No Consuni deste dia 5, reitor encaminha votação que entra em conflito com o Estatuto da UFRJ
Ameaça: PL da terceirização perto de ser votado
Projeto representa ameaça a todos os trabalhadores
Segue a luta pela retirada ou rejeição completa do Projeto de Lei 4.330, das terceirizações. O PL abre espaço para a consolidação da terceirização em todos os setores, provoca o avanço da superexploração ao trabalhador e desregulamenta todos os direitos que atualmente são garantidos pela Consolidação das Leis de Trabalho (CLT).
Os empresários, agora com apoio aberto do governo federal, insistem em sua aprovação. A votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados está prevista para terça-feira, 3. Caso não ocorra, será adiada para o dia seguinte. Esta votação possui caráter terminativo, ou seja, se o PL for aprovado na Comissão, irá direto para o Senado Federal, sem passar pelo Plenário da Câmara.
No último episódio acerca da discussão sobre o PL, o governo apresentou uma proposta de redação que atende a todos os pedidos do empresariado. Por outro lado, os empresários e o governo mantêm uma negociação envolvendo algumas centrais sindicais – CUT, Força Sindical e UGT –, pois querem apoio destas entidades para aprovação do projeto.
“É preciso garantir, nos dias 3 e 4 em Brasília, a presença de representantes dos sindicatos de trabalhadores para pressionar a CCJ a retirar da pauta ou rejeitar este projeto de uma vez por todas. E para cobrar das centrais que ainda estão negociando, que saiam deste processo e se somem à exigência de retirada ou rejeição deste projeto. Não há o que negociar. Terceirização é ruim de qualquer jeito”, afirma a CSP-Conlutas. (Fonte: CSP-Conlutas, com edições do Andes-SN e da Adufrj-SSind)
Professores já podem se associar ao plano
10h às 15h - Sala da Administração da Sede da Decania do CCJE (Praia Vermelha)
No Rio de Janeiro, esses foram os temas se destacaram nas atividades do Dia Nacional de Paralisações
Na Candelária, tradicional palco das lutas populares, manifestantes destacaram a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) como a principal ameaça tanto à saúde quanto à educação públicas. A professora Sara Granemann, da Escola de Serviço Social da UFRJ, convocou todos a participarem da sessão do Conselho Universitário que vai deliberar sobre o modelo de gestão dos HUs da instituição. “Precisamos barrá-la (a empresa) de vez na próxima quinta (5/9)”, frisou. “Médicos, assistentes sociais, alunos... em suma, a maior parte da comunidade acadêmica não aceita esta proposta”. O pronunciamento ocorreu durante o Dia Nacional de Paralisações, na sexta-feira, 30 de agosto.
Veja o vídeo do Dia Nacional de Paralisação - 30 de agosto
O protesto também reivindicou 10% do PIB para a educação pública, o fim do PL 4.330, das terceirizações (leia matéria na página 6) e a desmilitarização da polícia.
A corporação agiu mais uma vez de forma opressiva, fazendo cercos ao ato e promovendo revistas nos participantes da passeata, que seguiu até a Assembleia Legislativa do Rio. Um estudante chegou a ser abordado por um tenente da PM e obrigado a abrir a mochila, além de mostrar os documentos. “Ele justificou a suspeita por conta de uma ‘cara feia’. Eles estão agindo arbitrariamente, não para proteger o Estado, mas o governador, que assinou um ato executivo permitindo este absurdo”, criticou uma docente de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora, que preferiu não se identificar.
Cadê o Amarildo?
Ainda em relação à truculência da PM, foi lembrado o mais emblemático desaparecimento de um cidadão na democracia brasileira: “Ole-lê, ola-lá,/A Rocinha quer saber/Onde o Amarildo está”. (Rodrigo Ricardo – especial para o jornal)