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Ângela Rocha (Instituto de Matemática), Roberto Leher (Faculdade de Educação) e Denise Pires de Carvalho (Instituto de Biofísica) são os candidatos ao cargo máximo da UFRJ pelos próximos quatro anos

Primeiros debates ocorrem nestes dias 25 e 26

Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

agendaA comunidade universitária terá opções na escolha da próxima reitoria da UFRJ. Três candidaturas foram homologadas junto à Comissão Coordenadora do Processo Sucessório (CCPS), no último dia 18. Concorrem ao quadriênio 2015-2019 as chapas: 10 — “Juntos pela UFRJ: Unidade na Diversidade”; 20 – “UFRJ Autônoma, Crítica e Democrática” e 30 —“Somos Todos UFRJ”. 

A Chapa 10, “Juntos pela UFRJ: Unidade na Diversidade”, é composta pela professora Ângela Rocha dos Santos, do Instituto de Matemática (candidata a reitora) e Carlos Rangel Rodrigues, da Faculdade de Farmácia (candidato a vice-reitor). Ângela foi pró-reitora de Graduação, tendo se desincompatibilizado do cargo recentemente para participar do pleito. Assim como o professor Rangel, agora ex-pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento da atual gestão.

A Chapa 20, “UFRJ Autônoma, Crítica e Democrática”, traz os candidatos Roberto Leher, da Faculdade de Educação (para reitor) e Denise Fernandes Lopes Nascimento, da Faculdade de Odontologia (vice). O professor Roberto Leher é integrante do Conselho Universitário, representando os Titulares do Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Denise foi presidente da Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD) até novembro passado.

A Chapa 30, “Somos Todos UFRJ”, é encabeçada por Denise Pires de Carvalho, do Instituto de Biofísica (para reitora), e Walter Issamu Suemitsu, da Escola Politécnica (vice-reitor). A professora Denise foi diretora de sua Unidade (de 2010 a 2013) e integra o Conselho Universitário, como representante dos Titulares do CCS. O professor Walter deixou recentemente o cargo de decano do Centro de Tecnologia, após dois mandatos consecutivos.

Consulta em abril

O primeiro turno da consulta acontece em 14, 15 e 16 de abril, com divulgação dos resultados no dia 17. Haverá um segundo turno (em 4, 5 e 6 de maio), se nenhuma chapa conseguir mais votos que o somatório das demais concorrentes, mais brancos e nulos. A votação será feita em urnas eletrônicas, assim como ocorreu em 2011.

De acordo com o regimento eleitoral aprovado pelo Conselho Universitário, dia 12 de março, podem votar os docentes e técnico-administrativos em educação ativos do quadro de pessoal da UFRJ, aposentados contratados na forma da Resolução nº 08/2008 do Consuni (colaborador voluntário) e professores eméritos; os estudantes dos cursos de graduação (presencial e à distância), de pós-graduação (stricto sensu) e de pós-graduação (lato sensu) — estes, com carga horária mínima de 360 horas e matrícula ativa à época da pesquisa; além de alunos do Colégio de Aplicação da UFRJ, com matrícula ativa à época da pesquisa e 16 anos completos, até a data do primeiro turno.

 

Desrespeito à autonomia universitária

Na consulta, a votação é paritária (ou seja, os pesos são iguais para cada segmento). Porém, quem escolhe mesmo o reitor ainda é o Ministério da Educação, por conta de uma legislação retrógrada. O ministro recebe as listas tríplices de candidatos a reitor e vice-reitor formadas em um Colégio Eleitoral, que será realizado em 8 de maio. Este fórum é composto por representantes do Consuni, Conselho de Ensino de Graduação, Conselho de Ensino para Graduados e Conselho de Curadores (ou seja, com maioria docente). Segundo a resolução do Consuni, a elaboração das listas “respeitará primordialmente o resultado da votação a ser realizada na universidade”.

 

O que pode e o que não pode

A grande novidade das regras da pesquisa deste ano é a introdução de restrições para arrecadação e aplicação de recursos na campanha (capítulo VI do regimento). Ficam proibidas, por exemplo, as doações diretas ou indiretas procedentes de: I. Empresas públicas ou privadas; II. Entidades públicas ou entidades de direito privado; III. Entidades beneficentes e religiosas; IV. Entidades esportivas; V. Partidos políticos ou sindicatos; VI. Centros, Unidades Acadêmicas e Administrativas da UFRJ.

O artigo 10º do regimento trata das principais proibições às campanhas. São vedadas: I. Propaganda desrespeitosa ou que agrida a moral da comunidade ou órgãos da Universidade; II. Atos que danifiquem o patrimônio da UFRJ (uso de colas e pichações, por exemplo); III. Equipamentos de som que prejudiquem as atividades regulares da UFRJ; IV. Matéria paga nos meios de comunicação; V. Campanha nas proximidades das Seções de Pesquisa, nos dias de votação, a um raio de 50 metros da urna. 

A violação das regras, por candidatos das chapas inscritas ou qualquer membro da comunidade universitária, estará sujeita a sanções. A avaliação em primeira instância cabe à CPPS e, depois, ao Conselho Universitário.

Vale lembrar ainda que também está proibida a utilização dos sistemas eletrônicos de gestão acadêmica e de pessoal para a divulgação de propaganda dos candidatos.

Errata: Ao contrário do divulgado na edição nº 879 do Jornal da Adufrj, a obrigatoriedade da divulgação da tiragem nos materiais de campanha (cartazes, panfletos, faixas e etc) não foi aprovada pelo Conselho Universitário do dia 12. A proposta apresentada pela bancada estudantil não obteve maioria de votos.

 

Classe operária vai ao Tribunal

Trabalhadores ocupam durante nove horas o TRT-RJ e arrancam medida judicial para pagamento de salários

A face crispada revela a angústia de José Ribamar da Silva. Em junho do ano passado, Ribamar, 32 anos, embarcou num ônibus fretado cheio de peões com destino a Itaboraí, região metropolitana do Rio. Traria depois a mulher e os dois filhos pequenos logo que as coisas se ajeitassem. Venceu três mil quilômetros de estrada e quase 60 horas de viagem cheio de esperanças. Deixara a Vila do Funil, periferia miserável de São Luís, capital do Maranhão, atraído por um salário próximo de R$ 3 mil mais benefícios, para a função de mecânico na empresa Alumini – do pool de empreiteiras contratadas pela Petrobras para a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Na segunda-feira 9, Ribamar era um dos operários do grupo de centenas que ocupou (foto) a sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Centro da cidade. Os trabalhadores estão há meses sem receber salários e direitos trabalhistas. O objetivo inicial da ocupação era acompanhar a reunião do ministro do Trabalho, Manoel Dias, com representantes da Petrobras e da Alumini. Mas, em seguida, decidiram bloquear as saídas do TRT até uma decisão que atendesse parte de suas reivindicações. Foram vitoriosos. Um juiz de plantão concedeu liminar que garante o pagamento dos operários e a rescisão dos contratos com a data retroativa a fevereiro, ainda dentro das regras anteriores às MPs do governo que restringem direitos trabalhistas e previdenciários. Na quinta-feira 11, Ribamar retornou a São Luís com mala e mochila e a expectativa de sacar o FGTS e o seguro-desemprego nos próximos dias. Mais de 30 mil trabalhadores do Comperj estão sendo afetados pela crise.

 

ARTE

Leitura Dramatizada

2015031672Escritor Ronaldo Lima Lins. Foto: Marco Fernandes - 04/12/2012As Terças Culturais da Casa da Leitura apresenta esta semana, na sessão Leituras Dramatizadas, a peça Jacques e a Revolução ou Como o criado aprendeu as lições com Diderot. O autor do texto é o escritor e ensaísta Ronaldo Lima Lins. Doutor pela Sorbonne, Universidade de Paris III, tem pós-doutorado na École de Hautes Études en Sciences Sociales e é Professor Emérito de Teoria da Literatura da Faculdade de Letras da UFRJ, instituição que dirigiu por duas vezes. No elenco, dirigido pelo dramaturgo Theotonio de Paiva, estão Abílio Ramos, João Pedro Fagerlande, Katia Lunes, Luiz Washington Freire e Juliana Caetano. 

17 de março · Horário: 19h. ·

Entrada Franca · Casa da Leitura
Rua Pereira da Silva, 86 – Laranjeiras

Fone: 2557-7437

Bandejão na Praia Vermelha, por Diego Novaes

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Consuni aprova regimento das eleições para a reitoria, adaptando o cronograma ao atraso inicial das aulas

Consulta à comunidade começa em abril

Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Em votação rápida (durante apenas quinze minutos), o Conselho Universitário do dia 12 aprovou o regimento para as eleições à próxima reitoria da UFRJ (quadriênio 2015-2019). Em resumo, parte inicial do cronograma foi prorrogada para “compensar” a perda dos quinze dias iniciais do período, em função da crise com a prestação de serviço de limpeza em várias unidades.

De acordo com o cronograma, a participação da Comissão Coordenadora do Processo Sucessório (CCPS) nas reuniões dos Conselhos dos Centros, para pedir apoio à realização do pleito e tirar dúvidas, migrou de 2 a 25 de março para 16 a 25 deste mês. A indicação de presidentes e mesários para as Seções de Pesquisa, pelos dirigentes das unidades, mudou de 9 a 25 de março para 16 a 25 de março. Enquanto a data-limite para as inscrições de candidaturas foi alterada de 13 para este dia 17, com homologação dos nomes pela CCPS no dia 18 (em vez do dia 16 de março).

O período para as campanhas, com debates, no primeiro turno, perdeu dois dias (de 16 de março a 10 de abril para 18 de março até o mesmo dia 10 de abril). O resto do cronograma foi mantido para atender ao limite de 8 de maio como data estipulada para apresentação do resultado da pesquisa e elaboração das listas tríplices, que serão enviadas ao Ministério da Educação, pelo Colégio Eleitoral.


Alterações de 2015

As novidades do pleito 2015 são: a obrigatoriedade de “campanha de informação do calendário eleitoral, locais de votação, direito de voto e regra de ponderação para toda a comunidade acadêmica” pela CCPS, a partir de “todos os meios de comunicação institucional”, sendo vedada a utilização dos sistemas eletrônicos de gestão acadêmica para propaganda de chapas. Deverá ser registrada também a tiragem, de forma explícita, em cada material de campanha, como cartazes, panfletos, jornais, banners, faixas e afins. As sugestões foram apresentadas por Maria Malta (representante dos Adjuntos do CCJE) e a bancada estudantil, respectivamente.

As propostas de apresentação de contas bancárias e projeção prévia de gastos de campanha foram consideradas excessivas e impeditivas. Já a ideia de reproduzir o modelo das eleições gerais, eliminando os votos brancos e nulos da contagem, foi rechaçada. O principal argumento para manutenção do sistema praticado pela universidade, que considera os brancos e nulos na conta, foi a não obrigatoriedade do voto. “É normal eliminar esses votos em uma eleição em que as pessoas são obrigadas a votar. Mas se a pessoa voluntariamente vai até as urnas para manifestar seu voto branco ou nulo isso deve ser respeitado”, disse Gabriel Zelesco (representante dos pós-graduandos). A pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, Débora Foguel, contra-argumentou em favor da proposta inicialmente apresentada por Eleonora Ziller (Adjuntos do CLA), afirmando que a retirada dos votos brancos e nulos no primeiro turno “evitaria um segundo turno desgastante e desnecessário”.

Pró-reitores deixam cargos

Durante o Consuni do dia 12,  foi informado que a pró-reitora de Graduação e o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças, Ângela Rocha e Carlos Rangel, desligaram-se da administração. Em seus lugares, assumiram as superintendentes gerais de cada área (Gisele Viana Pires e Regina Célia Alves, respectivamente).

Diretores do Andes-SN são recebidos pelo secretário executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa

Cid Gomes foi internado em hospital paulista

O ministro da Educação, Cid Gomes, não compareceu à reunião agendada com o Andes-SN no último dia 10. Aos dirigentes sindicais foi informado apenas que ele tinha viajado a São Paulo – naquele mesmo dia, após passar mal, Cid foi internado no Hospital Sírio Libanês, na capital paulista. Os diretores do Sindicato Nacional foram recebidos pelo Secretário Executivo do Ministério da Educação (MEC), Luiz Cláudio Costa, em Brasília (DF).

Paulo Rizzo, presidente do Andes-SN, reafirmou a intenção do Sindicato Nacional de retomar as negociações sobre a reestruturação da carreira docente. A base estaria no documento firmado entre o Sindicato Nacional e o MEC, em abril de 2014. Rizzo também destacou a necessidade de debate sobre a pauta de reivindicações da categoria, deliberada em seu último congresso e já protocolada junto ao MEC e o MPOG, em 5 de março. Entre os diversos pontos, há cobrança por: carreira única, imediata realização de concursos públicos, autonomia universitária; paridade e integralidade para os aposentados.


Costa disse que há disponibilidade do MEC em estabelecer uma agenda de reuniões com o Andes-SN, e indicou a possibilidade de um novo encontro para a próxima semana, antecedendo a reunião entre o Ministério do Planejamento e representantes das entidades nacionais dos servidores públicos federais. O secretário ressaltou, no entanto, que as negociações entre o Andes-SN e o MEC só seriam encaminhadas após a nomeação do próximo representante da Secretaria de Educação Superior (SESu): embora seu nome ainda apareça na página eletrônica do ministério, Paulo Speller não responde mais pelo cargo.

Paulo Rizzo vê de forma diferente: “Na minha avaliação, as definições para o processo de negociação têm que ocorrer pelo ministério independentemente de quem será o próximo secretário”, pontuou. 

Mobilização é necessária

O presidente do Sindicato Nacional considera necessário que os professores intensifiquem a mobilização nas Instituições Federais de Ensino nas próximas semanas, para pressionar o Ministério da Educação. “Está claro que este não será um processo fácil e qualquer possibilidade de avanço depende da mobilização da categoria, da capacidade de pressão sobre o governo e de diálogo com a opinião pública uma vez que a educação pública está seriamente ameaçada”, afirmou. (Fonte: Andes-SN. Edição: Adufrj-SSind)

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