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Institutos de pesquisa e universidades têm respondido à pandemia com as mais diversas ações. O trabalho da Fiocruz, uma das pioneiras na produção de testes moleculares para a detecção da Covid-19, foi um dos destaques de painel realizado no dia 14. “A Fundação Oswaldo Cruz é, assim como a UFRJ, um patrimônio da sociedade brasileira. Toda nossa preocupação é atender da melhor maneira possível aos chamamentos que são feitos em momentos como este”, disse o pesquisador Rivaldo Venâncio.

Um dia depois da emocionante apresentação de Elza Soares, a UFRJ recebeu o violoncelista, arranjador, diretor e produtor musical Jaques Morelenbaum. O bate-papo foi realizado pelo professor de violoncelo da Escola de Música, Jorge Ranevsky, o Iura, também importante nome da música popular brasileira.
Morelenbaum, que foi estudante da Escola de Música da UFRJ, relembrou o início de sua carreira, as principais conquistas na área e contou curiosidades sobre sua trajetória na música. Em 1966, ele venceu o Emmy com o álbum Antonio Brasileiro, ao lado de Tom Jobim. Em 1998, compôs a trilha sonora do filme Central do Brasil. A obra ganhou o prêmio Sharp de melhor trilha para o cinema.
Sua história, contou, está intimamente relacionada à arte e à UFRJ. Seu pai, o maestro Henrique Morelenbaum, é professor aposentado da Escola de Música. “Eu nasci numa casa de músicos. Além do meu pai, professor, minha mãe também é formada, em piano, pela Escola de Música da UFRJ. Minha inserção na música é anterior às palavras. Vem desde o ventre materno”.
Estudou piano e ainda criança acompanhava o pai na Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Aos 12 anos, decidiu estudar violoncelo. “De lá para cá já são 54 anos de convivência com esse instrumento, de grandes trocas”.
As principais influências, ele destaca, para sua carreira são os também violoncelistas Heitor Villa Lobos, Rogério Duprat e Mário Tavares. “São nomes que representam grande importância na nossa formação”, reverenciou.
O músico compôs e fez arranjos de álbuns e shows de renomados artistas como Tom Jobim, Gal Costa e Caetano Veloso. Fina Estampa, álbum de Caetano, de 1994, é um marco para a sua carreira. “Foi um trabalho muito posterior ao meu início como arranjador, mas tenho um carinho grande por este álbum, o repertório é muito especial”.

O Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro, Sepe, está completando 43 anos neste 2020. A comemoração contou com uma programação virtual no dia 16. A presidente da AdUFRJ, Eleonora Ziller, saudou em vídeo a história do sindicato. “Mais do que celebrar uma história de luta, reafirmamos o compromisso de nossa parceria em defesa da democracia e da vida, em nosso estado”, disse a dirigente.

A cantora baiana Illy foi uma das convidadas do Festival do Conhecimento da UFRJ. A artista apresentou um repertório de canções consagradas de Elis Regina e canções autorais, como Afrouxa. Illy tem 32 anos é uma das mais recentes revelações da MPB. O show exclusivo para o festival da universidade durou 30 minutos e apresentou ao público dez músicas. Illy faz parte de uma família consagrada na música brasileira. É casada com o jornalista Jorginho Velloso, sobrinho-neto de Caetano Veloso e Maria Bethânia.

haddadA análise do projeto do governo para a educação e as universidade mobilizou um dos disputados encontros do Festival do Conhecimento essa semana. Com mais de 600 espectadores, a atividade contou com os ex-ministros da Educação, Fernando Haddad (2005-2012) e Renato Janine Ribeiro (2015), a professora da Faculdade de Educação, Giovana Xavier, e o vice-reitor da UFRJ, Carlos Frederico Rocha.
“Estamos no quarto ministro da Educação de um governo fracassado nessa área. Não há mais como recuperar o governo nessa área”, afirmou Haddad, que defendeu o legado dos governos do PT na Educação, destacando o projeto do Reuni e a criação do Enem. Ele ressaltou a grandeza da universidade e da pesquisa brasileiras. “A universidade está firme e forte nos seus propósitos enquanto o governo cai pelas tabelas na área da educação porque não tem projeto a não ser o seu desmonte”, declarou, criticando em seguida o programa Future-se do ex-ministro Abraham Weintraub. “O retorno do investimento em educação e ciência é extraordinário”, disse, lembrando das ações do MEC enquanto esteve à frente da pasta, como o respeito à autonomia das instituições, a ampliação de vagas e do financiamento das universidades.
Para Janine Ribeiro, a universidade tem papel central no pós-pandemia. “A Europa pretende retomar sua economia descarbonizando. Ou seja: não é voltar igual, é voltar sustentável. Nós temos um conhecimento científico pujante”, declarou o ex-ministro. “A universidade deve estar presente neste momento da pandemia. Se não atuarmos, a realidade será pior”, afirmou.
Mas a autonomia universitária e a ciência, por si só, não são capazes de realizar esta transformação, para a professora Giovana Xavier. “Precisamos continuar dialogando sobre uma gestão pública que reinvente a autonomia universitária em prol do combate às desigualdades. Que a gente possa construir caminhos alternativos para que as histórias asfixiadas sejam resgatadas”, defendeu. Para ela, o pós-pandemia é imprevisível e a pandemia, racial. “Cinquenta e sete por cento das mortes por Covid-19 estão na comunidade negra”, lembrou.
O vice-reitor da universidade, Carlos Frederico Rocha, citou as recentes ações da UFRJ para proporcionar meios de ensino virtual para os estudantes. “A preparação para as aulas remotas envolve inclusão social, inclusão digital e desenvolvimento científico”, disse. Apesar dos esforços da universidade, ele teme um retrocesso social e econômico no país. “Vamos caminhar para uma sociedade com conflitos políticos e uma miséria crescente”.

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