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Primeiro ato será nesta quarta-feira, nas escadarias no CCS, a partir do meio-dia. Na quinta, caminhada sairá da Adufrj rumo ao Conselho Universitário, e uma plenária no CT discutirá o tema à tarde Preocupada com a onda de crimes que vitimam a comunidade acadêmica da UFRJ, a Adufrj está organizando uma série de atividades nos próximos dias. A ideia é colaborar na busca de soluções e cobrar das autoridades e da reitoria medidas eficazes e urgentes para combater a violência no campus do Fundão. A programação começa na quarta-feira, ao meio-dia, com um ato nas escadarias do CCS (Centro de Ciências da Saúde). Professores, alunos e técnicos vão participar. No CCS aconteceram os últimos casos de violência, como os sequestros-relâmpagos dos dois professores da Farmácia, na última sexta-feira. Na segunda-feira, 21 de maio, uma aluna foi levada por dois homens armados e obrigada a entrar no carro, sendo liberada pouco tempo depois. Na quinta-feira, a programação segue com uma concentração em frente à Adufrj, no bloco D do Centro de Tecnologia, a partir das 8h30. O grupo seguirá em caminhada até a reunião do Consuni (Conselho Universitário)  na Reitoria. A idéia é pautar o tema segurança, esclarecer as medidas encaminhadas e adotar novas providências. Ainda na quinta-feira, às 14h, será realizada uma plenária sobre segurança no Fundão, no Centro de Tecnologia. A plenária será no bloco E, na sala 212. O vice-presidente da Adufrj, Eduardo Raupp, reforça a convocação aos professores para participar dos eventos. “Queremos focar nesse chamamento para amanhã. É muito  importante a participação do professor para construir alternativas em busca de soluções e cobrar medidas concretas da reitoria e das autoridades de segurança pública”, afirmou Raupp.  

Medidas devem começar em junho, graças a uma parceria com PM e Petrobras. Um casal de professores da Faculdade de Farmácia ficou 11 horas em poder dos sequestradores, e uma aluna foi levada por bandidos Três dias depois do sequestro-relâmpago de dois professores da Faculdade de Farmácia na sexta-feira (18), uma estudante sofreu um sequestro-relâmpago no fim da tarde desta segunda-feira. A jovem, aluna de iniciação científica do Instituto de Biofísica, foi assaltada e, durante alguns minutos, obrigada a circular no carro dos bandidos, sendo liberada em seguida. A Prefeitura da UFRJ divulgou nota informando que começa em junho um programa de ampliação no policiamento do Fundão. Estão previstas alterações também no trânsito da Cidade Universitária. Segundo a nota da Prefeitura, o reforço virá com o Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis). Pela iniciativa, policiais militares de folga serão contratados para intensificar o patrulhamento no campus. O pagamento das horas extras ficará sob responsabilidade da Petrobras, que mantém um centro de pesquisas no Fundão. Outras medidas, de acordo com a prefeitura, devem ser iniciadas em junho. Entre elas, mudanças no trânsito da Cidade Universitária, com o fechamento de alguns acessos, e a divisão do campus universitário em quatro quadrantes, que passarão a ter patrulhamento motorizado durante as 24 horas do dia. Também está prevista a instalação de câmeras de maior definição para auxiliar a Polícia Civil na identificação dos criminosos. Além de uma participação mais ativa da Divisão Anti-Sequestro (DAS), em parceria com a 37º DP, nas investigações sobre as quadrilhas que atuam na Cidade Universitária. Na quarta-feira, o prefeito da UFRJ, Paulo Mario Ripper, vai se reunir com a cúpula da DAS. A Secretaria de Estado de Segurança também soltou  nota sobre a violência na Cidade Universitária. Entre as medidas previstas, está o reforço do efetivo do 17º Batalhão de Polícia Militar (Ilha do Governador), na Cidade Universitária. O casal de professores da Faculdade de Farmácia ficou 11 horas em poder dos sequestradores. Eles foram rendidos quando chegavam ao trabalho. Os ladrões levaram o carro, dois computadores e fizeram saques de R$ 38 mil em cartões. Em mensagem a colegas de universidade, os dois relataram os momentos de pânico e cobraram medidas da universidade. O professor prestou depoimento na 37ª Delegacia Policial (Ilha). Em março, mais dois professores do Centro de Tecnologia também foram vítimas de sequestro-relâmpago. Na manhã desta segunda-feira, a violência no campus foi o principal tema da reunião do Conselho de Centro de Ciências da Saúde e de um debate da eleição para a decania. Vários professores reclamaram da falta de controle dos acessos do campus e dos prédios: “É preciso controlar os acessos, como acontece em outras universidades públicas. É preciso uma ação enérgica. A gente vem aqui para trabalhar e fica à mercê do perigo”, afirmou a professora Ana Luísa Palhares de Miranda, da Faculdade de Farmácia. Colega dos professores sequestrados, ela elogiou a coragem dos dois em denunciar a violência. “Casos assim são comuns aqui, mas, muitas vezes, as pessoas têm medo de falar”, afirmou. O Conselho do CCS aprovou levar a discussão da segurança para a próxima reunião do Conselho Universitário, na quinta-feira. Também ficou definida a realização de um ato pela paz e contra a violência no campus para quarta-feira, ao meio-dia, nas escadarias do prédio do CCS. A Adufrj participará dos dois eventos.

Depois de 14 anos de pleitos com chapa única, a chapa 1, da situação, venceu a disputa pelo comando do Andes, com 51,71% dos votos. A chapa 2, da oposição, teve 42,73%. Fernanda da Escóssia e Kelvin Melo Numa eleição marcada pela votação expressiva da oposição depois de 14 anos de pleitos com chapa única, a chapa 1, da situação, venceu a disputa pelo comando do Andes. A chapa Andes Autônomo e de Luta, presidida por Antonio Gonçalves Filho, teve 51,71% dos votos, e a chapa 2, Renova Andes, da oposição, presidida por Celi Taffarel, teve 42,73%. Houve 2,85% de votos em branco e 2,72% de votos nulos. Considerados apenas votos válidos, a chapa 1 teve 54,76%, contra 45,24% da chapa 2. A eleição teve a maior participação dos últimos anos: 16.887 votantes, ou seja, 24,42% dos 69.152 docentes aptos a votar compareceram às urnas. É uma participação baixa em relação ao conjunto da categoria, mas muito superior à verificada nas eleições de 2016 (só 16,03% de comparecimento), 2014 (13,76%), 2012 (16,86%) e 2010 (16,48%). A chapa 1 venceu nas regionais Norte I e II, Nordeste I e III, Pantanal, Rio de Janeiro e Sul. A chapa 2 teve mais votos nas regionais Nordeste II, Planalto, Leste, São Paulo e Rio Grande do Sul. Na UFRJ, a chapa 1 venceu com 54,4% do total de votos. Gonçalves Filho tomará posse durante o 63º Conad, que começa dia 28 de junho, em Fortaleza. O mandato vai até 2020. Segundo ele, sua gestão terá foco em dois eixos: tentar reverter as reformas do governo Temer e lutar pela recomposição dos salários dos professores diante de seguidas perdas. Gonçalves Filho disse que o resultado das urnas fortalece a posição do Andes de não se envolver nas eleições, pois, em sua avaliação, os docentes não querem o sindicato como aparelho de partidos ou governos. “Não vamos defender candidaturas. Vamos apresentar uma pauta de reivindicações”, afirmou, acrescentando que é preciso defender a autonomia universitária. “A universidade está sob ataque”, diz. Candidata a presidente na chapa 2, Celi Taffarel disse que a campanha pode ser considerada vitoriosa tanto pela maior participação dos professores como pela votação expressiva, com vitórias em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Segundo ela, a oposição continuará debatendo com a nova diretoria a defesa da democracia, a libertação do ex-presidente Lula e seu direito de disputar o Planalto.        

O mais recente episódio da crise da Faperj é a disputa por dois cargos estratégicos: a direção Científica e a de Tecnologia. Sob pretexto de que os mandatos expiraram, o presidente interino Gabriell Neves e seu diretor administrativo passaram a acumular os cargos. As funções eram exercidas pelos professores Jerson Lima Silva, da UFRJ e Eliete Bouskela, da Uerj. A notícia indignou a comunidade científica. “Vivemos uma crise política e econômica. Não precisamos de uma crise institucional artificial”, avaliou a vice-presidente da Adufrj, Ligia Bahia, em reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e da Academia Brasileira de Ciências na Casa da Ciência da UFRJ, na quarta-feira, 16. A reunião aprovou nota em defesa da permanência dos atuais diretores. Os pesquisadores recomendaram também a nomeação imediata de presidente e do diretor administrativo da Faperj, prerrogativas do governador e essenciais para o funcionamento da agência. Reitores das universidades e institutos federais e dirigentes de outras instituições de pesquisa do Rio de Janeiro haviam publicado, no mesmo dia, manifesto com o mesmo conteúdo. O argumento do governo é jurídico. “Após entendimento junto ao procurador do Estado, chefe da assessoria jurídica, foi concluído não ser legalmente previsto, ao presidente da Faperj, prorrogar o mandato dos diretores”, afirma nota pública do interino. Mas integrantes da comunidade científica avaliam que a questão é política. “Em um ano, a Faperj teve cinco presidentes diferentes. Atualmente, não tem nenhum. O que temos é um Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Social interinamente. É uma crise estrutural”, observa Adalberto Vieyra, diretor do Centro Nacional de Biologia Estrutural e Bioimagem. Para Vieyra, o que está em jogo é o controle de uma instituição de grande reconhecimento social e capilaridade no interior do estado em ano eleitoral. “A Faperj apoia ações em mais de 90 municípios”, argumenta. “Vemos intenção de transformar isso em celeiro político. Querem garantir pessoas próximas politicamente”. Pelo estatuto da Faperj, cabe ao seu Conselho Superior a elaboração de lista tríplice para as diretorias a ser encaminhada ao governador. O prazo era 15 de abril, mas o ex-presidente Ricardo Vieiralves pediu uma reformulação nas regras da lista tríplice. Segundo João Viola, membro do Conselho e pesquisador do Inca, a indicação dos nomes para a lista será em julho. Diante de novo calendário, o Conselho não acatou a solicitação da SBPC, da ABC e de reitores para manter nos cargos os antigos diretores. O subsecretário de Ensino Superior do governo estadual, Augusto Raupp, compareceu à reunião da Casa da Ciência. Ele negou que o governo esteja desmontando a Faperj.    

Proposta é instalar catracas nas portarias e fazer controle eletrônico de frequência por meio dos crachás. Ideia está em análise e prazo de execução não foi definido. Mudança está sendo discutida depois de auditoria do TCU que cobrou maior fiscalização da jornada de trabalho Tag . UFRJ A direção do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) está discutindo com sua equipe um tema polêmico, mas necessário: a implementação do ponto eletrônico, com o controle dos crachás feito por meio de catracas nas portarias. A ideia está em análise, e o prazo de execução ainda não foi definido. O HUCFF é referência no atendimento de alta complexidade e na formação de uma elite da medicina brasileira. Sofre com a estrutura gigante e engessada, a falta de pessoal e os salários desiguais. Cem médicos ganham mais que o reitor, mostrou a Revista da Adufrj em setembro de 2017. Os relatos de ausência de profissionais são frequentes. O HUCFF está sob intervenção da reitoria desde novembro. O ponto eletrônico não foi iniciativa do hospital ou da UFRJ. Obedece a uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) expressa no acórdão 2729, de dezembro de 2017. O acórdão expõe o resultado de auditoria realizada pelo TCU na UFRJ, na Fundação Universidade de Brasília (FUB) e nos respectivos hospitais universitários. Aponta irregularidades na frequência de professores e técnicos e, no HUCFF, cobra controle mais rígido. Pelo acórdão, as universidades terão de divulgar atividades de ensino, pesquisa e extensão de professores, com normas para avaliar o cumprimento da jornada de trabalho. O diretor do HUCFF, Leôncio Feitosa, fez reuniões com a equipe para tratar do ponto. Em substituição à proposta de controle biométrico (pelas digitais), a ideia é usar catracas. Hoje o ponto é manual, com folhas assinadas e fiscalizadas pelos diretores de divisão. Feitosa afirmou que a mudança busca atender ao TCU respeitando a autonomia da universidade. “Em cada ponto de acesso, definido por uma equipe de expertise na área, serão instaladas catracas que reconhecerão os crachás de identificação. Um sistema de informática produzirá dois relatórios: um registrará a entrada e saída dos trabalhadores, e o outro registrará a entrada e saída dos demais”, esclareceu. Feitosa afirmou ainda que, “em alerta de que a simples presença pode não ser o bastante para o aumento da produtividade”, as metas de serviço serão atualizadas. “Nossa responsabilidade é que não haja absenteísmo”, afirmou. O diretor da divisão médica do HU, Marcos Freire, admite a preocupação dos colegas, pois há regimes de trabalho variados. “Quem entra em cirurgia não tem hora para sair”, afirmou. Na avaliação de Freire, médico do hospital e professor da Faculdade de Medicina, é preciso regras claras: “Não podemos ter regra homogê nea com essa variedade de profissionais”. Destaca que, num hospital universitário, muitos profissionais acompanham alunos, e isso tem de contar como trabalho. Na enfermagem, são 30 horas semanais e não 40, reivindicação da categoria atendida na UFRJ desde 2011. A carga mensal é de 120 horas, ou dez plantões de 12 horas. O diretor da Divisão de Enfermagem, Tony Figueiredo, elogiou a transparência na discussão do ponto, mas alertou para a necessidade de considerar como trabalho atividades de ensino. Neuza Luzia, coordenadora do Sintufrj, diz que o debate deve ir além do TCU: “Somos contra ponto eletrônico. Queremos debater nossa profissão”.    

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