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Em meio à sucessão na reitoria, outro foco de tensão agita a UFRJ: o Conselho de Administração do Hospital Clementino Fraga Filho, o mais importante hospital da universidade, convocou eleições para o cargo de diretor. A reunião do Conselho foi no último dia 18. O diretor do Clementino, Leôncio Feitosa, não é candidato. Ele chegou ao cargo depois que a reitoria realizou uma intervenção no hospital, em novembro de 2017, e exonerou o então diretor Eduardo Côrtes. Para coordenar a eleição do próximo diretor será criada uma comissão formada por três professores, um técnico e um estudante. O calendário não foi aprovado, para dar tempo de o Conselho Universitário definir as datas da consulta para reitor. Até o momento, pelo menos uma chapa está na disputa: a do diretor da Divisão Médica, professor Marcos Freire, para a direção geral. Seu vice seria o atual superintendente administrativo, Amauri Pezzuto.   Por coincidir com a sucessão para a reitoria, a eleição no hospital tem gerado questionamentos de muitos docentes, que enxergam uma tentativa de atrelar a nova direção do HU à administração central, numa eleição casada.   O diretor Leôncio Feitosa não comentou a coincidência no calendário. Disse apenas, por sua assessoria, que “quem define o calendário é a reitoria”. Questionada, a reitoria não respondeu.   Quando demitiu Côrtes, Leher afirmou que a direção vinha se afastando “da missão institucional” do hospital universitário e conduzindo a unidade “de maneira isolada e conflituosa”. O pleito para o HU mobiliza cerca de cinco mil eleitores, entre técnicos, professores e estudantes. Docentes e alunos das unidades que atuam no hospital, como a Faculdade de Medicina e a Escola de Enfermagem, também votam. Tradicionalmente, a eleição no hospital não é paritária. Docentes representam 70% dos votantes, estudantes, 15%, e técnicos, 15%.

Professores Titulares aposentados da UFRJ receberam um e-mail da PR-4 alertando sobre corte em suas aposentadorias. A mensagem usa como justificativa relatório de 2010 do Ministério do Planejamento que aponta o pagamento de “vantagens indevidas”. O setor jurídico da Adufrj já foi acionado.   Segundo a advogada Ana Luísa Palmisciano, assessora da Adufrj, o questionamento tem relação com o artigo 192 da Lei 8.112/90. Ele determinava que os professores, ao se aposentarem como Titulares, recebessem salário integral, mais a diferença entre o último nível do cargo de Adjunto e a carreira de Titular. O artigo foi revogado em 1996, mas quem recebia a vantagem ou podia requerer o benefício foi preservado. “São 20 anos de direito adquirido”, observa a advogada. O Jurídico da Adufrj estuda estratégias contra os cortes. Docentes nessa situação devem agendar atendimento na Adufrj levando a cópia do processo e o último contracheque. Quem não tiver o processo deve pedir na PR-4.

O professor Roberto Bartholo, da Coppe, foi o primeiro a inscrever seu nome como candidato a reitor da UFRJ. Bartholo registrou sua chapa nesta quarta-feira (20) para participar da pesquisa que será realizada com a comunidade acadêmica nos dias 2, 3 e 4 de abril. O professor Roberto Bartholo, da Coppe, foi o primeiro a inscrever seu nome como candidato a reitor da UFRJ. Bartholo registrou sua chapa nesta quarta-feira (20) para participar da pesquisa que será realizada com a comunidade acadêmica nos dias 2, 3 e 4 de abril. O vice de Bartholo é o professor João Felippe Cury Marinho Mathias, do Instituto de Economia. A chapa recebeu o número 20. Os candidatos que quiserem participar da pesquisa devem indicar as chapas até esta quinta, dia 21, junto à Comissão Coordenadora da Pesquisa (CCP). A comissão está de plantão na Reitoria para receber as inscrições. A homologação dos nomes será na sexta-feira (22). Perfil Bartholo é graduado em Ciências Econômicas pela UFRJ em Teologia na PUC. Fez mestrado em Engenharia em Produção na UFRJ e doutorado na mesma área na Universitat Erlangen-Nurnberg (Friedrich-Alexander), na Alemanha. Na Coppe, leciona no Programa de Engenharia de Produção, com ênfase em inovação, desenvolvimento social e sustentabilidade. É também pesquisador na área de Literatura Comparada no Programa Avançado em Cultura Contemporânea (PACC) da Faculdade de Letras.  

Três chapas estão inscritas para disputar a reitoria da UFRJ e aparecerão na pesquisa que será feita junto à comunidade acadêmica no início de abril. O atual reitor, Roberto Leher, não se inscreveu. Três chapas estão inscritas para disputar a reitoria da UFRJ e aparecerão na pesquisa que será feita junto à comunidade acadêmica no início de abril. O atual reitor, Roberto Leher, não se inscreveu. A chapa "Unidade e diversidade pela universidade pública e gratuita" tem como candidato a reitor o professor Oscar Rosa Motta, da Escola Politécnica, e como vice a professora Maria Fernanda Quintella, do Instituto de Biologia. É a chapa mais próxima da atual reitoria. Na outra chapa, intitulada "A UFRJ vai ser diferente", a professora Denise Pires de Carvalho, do Instituto de Biofísica, é candidata a reitora, tendo como vice o professor Carlos Frederico Leão Rocha, do Instituto de Economia. Denise disputou com Leher em 2015 e fez oposição a ele nos últimos anos. A terceira chapa é a do professor Roberto Bartholo, da Coppe, que tem como vice o professor João Felippe Cury. O prazo de inscrição se encerrou na tarde desta quinta-feira. Mesmo chapas que não participarem da pesquisa poderão apresentar os nomes direto ao Colégio Eleitoral, que se reúne  no dia 30 de abril. Do Colégio Eleitoral sai a lista tríplice que será enviada ao presidente da República.

O Conselho Universitário da UFRJ decidiu que será paritária, com peso igual na participação de professores, técnicos e alunos, a pesquisa feita junto à comunidade universitária sobre os candidatos a reitor e vice-reitor da instituição. ANA BEATRIZ MAGNO, ELISA MONTEIRO e FERNANDA DA ESCÓSSIA O Conselho Universitário da UFRJ decidiu que será paritária, com peso igual na participação de professores, técnicos e estudantes, a pesquisa feita junto à comunidade universitária sobre os candidatos a reitor e vice-reitor da instituição. Em sessão extraordinária realizada nesta terça-feira (19), o Consuni aprovou as regras da consulta. A paridade foi o assunto mais polêmico. Dez conselheiros foram contra a consulta paritária, mas, por ampla maioria, os conselheiros mantiveram a paridade, já aprovada na última reunião da Comissão Coordenadora da Pesquisa (CCP). Faltava a votação final na instância máxima da UFRJ. Do mesmo modo, também mantendo a decisão da CCP, o Consuni decidiu que a pesquisa terá segundo turno e aprovou praticamente na íntegra o texto apresentado pela comissão. As consultas na UFRJ têm sido paritárias. No entanto, a paridade começou a motivar questionamentos na própria comunidade universitária depois que uma nota técnica do MEC de dezembro de 2018 determinou que as consultas vinculadas às universidades sigam a legislação vigente. No Colégio Eleitoral, 70% dos votos são de docentes, 15% de estudantes e 15% de técnicos. Do Colégio Eleitoral sai a lista tríplice que será enviada ao presidente da República, que por sua vez indicará um nome para a reitoria. Assim, há dois pontos em debate: a consulta à comunidade da UFRJ está ou não vinculada ao Colégio Eleitoral e às instâncias universitárias? Uma consulta diferente da proporção de 70/30 cria risco de que o governo Bolsonaro interfira no processo eleitoral da UFRJ? O professor Nelson Braga,  representante dos professores titulares do CCMN (Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza), entende que sim, e por isso apresentou no Consuni a proposta para que a consulta repetisse os 70/15/15. Em seu entendimento, realizar uma consulta diferente disso abre espaço para que ela seja questionada num momento em que a universidade pública é alvo de ataques seguidos. O Consuni entendeu, porém, que a consulta é completamente desvinculada das instâncias universitárias, como  o Colégio Eleitoral e o próprio Consuni, e por isso não precisa seguir os 70/30. O reitor Roberto Leher apresentou aos conselheiros o parecer da Procuradoria da Universidade sustentando a desvinculação. Técnicos e estudantes também se posicionaram pela paridade. Os docentes estavam divididos. O professor Ericksson Almendra, da Escola Politécnica, questionou o fato de  pesquisa, mesmo se entendida como desvinculada do Consuni, precisar ser aprovada pelo mesmo. "Pode este Conselho aprovar algo que a lei não permite?", indagou. Almendra questionou o fato de o processo eleitoral só ter sido iniciado em dezembro, e a comissão só ter começado a trabalhar este mês, o que reduziu o tempo de debates com a comunidade universitária sobre as regras da eleição. A presidente da CCP, professora Cristina Miranda, disse que, para a Comissão, a consulta não é vinculada a nenhuma instância universitária e não haverá referência à lista tríplice. "Foi o mesmo regime de eleição de 2015, por isso a paridade está mantida", afirmou. Chapas que quiserem participar da pesquisa devem se inscrever na CCP nos dias 20 e 21 de fevereiro. A pesquisa está prevista para os dias 2, 3 e 4 de abril, e um eventual segundo turno, para os dias 15, 16 e 17 de abril.

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