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Cursos multiunidades relatam suas dificuldades e têm sérios problemas de estrutura

Discussão deve voltar ao CEG em 12 de agosto

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Três cursos multiunidades, criados no âmbito do Reuni (programa de reestruturação e expansão das universidades federais), apresentaram sua estrutura ao Conselho de Ensino de Graduação (CEG) de 29 de julho. Professores de Defesa e Gestão Estratégica Internacional (DGEI), Relações Internacionais (RI) e Gestão Pública para o Desenvolvimento Econômico e Social (GPDES) falaram das dificuldades administrativas de se manterem sem que uma unidade os centralize.

A grande reivindicação de estudantes e docentes, tanto de DGEI, quanto de RI, é a criação do Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais para congregar os dois cursos. Já o GPDES, segundo explicou seu coordenador, professor Carlos Vainer, após longo processo de negociação, vai fazer parte do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR) a partir de janeiro de 2016.

Conforme esclareceu o pró-reitor de Graduação da UFRJ e presidente do CEG, Eduardo Serra, o objetivo da apresentação desses cursos foi iniciar os trabalhos do colegiado acadêmico para encontrar uma solução administrativa: “Peço que este Conselho se debruce sobre a questão dos cursos multiunidades em caráter de urgência. O objetivo é, até o início do próximo ano, termos a solução institucional”, disse.

Comissão criada

A deliberação do CEG foi reativar uma comissão criada há dois anos para acompanhar os cursos multiunidades. Agora, além de um conselheiro por segmento (docente, técnico-administrativo e estudante), haverá participação de um professor e um estudante de cada um dos cursos. Carlos Vainer esclareceu que o GPDES não se considera mais um curso multiunidades (dado o acerto com o IPPUR), mas que gostaria de colaborar com a comissão.

Em paralelo, outro grupo formado autonomamente pelos estudantes e professores dos cursos de DGEI e RI estudará a viabilidade da criação do Instituto. “A reunião de hoje foi bastante proveitosa e possibilitou importantes avanços para resolução de uma série de problemas institucionais que enfrentamos”, disse o professor Henrique Paiva, que fez a apresentação do curso de DGEI.

Leonardo Valente, professor de RI, fez a apresentação pelo curso e relatou que, além dos problemas gerenciais, há sérios problemas de estrutura: “Não tenho sala, por exemplo. Meu laboratório funciona no café da Praia Vermelha. Não temos prédio. Estamos aguardando há algum tempo a conclusão da obra ao lado da (Faculdade de) Letras (no Fundão)”.

Já Carlos Vainer, conhecido defensor da criação de cursos multiunidades, reconheceu que, com a atual estrutura da UFRJ, os cursos ficam inviabilizados administrativamente. “Esses cursos acabam por ficar invisíveis na estrutura da universidade. O projeto acadêmico do GPDES é um sucesso! Mas, gerencialmente, não funciona”.

Os cursos multiunidades trazem inovações pedagógicas que são bem vindas para a universidade. Também indicam a necessidade de alteração da estrutura administrativa e pedagógica da UFRJ, cenário que só será possível com melhores condições de trabalho para os técnicos-administrativos – que, como se sabe, estão em greve. 

pauta emergencial para ser encaminhada ao CNG do Andes-SN

AG aprova contraproposta e ...

pauta emergencial para ser encaminhada ao CNG do Andes-SN

A greve continua

Da Redação

Uma pauta com pontos emergenciais relacionados à pauta específica do Andes e o referendo à contraproposta salarial dos SPF,  articulando-a à reestruturação da carreira, foram aprovados na assembleia geral dos docentes da UFRJ na sexta-feira, 31 de julho.  A assembleia também decidiu pela continuidade da greve. 

 O debate sobre propostas a serem priorizadas na pauta da greve dos docentes federais dominou a reunião.  Entre essas propostas, está a exigência de que o MEC assine compromisso de que não haverá nas IFE nenhuma forma de contratação e ou projetos pela via das OS. Contratação de pessoal docente, TAE e de pesquisadores somente pelo RJU.

O texto aprovado também destaca a necessidade de verbas de investimento para construção de alojamentos, restaurantes e bibliotecas, maior investimento na assistência estudantil e atualização dos valores das bolsas e auxílios.

O documento que será encaminhado ao CNG propõe a exigência de um calendário de reposição das verbas cortadas e ampliação orçamentária das IFE. Concursos, retomando cargos extintos, e dinheiro para finalização das obras previstas iniciadas com verba do Reuni também fazem parte das propostas.

Outro ponto importante assinado pelo movimento docente da UFRJ é que o processo negocial seja retomado a partir do acordo assinado com a Sesu-MEC em 2014, sobre os pontos conceituais iniciais para a reestruturação da carreira docente.

Proposta salarial

Em relação à questão salarial, os professores aprovaram a contraproposta dos SPF, articulando-a com a reestruturação da carreira docente: aceitar o maior reajuste possível, (a) em parcela única de 19,7% em 2016, conforme encaminhamento do Fórum das Entidades Nacionais dos SPF, ou (b) em duas parcelas (2016 e 2017), com o maior reajuste possível em 2016.

Outro ponto: utilizar a maior parte possível do orçamento relativo aos reajustes obtidos para a reestruturação da grade salarial, de acordo com os conceitos da proposta do Andes-SN.

Greve

Por ampla maioria (houve quatro votos contrários e apenas duas abstenções), a assembleia decidiu pela continuidade da greve. A reunião no auditório do Instituto de Psiquiatria (Ipub) foi realizada já sob o impacto de novos cortes no orçamento da educação e mais repasses para o Fies (confira na página 8). 

A campanha “Sai da lata e negocia, Janine” – uma forma de chamar atenção para a ausência do ministro da Educação nas negociações – foi lançada para ser propagada pelas redes sociais. 

“O ministro não pode só aparecer na reunião de reitores para anunciar cortes”, disse Cláudio Ribeiro, presidente da Adufrj-SSind.

 
Eleições Adufrj-SSind: atenção aos prazos
As eleições da Adufrj-SSind, para os cargos da Diretoria e do Conselho de Representantes da Seção Sindical, biênio 2015-2017, acontecem nos dias 9 e 10 de setembro. As chapas devem se inscrever junto à secretaria da Adufrj-SSind até 10 de agosto. Já as listas para formação do Conselho de Representantes podem ser inscritas até o dia 31 de agosto.

Podem se candidatar à Diretoria ou ao Conselho de Representantes os docentes sindicalizados até 12 de maio de 2015. São eleitores os docentes sindicalizados até 11 de julho de 2015.

A Comissão Eleitoral do pleito foi composta e aprovada pela Assembleia Geral ocorrida no dia 31 de julho, no Instituto de Psiquiatria, na Praia Vermelha. Dela fazem parte os professores sindicalizados:

José Miguel Bendrao Saldanha
(Titular indicado pela diretoria)

Cristina Miranda
(Titular)

Sandra Martins Souza
(Titular)

Maria Fernanda Elbert Guimarães
(Titular)

Ricardo de Andrade Medronho
(Titular)

Leila Salim Leal
(Suplente)

Bruno de Souza Paula
(Suplente)

 

O Ministério do Desenvolvimento Agrário e as secretarias de Direitos Humanos e de Igualdade Racial são as pastas proporcionalmente mais afetadas pelo novo contingenciamento (bloqueio) de R$ 8,6 bilhões no Orçamento da União. Anunciado na semana passada, o novo corte de despesas discricionárias (não obrigatórias) foi detalhado em decreto publicado nesta quinta-feira (30) em edição extraordinária do Diário Oficial da União e atinge também os ministérios da Saúde e da Educação.

Em termos proporcionais, os cortes afetam 15,1% do limite de gastos do Ministério do Desenvolvimento Agrário, 14,4% da Secretaria de Direitos Humanos e 14,2% da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Órgãos de controle da administração pública, a Controladoria-Geral da União e a Advocacia-Geral da União foram poupados e não tiveram cortes.
Apesar de não liderarem os cortes em termos percentuais, os ministérios da Saúde e da Educação, que concentram os maiores orçamentos do governo federal, tiveram os maiores bloqueios de verbas em valores absolutos e foram as únicas pastas com cortes superiores a R$ 1 bilhão. Na Saúde, o contingenciamento adicional soma R$ 1,703 bilhão, 3,5% do total. Na Educação, o corte chega a R$ 1,165 bilhão, 2% da verba atual.

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) teve contingenciamento de R$ 2,055 bilhões, o que representa 5,1% do limite anterior de gastos. A verba disponível para o PAC caiu de R$ 40,527 bilhões para R$ 38,472 bilhões. Nas demais despesas discricionárias, o corte chega a R$ 6,420 bilhões. Existem ainda R$ 327,1 milhões de verbas contingenciadas, não alocados em nenhum ministério, mas que poderão ser usados no decorrer do ano.

O contingenciamento adicional de R$ 8,6 bilhões havia sido anunciado na semana passada pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa. A medida elevou de R$ 69,9 bilhões para R$ 78,5 bilhões o contingenciamento (bloqueio) de verbas no Orçamento Geral da União de 2015.

(Fonte: Agência Brasil, 30/07. Edição: Adufrj-SSind)

 

Foto: Samuel Tosta


A Assembleia Geral da Adufrj-SSind, realizada nesta sexta (31/7) em auditório do Instituto de Psiquiatria (IPUB), manteve a greve da categoria por ampla maioria. Houve quatro votos contrários e apenas duas abstenções.

A AG aprovou uma contraposposta com pontos emergenciais para apreciação do Comando Nacional de Greve do Andes-SN. 

Dentre os pontos, estão: o compromisso, por escrito, do ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, de que não haverá qualquer forma de contratação via organizações sociais (OS) nas Instituições Federais de Ensino; liberação de verbas para assistência e permanência estudantil; e retomada dos cargos de apoio extintos da carreira dos técnicos-administrativo, com o objetivo de pôr fim à terceirização nas universidades.

Houve, ainda, a formação da Comissão Eleitoral que dará seguimento ao processo sucessório da diretoria e do Conselho de Representantes da Adufrj-SSind (biênio 2015-2017). Dela fazem parte os professores:

José Miguel Bendrao Saldanha (indicado pela diretoria)
Cristina Miranda (titular)
Sandra Martins Souza (titular)
Maria Fernanda Elbert Guimarães (titular)
Ricardo de Andrade Medronho (titular)
Leila Salim Leal (suplente)
Bruno de Souza Paula (suplente)

Leia a matéria completa da assembleia no próximo Jornal da Adufrj, que, excepcionalmente, será fechado na segunda-feira (3 de agosto).

Atividade foi organizada pela Adufrj-SSind, Sintufrj, DCE Mário Prata e APG-UFRJ, com participação da ATTUFRJ

Da Redação

A ofensiva conservadora tem posto a terceirização como dinâmica central na exploração da força de trabalho. Esse novo padrão de relações, segundo o professor Cézar Maranhão, da Escola de Serviço Social (ESS) da UFRJ, vem abatendo conquistas que resultaram da luta dos trabalhadores no século XX.

Maranhão afirma que o drama dos terceirizados da UFRJ é um microcosmo de uma prática que se expande mundo afora. O professor cita números preocupantes da ampliação de terceirizados no Brasil. Mais grave ainda: a expansão do trabalho terceirizado no setor público, quando o Estado é o contratante.

As observações do professor foram feitas no debate sobre terceirização e precarização do trabalho. A reunião sob tendas, na manhã de quinta-feira 23 no campus da Praia Vermelha, foi atividade unificada de greve, organizada pela Adufrj-SSind, Sintufrj, APG e o DCE Mário Prata.

Na mesa que conduziu o evento, além de Cézar Maranhão, Francisco de Assis (Sintufrj), Luciano Coutinho (Adufrj-SSind) Pedro Silveira (DCE) e as representantes da Associação dos Trabalhadores Terceirizados da UFRJ (ATTUFRJ), Terezinha Costa e Waldinéa Nascimento. 

Terezinha e Néia (como é mais conhecida) são duas lideranças que têm se destacado na crise provocada por empresas terceirizadas na UFRJ. Como se sabe, a universidade chegou a adiar o calendário acadêmico no início do semestre porque, sem salários e dinheiro para transportes e alimentação, funcionários terceirizados de limpeza e portarias suspenderam o trabalho.

A mobilização dos terceirizados, fortalecida pela solidariedade das entidades de estudantes, técnicos-administrativos e professores, acabou resultando na criação da Attufrj. Esse novo patamar de organização deu força ao embate entre trabalhadores submetidos à extrema precarização e empresas de escrúpulos questionáveis, contratadas pela universidade para operações de apoio.

O debate foi antecedido por um fraterno café da manhã compartilhado por professores, funcionários e estudantes em greve. A atividade foi encerrada com panfletagem na Av. Venceslau Brás: manifestantes abordaram motoristas e pedestres, explicando as razões do movimento na UFRJ.

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