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Pesquisa mostra percepção positiva da maioria dos brasileiros sobre o ensino superior público: eles valorizam inclusão pelas cotas e são contrários à cobrança de mensalidades *colaborou Fernanda da Escóssia As universidades públicas são melhores, formam cidadãos conscientes e estão menos elitistas graças às cotas. E quem pensa assim não são pessoas que estudam ou trabalham nessas universidades, mas a população em geral. É o que mostra pesquisa do Instituto Ideia Big Data com 2.168 brasileiros de todas as regiões do país, realizada entre abril e maio. Segundo o levantamento, 85% dos entrevistados avaliam que as instituições públicas formam melhor, e 88,9%, que servem ao desenvolvimento científico e social. Apenas 38,4% dizem que elas são restritas a ricos. Para 64,7%, o acesso foi ampliado com as cotas. O detalhe: só 8% declararam ter ou ter tido vínculo com alguma universidade pública. “Muitos acreditam que só quem é diretamente beneficiado acha a universidade importante. Mas a pesquisa mostra reconhecimento coletivo do papel dela”, destaca o professor e pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças da Universidade Federal de Pernambuco, Thiago Galvão, que tem apresentado os dados nos encontros do MEC. O secretário-executivo da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), Gustavo Balduíno, disse que a pesquisa mostra a relevância da universidade e a necessidade de explicitar os vínculos com a sociedade. “Quando alguém é atendido num hospital ou passa numa estrada, usa serviços de um profissional formado na universidade pública”, afirma. O estudo não foi encomendado pela Andifes, mas a associação está divulgando o trabalho em seu site justamente porque ele traz a percepção da sociedade sobre a universidade pública. Entre os entrevistados, 7% afirmam que as universidades públicas custam demais e não beneficiam a sociedade. Outros 20% concordam parcialmente com isso. E só 19,6% consideram muito altos os salários dos docentes. A rejeição à cobrança de mensalidades é clara: só 17,2% concordam com a proposta. QUALIDADE E JUSTIÇA SOCIAL O levantamento aponta que 68,9% reconhecem nas cotas uma política de inclusão e só 30,2% acreditam que isso baixou a qualidade do ensino. Autor de vários estudos sobre inclusão no ensino superior, André Lázaro destaca a aprovação das cotas: “Para a sociedade, qualidade tem que vir com justiça social. Num momento de ataques e redução orçamentária nas federais, é muito positivo”, afirma Lázaro, pesquisador da Flacso (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), professor aposentado da Uerj e diretor da Fundação Santillana. O otimismo com a inclusão é maior no Norte/Nordeste. No Sudeste, 56,7% afirmam que as públicas não são só para ricos; no Norte, 73,4%. No Sul e no Sudeste, 59,7% dizem que as cotas ampliaram o acesso, proporção que supera 70% no Norte e no Nordeste. Como ponto de reflexão, Lázaro destaca o fato de 61,8% dos entrevistados apontarem interesses corporativos muito fortes na universidade pública.

Cerca de 300 pessoas participaram na manhã desta quarta-feira, 27, de um ato no Complexo da Maré em memória do estudante Marcos Vinícius da Silva, morto na semana passada durante uma operação policial na comunidade. Cerca de 300 pessoas participaram na manhã desta quarta-feira, 27, de um ato no Complexo da Maré em memória do estudante Marcos Vinícius da Silva, morto na semana passada durante uma operação policial na comunidade. Professores e estudantes das escolas da região se reuniram na quadra do Ciep Operário Vicente Mariano, onde Marcos estudava, levaram cartazes e lembraram episódios de violência na região. O ato terminou com um abraço ao Ciep. A mãe de Marcos, Bruna da Silva, acompanhou tudo vestindo uma camiseta com o rosto do filho. Disse que vai cobrar uma ação concreta do Estado pela morte de Marcos. "Vamos transformar esse luto em luta. Hoje sou uma mãe da Maré, mais uma que perdeu seu filho", afirmou. Entre os participantes estavam vários alunos da UFRJ e ex-alunos da UFRJ que são moradores da Maré. Entre eles Alexandre Dias, professor de História no Ciep Vicente Mariano. Graduado pela UFRJ, onde também fez mestrado, Dias disse que a operação que resultou na morte de Marcos não foi a primeira a causar pânico na comunidade. "Na hora do tiroteio eu estava em sala, levei os alunos para o corredor. É muito difícil para os alunos viverem tudo isso", afirmou Dias.    

Uma manhã de tiroteio no Complexo da Maré, na última quarta-feira (20), causou uma tragédia: a morte do adolescente Marcos Vinícius da Silva, 14 anos, atingido quando estava a caminho da escola. Marcos morreu na quinta-feira, e o episódio revoltou a comunidade, localizada ao lado da Cidade Universitária. A Polícia Civil fazia uma operação para cumprir 23 mandados de prisão. Houve reação e intenso tiroteio com grupos criminosos. A Polícia Civil foi criticada por ter usado um helicóptero que realizava disparos. Foi aberto inquérito para apurar as circunstâncias da morte do estudante. Mais seis pessoas morreram. “É horrível, não entendemos a lógica de trocar tiros”, afirmou Diogo Nascimento, aluno de Matemática da UFRJ. Nas redes sociais, vários estudantes da universidade que são moradores da Maré relataram momentos de pânico. Enquanto isso, o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), moradora da Maré, segue sem punição, cem dias depois do crime. Marielle e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados no dia 14 de março, no centro do Rio.

O Conselho de Coordenação do Centro de Filosofia e Ciências Humanas homologou o resultado na tarde de segunda-feira (25). O candidato somou mais votos que o concorrente, professor Fernando Santoro, nos três segmentos O professor Marcelo Macedo Corrêa e Castro, da Faculdade de Educação, foi eleito decano do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) para o quadriênio 2018-2022. O Conselho de Coordenação do CFCH homologou o resultado na tarde de segunda-feira (25). Durante a apuração realizada no dia 21, os votos de 29 docentes referentes à urna do segundo dia de eleição no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais haviam sido impugnados. A ata e as listas de assinaturas totalizavam 28 votantes, um a menos do que o contabilizado. O Conselho de Centro confirmou a impugnação. Corrêa e Castro obteve 26,55% dos votos (resultado ponderado entre os segmentos) contra 14,75% do professor Fernando Santoro, do IFCS. Brancos somaram 0,25% e nulos, 1,36%. O candidato eleito ganhou nos três segmentos. Entre os docentes, 170 a 114, com seis nulos e nenhum branco. Entre técnicos administrativos, 171 a 75, com três brancos e 12 nulos. Entre alunos, 299 a 214, com quatro brancos e nenhum nulo. O universo eleitoral era de 479 docentes, 425 técnicos-administrativos e 7.633 estudantes. Ainda não há data oficial para a posse do novo decano.

Enquanto o semestre não acaba, alunos, professores e técnicos equilibram as aulas com jogos da primeira fase da Copa do Mundo da Rússia. Muita gente assiste às partidas nos pátios e nas cantinas; o restaurante do diretório acadêmico da Escola de Química instalou um telão. Nos grupos de mensagens, um dos assuntos é a troca de figurinhas, na tentativa de completar o álbum. O professor Bruno Souza de Paula, do Instituto de Física (IF), organizou um bolão de apostas da unidade com a participação de 63 professores e ex-professores. Cada um pagou R$ 50 para apostar, e o prêmio do vencedor será uma TV de 49 polegadas de resolução 4K. Apaixonado por futebol, Bruno está confiante no hexa: “A seleção melhorou muito com o Tite”, afirma. “O time está organizado. Se o Neymar for bem, vai fazer diferença.” No entanto, diz que é preciso cuidado com o favoritismo exacerbado. “É um campeonato curto, muito mata-mata, um jogo pode mudar tudo.” Ele aponta Alemanha e França como outras postulantes ao título. Flamenguista fanático, o professor conta que o amor pelo futebol começou na infância, quando colecionava álbuns dos Mundiais. “O primeiro que completei foi o da Copa de 1990”, lembra Bruno, nascido em 1980. “Em 1994, não consegui, mas em 1998 e 2002 completei.” Na Copa de 2014, o professor assistiu a quatro partidas e destaca a integração entre as torcidas. “Foi divertido ver gente de outros lugares, menos os argentinos, acampados por todo lado”, brinca.

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