facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

Trezentos professores participaram do Conselho do Sindicato Nacional (Conad), encerrado no último domingo em Fortaleza. O encontro definiu a agenda do movimento docente para o segundo semestre. As prioridades serão as mobilizações para reverter cortes orçamentários das universidades e a retirada de direitos pelo governo Temer. O Conad reuniu 61 delegados, 210 observadores de 70 seções, além de 32 diretores do Andes, entre 27 de junho e 1 de julho na Universidade Estadual do Ceará. A Adufrj mandou delegação com sete pessoas, escolhidas em assembleia. O encontro de Fortaleza foi marcado pela posse no novo presidente do Andes, professor Antonio Gonçalves. A vereadora Marielle Franco, assassinada em março no Rio, foi homenageada durante o evento no Ceará.

Negociação com a Unimed está em andamento. Diretora da Adufrj, a professora Ligia Bahia afirma que o Sindicato não hesitará em buscar os direitos dos docentes na Justiça, se o percentual do reajuste permanecer elevado O professor Paulo Carrilho Soares Filho tomou um susto ao ver o boleto do plano de saúde da Unimed, contratado via Adufrj. O valor anterior, de aproximadamente R$ 1,9 mil mensais, subiu para mais de R$ 2,7 mil. Um aumento de 42,5%. Carrilho, assim como outros docentes, entrou em contato com o Sindicato em busca de orientação: “Aqui em casa, o impacto no orçamento é duplo. Minha esposa, também professora, pagará o mesmo valor”, disse o aposentado do Instituto de Física, de 64 anos. Diretora da Adufrj e especialista em saúde pública, a professora Ligia Bahia afirma que o Sindicato já está negociando com o plano de saúde e não hesitará em buscar os direitos dos docentes na Justiça, se o percentual permanecer elevado.“É um índice muito alto em relação à inflação. Nós não vamos deixar”, disse. Ligia explica que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que não define o reajuste dos planos coletivos, fixou em 10% o índice máximo de reajuste a ser aplicado aos planos de saúde médico-hospitalares individuais/familiares no período compreendido entre maio de 2018 e abril de 2019. Representante da administradora IBBCA, que negocia os convênios para a Adufrj, Miguel Gomes orienta os professores em situação semelhante à de Paulo a não pagar - por enquanto - os boletos, datados para o dia 20. Está em negociação com a Unimed uma forma de baixar o alto reajuste cobrado, que não atingiu todos os professores do convênio. “Os que ingressaram recentemente não sofreram este reajuste”, afirma Miguel. Uma possibilidade é transferir os docentes prejudicados com o aumento abusivo para uma nova apólice, exclusiva da Adufrj (na atual, os professores compartilham o convênio com outros servidores públicos). Pode ocorrer, ainda, a migração para uma apólice já existente da própria Unimed, com valores menores. Em último caso, existe a opção de sair para o plano de outra operadora. O sindicato possui convênios com Bradesco, Amil e Sul América, que não sofreram reajustes tão altos. Os resultados da negociação com a Unimed e as orientações da seguradora serão divulgados nos próximos dias.  

Contatos para informações sobre o plano de saúde

21- 3473-1999 / 3553-2470 / 98463-0886

ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Corretor Miguel

Organizado por 22 entidades, entre elas a Adufrj, evento comemora os 70 anos da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e protesta contra cortes em pesquisa Domingo é dia de ciência na Quinta da Boa Vista. Num dos principais cartões-postais do Rio de Janeiro, a comunidade acadêmica celebrará os 70 anos da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), com atividades gratuitas das 10h às 14h. “É uma oportunidade para aproximar a ciência da população”, destaca a bióloga Ana Tereza Ribeiro de Vasconcelos, conselheira da SBPC e pesquisadora do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), uma das 22 entidades organizadoras do evento, entre elas a Adufrj. “Será um momento para protestar contra o corte de investimentos de pesquisa”, completa o presidente da SBPC, professor Ildeu de Castro Moreira. “Ciência e a educação são importantes para a soberania e a construção de uma nação mais justa. Queremos chamar atenção para isso”, avalia Fernando Pereira Duda, diretor da Adufrj. O evento lembra outras três datas importantes para os pesquisadores brasileiros: o Dia Nacional da Ciência, Dia Nacional do Pesquisador e os 200 anos do Museu Nacional. O Museu terá entrada gratuita durante todo o dia. Em mais de 30 estandes, o público poderá participar de experimentos científicos (veja  abaixo). O repertório musical ficará por conta de ritmistas da Beija-Flor e rappers da comunidade de Manguinhos. O presidente da SBPC lembra que também será um momento de manifestação contra os cortes de recursos para a pesquisa. “Vamos repetir com força no dia 8 de julho: Ciência não é gasto, é investimento!”, explica Ildeu. PROGRAMAÇÃO Da astrofísica ao DNA, da prevenção da dengue até a melhor forma de lavar as mãos, tem de tudo um pouco na feira de ciências na Quinta. Algumas atrações:
  • Observação do Sol - o público poderá observar o sol por meio de telescópios, com auxílio dos mediadores da feira
  • Que micróbio você é? - os participantes descobrirão com que micróbio (ou microrganismo) mais se parecem
  • Diabetes e Obesidade - atividades lúdicas como “amarelinha da diabetes” e “monte seu prato” vão mostrar a importância da atividade física
  • Ciência em Jogo: mesas de jogos sobre microbiologia e imunologia criados por alunos do Instituto de Microbiologia
  • Conhecendo os mosquitos transmissores de dengue, zika e chikungunya
  • Rap com ciência: das 10h às 12h, apresentações de rappers compondo músicas sobre temas científicos.
  • Apresentação de ritmistas da Beija-Flor: 12h às 14h

Na sede do sindicato, os representantes dos professores e o pró-reitor de Pessoal, Agnaldo Fernandes, dialogaram sobre a organização, o conteúdo e cronograma do evento O Congresso Universitário proposto pela reitoria foi tema de reunião entre a diretoria da Adufrj e o pró-reitor de Pessoal, Agnaldo Fernandes, no último dia 4. No sindicato, os representantes dos professores e o dirigente universitário dialogaram sobre a organização, o conteúdo e cronograma do evento. O encontro foi resultado do compromisso do reitor Roberto Leher em reiniciar o processo de organização do Congresso, com participação mais efetiva das entidades representativas da comunidade. Na reunião do dia 4, os diretores da Seção Sindical apresentaram as divergências com relação à proposta original. Uma crítica inicial diz respeito à participação condicionada à apresentação de teses. Para o vice-presidente da Adufrj, professor Eduardo Raupp, este dispositivo pode afastar as pessoas do debate: “Queremos que o Congresso seja um espaço de acolhimento”, disse. A diretora Ligia Bahia observou que a discussão poderia se dar por temas: “E que seja um repertório aberto. Sem censura, para estimular a participação”, afirmou. Os professores também cobraram que seja divulgado o Plano de Desenvolvimento Institucional, tido pela reitoria como documento de referência dos trabalhos do Congresso. Também reivindicaram mais informações sobre diversos aspectos da vida universitária, como assistência estudantil, pesquisas realizadas e dados sobre a própria categoria docente. Solicitaram, ainda, que a comissão organizadora tenha uma composição paritária. O pró-reitor Agnaldo disse que enviaria o PDI para a diretoria no mesmo dia e buscaria os dados solicitados para divulgação. Observou que há concordância com a paridade na organização: “Podemos incorporar temas que discutimos aqui. Não achamos que haja diferenças que nos separem”, avaliou. Um novo encontro entre administração central e diretoria da seção sindical para discutir o Congresso Universitário deve ocorrer no dia 11.

O artista, cineasta e dramaturgo Ruy Guerra recebeu ontem (28) o título de Doutor Honoris Causa da UFRJ. A honraria foi concedida durante Sessão Solene do Conselho Universitário, no campus da Praia Vermelha. “No momento conturbado que estamos passando, receber esse título em um reduto do saber, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro, é para mim um grande motivo de alegria”, afirmou. O reitor da UFRJ, Roberto Leher, destacou a importância de prestar essa homenagem a um dos grandes nomes do cinema nacional. “É uma afirmação da forma como a UFRJ pensa a realidade brasileira e o campo da cultura. Ruy está no epicentro de um movimento de revolução cultural no país.” Ele ressaltou a grande contribuição do artista, ao lado de Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos, para o movimento do Cinema Novo, na década de 60. “O país vislumbrava o horizonte em que o direito de sonhar estava sendo materializado por essa geração extraordinária.” Convidado a falar sobre o amigo, o fotógrafo e também cineasta Walter Carvalho exaltou a contribuição de Ruy Guerra para outras artes. “Toda a história da música brasileira passa por ele”, disse. “É um dos expoentes do grupo que estava construindo uma cultura brasileira a partir desse ponto de vista”. Em parceria com ícones da MPB, como Chico Buarque, escreveu diversas canções, como “Fado Tropical”, “Tatuagem” e “Você vai me seguir”. Ruy Guerra nasceu na cidade Lourenço Marques (hoje Maputo), capital de Moçambique, em 1931. Estudou cinema no renomado Institut des Hautes Études Cinématographiques, em Paris, mas foi no Brasil que ganhou grande destaque. Entre suas obras, estão os filmes “Os Cafajestes” (1962) e “Os Fuzis” (1964), vencedor do Urso de Prata do Festival de Berlim daquele ano, na categoria direção.

Topo