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A Comissão Temporária de Alocação de Vagas foi assunto no Consuni do dia 14. A professora Cláudia Morgado, do Centro de Tecnologia, criticou a realização de concursos sem programação prévia A Comissão Temporária de Alocação de Vagas foi assunto no Conselho Universitário do dia 14. A professora Cláudia Morgado, do Centro de Tecnologia, criticou a realização de concursos sem programação prévia. “No ano passado, foram distribuídas 86 vagas sem Cotav. E vaga sem Cotav é reserva técnica de reitor. Ninguém nunca foi contra a reserva técnica, mas ela gira em torno de 10%”, reclamou a professora. O número insuficiente de vagas destinadas às unidades, crítica que vem sendo realizada também pela Adufrj, foi outro ponto levantado pela docente. “Em 2009, a mesma Cotav distribuiu vagas para extensão, conversão de substitutos para permanentes e para reposição por vacância. Não há nenhuma situação de distribuição de vagas em que a comissão não possa atuar. Estão trabalhando com 150 vagas, eu solicito que se aumente para 500”, disse Cláudia. Para a reitoria, a atual Cotav foi criada apenas no âmbito de reposição de vagas. “Os atuais critérios não contemplam vagas futuras. Precisamos fazer uma projeção de aposentadorias, que podem passar de 800 por conta de mudanças nas regras da Previdência”, disse o reitor Roberto Leher. Para ele, não há como aumentar a quantidade de vagas, porque a UFRJ dispõe de poucos códigos para realizar concursos. Cláudia Morgado discorda: “O método já existe. Temos legislação para isso. Como se faz uma universidade de excelência sem qualidade docente? Perdemos ótimos quadros porque não planejamos nossas contratações”.

“Foi uma campanha muito bonita. Tivemos oportunidade de conversar com muitos professores de diferentes unidades”, disse Mariana Trotta, professora da Faculdade Nacional de Direito e candidata a presidente pela chapa Adufrj-SSind de Luta e pela Base. “Sabemos que representamos uma parte dos professores da UFRJ que se identificam com nosso projeto político de universidade pública e gratuita, com a defesa da Dedicação Exclusiva e de mudanças para o Marco Legal de Ciência e Tecnologia”. A docente disse que a perspectiva agora é de “unidade nas lutas”. “Estaremos em todas as mobilizações para impedir a retirada de direitos”, concluiu. Candidato a vice, o professor Rodrigo Volcan Almeida, do Instituto de Química, agradeceu a participação dos apoiadores no pleito: “Escutar os colegas foi um aprendizado muito grande”. E completou: “Independentemente do resultado, acredito que o debate fortaleceu politicamente a universidade”

Presidente da comissão eleitoral, o professor Flávio Martins fez uma avaliação bastante positiva do pleito e ressaltou a honestidade da categoria em todo o processo. “Houve muitos votos em separado, mas nenhuma tentativa de voto em duplicidade”, disse. Flávio, que é diretor da Faculdade Nacional de Direito, completou: “Estamos num ambiente de docentes. Além do compromisso com o ensino, pesquisa, extensão, também temos compromisso com a cidadania”. A comissão foi formada na assembleia geral de 24 de julho e trabalhou intensamente para realizar as eleições. Foram indicados dois representantes titulares e dois suplentes por cada chapa, além do presidente. Só foi registrado um problema em todo o processo eleitoral: um recorte errado nas cédulas da eleição para o Conselho de Representantes na Educação Física fez a comissão invalidar aquela votação. Um novo pleito deve ser convocado em breve apenas para eleger os representantes da unidade.

A aprovação dos professores aos candidatos apoiados pela situação foi consolidada nas seções eleitorais em que a atual direção havia sido vencedora há dois anos. Além disso, houve ampliação da base de apoio com outras urnas O mapa de apuração da eleição para a diretoria da Adufrj mostra que a chapa 1, Universidade para a Democracia, venceu em quase todas as localidades: a aprovação dos professores aos candidatos apoiados pela situação foi consolidada nas seções eleitorais em que a atual direção havia sido vencedora há dois anos. Além disso, houve ampliação da base de apoio com outras urnas. Vale destacar o deslocamento de votos para a chapa vitoriosa em dois locais. No Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, em 2015, a oposição havia feito o dobro de votos; em 2017, a chapa 1 fez 35 votos a mais, 45 contra 10. No somatório das urnas da Praia Vermelha, outra inversão. A Universidade para a Democracia venceu (118 contra 114) no campus onde havia sido derrotada há dois anos (123 a 158). A chapa 1 venceu, ainda, na Música, na Faculdade de Letras, no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, no Hospital Universitário e no prédio da reitoria, onde votaram professores da Escola de Belas Artes, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR) e do Instituto de Pós-graduação e Pesquisa em Administração (COPPEAD). Estas foram seções eleitorais dominadas pela chapa Adufrj-SSind de Luta e pela Base, em 2015. A chapa 2 ganhou nas urnas da Praia Vermelha 2, Praia Vermelha 3, Direito, da Escola de Enfermagem, da Educação Física, do Colégio de Aplicação e de Macaé 1 (Polo Universitário). Ao comparar os resultados da eleição deste ano com a de 2015, é possível apontar um aumento na diferença de votos entre a chapa 1 e o grupo, hoje, na oposição. Em 2015, a chapa Adufrj Democrática e Participativa ganhou a direção do sindicato com 883 votos contra 594 da chapa Adufrj-SSind de Luta e Pela Base. Neste ano, a chapa apoiada pela situação manteve a diretoria com 816 contra 469. Foi um crescimento de 20% na diferença entre as chapas. Eleição do Conselho O Conselho de Representantes também foi renovado para o biênio 2017-2019. São 53 representantes titulares e 34 suplentes de 26 unidades, além dos campi de Macaé e Xerém. Os números da votação e os nomes eleitos podem ser conferidos em https://goo.gl/ERoU93.

OPINIÃO Tatiana Roque Presidente da Adufrj Foi uma vitória substantiva! A chapa 1 foi eleita com uma diferença maior do que a da nossa eleição em 2015. Sinal de que os professores e as professoras da UFRJ aprovaram o que fizemos nos últimos dois anos. Sem prejuízo da participação nos eventos convocados pelo sindicato nacional, aos quais sempre aderimos, apostamos na multiplicação das formas de ação contra as ameaças à universidade pública e os cortes de verbas para a pesquisa. Um dos pontos mais estratégicos é trazer a sociedade para o nosso lado. A vitória da chapa apoiada pela atual direção demonstra a preferência por um sindicato plural, com abertura para o contraditório, inovador nas formas de mobilização, que amplia as alianças e estimula a participação nas decisões. Foi recusada uma proposta vanguardista, que acha que o papel de uma direção sindical é guiar as bases. O papel da Adufrj deve ser estimular um debate aberto e democrático. É fundamental que uma mobilização de professores universitários possa incorporar também o que há de específico em nosso trabalho – que é um trabalho de pensamento e de produção de conhecimento.

Pacientes e extraquadros do Hospital Clementino Fraga Filho estiveram no Conselho Universitário do dia 14 acompanhando o diretor Eduardo Côrtes, que afirmou não ter condições de realizar o pagamento dos profissionais sem vínculo. Para ele, a reitoria deveria se encarregar deste pagamento. “O dinheiro que disponho é específico para serviços do SUS, não pode ser destinado para outro fim, porque incorreria em crime”, justificou. Côrtes criticou a reitoria por não repassar o equivalente a R$ 2,4 milhões para o hospital.“Estamos com um déficit de R$ 3,1 milhões em materiais e de R$ 6 milhões do Rehuf”. Roberto Leher, por sua vez, afirmou que precisa de dados sistematizados para fazer os repasses. “A situação orçamentária é muito difícil, mas estamos empenhados em organizar as contas dos hospitais”, declarou.

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