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Com faixas, cartazes e lágrimas, mulheres e homens trocaram a desesperança pelo clamor de justiça. Nascida e criada na Maré, Marielle Franco foi a quinta vereadora mais votada nas eleições de 2016. Condenava a intervenção militar e defendia ações estruturais nas comunidades. O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Pedro Gomes carregou uma multidão indignada para as ruas brasileiras na noite de quinta-feira. Com faixas, cartazes e lágrimas, mulheres e homens trocaram a desesperança pelo clamor de justiça. Nascida e criada na Maré, Marielle foi a quinta parlamentar mais votada nas eleições de 2016. Negra, favelada, mãe aos 19 anos e defensora dos direitos humanos, a vereadora condenava a intervenção militar e defendia ações estruturais nas comunidades. Seus algozes não eram amadores. Alvejaram a cabeça de Marielle com quatro tiros de pistola 9mm – arma privativa das forças de segurança. Valente, Marielle passou os últimos dias denunciando abusos de policiais militares. Estudiosa, mestre em administração pública pela UFF, sua dissertação tem o título “UPP, a redução da favela a três letras”. Em nota, a diretoria da Adufrj pede o mesmo que as multidões: apuração incansável e punição rigorosa para os criminosos.

Três professores sofreram assaltos à mão armada em três dias seguidos no campus. Dois deles foram sequestrados e largados na Avenida Brasil. Crimes ocorreram à luz do dia. Numa sequência macabra, três professores sofreram assaltos à mão armada em três dias seguidos no campus da UFRJ no Fundão. Dois deles foram sequestrados e largados pouco depois na Avenida Brasil. Não há registros nas câmeras de segurança da universidade – uma delas está quebrada. Os crimes expõem a rotina de medo nos 5 milhões de metros quadrados do campus, por onde circulam em média 100 mil veículos e 65 mil pessoas diariamente. A UFRJ, porém, não é uma ilha. A violência que castiga o Rio aflige a comunidade acadêmica. Na noite da última quarta-feira, professores e alunos ainda comentavam o drama dos colegas assaltados quando receberam a pior das notícias: a execução da vereadora Marielle Franco, 38 anos, negra, nascida e criada na Maré. Em homenagem a ela, o Boletim da Adufrj está de luto. ******* Os relatos dos professores impressionam pela violência e pelo cenário. Os três crimes ocorreram à luz do dia, não em locais ermos, mas de grande circulação. “Mandaram que eu entrasse no carro. Tentei resistir e fui agredido. Mandaram abaixar a cabeça e não olhar para eles. Pediram senhas dos cartões, e dei. Ficaram 40 minutos rodando, pararam numa transversal da avenida Brasil e mandaram que eu saísse sem olhar pra trás”, relembra o professor da Coppe sequestrado na sexta, 9 de março. Os três professores tiveram os carros roubados. Há características comuns no modo de ação dos assaltantes, que mostram interesse em veículos grandes, agem em grupos de quatro, usam armas pesadas e chegam de carro. O primeiro assalto aconteceu em 7 de março, às 9h30. Uma professora da Farmácia chegava para trabalhar quando, perto do Corpo de Bombeiros, seu EcoSport foi fechado por outro carro. “Um homem saiu rolando, os outros apareceram armados. Levaram tudo, até um anel que ganhei no meu primeiro dia das Mães”, lembra. O segundo episódio ocorreu no estacionamento do Bloco A do Centro de Tecnologia, às 10h do dia 8 de março. Quando parava seu Corolla, um professor da Física foi rendido por quatro assaltantes armados com fuzis, encapuzados e dirigindo um carro preto. O professor foi obrigado a entrar no veículo dos assaltantes, e um dos ladrões tomou o volante do carro dele. O professor foi solto na avenida Brasil. O terceiro caso foi no dia 9, às 9h10, também no CT, quando o professor da Coppe estacionava seu Honda no Bloco B. Quatro homens encapuzados e armados com fuzis cercaram e levaram a vítima. Os três professores registraram as ocorrências na 37ª Delegacia (Ilha do Governador). A Decania do CT informou que não tem imagens dos crimes, pois as câmeras do Bloco B estavam quebradas, e as do Bloco A não alcançaram a ação dos assaltantes. As câmeras são mantidas pela Coppe. A Prefeitura da UFRJ pediu reforço ao 17º Batalhão da Polícia Militar. Segundo a PM, o policiamento foi readequado: um carro extra do 17º BPM ficará baseado na entrada do Fundão próxima ao CT, além do policiamento de rotina _ que a PM não informou qual é, alegando razões de segurança. O prefeito Paulo Mario Ripper lembrou que, há alguns anos, o Fundão já teve quatro carros no policiamento.   Algumas dicas de segurança:  1 Atenção máxima ao chegar de carro. Se notar algo estranho, não estacione. 2 Quando for sair de carro, já ande com as chaves na mão, entre, dê a partida e saia imediatamente. Deixe para ligar o rádio ou falar ao celular depois. 3 Não use o carro para estudar, lanchar, ouvir música ou namorar. 4 Não deixe objetos expostos. Tranque-os no porta-malas. 5 Registre ocorrências na Diseg e na Polícia Civil. A Prefeitura tem o whatsapp 99413-3388 para denúncias e orientações de segurança. FONTES: Prefeitura da UFRJ; Polícia Civil

Prestação de contas final da gestão anterior e a prestação parcial das contas da atual diretoria estão na pauta. Também haverá apresentação das diretrizes de atuação dos grupos de trabalho da associação A diretoria da Adufrj convocou Conselho de Representantes para esta quinta-feira (15), às 9h, na sala 102 do Instituto de Economia, no campus da Praia Vermelha. Será a terceira reunião do Conselho na atual gestão da Adufrj — o primeiro encontro ocorreu em novembro, no Instituto Coppead; o segundo, na Coppe. Participe! Pauta: 1 - Aprovação da prestação final de contas da gestão anterior (biênio 2015-2017); aprovação da prestação parcial da atual gestão; 2 - Apresentação das diretrizes de atuação dos grupos de trabalho; 3 - Cronograma de reuniões nas unidades; 4 - Informes da diretoria.  

Reunião do Conselho de Representantes da associação docente, no Instituto de Economia, discutiu crime no contexto da intervenção militar no estado do Rio de Janeiro Os assassinatos da vereadora Marielle Franco e de Anderson Pedro Gomes na noite de quarta-feira modificaram a programação do Conselho de Representantes da Adufrj, na manhã de hoje (15), no Instituto de Economia. Os docentes relacionaram a ação violenta ao contexto da intervenção militar na segurança do Rio e decidiram criar um grupo de trabalho sobre o tema.  A reunião também foi abreviada para que os professores pudessem participar da vigília em homenagem às vítimas, na Cinelândia. “O assassinato de uma vereadora é um fato completamente contrário à democracia”, disse a presidente da Adufrj, professora Maria Lúcia Werneck. Debates, aulas públicas, instalação de faixas em unidades e até mesmo uma assembleia geral para tratar da intervenção no estado foram cogitados no Conselho: “Nós temos de agir rápido”, afirmou o professor Fernando Santoro, do IFCS. “Não dá para uma associação docente não discutir essa questão, que é da maior gravidade”, reforçou Jorge Ricardo, professor da Faculdade de Educação. “Mas sempre com o cuidado de que o que pensamos aqui não é necessariamente o que a maioria dos professores pensa”, ponderou Leda Castilho, da Coppe.  “Não podemos ficar falando só para nós. Devemos retomar as aulas públicas”, disse Romildo Bomfim, da Medicina. A diretoria da Adufrj vai divulgar em breve uma nota sobre os assassinatos e pretende organizar um debate a respeito da intervenção. Prestação de contas A prestação de contas da gestão anterior, entre 2015 e 2017, e uma prestação parcial das contas da atual diretoria, relativas a novembro e dezembro, foram aprovadas no Conselho de Representantes. Nova campanha A presidente da Adufrj, professora Maria Lúcia Werneck, anunciou que a entidade prepara uma campanha para apresentar à população os benefícios da UFRJ para o Rio de Janeiro. Segurança A diretoria vai se reunir, no próximo dia 20, com o prefeito universitário, Paulo Ripper. O objetivo é discutir os recentes casos de violência no Fundão. Novos GTs Além do GT sobre a intervenção, foi sugerida a criação de um grupo de trabalho para cuidar da relação da UFRJ com o ensino médio. Reuniões com as unidades Maria Lúcia Werneck afirmou que a diretoria está com a meta de fazer este ano pelo menos dez visitas às unidades da UFRJ para realizar discussões com os professores.

Uma das unidades mais antigas da UFRJ, a Escola de Música iniciou o período letivo em grande estilo, no último dia 12. Na aula inaugural, foi lançado o selo dos 170 anos da unidade, que serão celebrados em agosto. O compositor e maestro Edino Krieger foi homenageado com uma placa pela diretora, Maria José Chevitarese. Além disso, estudantes do Coro Brasil Ensemble interpretaram o hino nacional. O reitor Roberto Leher participou da solenidade e falou sobre os desafios da universidade. A aula versou sobre a importância da formação humanista para todos os campos do saber. “Além do trabalho importantíssimo na formação musical e preservação de acervos, a Escola de Música nos orgulha hoje ao se projetar em novas áreas no campo da saúde”, disse, em referência à utilização da música em processos terapêuticos. Leher enumerou ainda três grandes questões para a universidade contemporânea: dar respostas éticas a temas polêmicos da ciência como a clonagem, superar o problema de financiamento e garantir a democratização do ensino superior gratuito.

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