facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

Uma infestação de lacraias causou a interdição da unidade, que já vivia crise na infraestrutura. Pais das crianças compareceram ao Conselho Universitário para cobrar mais recursos e contratação de professores Uma infestação de lacraias causou a interdição da Escola de Educação Infantil da UFRJ. Desde o dia 5, as aulas estão suspensas enquanto um larvicida age no local. A situação provocou um protesto de pais e responsáveis das crianças na reunião do Conselho Universitário, nesta quinta-feira (12). Representante dos pais no conselho deliberativo da Escola, Ana Carolina observou que a infestação foi a gota d’água de uma série de problemas enfrentados pela unidade. Quadro docente majoritariamente composto por substitutos, manutenção precária do prédio e ausência de autonomia para fazer compras foram alguns exemplos citados: “Nossos problemas não são as lacraias, mas a falta de dinheiro para infraestrutura”, afirmou. A diretora da Escola de Educação Infantil, professora Alessandra Sarkis, reforçou o apelo por mais recursos e pessoal: “Somos campo de ensino, pesquisa e extensão. Mas, fechada, a Escola não é nada disso”, disse. Durante o Consuni, o prefeito universitário Paulo Mário Ripper falou sobre as medidas emergenciais em andamento para recuperar as condições mínimas de trabalho e ensino da Escola. A expectativa é que as crianças possam retornar às aulas no dia 24. Para discutir a crise de infraestrutura, o reitor Roberto Leher decidiu chamar uma reunião para os próximos dias com a comunidade da Escola, a Prefeitura Universitária, a Pró-reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças; e a Pró-reitoria de Governança.

Entidade formou comissão interdisciplinar para propor princípios que devem nortear a avaliação da Capes. Documento vai juntar-se com contribuições de outras entidades A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) enviou à Comissão Especial de Acompanhamento do Programa Nacional de Pós-Graduação (PNPG) da Capes uma proposta para a discussão de um novo modelo de avaliação da Pós-Graduação no País. Pactuada durante o Fórum Permanente das Sociedades Científicas Associadas à SBPC – reunião ocorrida em março para definir estratégias de ação no campo da ciência, tecnologia, inovação e educação em 2018 –, a contribuição da entidade recebeu sugestões de diversos membros de seu corpo diretor, bem como de sociedades científicas afiliadas, e foi sistematizada por Comissão criada pelo Conselho da SBPC  e coordenada pelo professor Carlos Alexandre Netto, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O documento ressalta a importância dos 60 anos de trajetória dos cursos de pós-graduação e destaca a contribuição para o desenvolvimento científico e social que os mais de quatro mil programas de PG em atividade proporcionam ao País, sendo a grande maioria abrigada em universidades públicas e comunitárias. Segundo a proposta, toda a comunidade reconhece que a institucionalização da avaliação dos programas de pós-graduação pela Capes foi um dos principais fatores que levaram ao crescimento da produção científica brasileira e ao sucesso da PG brasileira. Porém, conforme argumenta o professor Carlos Alexandre Netto,  coordenador da Comissão criada pelo Conselho da SBPC para elaboração da proposta, “o modelo atual de avaliação talvez tenha chegado ao esgotamento”. “Há críticas constantes que são feitas pelos programas de PG, pelas sociedades científicas e até pela própria Capes, que nós tentamos verbalizar na proposta que fizemos”, defende. A proposta da SBPC começou a ser elaborada após o Conselho Superior da Capes encomendar estudo sobre a proposição de um novo modelo de avaliação junto às instituições científicas. “Um dos objetivos é encontrar um modelo de avaliação que contemple as diferentes regiões”, afirmou Jorge Audy, presidente da Comissão do PNPG. Para o coordenador da Comissão, mecanismos de excelência como o sistema Qualis de avaliação de periódicos e a plataforma Sucupira para gestão da PG são excelentes e exemplos para uma avaliação quantitativa, mas é preciso que a Capes contemple também outros critérios qualitativos. “O processo de avaliação é demasiadamente produtivista e às vezes, pode prejudicar. Como você usa o mesmo critério pra avaliar um curso que tem conceito 6, ou seja, que tem bom nível de produção científica, e pra avaliar um curso recém-criado, que tem conceito 3?”, avalia Netto. “Esse curso, que está em fase de desenvolvimento, sofre na avaliação porque a exigência está muito alta”, sentencia. No documento, a SBPC enumera as cinco principais razões para a revisão da avaliação da pós-graduação: “a) visão demasiadamente quantitativa (Qualis); b) hegemonia de indicadores provindos das áreas de ciências “duras”, o que não contempla os distintos perfis disciplinares; c) grande heterogeneidade de critérios utilizados por comissões de uma mesma grande área; d) falta de mecanismos de avaliação e de apoio à interdisciplinaridade; e) dificuldade em avaliar a relevância social dos cursos. Após o convite Capes, a Comissão formada pela SBPC para a elaboração da proposta estabeleceu sete princípios norteadores para uma reforma da avaliação da pós-graduação no País. São eles:
  • Contemplar a diversidade das áreas disciplinares e os aspectos regionais;
  • Utilizar critérios quantitativos e qualitativos na avaliação da produção intelectual;
  • Definir critérios claros para estimular e avaliar interdisciplinaridade e inovação;
  • Definir critérios claros para estimular a internacionalização;
  • Relevância social e regionalização;
  • Difusão e comunicação pública da Ciência, Tecnologia e Inovação;
  • Valorização da dimensão formativa da PG e dos egressos;
A partir dos sete princípios, juntamente com outras contribuições de entidades, instituições, coordenações, comissões e grupos de pesquisa, a ideia é que a Capes reveja o complexo  sistema de avaliação para expandir e qualificar a pós-graduação brasileira. Na visão de Netto, o atual modelo atende a demandas da sociedade que já foram superadas pela PG brasileira e acredita que agora é preciso olhar para o futuro. “Mantendo a nossa concepção de que a construir um novo modelo não significa que o atual não seja bom ou não tenha cumprido o seu papel. Acreditamos que reformular o modelo de avaliação é realmente um processo muito difícil e importantíssimo para o sucesso da PG brasileira, para crescer em complexidade e atender melhor às demandas que nos são impostas, que são diferentes daquelas de 10, 20 anos atrás”, analisa Netto. (Marcelo Rodrigues, estagiário da SBPC)

  Para desenvolver suas futuras campanhas, a Adufrj quer iniciar uma parceria com a Escola de Belas Artes.  O objetivo é contar com a criatividade dos professores e alunos da mais antiga instituição brasileira da área para a criação de cartazes, faixas e brindes, entre outros materiais.  Na última segunda-feira (9), os diretores Maria Lúcia Werneck e Felipe Rosa, da associação docente, estiveram reunidos com a diretora de Cultura da EBA, professora Irene de Mendonça Peixoto. O primeiro encontro foi para discutir as formas em que a parceria pode ser estabelecida: lançamento de editais, contratação de estagiários ou projetos de extensão. A Adufrj vai estudar os editais usados em campanhas anteriores da EBA, em conjunto com outras instituições. “Vamos analisar os documentos e verificar como institucionalizar esta parceria”, afirmou a presidente da Adufrj, Maria Lúcia. A professora Irene elogiou a iniciativa: “O que pudermos fazer para dar mais experiência profissional aos nossos alunos, ainda mais sendo dentro do ambiente universitário, é um prazer muito grande para nós”, afirmou.

Carga horária exclusivamente em sala de aula para docentes e cartão de ponto para técnicos-administrativos foram tema de debate no Centro de Ciências da Saúde. IPUB já aplica sistema de ponto eletrônico O Tribunal de Contas da União não entende as especificidades do trabalho docente universitário. É esta a avaliação que se consolida na comunidade acadêmica diante da  publicação do Acórdão 2.729 do TCU, de dezembro do ano passado. O documento acrescenta a expressão “em sala” à previsão das oito horas de aula semanais, mínimas e obrigatórias, previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação.  “O senso comum é de ensino médio: quadro, professor e estudante. Não prevê aulas práticas ou clínicas”, observou o pró-reitor de Pessoal, Agnaldo Fernandes, em reunião realizada com professores e técnicos-administrativos no último dia 11, no auditório Quinhentão, do Centro de Ciências da Saúde. Para responder ao acórdão, a pró-reitoria distribuiu uma minuta de orientação normativa, que ainda será discutida pelas unidades e centros. Uma das diretrizes é o estabelecimento de relatórios e planos de trabalho dos docentes, para divulgação na internet, nos termos da Lei de Acesso à Informação. A Adufrj participou da reunião do dia 11. “Não somos contrários a avaliações e controle. Muito pelo contrário”, afirmou Maria Lúcia Werneck, presidente da associação docente. “Mas estamos atentos às ingerências sobre a autonomia da universidade”. Sintufrj critica acórdão O Acórdão 2.729/2017 também cobra um controle mais rígido da jornada de trabalho dos técnicos-administrativos. “A produção da universidade não se mede por cartão de ponto, nem por horas em frente a computador”, criticou a coordenadora-geral do Sintufrj, Neuza Luzia.   O pró-reitor de pessoal, Agnaldo Fernandes, destacou que a medida tem previsão de implantação desde 1996. E avaliou que “a universidade deve se antecipar, antes que um órgão externo determine a forma de implantação”. “O Ministério do Planejamento não terá sensibilidade para compreender o trabalho de um biólogo que vai a campo”, argumentou. Por lei, os docentes estão preservados de ponto eletrônico, mediante plano individual de trabalho a cada semestre. IPUB tem controle de ponto O Instituto de Psiquiatria (IPUB) já aplica o sistema de ponto eletrônico, em função da obrigatoriedade para as unidades que realizam pagamentos do Adicional de Plantão Hospitalar (APH). A diretora da IPUB conta que supervisão de residência e visitas às clínicas de família, entre outras atividades, são incluídas na contabilidade das horas de aulas, por orientação da Faculdade de Medicina.   “Para nós, não muda muita coisa”, conta a diretora da unidade, professora Maria Tavares Cavalcanti. “Mas é preciso dizer que não é a solução para todos os problemas, como as pessoas acreditam. É um sistema custoso para implantar e para manutenção. E eventualmente falha”, frisa a dirigente.  O serviço é terceirizado.

Evento faz parte de campanha de mobilização da associação docente pela apuração dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes A Adufrj realiza nesta quinta-feira, 12 de abril, o debate “Segurança pública, violência e direitos humanos”. O evento é promovido em parceria com professores do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais e o Instituto de História. Transmissão será iniciada às 18h30. A atividade faz parte de uma campanha de mobilização da associação docente pela apuração dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes. Os crimes aconteceram em 14 de março, mas até agora ninguém foi punido. “Será uma discussão sobre as graves violações de direitos humanos em curso. O caso de Marielle é emblemático, mas não é isolado”, explicou a professora Maria Paula Nascimento Araujo, do Instituto de História e diretora da Adufrj. O debate está marcado para as 18h, na sala Celso Lemos (308), no Largo de São Francisco de Paula, nº 1, Centro. Na mesa, estarão Cunca Bocayuva, professor da UFRJ e coordenador da especialização (lato sensu) em Políticas Públicas e Cultura de Direitos do NEPP-DH; Lea Tiriba, educadora e ambientalista da Unirio; Michel Gherman, pesquisador do Núcleo de Estudos da Política da UFRRJ; e Monique Cruz, pesquisadora da ONG Justiça Global. “Nós convidamos tanto professores especialistas em direitos humanos quanto militantes da área, porque avaliamos que a universidade deve ser o espaço de troca de saberes”, complementou Maria Paula.

Topo