facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

Larissa Caetano* Pela primeira vez em 14 anos, duas chapas disputam a direção de um dos maiores sindicatos do Brasil, o Andes-SN, com 64.714 sindicalizados, entre professores ativos e aposentados de universidades públicas e privadas de todo o país. O pleito ocorre nos dias 9 e 10 de maio. A chapa 1, da situação, chama-se Andes Autônomo e de Luta. A oposição está representada na chapa 2, Renova Andes. A UFRJ tem o maior colégio eleitoral, com 3.481 docentes aptos a votar. As urnas serão espalhadas pelos campi. O material com propostas será distribuído para os sindicalizados nos próximos dias. Para a professora Ligia Bahia, vice-presidente da Adufrj e presidente da comissão eleitoral local, a eleição é importante exatamente por haver dois programas concorrendo. Ligia Bahia afirma que a comissão eleitoral está agindo para que o pleito transcorra da maneira mais ampla e transparente possível. Um debate foi planejado pela diretoria da Adufrj, mas em mensagem datada de 19 de abril e enviada para a direção da seção sindical, a chapa 1 declinou o convite, alegando falta de tempo para participar do evento. *Estagiária e estudante da ECO

Proposta que altera resolução do Consuni sobre critérios de progressão e promoção provocou intensa polêmica entre professores. Pró-reitoria de Extensão defende a mudança Uma proposta de mudança na resolução do Consuni que trata do desenvolvimento na carreira docente provoca polêmica na UFRJ. O documento, que circula nas unidades e centros, mexe na parte de Extensão da universidade e muitos professores manifestaram preocupação com um possível cerceamento às atividades da área. Já a Pró-reitoria de Extensão (PR-5) argumenta que o objetivo é aperfeiçoar a legislação. A professora Denise Pires de Carvalho, do Instituto de Biofísica, estava no Conselho Universitário quando a resolução nº 08, de 2014, foi aprovada. Segundo ela, após muita discussão: “Tentamos que o texto ficasse o mais amplo possível, mas sem deixar muito livre. A UFRJ é muito grande, muito diversa”, afirmou. Denise não entende a iniciativa para reformulação do texto, sem demanda das unidades. Para a professora, a proposta restringe o número de atividades que hoje são consideradas de Extensão. Diretora do Instituto de Matemática, a professora Walcy Santos critica a obrigatoriedade de registro no sistema da PR-5 para a progressão na carreira. Ela deu como exemplo a palestra que fez em uma escola, a pedido de um colega que possui projeto na área: “Atualmente, essa atividade conta; não sei como ficará com as novas regras”, observou. Hoje quando um docente apresenta um relatório de progressão, a pontuação referente a projetos de extensão relativos à integração com a comunidade, como aulas em escolas públicas, pode ser aprovada tanto pela unidade quanto pelo sistema da reitoria. Com a mudança proposta, a pontuação só ocorrerá para projetos registrados na PR-5. A pró-reitora Maria Malta esclarece que haverá pontuação se o projeto estiver cadastrado no sistema e que isso é uma forma de dar transparência e institucionalidade ao processo. Segundo ela, o trecho da resolução está sendo discutido desde 2016 num fórum de coordenadores da área, a chamada Plenária de Extensão. “Estamos nos preparando para quando a discussão retornar ao Consuni”, disse. A proposta, formulada por uma comissão com um representante de cada Centro, foi distribuída às unidades em agosto, mas sucessivos pedidos de adiamento impediram uma definição. Em 7 de maio, será feito um novo cronograma. Maria Malta diz que os novos parâmetros, se aprovados, respeitam a diversidade das unidades.

Objetivo é valorizar conhecimento produzido por e para mulheres, facilitando acesso à produção acadêmica; uma disciplina e um curso de extensão sobre gênero estão nos projetos do grupo Professoras da UFRJ lançaram agora há pouco, na Faculdade de Letras, o Fórum de Mulheres da universidade, com o objetivo de discutir o conhecimento acadêmico produzido por mulheres e sobre mulheres. O grupo lançou três ideias que já começam a ser postas em prática: um banco de dados, para facilitar o acesso à produção acadêmica de mulheres e a citação dessa produção em trabalhos acadêmicos; um projeto permanente de debates, intitulado "Contraepistemologias", com palestras de professoras de várias áreas; e um curso de extensão intitulado "Pensando Gênero". O Fórum se diferencia de outros coletivos de mulheres já existentes já UFRJ por privilegiar a questão epistemológica, ou seja, a forma de produzir e disseminar conhecimento. "A gente vai abordar diretamente a produção do conhecimento, aumentar repertório para tirar essa confusão entre ideologia de gênero e teoria de gênero, que é fundamental. Quem sacaneia o feminismo fica falando de uma ideologia. A gente tem conhecimento a produzir, a bandeira do Fórum é essa", esclareceu a professora Heloisa Buarque de Hollanda, diretora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC/LETRAS/UFRJ). A partir dessa finalidade, o Fórum privilegiará a discussão do conteúdo científico produzido por mulheres. "A gente só estuda homem", resumiu Heloisa, que participou do lançamento.  Beatriz Resende, professora titular da Faculdade de Letras e também integrante do grupo criador do fórum, disse que a ideia é trazer docentes de várias áreas para discutir não só o feminismo, mas a produção de mulheres em várias áreas acadêmicas.  

O Salão Pedro Calmon, no campus da Praia Vermelha, foi o palco de uma celebração especial, na noite do último dia 24: o aniversário de 88 anos da ex-deputada federal e professora emérita da UFRJ, Maria da Conceição Tavares. Teve bolo e flores para a homenageada. Mas o grande presente, para ela e para o público, foi o lançamento de um documentário sobre sua vida e obra.

Ao longo de 72 minutos de “Livre Pensar”, título da recém-produzida cinebiografia, o espectador pode acompanhar a obstinada trajetória da economista em defesa da justiça social. Uma busca que acontece nas universidades onde deu aulas, no Congresso Nacional e no governo de José Sarney. Em uma das entrevistas, de 1995, reproduzidas no filme, a professora critica o discurso de que uma economia precisa, primeiro, estabilizar, depois crescer e depois distribuir: “Nem estabiliza, cresce aos solavancos, e não distribui. E essa é a história da economia brasileira desde o pós-guerra”, criticou à época. Ao final da exibição, a homenageada soprou as velinhas de um bolo, fez um breve discurso de agradecimento e elogiou o trabalho do cineasta José Mariani.

“No meu caso, os filmes vão se desdobrando, um vai gerando o outro. Fiz um filme sobre o Celso Furtado. Filmei um depoimento fantástico dela. Fiz outro filme, ‘Um Sonho Intenso’, filmei ela de novo. A gente vai descobrindo um caminho, essa mulher é um personagem, tem carisma”, explicou Mariani à reportagem da Adufrj. Ele contou que a cinebiografia consumiu dois anos de intenso trabalho. O alvo do filme é o público universitário, mas existem negociações para levar a obra para a TV fechada e para o circuito de cinema.

O diretor do Instituto de Economia, David Kupfer, foi só elogios para o filme e a homenageada: “A Conceição é a alma do Instituto de Economia. Sempre foi a vibração, a imaginação, o conhecimento e a combatividade das ideias daqui”, disse. Ele destacou que o filme é feito numa linguagem acessível para o público em geral. “Não é só para acadêmicos”, completou.

Maria da Conceição Tavares assistiu ao filme ao lado de Aloizio Mercadante, ex-ministro da Educação: “Eu conheci a professora Maria da Conceição Tavares, em 1975, quando ainda era estudante de Economia. São 43 anos de convivência”, afirmou. Segundo Aloizio, a economista contribuiu muito para o pensamento crítico brasileiro: “Extremamente combativa e sempre comprometida com o Brasil, com a distribuição de renda, com a justiça social. O filme vai servir como inspiração para a nova geração ter a mesma garra e o mesmo compromisso com o país”, observou.

As diretoras da Adufrj Maria Lúcia Werneck e Ligia Bahia prestigiaram o evento. Maria Lúcia Werneck, professora aposentada do Instituto de Economia, considerou muito justa a homenagem. “A própria ideia do Instituto foi dela. Ela montou isso aqui”, lembrou. Ela ressaltou a passagem do filme em que Maria da Conceição fala da tolerância com ideias diferentes: “Esse é o espírito da universidade, que, infelizmente, hoje está se perdendo”.

A vice-reitora da UFRJ, Denise Nascimento, ressaltou o simbolismo de Maria da Conceição Tavares como professora emérita da UFRJ: “Que nós possamos, esta noite, celebrar a trajetória de uma acadêmica que representa nossa universidade”.

Na manhã desta terça (24), o bloco A do CT recebeu o evento “Agita CT”, uma caravana itinerante que realiza atividades de promoção e prevenção da saúde desde 2016 na UFRJ. O tema de hoje foi a hipertensão arterial, com foco na alimentação saudável, atividades físicas, DSTs e abuso de álcool. Profissionais mediram pressão e glicose dos participantes. O projeto é uma parceria entre o Centro de Tecnologia, a Coordenação de Políticas de Saúde do Trabalhador (CPST), o Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC) e o Espaço Saúde do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ (Sintufrj). Samantha Alegria, fisioterapeuta da CPST, explica um pouco dos objetivos do evento: ”A gente passa informação de saúde, previne doenças mais graves e trabalha para que todos sejam multiplicadores da informação”, afirma. De acordo com a profissional, o objetivo é levar a caravana para outros locais da UFRJ. Denise Oliveira, terapeuta ocupacional, destaca a divulgação dos serviços de que a universidade dispõe. “Essa atividade é para criar consciência, mas também apresentar o serviço. A partir desse contato, as pessoas sabem que estamos lá para atendê-las”, conclui. Para mais informações, confira o site do CPST:http://cpst.pr4.ufrj.br/

Topo