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A escolha da reitoria da Universidade Federal de São Carlos virou novela. A 2ª Vara Federal da cidade paulista suspendeu temporariamente a lista tríplice indicada pela instituição. A sentença questiona o procedimento que antecedeu a formação da lista. Na ação ajuizada pelos docentes da chapa menos votada no pleito — não alcançaram sequer 10% dos votos —, o argumento é que seus nomes não foram incluídos na lista tríplice e que a consulta não respeitou o peso de 70% para o voto dos docentes. Cabe recurso. Mas, como o mandato da atual gestão termina em 8 de novembro, há o receio na UFSCar que Bolsonaro nomeie um interventor enquanto não se resolve a questão judicial.

O Consuni de 22/10 discutiu a mudança na aplicação da lei de cotas para negros e pessoas com deficiência física em seus concursos para professores. O parecer é do conselheiro Igor Alves Pinto, da Comissão de Legislação e Normas. Na apresentação, ele afirmou que a UFRJ ainda não cumpre a lei. “Sempre esbarramos em concursos muito pequenos nas unidades, em que não há possibilidade de aplicar as cotas. O que a UFRJ quer é firmar um compromisso de garantir o mínimo de 20% de cotas nos seus concursos públicos”. Para isso, a ideia é que esse percentual deixe de incidir sobre cada concurso e passe a ser calculado a partir da quantidade total de vagas docentes que serão distribuídas nas próximas Comissões Temporárias de Alocação de Vagas (Cotav).
Uma sugestão adicionada ao texto e proposta pelo professor Vantuil Pereira, do NEPP-DH, é que haja um ranking de unidades que possuem menos docentes negros. As vagas direcionadas para cotas seriam distribuídas, preferencialmente, para essas unidades. Esses dados estão sendo levantados em pesquisa coordenada pelo próprio Vantuil. “ O ranqueamento acaba sendo mais justo e correto. É um desafio nosso colocar professores negros onde eles hoje não estão representados”, disse o professor.
Outra mudança sugerida nos concursos é a desobrigação da prova escrita. “Há outras formas de realizar essa contratação. A universidade é muito diversa e nossa seleção precisa se adequar a esta diversidade”, defendeu o professor Nelson Braga, do Instituto de Física. O tema será decidido na próxima reunião, programada para 12 de novembro.

 

Quantos são as professoras e professores negros na UFRJ? Será que a representatividade deste grupo dentro da universidade é proporcional à sua presença na sociedade? As respostas para essas perguntas são desconhecidas, mas por pouco tempo. Uma iniciativa do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos Suely Souza de Almeida (NEPP-DH), em parceria com a Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4) e a Ouvidoria da universidade, vai traçar o perfil étnico-racial dos servidores da UFRJ, docentes e técnicos.

“A ideia da pesquisa surgiu da falta de informações sobre recorte racial entre os servidores da universidade”, explicou o professor Vantuil Pereira, diretor do NEPP-DH e coordenador da pesquisa. Experiências de universidades públicas da Bahia, que estão fazendo pesquisas similares, mas restritas aos docentes, também serviram de inspiração para o projeto.

“O objetivo é mapear a representatividade de cor e raça nas diversas unidades da UFRJ”, diz Vantuil. O levantamento vai partir da realidade de unidade acadêmica para entender, caso a caso, as razões da ausência de professores negros naquele setor. “Medindo a representatividade, constatando o maior ou menor grau de presença de servidores negros, pode comprovar para a gente a existência de um racismo institucional”, alertou Vantuil.  “A UFRJ não é uníssona. Talvez tenhamos, no geral, uma baixa representatividade. Mas quando olharmos por unidade e centro, talvez haja unidades com 20% de professores negros”, disse Vantuil.

Um dos desafios do trabalho é estabelecer o que é uma proporção razoável de professores negros na universidade. Segundo Vantuil, a população preta e parda do Rio de Janeiro está entre 40 e 50%. O professor sabe que não vai encontrar essa mesma proporção entre os servidores da UFRJ, mas espera identificar segmentos da universidade onde o quadro de representatividade racial seja crítico. “Vamos supor que em uma unidade há 30% de alunos negros, 15% de técnicos e 2% de professores. Há algo discrepante aí. Significa que a entrada de professores negros naquele centro é uma entrada elitizada”, explicou.

Em sintonia com o que pensa Vantuil, a presidente da AdUFRJ, Eleonora Ziller, vê como positiva a maneira como as pautas raciais ganharam importância dentro do movimento sindical, e defendeu a importância do debate que a pesquisa vai promover. “Considero que estamos vivendo um momento importante, e a AdUFRJ quer muito fazer parte desse processo de pensar e construir novas possibilidades de ação, de forma a fazer um sindicalismo novo, que possa estar à altura das respostas necessárias do tempo presente”, disse.


A Controladoria-Geral da União (CGU), em parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), coordena um projeto que irá escolher os valores do Serviço Público Federal. A seleção será feita por uma votação entre os próprios funcionários públicos de todo o Brasil. Os servidores puderam participar com o preenchimento de um formulário eletrônico. No link, deveriam sugerir de um a três valores, além de indicar a qual órgão/entidade pertencem.

A CGU enviou para as áreas responsáveis o link, o QR code e o código para inserção do formulário em intranet. Cada órgão e entidade disponibilizou o formulário a seus servidores, que ficaram abertos até esta sexta, 23. As respostas recebidas serão consolidadas por equipes da Controladoria e da OCDE. O resultado será divulgado entre os dias 9 e 11 de dezembro.

Ouvidora-geral e presidente da comissão de integridade da UFRJ, a professora Cristina Riche convidou todos os servidores da universidade à participação: “Para que registremos, como educadores que somos, quais os valores que julgamos relevantes no Serviço Público Federal”, afirmou.

WhatsApp Image 2020 10 24 at 00.54.58PROFISSIONAIS do Serviço de Radioterapia do HU reunidos na abertura do evento - Foto: EQUIPE DO SERVIÇO DE RADIOTERAPIA DO HUCFFMobilizado pela campanha do Outubro Rosa, o Serviço de Radioterapia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ) realizou até esta sexta, 23, a 1ª Semana de Prevenção ao Câncer de Mama. O evento, aberto aos pacientes que fazem tratamento na Unidade, contou com uma programação esclarecedora e humanizada. Especialistas de áreas como Mastologia, Oncologia e Psicologia foram alguns dos convidados.

“Na abertura do evento, o diretor-geral do Hospital, Marcos Freire, e o chefe do Serviço de Radioterapia, Paulo Cesar Canary, inauguraram o nosso Sino da Vitória”, conta Cleide Guedes, administradora do Serviço no HUCFF. Adotado por muitos hospitais no mundo, o Sino da Vitória comemora o final das sessões de radioterapia. “Toda vez que um paciente termina de fazer uma radioterapia ou quimioterapia é como se ele tivesse terminado uma batalha na luta contra o câncer”, explica Cleide.

A iniciativa, organizada pelos profissionais da unidade, alerta para os cuidados necessários com a saúde. “É muito importante esclarecer que o câncer pode estar mais perto do que as pessoas imaginam”, pontua Cleide. O Serviço de Radioterapia costuma atender 50 pacientes por dia, número que se mantém estável apesar dos medos gerados pela pandemia. “O câncer não espera, não escolhe nem dia, nem hora, nem pessoa, nem cor, nem crença”, lembra.

Cleide viveu na pele a travessia do câncer de mama. Em abril de 2019, ela foi diagnosticada no hospital onde atua há 35 anos. “De cuidadora passei a ser cuidada. Fiz cirurgia para retirada do tumor, radioterapia e hormonioterapia”, ela conta. “Eu venci! Pois eu tive um câncer, mas ele não me teve. Peço que as mulheres se cuidem, façam o autoexame e exames periódicos. Se amem mais do que tudo”, aconselha.

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