado. A assessoria chegou a encaminhar a cópia do certificado de conclusão das disciplinas do curso. Mas nada falou sobre a tese, condição essencial para a titulação.

Apesar das mentiras e omissões, Decotelli continua sendo considerado o casamento perfeito entre a ala ideológica, a ala militar e o mercado financeiro, setores que disputavam o comando da Educação. O novo número 1 do MEC tem perfil discreto, não é considerado um “olavista”, mas nem por isso foge do alinhamento com Jair Bolsonaro. Para interlocutores, o presidente afirmou que o candidato escolhido não deveria abrir mão de uma “guerra cultural” na Educação. O novo ministro também é bastante próximo de Paulo Guedes.

Para o cientista político Josué Medeiros, diretor da AdUFRJ, a tendência é que Congresso, STF e mídia baixem o tom das críticas a Bolsonaro e que o novo ministro seja capaz de fatiar o MEC, abrindo mais espaço aos empresários do setor. “O que vai certamente tonar mais complexa a nossa luta”, diz. O compromisso de Decotelli com a “guerra cultural”, citada pelo presidente, pode vir por meio do modelo de escolas cívico-militares, acredita o professor.

O novo ministro foi presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) entre janeiro e agosto de 2019 e, sob sua gestão, fechou contratos controversos. Deu aval a uma licitação no valor de R$ 3 bilhões, na qual foram apontadas irregularidades pela Controladoria-Geral da União, como um número de equipamentos de informática 177 vezes superior ao necessário para suprir as escolas às quais seriam destinados. Dois dias depois do parecer, Decotelli foi exonerado do cargo e a licitação, cancelada. Também fechou contrato no valor de R$ 374 milhões com a empresa Brink Mobil, escolhida por licitação, em fevereiro de 2019, para fornecer material escolar para o ensino fundamental. Em dezembro do mesmo ano o dono da empresa acabou preso pela Polícia Federal, suspeito de praticar crimes de corrupção e fraude em licitações.

A gestão de Decotelli à frente do FNDE também foi considerada ineficiente por funcionários do órgão. Ele passou 23% do tempo em que foi presidente do fundo viajando. Com a ausência, muitos processos e documentos atrasaram ou pararam. Entre janeiro e julho de 2019, nenhuma das 22 licitações previstas para acontecer tinham saído do papel. Seriam aquisições para equipamentos de informática, bibliotecas, materiais didáticos e até para ônibus escolares, para dar alguns exemplos.

A presidente da AdUFRJ, professora Eleonora Ziller, também vê o anúncio com preocupação. Para a dirigente, o novo ministro amarra o acordo político feito com o centrão. “O FNDE tem muito dinheiro, mais de R$ 50 bilhões. O centrão adentra na educação com tudo, se apodera do grande fundo, toma conta da chave do cofre em troca da estabilidade no Congresso”, acredita.

As entidades estudantis lançaram nota assim que o nome de Decotelli foi anunciado. Afirmam que o novo ministro não tem experiência na educação, mas sim na área financeira e militar “o que é sempre motivo de preocupação”, diz trecho do documento assinado pelas associações nacionais dos estudantes secundaristas, universitários e pós-graduandos (UBES, UNE e ANPG).

Flávia Calé, presidente da ANPG, considera uma importante vitória que os olavistas tenham sido deslocados do posto mais alto do MEC. Mas vê com cautela a indicação. “O fato de ser ligado a setores financeiros e não ter trajetória na educação acende um sinal de alerta. Não podemos deixar que MEC saia da paralisia para o desmonte do seu caráter público”, afirma.

Topo