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Fernanda da Escóssia e Mathias Felipe

 

Alvo constante de crimes, o campus do Fundão enfrenta novas e velhas ameaças à sua já frágil segurança. A partir de janeiro, o campus terá 84 vigilantes terceirizados a menos — dos 552 que atuam na Cidade Universitária. Há risco de os estacionamentos ficarem sem vigilância. O número de carros furtados subiu de 36 em 2017 para 43 até novembro de 2018 na Cidade Universitária.

Para piorar, após sete meses de negociação, empacou o convênio do Proeis, que previa PMs de folga no policiamento. Segundo a reitoria, a UFRJ recebeu parecer negativo da Procuradoria do Estado do Rio para o modelo proposto, com financiamento da Petrobras.

Contratados pela Front, os vigias terceirizados não receberam a primeira parcela do 13º salário, vencida em 30 de novembro. “O trabalhador é penalizado”, afirmou o presidente do sindicato, Antônio Carlos de Oliveira. A assembleia de professores aprovou moção pedindo explicações à reitoria sobre o assunto.

Enquanto isso, a Divisão de Segurança (Diseg) da UFRJ, com cerca de cem técnicos, vive há anos na penúria. Os coletes à prova de bala estão vencidos, e o armamento é obsoleto. “Não temos como enfrentar traficante armado de fuzil”, afirma a vigilante Maria Buçard. Há quatro carros em funcionamento e mais dois fora de operação. Os carros não têm rádio. Há dois anos estão prometidos quatro veículos. Os banheiros estão sujos, e os armários, enferrujados. O telefone só funciona às vezes. Depois dos sequestros-relâmpago em março, o policiamento foi reforçado e o Exército passou a guardar as saídas do Fundão. O número de ocorrências caiu.

A Reitoria diz que precisou rever contratos frente a um déficit de R$ 100 milhões e que estuda como redistribuir os vigilantes. O pró-reitor Roberto Gambine reconhece uma dívida antiga com a Front (R$ 8,5 milhões, no total), mas que a responsabilidade pelo atual atraso do 13º é da empresa. Sobre o Proeis, a reitoria estuda nova forma de contratação, “executando o pagamento pelo serviço e repassando o custo às empresas instaladas no campus”. Sobre os carros prometidos à Diseg, o processo está parado no Ministério do Planejamento, que precisa autorizar a compra. Quanto às demais reivindicações da Diseg, a reportagem foi informada que as respostas seriam prestadas pelo prefeito universitário, Paulo Ripper, que retorna de férias na segunda-feira.

[sg_popup id="22372" event="onLoad"][/sg_popup]Por problema técnico, a sede da Adufrj está sem telefone. A operadora responsável prevê que o serviço seja retomado ainda hoje. Os associados podem entrar em contato por meio dos e-mails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..  A Adufrj agradece a compreensão. [caption id="attachment_21905" align="alignleft" width="160"] Fonte: pixabay[/caption]

Mathias Felipe

“O modelo de democracia que temos hoje é muito representativo, mas pouco participativo. A universidade precisa incentivar o estudante com disciplinas que estimulam o contato mais humanizado com a comunidade”, afirmou a técnica-administrativa Marta Batista, em seminário realizado pelo Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social (Nides) da UFRJ, nesta quarta-feira (5). Marta integra a equipe do Nides, que comemora cinco anos de existência como órgão suplementar do Centro de Tecnologia. Durante o encontro, que tinha como objetivo discutir os desafios e as perspectivas da universidade pública e da democracia, houve o lançamento de livros resultantes de projetos do núcleo. Um deles, intitulado “Tecnologia para Desenvolvimento Social – Diálogos NIDES-UFRJ” , foi embasado nos projetos de extensão desenvolvidos desde 2015. “A extensão não é só um fim para nós. Também é um meio para nossas pesquisas e para nosso mestrado”,disse Flávio Chedid Henriques, coordenador do núcleo. A coleção “Incubadoras Tecnológicas de Economia Solidária” ganhou mais dois títulos. Um dos livros mostra o processo de incubação em cinco estados do país. O seminário, no auditório G-122 do CT e na Tenda Coppe, vai até sexta-feira. Haverá mesas sobre estratégias de fortalecimento de políticas para a tecnologia social e apresentação de trabalhos dos alunos de mestrado. Também está prevista uma apresentação cultural indígena da aldeia Itaxi-mirim. A última mesa trará uma perspectiva das políticas públicas entre dois países do Mercosul: Brasil e Argentina.

Oito anos após o fechamento do Canecão, avança a negociação da UFRJ com o BNDES para permitir à universidade construir um novo centro cultural no local onde funcionava a antiga casa de espetáculos. Diante da pressão da opinião pública e dos órgãos de controle pela reabertura do espaço, foi firmado um contrato com o BNDES para avaliar os ativos imobiliários da universidade. Professores também participam da comissão.

Em troca do direito de uso sobre dez terrenos da UFRJ – 8 na Cidade Universitária, 1 no Centro e 1 na Praia Vermelha, somando 429 mil m² –, as empresas vão realizar obras de infraestrutura na universidade. Entre elas, bandejões, alojamentos, terminar construções e um centro cultural onde ficava o Canecão. Foi justamente a cobrança por uma solução para o prédio do velho Canecão que conduziu ao atual modelo. “É uma dívida com a sociedade. Até na feira me perguntam pelo Canecão”, já disse o reitor Roberto Leher em um Consuni.

A “troca” com as empresas será direta, sem dinheiro envolvido. Foi a forma encontrada pela UFRJ para evitar “confiscos” nas receitas próprias da universidade, decorrentes de aluguéis, entre outras fontes. Hoje, se o governo não autoriza os gastos, o dinheiro fica no Tesouro Nacional. A reitoria prevê para janeiro as primeiras conversas com os representantes da consultoria escolhida pelo BNDES: um consórcio liderado pelo banco de investimentos paulista Fator.

 No último dia 3, na Praia Vermelha, a reitoria solicitou à comunidade acadêmica que debata prioridades de infraestrutura: “Temos de mergulhar nisso. As expectativas serão calibradas pela realidade. Mas precisam estar definidas e pactuadas”, disse Leher

Nova sede, campanha de filiação e de valorização dos professores estão no horizonte para o próximo ano O último Conselho de Representantes do ano foi marcado por uma ampla participação de professores das mais variadas unidades da UFRJ. Estiveram presentes 24 representantes. A reunião aconteceu no dia 3 de dezembro, no Centro de Tecnologia. A exemplo do primeiro conselho da atual diretoria, esta reunião também foi encerrada com uma confraternização. Um dos assuntos do encontro foi a construção da sede própria da Adufrj. A diretoria acredita que a atual estrutura física da seção sindical deixa a Adufrj numa situação de fragilidade frente ao próximo governo. Isto porque ela ocupa uma sala do CT. “Ainda dependemos de algumas tratativas com a administração da universidade, mas a reitoria está dando grande apoio”, disse a presidente Maria Lúcia Werneck Vianna. O próximo passo é uma reunião com a Procuradoria da UFRJ para buscar a formalização do terreno destinado à Adufrj para a construção da sede no Fundão. A etapa posterior será a realização de um concurso para a escolha do projeto, por meio do Instituto de Arquitetos do Brasil. “Eles seriam encarregados por fazer o concurso e também para a fase de execução da obra”, explicou Maria Lúcia. Os conselheiros concordaram que a construção da sede é um tema prioritário para o próximo ano. “Pelo menos precisa iniciar a construção. Sabemos que é algo que leva tempo, mas precisa começar”, destacou o conselheiro Jackson Menezes, de Macaé. Ele sugeriu a construção de um dormitório na futura sede, para atender aos docentes de campi afastados. Outra demanda é a construção de uma sub-sede da Adufrj em Macaé, com estrutura administrativa e sala de reunião. UFRJ SEMPRE Outro assunto debatido foi a campanha de valorização da UFRJ, que já está na rua, na sua primeira fase, com os temas: #SouoPr1meiro”, #SótemAqui e #UFRJSim. Uma das decisões da última assembleia foi incluir na campanha um enfoque de valorização dos professores da universidade. “O desafio maior é alcançar as regiões mais afastadas do Centro. É preciso ter outdoors e cartazes em Caxias, que tem 800 mil habitantes. São Gonçalo tem um milhão de habitantes que não conhecem a UFRJ”, sugeriu o professor Marcelo Melo, representante da Educação Física. “As pessoas não vão defender a universidade se não souberem a diferença que ela faz na sociedade”, completou. A diretoria sugeriu, ainda, como parte de um trabalho de valorização da universidade, que os professores enviem artigos sobre suas pesquisas, das mais variadas áreas, para que a seção sindical tente publicá-los em jornais de grande circulação. Outras sugestões dos conselheiros prevêem inserção de temas da universidade em novelas, filmes e telejornais. Ainda, uma atividade na Quinta da Boa Vista com tendas e barracas que mostrem à população carioca a produção realizada na UFRJ. CAMPANHA DE FILIAÇÃO O último assunto da pauta foi a filiação de novos professores. “Há muita dificuldade em filiar os professores que ingressam na universidade, pois têm uma carreira diferente, um regime de previdência diferente e isto impacta nos seus salários”, afirmou Felipe Rosa, diretor da Adufrj. Maria Lúcia Werneck complementou: “É uma contribuição alta, especialmente para os novos professores”. Para tentar resolver esta situação, os conselheiros debateram uma proposta alternativa de contribuição sindical, cujos percentuais começassem mais baixos e fossem aumentando conforme o tempo de universidade. Essa contribuição mais baixa seria estendida a todos os docentes que ingressaram na UFRJ a partir de janeiro de 2013. Os percentuais sugeridos são 0,2% do salário até o terceiro aniversário de ingresso; 0,5% do salário de três a seis anos desde o ingresso; contribuição integral (0,8%) após seis anos de universidade. “Há uma estimativa de queda de 5% na arrecadação, que seria compensada se a Adufrj conseguir 200 novos professores”, informou Felipe Rosa. A proposta de alteração da contribuição à seção sindical precisa ainda ser submetida e discutida em assembleia da categoria. A Adufrj pretende estudar outras propostas de valores contributivos e apresentará em momento oportuno para debate em assembleia.

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