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Instituição recebe jornalistas pela primeira vez após incêndio e mostra resultado do trabalho da equipe, que garimpou peças entre os escombros   Cinco meses após o incêndio, o Museu Nacional abriu as portas a jornalistas esta semana, num esforço para mostrar a destruição causada pelo fogo e o trabalho de recuperação. A UFRJ publicou um edital com recursos de R$ 1,1 milhão para restauração da fachada do Museu Nacional. “Já está na rua o edital para a confecção de projetos básicos para o início da restauração da fachada”, disse o diretor do Museu, Alexander Kellner, durante o tour realizado com os jornalistas na terça-feira (12). Segundo Kellner, a expectativa é iniciar as obras ainda este ano. Mais de oitenta jornalistas de veículos nacionais e internacionais participaram da atividade. Foi a primeira vez que a mídia teve acesso ao local desde setembro de 2018. O roteiro começou como o antigo percurso de visitas, com a exposição do meteorito Bendegó e a histórica escadaria do salão de entrada. O trabalho de operários e da equipe de resgate de peças não foi interrompido. Em algumas salas, pesquisadores catalogavam obras e peças encontradas nas cinzas. Foi possível ver vigas contorcidas pela violência das chamas ao lado de portais integralmente preservados. “Queríamos prestar contas ao público, principal interessado no Museu”, explicou a professora Cláudia Carvalho, coordenadora da equipe de resgate. “Não apenas mostrar perdas, mas também o trabalho e o quanto será possível recuperar”, ressaltou.  Ela projetou para 2019 a conclusão dos trabalhos de recuperação do acervo. E, para 2020 ou 2021, o inventário das peças resgatadas - até agora, são mais de duas mil. Entre elas, itens importantes, como Luzia, o fóssil mais antigo das Américas, e o meteorito Bendegó, de 5 toneladas e  considerado um dos maiores do mundo. O Museu tinha mais de 20 milhões de itens. A paleontóloga Luciana Carvalho destacou a preservação de parte do espaço arquitetônico e o “triplo impacto” sobre as peças: “Primeiro o fogo, depois o peso do teto e finalmente a água”. Kellner prometeu uma exposição com peças recuperadas do acervo do Museu até o final do ano.

Visitação interna foi a primeira autorizada desde o incêndio de setembro. Museu planeja exposição com itens retirados das ruínas Cinco meses depois do incêndio, o Museu Nacional abriu suas portas aos jornalistas nesta terça para mostrar os estragos causados pelo fogo e o esforço de recuperação do acervo. Vigas contorcidas pela violência das chamas ao lado de portais integralmente preservados. Até agora, cerca de 2 mil itens foram recuperadas dos escombros, num trabalho de resgate arqueológico feito pela equipe do Museu. Mais de oitenta jornalistas de veículos nacionais e internacionais participaram de uma espécie de tour pela estrutura interna do Palácio do Museu Nacional, promovido pela instituição. Foi a primeira vez que a mídia teve acesso ao local desde o incêndio em setembro de 2018. O roteiro começou como o antigo percurso de visitas, com a exposição do meteorito Bendegó e a histórica escadaria do salão de entrada. Depois, seguiu para algumas salas de pesquisa e acervo. O trabalho de operários e da equipe de resgate de peças não foi interrompido. Em algumas salas, pesquisadores catalogavam obras peças encontradas nas cinzas. “Queríamos prestar contas ao público, principal interessado no Museu”, explicou a iniciativa, a professora Cláudia Carvalho, coordenadora da equipe de resgate. “Não apenas mostrar as perdas, mas também o nosso trabalho e o quanto será possível recuperar”, ressaltou. A paleontóloga Luciana Carvalho foi uma das “guias”.  “Além dos acervos, achamos importante destacar também o aspecto arquitetônico preservado”, disse nos degraus da centenária escadaria do salão de entrada do Museu. Na sala da Geologia e Paleontologia, ela falou sobre o “triplo impacto” sobre as peças: “Primeiro o fogo, depois o peso do teto e finalmente a água”. O diretor do museu, Alexander Kellner, anunciou nova etapa das obras: “Já está na rua o edital para a confecção de projetos básicos para o início da restauração do nosso museu”. Segundo o diretor, o projeto corresponde à fachada do prédio e tem orçamento de R$ 1,1 milhão. Kellner prometeu uma exposição com peças recuperadas do acervo do Museu até o final do ano, mas não revelou local nem data.

Na sucessão da UFRJ,  a forma como será feita a consulta à comunidade acadêmica ainda provoca muitas dúvidas, bem como o peso da  representação de docentes, técnicos e estudantes nessa consulta. Na sucessão da UFRJ,  a forma como será feita a consulta à comunidade acadêmica ainda provoca muitas dúvidas, bem como o peso da  representação de docentes, técnicos e estudantes nessa consulta. Nota técnica do MEC de dezembro do ano passado determina que a consulta deve obedecer ao que diz a lei 9.192, de 1995, que regulamenta as eleições para reitores das federais. Pela lei, a escolha é feita em Colégio Eleitoral composto por pelo menos 70% de professores. Do colégio eleitoral sai a lista tríplice a ser enviada ao MEC. O presidente da República nomeia um dos integrantes da lista. A legislação também diz que “em caso de consulta prévia à comunidade, nos termos estabelecidos pelo colegiado máximo da instituição, prevalecerá o peso de setenta por cento do pessoal docente”. Assim, duas perguntas surgem:   HAVERÁ PARIDADE?   A paridade, com pesos iguais entre os segmentos, é uma conquista democrática. Porém, diante do risco de o MEC anular a consulta paritária caso entenda que ela desrespeita a lei, há quem defenda, num recuo estratégico,  separar totalmente a consulta do Colégio Eleitoral.   COMO SERÁ A CONSULTA? A escolha do reitor é feita em três etapas. Na primeira, estudantes, técnicos e professores participam, com peso de 1/3 para cada segmento. Na segunda, quem vota é o Colégio Eleitoral, com peso de 70% para docentes, 15% para alunos e 15% de técnicos. Pela nota do MEC, se a consulta for em parâmetros distintos do  Colégio Eleitoral, é passível de anulação. Juristas consultados pela Adufrj alertaram para risco de intervenção caso isso ocorra. Uma possibilidade é que a consulta seja feita de modo totalmente separado do Colégio Eleitoral, conduzida por entidades de professores,    

Um dos nomes de maior trânsito na UFRJ, o diretor da Faculdade de Medicina, Roberto Medronho, fez um apelo à unidade e cobrou que os grupos abram mão de alguns pontos para chegar a um consenso. Um dos nomes de maior trânsito hoje dentro da UFRJ, o diretor da Faculdade de Medicina, Roberto Medronho, fez um apelo à unidade e cobrou que os grupos abram mão de alguns pontos para chegar a um consenso. Como o senhor analisa a criação de uma Frente Ampla na UFRJ? Foi uma iniciativa louvável da reitoria, tendo em vista a conjuntura desfavorável, que exige efetiva união do mais amplo leque de pessoas que acreditam na ciência, na tecnologia e no ensino laico.   As negociações por uma chapa única estão emperradas. Haverá consenso? O professor Roberto Leher não retira sua candidatura nem se coloca. Para nós, está claro que ele é candidato, e acho legítimo que ele seja candidato. Mas poderiam deixar isso mais claro. A gente fica buscando nomes, quando, na verdade, ele é candidato. Tive com ele uma relação republicana, embora discorde e tenha críticas à sua administração. Mas muita gente aqui acha, e eu me incluo entre essas pessoas, que o professor Roberto Leher não unifica a UFRJ.   Qual o risco de uma implosão da Frente Ampla? A professora Denise abriu mão de sua candidatura em busca de um nome de consenso. Não vi essa mesma disposição no grupo do professor Leher. Podemos ter duas chapas ligadas à Frente Ampla, mas ficará a pergunta: quem dividiu a Frente Ampla? Não fomos nós.

A apenas dez dias do prazo final para inscrição das chapas que irão disputar a reitoria, em 18 de fevereiro, a UFRJ está longe do consenso necessário para lançar uma candidatura única. Ana Beatriz Magno e Fernanda da Escóssia A apenas dez dias do prazo final para inscrição das chapas que irão disputar a reitoria, em 18 de fevereiro, a UFRJ está longe do consenso necessário para lançar uma candidatura única, que agregue os dois principais grupos políticos da universidade.   A cisão ficou explícita na plenária realizada na tarde de quinta-feira (7), no Centro de Ciências da Saúde. A reunião começou com a leitura de um esboço de programa da candidatura de uma Frente Ampla, elogiado e aceito por todos, mas, já no segundo ponto de pauta, a discussão de nomes expôs divisões que ameaçam implodir a unidade. O reitor da UFRJ, professor Roberto Leher, não disse claramente que é candidato — mas, para quem assistiu à plenária, ficou claro que seu grupo defende a reeleição e dificilmente abrirá mão da cabeça da chapa, o que dificulta a negociação. Pedro Lagerblad, professor do Instituto de Bioquímica Médica, explicitou o temor de que Leher não seja nomeado e a subsequente crise para a UFRJ: “A gente não vai conseguir confrontar as regras da eleição, os nomes, chamando o governo para o confronto no momento de sua maior força”, afirmou. Para Lagerblad, insistir com Leher é estratégia de alto risco. “Não acho que ele seja palatável para este governo. E não dá para a gente insistir com ele, dizendo ‘a unidade c’est moi’”, afirmou Lagerblad,  numa referência à  histórica frase do monarca francês Luís XIV, “o Estado sou eu”. COMISSÃO VAI MEDIAR NOMES Um dos nomes cogitados pela oposição é o da professora Denise Pires de Carvalho (Instituto de Biofísica), que foi derrotada por Leher na eleição de 2015, mas venceu entre os professores. Na tentativa de costurar um acordo com a reitoria, Denise chegou a retirar a candidatura. Seu grupo e setores da Coppe apresentaram, então, uma composição aos negociadores de Leher. Ela tinha José Carlos Pinto, diretor do Parque Tecnológico, como reitor, e Francisco Esteves, um dos responsáveis pela criação do campus da UFRJ em Macaé, como vice. A reitoria rejeitou. “Era uma chapa absolutamente ótima! Por que ela foi rejeitada pela reitoria?”, indagou a professora Ligia Bahia, diretora da Adufrj que ressaltou a posição genrosa da colega que abriu mão de concorrer.  Com a negativa, vários setores tem defendido o retorno de Denise à disputa. Do outro lado, a professora Selene Maia, da Matemática, foi uma das maiores defensores da chapa de Leher. Ela afirma que não é uma questão pessoal sobre José Carlos Pinto, mas que não vê nele perfil de reitor. Disse que não é possível, por medo ou covardia, barrar o nome de Leher. “Meu reitor é alguém que não se intimidou”, afirmou. O pró-reitor Agnaldo Fernandes, principal articulador político de Leher, disse que ainda não está decidido se o reitor vai ou não se lançar e que há espaço para negociar até “16 horas do dia 18”. Afirmou que não houve veto a nomes, mas explicitou a dificuldade das conversas: “Vamos falar com franqueza. A gente não se atura no dia a dia da UFRJ. A gente só está junto negociando porque está diante desse governo, mas na real a gente não se atura”, admitiu, provocando imediata reação da plateia. “É muito dificil começar uma negociação nos termos do ‘se aturar’. Precisamos estar à altura do nosso desafio”, criticou o professor Eduardo Raupp, do Coppead e diretor da Adufrj. “Consensos são construídos. Não podemos deixar nas mãos do governo uma solução para a UFRJ, por um erro nosso”, destacou. Ao final do encontro, foi criada uma comissão de mediação para tentar chegar a um acordo sobre candidatos. Há, inclusive, a possibilidade de que da Frente Ampla saiam duas chapas. Último a falar, o professor Roberto Medronho, diretor da Faculdade de Medicina, fez um apelo à unidade. Articulador da candidatura de Denise Pires de Carvalho e depois da chapa Pinto-Esteves, disse que  todos precisam abrir mão de algumas coisas.  “Precisamos definir três pontos: temos condição de bancar algo diferente do que diz a lei? Haverá segundo turno? Se tiver, será mantido um acordo de cavalheiros, pela não agressão?”, indagou. Medronho alertou para o risco de, sem acordo, a UFRJ eleger um reitor que não consiga tomar posse, numa vitória de Pirro — daquelas que causam tantas baixas que, ao final, têm sabor de derrota.

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