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bandeira adufrjNa próxima semana, nos dias 10 e 11, professores e professoras de todo o Brasil vão escolher a nova direção do Andes para o biênio 2023-2025. Este é o tema principal desta edição, ocupando as páginas 6, 7 e 8. É um momento de refletir sobre os rumos do nosso movimento docente e decidir qual sindicato queremos. Para nós, da diretoria da AdUFRJ, a opção é clara: a chapa 3, Renova Andes, é a única capaz de tirar o nosso sindicato do isolamento e do imobilismo em que está mergulhado há décadas.
Cada vez mais afastado de suas bases e encastelado em uma máquina sindical que prima pela burocracia, o Andes precisa retomar seu papel de destaque na sociedade e interagir com outras entidades democráticas, das quais vem se afastando ano após ano, para avançar nas conquistas para a categoria docente. A chapa 3 é a mais preparada para operar essa transformação. Ela é fruto de um movimento de insatisfação que tem trazido milhares de professores à reflexão e ao exercício do voto. Esse retorno de docentes que se afastaram da luta sindical — alijados do processo decisório pela prática excludente e antidemocrática da atual direção — nos enche de esperança. É com ela que vamos recolocar o Andes nos trilhos históricos de sua fundação e retomar sua relevância na vida nacional.
Separados nesta eleição por divergências pontuais, os grupos que compõem as chapas 1 e 2 marcharam juntos em momentos marcantes de nossa categoria e do país. Estavam juntos, por exemplo, em 2016, quando a presidenta Dilma Rousseff foi retirada do poder e esses grupos se negaram ou demoraram a reconhecer ali um golpe. A campanha “Fora todos”, capitaneada pela CSP-Conlutas, à qual o Andes foi filiado até poucos meses, dá a dimensão da falta de percepção da realidade desse agrupamento. Aliada a essa abstração, a atual direção do sindicato mantém uma estrutura decisória que dificulta a participação dos professores não militantes, com congressos e conselhos intermináveis, onde a base, tão enaltecida no discurso, é tão ignorada na prática.
Aproximar a base da direção é o caminho. Aqui na AdUFRJ temos tentado estabelecer novos canais com nossos filiados, com empatia e acolhimento. Um desses novos canais é tema de nossa matéria nas páginas 4 e 5: um passeio guiado pelas memórias de nossas raízes africanas no Centro do Rio de Janeiro. A ótima recepção dos professores à iniciativa nos faz ter planos para ampliá-la a outros locais históricos ou de importância cultural e ambiental da cidade.
Completa esta edição um tema da maior relevância: a UFRJ acaba de dar o pontapé inicial para formular uma nova proposta de ensino médio do país. O atual modelo, fruto de uma Medida Provisória do governo Michel Temer e transformada na lei nº 13.415/17, jamais foi discutido com os educadores. A primeira reunião do grupo de trabalho sob a coordenação do Complexo de Professores da instituição para dar andamento a essa iniciativa está na página 3.
Boa leitura!

 

WhatsApp Image 2023 04 28 at 19.51.42A AdUFRJ acaba de completar 44 anos, mas quem ganha o presente são os professores. Os filiados já podem passar na sede do sindicato para pegar bloco, caderno e adesivos da campanha “Respeitar a universidade é valorizar o professor”. A arte que ornamenta a capa dos materiais — exposta em banners pela Cidade Universitária desde o início do ano letivo — agora poderá ser levada com orgulho para todas as salas e corredores da UFRJ.

WhatsApp Image 2023 04 28 at 19.42.02Arquivo AdUFRJ/João LaetO Conselho Universitário do dia 27 aprovou, por unanimidade, a concessão do título de emérito ao ex-reitor Paulo Alcântara Gomes (Politécnica). O professor (foto), que dirigiu a UFRJ entre 1994 e 1998, obteve diversos prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais ao longo da trajetória acadêmica. Dentre eles, a Medalha Pedro Ernesto (2003), Membro titular da Academia Pan-Americana de Engenharia (2001), Medalha do Pacificador (2001), Ordem das Palmas Acadêmicas – França (1998), Membro Titular da Academia Brasileira de Educação (1992) e Membro Titular da Academia Nacional de Engenharia (1991).
O Consuni também agraciou o professor Hilton Koch, da Faculdade de Medicina, com a emerência. O professor, quando ainda estava no doutorado, nos anos 80, coordenou a Campanha Nacional de Combate ao Câncer do Ministério da Saúde. As campanhas organizadas à época foram premiadas pela Organização Mundial da Saúde. Koch foi presidente da Academia de Medicina do Rio de Janeiro e, mais recentemente, teve papel central na captação de recursos para a criação do Centro Nacional de Biologia Estrutural e Bioimagem da UFRJ, o Cenabio.

REAJUSTE DAS BOLSAS

Em função do recente anúncio de recomposição do orçamento das universidades, a reitoria anunciou ao Conselho Universitário do dia 27 que haverá um aumento no valor das bolsas acadêmicas. “Estamos recebendo uma suplementação de 20% e, em média, o reajuste vai ficar em torno de 25%. Em termos orçamentários, serão mais R$ 12 milhões por ano”, afirmou o pró-reitor de Finanças, professor Eduardo Raupp. A suplementação do governo — de R$ 64 milhões para a UFRJ, conforme informado na edição anterior do Jornal da AdUFRJ — entrará na conta da instituição em 31 de maio. No mês de junho, já serão pagos os reajustes e as diferenças retroativas a março.

ENCONTRO DE REITORES

O reitor Carlos Frederico Leão Rocha vai participar do V Encontro Internacional de Reitores da Universia, em Valência, na Espanha, entre os dias 6 e 11 de maio. O tema do encontro será “Universidade e Sociedade”. Segundo os organizadores, o evento terá três eixos: aprendizagem contínua; promoção do empreendedorismo e da inovação; e redes e interconexão entre as universidades. Além dos dirigentes acadêmicos, foram convidados representantes de governos e organizações internacionais ligadas ao ensino superior de 13 países: Alemanha, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Reino Unido, Uruguai, México, Peru, Polônia e Portugal.

bandeira adufrjQue semana! Estamos exaustos, mas honrados. Os últimos dias foram muito importantes para nós, professores e diretores da AdUFRJ.
Importante porque nossa comunidade organizou com tranquilidade democrática mais um processo eleitoral para a reitoria da maior universidade federal do país. Essa calma institucional revela mais do que o resultado das urnas: mostra que professores, técnicos e estudantes se respeitam, nutrem uma relação madura e prezam o diálogo.
Importante também porque, depois de intensa negociação — com participação sindical —, o Congresso aprovou a proposta de reajuste salarial de 9% dos servidores públicos federais. Os docentes do ensino superior, por exemplo, não tinham aumento desde 2019. Sabemos que o percentual é pouco, está longe de repor as perdas, mas já é alvissareiro de novos tempos.
Porém, para nós, diretores da AdUFRJ desde 2021, eleitos na rebarba da pandemia e nos estertores do desgoverno neofascista de Bolsonaro, o grande dia da semana foi a quarta-feira, 26 de abril de 2023, data em que a AdUFRJ completou 44 anos. É uma honra para nós ocupar a diretoria desse sindicato, nascido em 26 de abril de 1979, quando o país ainda enfrentava a ditadura militar.
Na época, corajosos docentes da UFRJ das mais diversas áreas fundaram a associação de professores, imbuídos da rebeldia contra o regime e do compromisso com a reconstrução democrática. Um pouco dessa linda história está na página 9 do Jornal, contada pelo professor Ericksson Almendra, um dos fundadores e segundo presidente da AdUFRJ. O primeiro foi o saudoso Luiz Pinguelli Rosa.
Mas a beleza de chegar aos 44 anos é que misturamos passado e futuro. Temos uma tradição, mas também temos um jeito novo de ver a luta sindical, como a aponta a vice-presidente da AdUFRJ, professora Mayra Goulart, em vídeo postado em nossas redes sociais.
Nesses 44 anos, a gente comemora não só a tradição, mas também as inovações que a AdUFRJ tenta implementar. Queremos atuação sindical mais dinâmica que combina as novas redes com as formas tradicionais de luta. Essa nova forma de ver o sindicalismo como dimensão da vida concreta dos professores está refletida na nossa campanha de filiação, que permite que professores assistentes e adjuntos — e seus equivalentes da carreira EBTT — tenham isenção das mensalidades da AdUFRJ, ao mesmo tempo em que podem se beneficiar de descontos em escolas, cursos, academias e clínicas. Convidamos também os docentes a buscarem em nossa sede blocos e cadernos feitos com carinho pela AdUFRJ.

Aproveitamos o clima de festa para parabenizar o professor Roberto Medronho e a professora Cássia Turci, escolhidos pela comunidade acadêmica para conduzirem nossa UFRJ pelos próximos quatro anos.

Aproveitamos o clima de festa para parabenizar o professor Roberto Medronho e a professora Cássia Turci, escolhidos pela comunidade acadêmica para conduzirem nossa UFRJ pelos próximos quatro anos. Esperamos uma relação mais profícua com algumas áreas, como a PR-4 e a Procuradoria, e renovamos nosso compromisso com a autonomia sindical, mas também com o diálogo com a reitoria. No próximo dia 12 de maio, o Conselho Universitário concluirá o processo eleitoral. 
E como o tempo não para, relembramos que está por vir a eleição do Andes, nosso sindicato nacional. Em reportagem na página 6, detalhamos os bastidores da disputa que ocorre nos dias 10 e 11 de maio. Todos os docentes sindicalizados podem votar. A diretoria da AdUFRJ está convencida de que renovar o Andes é fundamental para oxigenar o movimento sindical e aproximá-lo do cotidiano das professoras e professores.
E assim terminamos a semana, com folia, esperança e uma saudação especial para a linda festa pá, a da Revolução dos Cravos, o mais belo movimento emancipatório de Portugal, cujo aniversário quase coincide com o nosso. Parabéns a tod@s.
Boa leitura!

WhatsApp Image 2023 04 20 at 20.21.36As seções sindicais do Andes têm prazo até a próxima terça-feira (25) para definir a composição da Comissão Eleitoral Local (CEL) e enviar os nomes à Comissão Eleitoral Central (CEC) com vistas às eleições do sindicato nacional para o biênio 2023-2025, que ocorrem nos dias 10 e 11 de maio. Mesmo que não haja indicação de representantes das três chapas concorrentes, o funcionamento da comissão local estará garantido, como prevê o Regimento Eleitoral, com nomes sugeridos pela própria seção sindical. Não há também impedimento de que os membros da CEL sejam filiados a outras seções sindicais.
Uma vez definida a comissão local, ela terá até o dia 3 de maio para divulgar as seções eleitorais aos sindicalizados de sua base. Até o dia 9 de maio, as chapas deverão indicar à CEL os nomes dos fiscais para os processos de votação e apuração. Nesta quinta-feira (20), a AdUFRJ iniciou o envio postal do material de campanha das três chapas para seus quase 1.400 sindicalizados aposentados (foto).
É a segunda vez, nos 42 anos do Andes, que três chapas disputam as eleições do sindicato — a primeira foi em 1996. A chapa 1 — Andes pela base, apoiada pela atual diretoria do sindicato nacional, tem como candidato a presidente o professor Gustavo Seferian (UFMG). A chapa 2 — Andes-SN classista e de luta, uma dissidência do atual grupo que controla a entidade, apresenta como candidato a presidente o professor André Guimarães (Unifap). Expressão política do principal grupo de oposição à atual diretoria, a chapa 3 — Renova Andes traz como candidato a presidente o professor Luis Antônio Pasquetti, da UnB.

POLÊMICA
Esta semana, a Chapa 2 divulgou uma carta em que denuncia suposta arbitrariedade por parte da Comissão Eleitoral Central do Andes ao solicitar, no dia 7 de abril, após a homologação das chapas (ocorrida em 15 de março), a substituição da professora Danielle Dias da Costa (UEAP), candidata a 2ª secretária da Regional Norte II. A alegação para a substituição é de que a docente não estaria em dia com suas contribuições sindicais, o que é contestado pela chapa 2, para quem a candidata está em pleno gozo de seus direitos sindicais. Apesar do recurso apresentado pela chapa 2, a CEC confirmou, na terça-feira (18), a decisão de manter a eliminação da professora Danielle.

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