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Os dois casos de sarampo diagnosticados em estudantes da Faculdade Nacional de Direito na segunda-feira (9) provocaram preocupação na comunidade acadêmica. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde, após as amostras serem analisadas pela Fiocruz. Na semana passada, um mutirão de vacinação de bloqueio foi realizado em professores, alunos e técnicos da FND para evitar a proliferação da doença. O Centro de Vacinação de Adultos da universidade, localizado no CCS, informa que disponibiliza a vacina para quem não tiver se vacinado na infância. Ainda não foi recebida nenhuma orientação para realizar uma imunização em massa. Gláucia Castro, diretora da Coordenação de Políticas de Saúde do Trabalhador, responsável pelo CVA, explica que qualquer mudança na rotina só pode ser autorizada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). “O protocolo de vacinação vem com ordem do município. Notificamos o que acontece e eles vão contabilizando para fornecer a estratégia que temos de adotar.” Ela diz que o centro está em contato constante com a secretaria. “Temos recebido muita gente pedindo a vacina, mas até agora a secretaria não liberou a vacinação em massa.” Kayene Micheli, estudante do 7º período do curso de Farmácia, foi na quarta-feira (11) ao local e recebeu uma dose de reforço da vacina, pois trabalha na área da saúde. Ela é funcionária do Hospital Universitário e diz que está preocupada com o surgimento de novos casos da doença. “O sarampo não deveria estar voltando. É preciso campanha e conscientização para não virar uma pandemia”, argumenta. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a imunização está presente nas vacinas Tríplice Viral e Tetra Viral, disponíveis conforme calendário definido pelo Ministério da Saúde para crianças entre os 12 e 15 meses. Adultos até 49 anos, que não tenham recebido as doses, também devem procurar as unidades de saúde para serem vacinados. Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo, mas a doença retornou este ano.

Fernanda da Escóssia, Kelvin Melo e Larissa Caetano Num domingo de sol e calor, o Dia Nacional da Ciência, realizado na Quinta da Boa Vista, 8 de julho, mostrou o interesse da população pelos experimentos científicos - em contraste com o explícito desinteresse do governo federal, que corta sucessivamente os recursos da pesquisa no país. Ao todo, 22 organizações, a Adufrj entre elas, apoiaram o evento, que lotou os jardins do Museu Nacional e transformou a Quinta num grande laboratório. Os jardins do Museu Nacional se transformaram numa imensa Feira de Ciências. Os expositores eram professores, cientistas, pesquisadores experimentados e alunos que se transformavam em mestres para ensinar sobre o impacto da ciência no dia a dia de cada um. Teve telescópio para ver o sol, teve aula sobre mosquito da dengue e criança aprendendo a montar moléculas químicas com jujubas coloridas. O evento celebrou os 70 anos da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador. A conselheira da SBPC Ana Tereza Ribeiro de Vasconcelos, uma das responsáveis pela organização, destacou a necessidade de obter o apoio efetivo da população. Lembrou que a produção científica demanda tempo, estudo e investimento.“A simpatia e a solidariedade da população ficaram evidentes. É preciso mostrar que, para que tudo isso aconteça, a ciência precisa de orçamento, de uma política eficaz no setor. E não é o que temos visto por parte desse governo”, afirmou a vice-presidente da Adufrj, Ligia Bahia. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, lembrou que foi a pesquisa científica que permitiu uma resposta ao surto de casos de zika. “A Fiocruz está aqui porque é um dia dedicado à Ciência, ao pesquisador. Além disso, são 70 anos da SBPC. Estamos unidos para colocar como ponto central que não pode haver cortes na Ciência, Tecnologia, Inovação. Esta atividade é vital para a sociedade brasileira, para nosso futuro como Nação. Foi a atividade científica, com a Fiocruz ao lado de várias instituições, que permitiu a resposta à questão da zika”, afirmou. Os deputados Carlos Minc (PSB-RJ), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Celso Pansera (PT-RJ), além da candidata a deputada federal Tatiana Roque (PSOL-RJ), ex-presidente da Adufrj, acompanharam o ato. A vice-reitora Denise Nascimento representou a UFRJ e disse que, mesmo sob ataques, as universidades públicas mostram força e ultrapassam seus muros. “O povo gosta, precisa e quer acesso à ciência. Cabe a nós lutar por orçamento para o setor”, afirmou a deputada Jandira Feghali. Uma equipe do Instituto de Microbiologia da UFRJ apostou em ensinar como uma atitude corriqueira, a lavagem correta das mãos, tem impacto efetivo no controle de doenças. Uma caixa com luz negra permitia observar as mãos antes e depois da lavagem. Kits com lâminas de laboratório mostravam a quantidade de bactérias em objetos manuseados no dia a dia, como uma maçaneta de porta e um celular. Crianças faziam fila nos experimentos. Marina Silva, mestranda em Turismo na UFF, levou o filho Vicente, de 3 anos, para ajudar a montar esqueletos de dinossauro. “A gente precisa mostrar aos filhos que a ciência está na vacina, no dia a dia, em tudo”, afirmou a mestranda.

Banco contratará consultoria para estudar uso de imóveis; acordo prevê centro cultural no prédio do antigo Canecão. Pagamento será por meio de contrapartidas em assistência estudantil e infraestrutura Ana Beatriz Magno, Fernanda da Escóssia e Kelvin Melo A UFRJ firmou contrato com o BNDES para estruturar o processo de aproveitamento econômico do uso de imóveis da universidade. O novo modelo de gestão patrimonial poderá ser por concessão, por constituição de um fundo de investimento imobiliário ou alternativas que tragam aproveitamento financeiro à UFRJ. A ideia é que o Banco formate um plano atrativo para investidores privados. Integram o convênio a área do antigo Canecão, em Botafogo, terrenos da Praia Vermelha e do Fundão. O BNDES abrirá pregão para contratar uma consultoria, encarregada de dimensionar o patrimônio e estudar opções de uso dos imóveis. O custo inicial é de R$ 8,5 milhões, divididos entre R$ 6,7 milhões para serviços técnicos, R$ 1,1 de publicidade legal e R$ 606 mil para serviços da Bolsa de Valores. O montante será pago pelo BNDES e ressarcido pela UFRJ quando os primeiros contratos forem fechados. O banco receberá 0,2% do valor de cada contrato. Uma comissão designada pela Reitoria participou da formatação da parceria, aprovada há cerca de duas semanas pelo Conselho Curador da universidade, que decide sobre patrimônio. Segundo a reitoria, a aprovação do Consuni (Conselho Universitário) era desnecessária, mas o reitor Roberto Leher levou o tema ao Conselho horas antes da assinatura do contrato. “A novidade é elaborar um projeto de modo que recursos advindos de eventual concessão possam ser integralizados por meio de contrapartidas”, afirmou o reitor. As contrapartidas seriam para infraestrutura acadêmica e assistência estudantil. Por exemplo, uma empresa exploraria um terreno da Universidade e como pagamento assume custos do Restaurante Universitário. Hoje, se a UFRJ recebe R$ 300 milhões pelo aluguel de um terreno e tal valor não está no orçamento, o dinheiro vai para a Conta Única do Tesouro. É a primeira vez que o BNDES assina um contrato como esse. A expectativa é que o Canecão seja o primeiro licitado. A consultoria contratada pelo Banco deve procurar empresas no Brasil e no exterior interessadas em investir na universidade que arquem com a criação de um espaço cultural da UFRJ no antigo Canecão. “É uma dívida com a sociedade, até na feira me perguntam sobre o Canecão”, relatou o reitor. Segundo ele, a UFRJ poderá barrar parcerias inadequadas. “A ideia é interessante, mas deveria ter sido mais discutida com a comunidade. É o patrimônio da universidade que está em jogo”, pondera o diretor da Faculdade de Medicina, professor Roberto Medronho. Já a diretora da Escola Politécnica, Claudia Morgado, avalia que, no mérito, não há como ser contra a proposta, mas que os conselheiros esperavam mais detalhes. O desafio, segundo ela, é acompanhar as contrapartidas, para que não haja obras mal executadas, que tragam mais risco que benefícios para a UFRJ. Embora o contrato já tenha sido assinado, o Consuni voltará ao tema na próxima reunião.

Causou alvoroço na diplomacia internacional uma resolução da Assembleia Mundial da Saúde, ligada à Organização das Nações Unidas. Discutido e aprovado no fim de maio, em Genebra, o texto incentiva a amamentação entre os países-membros da ONU. Passado um mês da decisão e publicação do documento, o jornal americano “The New York Times” informou que os EUA tentaram modificar a proposta, com ameaças de sanções econômicas a outras nações. Um dos trechos que as autoridades americanas queriam alterar é o que solicita aos países restringir a promoção de produtos alimentícios que muitos especialistas dizem ter efeitos negativos em bebês. Professor da Universidade Federal de Pelotas e colaborador da Organização Mundial de Saúde, Bernardo Horta considerou a medida da ONU “extremamente adequada, pois visa promover e proteger a amamentação e, ao mesmo tempo, limitar as ações de marketing da industria de alimentos”. O epidemiologista observa que os benefícios da amamentação são amplamente conhecidos, entre eles, a redução da mortalidade e das doenças na infância e, a longo prazo, melhorar o desenvolvimento intelectual.

Sindicato não aceita reajuste de 42,5%, que penaliza professores idosos. Decisão é romper com a gestora do contrato e buscar novos planos de Saúde para os docentes da UFRJ Ana Beatriz Magno e Fernanda da Escóssia Diante do aumento abusivo de 42,5% do plano de saúde da Unimed, a diretoria da Adufrj resolveu romper o contrato com a empresa corretora responsável pela gestão das apólices de docentes filiados ao sindicato. A Adufrj também decidiu entrar na Justiça contra o reajuste do plano dos professores com mais de 65 anos de idade. A Unimed não aceitou reduzir os valores dos que mais usam os planos - os idosos acima de 65 anos. Pela listagem fornecida pela corretora, 49 dos 201 professores com plano Unimed têm mais de 65 anos.   As decisões foram tomadas na tarde de sexta-feira, após reunião entre a diretoria da Adufrj e a corretora. A Adufrj rompeu o contrato por não concordar com o valor do reajuste - 42,5%, frente a uma inflação de 4,39% nos últimos doze meses- nem com os aumentos diferenciados por faixa etária. “Não aceitamos a penalização dos idosos. A decisão é entrar na justiça e garantir que não haja interrupção do tratamento”, afirmou a vice-presidente da Adufrj, professora Ligia Bahia, especialista em planos de saúde. Os contratos de docentes com a corretora estão mantidos. A Adufrj deixa claro, porém, que a empresa não representa mais a seção sindical. A corretora se comprometeu a fazer uma nova apólice com reajustes menores, em torno de 17%, mas apenas para os titulares com menos de 65 anos. Essa alternativa prevê que os professores troquem de apólice dentro do mesmo plano, sem exigência de carência, mas pagando a diferença entre o plano atual e o novo. Professores que fizerem essa opção devem negociar com a corretora e ela terá que honrar o acordado. A diretoria esclarece que está buscando alternativas de um novo plano de saúde em outro patamar de condições. “Queremos uma abrangente rede credenciada, com garantias de negociação de reajuste e maior protagonismo da Adufrj no processo”, explicou o professor Eduardo Raupp de Vargas, vice-presidente da Adufrj. A assessoria jurídica da Adufrj está à disposição para esclarecimentos dos sindicalizados.

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