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A AdUFRJ convocou os professores da universidade para debater os próximos passos da campanha salarial emergencial deste ano. O objetivo da assembleia, que terminou pouco depois das 19h de hoje (03 de março), foi definir que proposta o Andes deverá defender no Fonasefe - o fórum que reúne os sindicatos nacionais de diversas categorias do funcionalismo federal.

Os docentes da UFRJ decidiram que o Andes deve negociar um índice que seja de consenso entre o Fonasefe e o Fonacate - fórum que reúnde as carreias típicas de Estado e que apresentou na última semana uma contraproposta de recomposição de 13,5% (a original dos servidores é de 26,94%).

Além disso, os professores apontaram para a necessidade de pressionar o governo pela instalação de mesas de negociação setoriais, para que as especificidades da carreira docente também sejam discutidas. A revogação de medidas antissindicais e autoritárias, tomadas pelo governo Bolsonaro contra os servidores, também deverá ser uma prioridade a ser discutida após o fim da negociação da recomposição salarial emergencial, assim como a construção já da campanha salarial para 2024.

A professora Mayra Goulart, vice-presidente da AdUFRJ, levará a decisão da assembleia da UFRJ para a reunião do setor das instituições federais de ensino vinculadas ao Andes. O encontro acontece neste final de semana, nos dias 4 e 5 de março, em Brasília.

A próxima rodada de negociação com o governo está marcada para o dia 7 de março.
 
A matéria completa você lê na próxima edição do Jornal da AdUFRJ

A mesa permanente de negociação entre o governo e os servidores públicos federais foi reaberta depois de seis anos. A cerimônia que marcou aInstalada mesa de negociacao entre governo e servidores federais reativação dos trabalhos — descontinuados nas gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro — aconteceu na manhã de 7 de fevereiro. A pauta prioritária é a recomposição imediata dos 27% perdidos nos quatro anos de governo Bolsonaro, o reajuste dos benefícios, a criação de um calendário que abra possibilidade de reajuste real dos salários nos próximos anos e a revogação de todas as medidas antissindicais tomadas pela gestão anterior.

O assunto foi um dos temas do 41º Congresso do Andes, que aconteceu entre os dias 6 e 10 de fevereiro em Rio Branco, capital do Acre (veja mais análises nas próximas páginas). A presidente do Andes, professora Rivânia Moura, participou da cerimônia de abertura das negociações em Brasília, ao lado de oturos dirigentes de sindicatos nacionais.

Mayra Goulart, vice-presidente da AdUFRJ e docente do IFCS, participou do congresso como delegada. Ela celebra que o assunto tenha sido debatido no congresso do Andes, mas afirma que é preciso mais espaço para as temáticas que se relacionam diretamente com o dia a dia dos professores. “Esse debate aproxima o sindicato do professor comum”, acredita a diretora. “Nós estamos particularmente comprometidos com a recomposição salarial e vamos atuar não só no Andes, mas em outras frentes de mobilização, como o advocacy, junto aos parlamentares, para sensibilizar para a pauta”, afirma Mayra. “Precisamos recuperar a carreira como um todo, acabar com as desigualdades entre professores. Isso deveria ter sido mais debatido no congresso. O Andes precisa ser mais objetivo nessas pautas propriamente corporativas da carreira docente”.

Enquanto os professores debatiam a campanha salarial em Rio Branco, lá em Brasília era possível sentir os novos ares do governo Lula. A reunião que instalou a mesa permanente de negociação foi presidida pela ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e foi prestigiada por outros ministros de Estado, além dos fóruns de entidades de classe, centrais sindicais e sindicatos. “Precisamos fortalecer a organização sindical. Os sindicatos são, por vocação, defensores da democracia”, afirmou Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).

Rudinei pediu celeridade na apresentação de propostas e falou sobre a defasagem salarial dos servidores do Executivo. “No Executivo estão as menores médias salariais. Esperamos elevar o percentual de reajuste e reduzir o prazo para sua concessão”, finalizou.
“O objetivo aqui é tirar a granada do bolso de vocês”, emendou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele também reiterou o compromisso do governo com o “diálogo permanente” em conjunto com as centrais sindicais e fóruns de servidores públicos federais.

REVOGAÇÕES
Professora do Instituto de Economia da UFRJ, a ministra Esther Dweck informou que antes do Carnaval chamaria uma primeira reunião com os fóruns nacionais de servidores federais (Fonasefe e Fonacate) para discutir os parâmetros do reajuste salarial de 2023. “Há previsão orçamentária e iniciaremos esse trabalho em breve, para discutir coletivamente o que é possível fazer nesse primeiro momento”, garantiu. No entanto, a reunião ainda não aconteceu.

Uma nota técnica da CGU, que impedia a manifestação política dos servidores do Executivo, editada pelo governo anterior, foi revogada no final de janeiro, informou a ministra. Outra revogação é a do cronograma estipulado pela gestão Bolsonaro para que todo o funcionalismo passasse do regime próprio de previdência para o INSS. “Está suspenso esse cronograma e vamos montar um grupo de trabalho para discutir as questões previdenciárias dos servidores do Executivo”, declarou.

Ainda durante o encontro, Esther Dweck assinou decreto que trata da permanência de dirigentes com mandato classista (em associações, federações, sindicatos e conselhos de classe) na folha de pagamento do governo federal. O ato foi muito aplaudido. O governo Bolsonaro havia retirado da folha de pagamento dirigentes sindicais com afastamento autorizado. Dessa forma, esses servidores passaram a não ter mais contracheques que comprovassem sua renda ou vinculação trabalhista, e o período de afastamento deixava de contar para a aposentadoria. A partir de agora, esses servidores serão reincorporados à folha e as entidades devolverão à União o valor relativo aos vencimentos desses dirigentes.

A ministra aproveitou o momento para destacar o papel dos servidores na defesa da democracia. “Posso dizer nós, porque também sou servidora pública. Nós tivemos um papel importantíssimo em garantir que o Estado não fosse completamente destruído. A resistência dos servidores foi fundamental para que hoje pudéssemos iniciar esse trabalho de reconstrução”.

Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, também prestigiou a instalação da mesa. Ela anunciou que dez mil servidores serão beneficiados nos próximos dias com pagamentos de direitos trabalhistas de exercícios anteriores. Os passivos foram ignorados pelo governo Bolsonaro. O valor total é de R$ 350 milhões. “A ministra Esther é uma grande bússola para todos nós. Ela entende e veste a camisa dos servidores públicos. Vocês estão em excelentes mãos”, declarou Tebet. “Essa reconstrução passa pelas mãos de cada servidor, de cada servidora pública deste país”.

Ministro da Educação, uma das pastas que mais emprega servidores, Camilo Santana aproveitou a oportunidade para declarar apoio aos trabalhadores. “Só temos qualidade no Serviço Público quando valorizamos nossos servidores. A recriação dessa mesa de negociação é uma determinação do presidente Lula”, afirmou. “Eu também sou servidor público concursado, estamos há praticamente sete anos sem reajuste. Precisamos construir caminhos para valorizar e respeitar o Serviço Público desse país. Para nós, esse é um momento simbólico, de união e reconstrução”.

Os ministros Rui Costa, da Casa Civil; Luiz Marinho, do Trabalho; Carlos Lupi, da Previdência; e Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, também participaram da solenidade.

CALCULADORA DIGITAL MOSTRA PERDAS
SALARIAIS DE DOCENTES DAS FEDERAIS

O Andes lançou uma ferramenta digital que aponta as perdas salariais dos professores das universidades federais de janeiro de 1995 — ou emWhatsApp Image 2023 02 16 at 21.42.24 qualquer período escolhido desde então — até dezembro de 2022. A calculadora é fruto de uma parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e mostra que cada nível da carreira perdeu poder aquisitivo de forma diferenciada.

Embora seja uma ferramenta interessante, o mecanismo não permite que seja realizada uma discussão coletiva sobre essa defasagem. É o que aponta a professora Mayra Goulart, vice-presidente da AdUFRJ. “Não acredito que seja a melhor opção para a construção da luta política para a recomposição salarial da nossa categoria, uma vez que ela é um instrumento de particularização, já que o cálculo é feito a partir do estágio da carreira em que o docente se encontra. Acredito que o sucesso do pleito está na articulação com as demais categorias do serviço público”, analisa.

Para fazer o cálculo, basta inserir dados como: magistério superior ou EBTT, ativo ou aposentado, jornada de trabalho (20h, 40h ou DE), titulação, cargo, nível e o intervalo de tempo. Além das perdas em valores reais, a calculadora também apresenta os valores corrigidos pela inflação.
A ferramenta está disponível em www.dieese.org.br/calculadoraandes. (com informações do Andes)

O Conselho de Ensino de Graduação acaba de aprovar uma proposta de alteração do calendário acadêmico. Em vez de 13 de março, o início das aulas será em 3 de abril para a maioria dos estudantes — alguns cursos, como Medicina, já começaram as atividades para os “veteranos”, além do Colégio de Aplicação. A medida foi necessária em função do atraso no cronograma do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), mais um problema herdado do governo Bolsonaro. Não há como realizar todos os procedimentos de pré-matrícula e matrícula até a data originalmente prevista. Tecnicamente, também não é possível separar os calendários entre calouros e veteranos para os mais de 170 cursos de graduação da UFRJ.

O primeiro período será encerrado em 22 de julho. O segundo período começará em 10 de agosto e terminará em 23 de dezembro. O calendário votado no CEG ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Universitário.

A matéria completa estará no Jornal da AdUFRJ desta semana.

logoadufrjA secretaria da AdUFRJ vai funcionar em home office nesta sexta-feira (17). Depois do carnaval, retornaremos ao expediente normal na segunda-feira, dia 27. 

Pela primeira vez em 40 anos de história do Andes, quatro chapas irão disputar a direção do Sindicato Nacional de Docentes. As chapas se inscreveram no final da tarde de hoje e se apresentaram para os colegas na plenária do Congresso.

A chapa 1, ‘Andes pela Base, Ousadia para Sonhar, Coragem para Lutas’, apoiada pela atual diretoria, é encabeçada pelos professores Gustavo Seferian, da UFMG, Francieli Rebelatto, da Unila, e Jennifer Webb Santos, do Colégio de Aplicação da UFPA. O professor Luis Acosta, do Serviço Social da UFRJ, integra a chapa. Ex-presidente da AdUFRJ, Acosta acumula cinco décadas de militância e um precioso e um raro traço de atitude política: a cordialidade e o respeito aos adversários. “Disputar essa eleição significa contribuir com as lutas da categoria e fazer avançar a luta da classe trabalhadora e ajudar na reorganização para enfrentar os desafios atuais”, resumiu o docente. “Vamos manter a autonomia e a independência em relação ao governo e às reitorias. Claro que queremos participar dos espaços de negociação em benefício dos trabalhadores”.

O triunvirato que lidera a Chapa 2 – ‘Andes-SN Classista e de Luta’ é formado pelo professor André Guimarães, da Universidade Federal do Amapá, pela professora Celeste dos Santos Pereira, da Federal de Pelotas, e por Welbson do Vale Madeira, da Federal do Maranhão. A professora Marinalva Oliveira, da Faculdade de Educação da UFRJ e ex-presidente do Andes, integra a chapa. Marinalva, militante incansável da luta anticapacitista, protagonizou momentos fortes no Congresso de Rio Branco ao criticar severamente a atual reitoria da UFRJ e a secretária de Ensino Superior do MEC, professora Denise Pires de Carvalho. “A reitora conseguiu vender a UFRJ por meio da privatização do Canecão e agora quer desenvolver esse projeto para todo o país”, discursou no penúltimo dia do Congresso. “Sou enfática, mas respeito meus adversários. Não faço política com ódio”, resume a docente, sempre elegante no vestir e nos atos.

A chapa 3, Renova Andes, é liderada por Antônio Pasquetti, professor da Universidade de Brasília. A professora Eleonora Ziller, ex-presidente da Adufrj, integra o triunvirato que encabeça o grupo. O terceiro nome é Erika Suruagy, da Universidade Federal Rural de Pernambuco. O Renova é o maior coletivo de oposição à atual direção do Andes. “Queremos construir um novo sindicato, que se renove, que seja mais horizontal em sua organização, menos engessado e mais próximo da vida cotidiana dos nossos professores. Nosso objetivo maior é trazer para as nossas lutas coletivas aqueles que estão afastados e descrentes. Há um novo momento político no país e precisamos estar preparados para ele, analisou Eleonora, após a cerimônia de apresentação das chapas, com a tranquilidade que sempre marcou sua atuação à frente da AdUFRJ.

A quarta chapa se apresenta como representante da Quarta Internacional e chama-se ‘Andes-SN classista: romper com a capitulação para lutar por salários, direitos e pelo socialismo’. É encabeçada pela professora Soraia Carvalho, da Universidade Federal de Pernambuco, pelo professor Raphael Góes Furtado, da Universidade Federal do Espírito Santo, e pela professora Gisele Cardoso Costa, da Universidade Federal do Amazonas. “Há espaço para uma quarta chapa porque não acreditamos em conciliação de classes, em governo de conciliação. Nossa chapa é contra as opressões e queremos apontar as raízes da opressão. Não queremos combater as opressões apenas com medidas educativas e punitivas. Queremos resgatar os métodos históricos da classe operária, as assembleia presenciais, as greves e os piquetes”, explicou a professora Soraia Carvalho, da Universidade Federal de Pernambuco.

As eleições do Andes ocorrerão durante dois dias na primeira quinzena de maio, em todo o país.

 

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Chapa 1

 

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Chapa 2

 

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Chapa 3

 

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Chapa 4

 

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